MICA

O MICA (Missile d'Interception, de Combat et d'Autodéfense) ou Míssil de Interceptação, Combate Aéreo e autodefesa, foi concebido para ser o único míssil para combate aéreo de curto e longo alcance do Mirage 2000-5 e do Rafale.

O MICA é um míssil ar-ar multi-alvo e multi-missão capaz de atuar a longa distância e em combates aproximados. Está substituindo o Matra Super 530D/F de médio alcance na Armée de l'Air (Força Aérea Francesa) e o R-550 Magic II de curto alcance que equipam os Mirage 2000B/C/E.

Pode ser disparado de forma autônoma contra vários alvos a longa distância simultaneamente e em curto alcance/auto-defesa com grande ângulo de tiro. O objetivo é ter uma boa relação custo/eficiência em relação aos mísseis especializados.

O MICA, projetado pela Matra BAe Dynamics, agora parte da MBDA, teve um desenvolvimento incomum em relação aos outros equivalentes ocidentais por ter a opção de cabeça de guiamento ativa (MICA EM) ou passiva por imagem infravermelha (MICA IR).

Os estudos foram iniciados em 1978. O projeto do MICA iniciou em 1982 como um projeto privado da Matra para ser um sistema de mísseis que substituiria os mísseis R550 Magic e o Super 530 D/F. A Força Aérea e a Marinha francesa concordaram com os requerimentos e o desenvolvimento provisório do MICA foi iniciado em 1985. Um requerimento era o sensor intercambiável. O desempenho deveria rivalizar com o AMRAAM e ASRAAM.

A Matra é pioneira no conceito de mísseis cabeças de busca intercambiáveis com o Matra 511 e Matra 530 que armou Mirage III, Mirage F1 e o Crusader, incluindo o Mirage IIIEBR da FAB.

O MICA EM usa a cabeça de busca ativa Pulso-Doppler AD4A de 12-18 GHz (banda J) que tem alta potência de transmissão e grande deflexão. Ela tem modo home-on-jam (HOH) guiando-se pela energia de interferência do alvo. O fabricante também garante grande capacidade de contra-contramedidas eletrônicas.

O radar foi desenvolvido pela Dassault Electronique (Agora Thales ) e GEC-Marconi Dynamics (agora Alenia Marconi Systems, parte da MBDA). Faz parte da série 4A para uso em mísseis ar-ar e superfície-ar. O sensor 4A foi selecionado em 2001 para armar o MICA e Aster e depois para armar o Meteor. O radar consiste de 10 subunidades que inclui antena de varredura, receptor múltiplo, transmissor de alta potencia, sintetizador de grande espectro e placa processadora. A arquitetura usa 77 circuitos integrados de 37 tipos diferentes. O peso total incluindo o radome de cerâmica é de menos de 12kg.

MICA EM
MICA EM.

O MICA IR tem cabeça de busca de imagem infravermelha (IIR) de banda dupla que opera na banda de 3-5 e 8-12 microns. Ela permite que a aeronave realize ataques furtivos, usando o míssil como um sistema de busca passivo que não denuncia a posição da aeronave. O sensor foi projetado pela SAT. Tem sistema de refrigeração de ciclo fechado de longa duração. O radome é de vidro. O algoritmo do sensor IIR permite grande capacidade de rejeição de iscas tipo flare e permite operar contra a alvos a longa distância.

Sua efetividade pode ser melhorada com o uso de um IRST (sistemas de busca e rastreio infravermelho), como o OSF usado pelo Rafale, permitindo detecção de longo alcance de alvos e um disparo totalmente passivo num combate a longa distância. A cabeça de busca também pode ser usada como IRST, pois o sensor IIR pode funcionar para busca de alvos com capacidade limitada detectando alvos até 60 km em condições ideais. Os dados são informados no HUD. O MICA IR também pode ser apontado pela mira no capacete como o Topsight E da Thales Avionics.

MICA IR
MICA IR. O MICA tem alta manobrabilidade do lançamento até o impacto graças ao TVC e estruturas aerodinâmicas. Pode ser lançado de velocidades pequenas de até 100km/h. O sensor IR é fornecido pela SAGEM (Ex SAT).


MICA
A cabeça de busca IR e RF são intercambiáveis no mesmo
corpo, o que facilita a manutenção.

A configuração aerodinâmica do MICA é única entre os mísseis BVR (longo alcance). Ele combina quatro barbatanas de corda estreita no centro do corpo, para aumentar a manobrabilidade, com quatro barbatanas traseiras de controle com formato em "L", mais um sistema de vetoramento de empuxo (TVC) no escape do motor.

O TVC usa quatro paletas, cada uma entalhada em um prato circular que, juntas, cobrem toda a saída do exaustor. As paletas podem direcionar o jato do motor e dar ao MICA um pico de manobra na fase inicial do engajamento de até 50 G's a baixa altitude. O TVC não funciona a longa distância após a queima do motor e a manobrabilidade é garantida pelas barbatanas dorsais. O MICA pode ser disparado de uma aeronave em velocidades pequenas de até 180 milhas por hora e em grandes ângulos de ataque.

MICA
Detalhe do TVC. A antena do datalink fica bem abaixo do escape do motor e voltada para trás.

O MICA é um míssil relativamente pequeno com 3,1 metros de comprimento, diâmetro de 16,5 cm e envergadura de 56 cm. Pesa 112 kg ou um pouco mais que o Matra 550 Magic II. O alcance mínimo é de 500 metros e o máximo é de cerca de 50-60 km ao ser disparado a grande altitude contra um alvo em rota de colisão que não manobra.

A vida útil é de 500 horas de vôo montado em uma aeronave (contra 40 horas do Magic 2). Depois desse período, o míssil é descartado ou reformado. A vida útil curta é devido ao atrito de forças físicas, térmicas e aerodinâmicas quando levado por uma aeronave. O míssil tem que ser acondicionado em local refrigerado quando não está em uso.

O MICA EM funciona do mesmo modo que o AMRAAM - usando informações de aquisição de alvos passadas por datalink (produzido pela Ericsson) durante a guiamento de meio curso e uma cabeça de busca ativa para guiamento final (trancamento após o lançamento - LOAL). O MICA EM também permite trancamento antes do lançamento (LOBL), como o AMRAAM, para engajamentos aproximados. O MICA IR tem modos LOAL / LOBL similares. As duas versões usam uma espoleta de radar ativo/pulso Doppler que direciona uma ogiva de HE fragmentada de 12 kg.


O radar AD4A é usada pelo MICA EM e pela família de mísseis SAM ASTER. Uma versão será usado pelo míssil Meteor. O AD4A opera entre 10 e 20GHz.

MICA AD4A
Outra Imagem do radar
AD4A.


A antena do datalink do MICA fica na traseira do míssil, visto na foto em vermelho. O datalink é fabricado pela Ericsson suéca e também será usado no Meteor. O datalink não é usado contra alvos a curta distância.

A combinação de MICA EM e IR permite o uso de quatro modos principais de lançamento de longo alcance, médio alcance, curto alcance e autodefesa, podendo ser usado para combate aéreo a curta e longa distâncias e para interceptação. Os modos funcionam basicamente de três formas:

- Autodefesa / Curta distância. O míssil é lançado no modo "dispare e esqueça", travando cabeça busca IR ou EM antes ou após lançamento (LOBL - Lock-on Before Launch / LOAL - Lock-on After Launch).

- Alcance médio/multi-alvo. O míssil usa o modo dispare e esqueça com guiamento inercial de meio curso por INS (Sistema de Navegação Inercial) e travamento após lançamento (LOAL). Pode ser usado contra vários alvos simultaneamente.

- Longo alcance/multi-alvo. Com o modo dispare e atualize, o míssil faz guiamento inercial de meio curso por INS com atualização de dados por data link (na traseira do míssil) e trancamento depois de lançado (LOAL). Este método tem a vantagem de manter a guiamento contra alvos manobráveis mas a aeronave lançadora tem que estar manter o arco do radar para manter o contato e enviar as emissões do datalink para correção da trajetória. Pode ser usado contra vários alvos simultaneamente. No modo longo alcance o míssil segue uma trajetória do tipo "loft", quando sobe para a parte mais alta e rarefeita da atmosfera numa trajetória balística e desce sobre o alvo.

Em um dos testes em Taiwan em oito de maio de 1998, um MICA atingiu um alvo não manobrável que estava a 67 km de distância no momento do disparo e em rota de colisão com a aeronave lançadora. O vôo durou cerca de 1 minuto e o radar só transmite nos últimos 10 segundos. O pequeno tempo de emissão diminui a possibilidade de reação do alvo assim como a distância do lançamento pode evitar a detecção das chamas do míssil.


Modos de disparo do MICA. O radar RDY do Mirage 2000 pode engajar 4 alvos simultaneamente.


Disparo de dois MICA no modo "dispare-e-esqueça".


Um Mirage equipado com o MICA engajando dois alvos simultaneamente.

O MICA tem modos flexíveis para operar em conjunto com os sensores da aeronave, como radar, optrônicos (IRST OSF do Rafale) e HMD (Sextant Topsight E).

O míssil aproveita a capacidade multialvo do radar RDY do Mirage 2000-5, que é capaz de rastrear oito alvos e atacar quatro, simultaneamente, com o MICA, priorizando os alvos. O MICA já foi testado contra alvos múltiplos bem espaçados, demonstrando sua capacidade multialvo / multimissão.

O MICA entrou em desenvolvimento em 1987. O primeiro disparo de terra foi em 1989. Os testes de instalação foram realizados em um Mirage 2000-4 e o primeiro disparo não guiado ocorreu em dezembro de 1990 de um Mirage 2000C (#X7). O primeiro disparo guiado do MICA EM foi em 9 janeiro de 1992 contra um drone CT20. O teste do MICA IR foi iniciado em 1994 com o primeiro disparo em 1995. Desde então, já foram realizados mais de 110 disparos desde 190, sendo 41 mísseis de desenvolvimento, 30 de integração no Mirage 2000-5, e 38 a partir do Rafale. O MICA EM foi qualificado para o Rafale F1 em julho de 2000. Em 2002 o MICA EM entrou em operação no Rafale M. O MICA participa de exercícios militares desde 2001.

O MICA EM foi declarado operacional nos Mirage 2000-5F da Armée de l'Air (Força Aérea Francesa) em 1997. O primeiro grupo de 225 mísseis MICA EM para equipar os Mirage 2000-5F e Rafale já tinha sido entregue entre 1997-1999 de uma encomenda que deverá chegar no total de 1.070 mísseis. O MICA IR entrou em produção em 1999 e 70 já foram entregues para a França em 2000. O custo total do programa já custou 1.679 milhões de Euros. 

Em 2006 foi realizado um teste a partir de um Rafale F2 contra um alvo voando atrás do caça em perseguição. O míssil foi designado por um outro Rafale passando os dados pelo datalink Link 16. Não se sabe qual era o tipo de alvo. O disparo foi o 12o de uma campanha de avaliação técnica e operacional do MICA no Rafale e Mirage 2000-5F. O resultado da campanha foi a entrada em serviço da versão EM no Rafale e Mirage 2000-5F em 2006 e na versão IR em 2007.

No ano 2000, foi assinado um contratado de 900 milhões de Euros (5,9 bilhões de Francos Franceses) para a produção do MICA que irá equipar, até 2004, os Mirage 2000-5F da Força Aérea a partir de 1999 e os Rafale-M da Aviação Naval Francesa (Aeronavale) a partir de 2001.

Do lote de 775 MICA, um total de 575 mísseis serão entregues até 2008, sendo 325 para a Força Aérea e 250 para a Marinha. O total de mísseis encomendados pode chegar a mais de três mil.

O MICA foi planejado para equipar o Mirage 2000 e o Rafale. Também está considerado para equipar o Tornado, o Sea Harrier, o F-16, o F/A-18, AT-2000 MAKO e o JAS-39 Gripen. O MICA EM concorre com o AMRAAM em vários mercados.

O MICA foi adquirido pela Grécia, Catar, Emirados Árabes Unidos (UAE) e Taiwan para equipar seus Mirage 2000 e já estão em operação. Taiwan adquiriu 960 MICA, junto com 480 Magic 2, para os seus Mirage 2000-5. O Catar assinou contrado de US$ 300 milhões para a compra do MICA EM (96 mísseis) e o Magic 2, junto com dispensadores de contramedidas, para equipar seus Mirage 2000-5.

A Grécia adquiriu cerca de 200 MICA EM e IR com opção para mais 50 para equipar seus Mirage 2000-5 Mk2. Um segundo lote de 102 mísseis foi adquirido em 2004 com entrega em 2006. O custo foi de 220 milhões de Euros e inclui 35 mísseis Scalp.

Uma versão do MICA (FORMICA - Future Operational Requirement MICA) com motor ramjet Onera foi proposta em 1994 para participar da concorrência para um míssil de médio alcance para a RAF (Royal Air Force - Força Aérea Britânica), vencido pelo Meteor. Esta versão ainda poderia ser uma possível modernização do míssil se a França não tivesse escolhido o próprio Meteor para equipar o Rafale.

Uma proposta foi feita em 1990 para desenvolver uma versão menor com sensor IIR para a Alemanha que seria o MICA-SRAM. Em 1992, uma proposta similar foi feita ao Reino Unido e se chamaria MICASRAM. As duas propostas foram rejeitadas. Um MICA modificado chamado SAMAT foi proposto para os requerimentos SAAM e SAMP francês de um sistema de curto e médio alcance que foi vencido pelo Aster 15 e Aster 30.

Como os submarinos tendo que passar mais tempo usando periscópio e antenas de comunicações eles se tornarão mais fáceis de detectar. A DCN está definindo um conceito de defesa antiaérea de submarinos. O sistema usara o MICA lançado de uma cápsula. Poderá atacar helicópteros e aeronaves de patrulha marítima de forma autônoma.

O MICA tem a vantagem de ser livre de restrições políticas, como as impostas pelo governo americano, devido à política liberal do governo francês. A desvantagem é que as armas e sistemas franceses têm uma arquitetura de databus própria e não seguem o padrão mundial MIL-STD-1553B. Como conseqüência, o MICA precisará ser reintegrado e requalificado para equipar aeronaves que não são francesas.

MICA
Das 14 estações de armas do Rafale, oito podem levar mísseis ar-ar como o MICA. O MICA pode ser lançado de trilho ou ejetado de cabide, podendo ser levado em cabides internos, sendo ideal para uso em compartimentos internos de armas de aeronaves furtivas. As estações da lateral fuselagem do Rafale só podem puxar 4g's com o MICA durante o lançamento. Elas levam o MICA EM que seria o primeiro míssil a ser disparado em um combate a longa distância, onde a manobrabilidade não é importante. O cabide da asa pode levar um lançador duplo. O MICA realizou testes em fevereiro de 2004 no Rafale naval com a destruição de dois drones C22 com dois MICA em um mesmo engajamento.

MICA
Um Mirage 2000-5 de Taiwan armado com o Mica e o Magic.

O MICA-EM é um míssil caro. O preço varia de acordo com várias fontes. Uma fonte cita o MICA IR como tendo o dobro ou triplo do preço do AIM-9X (total de US$ 400 a US$ 750 mil). Outra fonte cita um valor próximo a US$ 1 milhão para o MICA EM contra US$ 350-500 mil do AMRAAM e US$ 750 mil para o Derby israelense. O R-77 russo tem desempenho superior e também é mais barato.

O AMRAAM tem um preço menor e desempenho semelhante, mas tem restrições de venda. A França não tem problemas de liberar os códigos fontes dos seus armamentos como fazem os americanos. Taiwan adquiriu 200 AMRAAM por US$ 150 milhões ou US$ 750 mil por míssil em média incluindo lançadores e apoio. Já a Espanha adquiriu 100 AMRAAM por US$ 52 milhões em 1998.

No ano 2000, a França encomendou 1.537 mísseis MICA no valor total de US$ 845 milhões (custo unitário de US$ 550 mil). As entregas começarão em 2004. O primeiro grupo de 225 mísseis já tinha sido entregue entre 1997-1999.

O MICA também tem questões de compromisso, pois é um míssil de curto alcance que é grande demais para ser manobrável e também uma arma de longo alcance que leva menos combustível que precisa.

Testes em simulações realizadas pelos franceses mostraram que, num combate a longa distância, um caça equipado com o MICA estaria em desvantagem com outro caça equipado com um míssil da classe do Vympel R-77 (A-12 Adder) e até mesmo as versões futuras do Raytheon AIM-120 AMRAAM.

Isto levou o Ministério da França a repensar sua estratégia e surgiu o requerimento de um míssil de longo alcance com grande No-Escape Zone. O resultado foi o surgimento do programa MIDE - Missile d'Interceptation à Domaine Elargi - míssil de interceptação de domínio estendido. O novo míssil deveria entrar em serviço em 2010-2012.

Em junho de 2001, durante a Feira Aeroespacial em Paris, foi anunciado que a França entraria no programa do míssil Meteor, junto com a Suécia e Reino Unido. O Meteor irá usar o radar, espoleta e datalink do MICA EM. A França deve encomendar 256 mísseis em 2005 com entregas em 2012 para equipar o Rafale F3. Os testes de compatibilização devem se iniciar em 2009.

O MICA-IR também é mais caro que os mísseis guiados por IR de combate aproximado de Quinta Geração como o A-Darter, AIM-9X, IRIS-T, R-74 e Python 4. Ele tem sistemas que são desnecessários e dispendiosos em combate a curta distância, como o data link, além de ter desempenho inferior aos mísseis de combate aéreo de 5ª geração.

O TVC é desnecessário para combate a longa distância, diminuindo o alcance em até 15%, que já é curto para essa função. Em um combate à longa distância, o motor já está apagado quando o míssil está na fase final e não produz mais empuxo para ser usado pelo TVC, que se torna inútil. Por isso, o MICA tem estruturas aerodinâmicas para manter a manobrabilidade na fase final.

Os problemas não param por aí. A França lançou o programa MACR - "Missile dÁutoprotection et de Combat Rapproché" ou Míssil de Autodefesa e Combate Aproximado, para substituir o Magic 2 nos Mirage 2000D, Mirage 2000N e Mirage F1 e possivelmente os Mirage 2000C e Super Etandart. Será um míssil apontado pelo capacete com guiamento IR. Várias propostas foram examinadas como o ASRAAM, Python 4, IRIS-T e AIM-9X junto com o MICA IR que entrou em operação no Mirage 2000-5F em 2003. O míssil deveria ser escolhido em 2005, com entrada em serviço em 2007 e deve substituir todos os Magic 2 até 2012.

Uma dupla de mísseis de curto e logo alcance pode ser mais barata e mais eficaz que o MICA, ou seja, com uma melhor relação custo-benefício. O MICA enfrenta um futuro nebuloso após iniciar sua carreira como a  única arma ar-ar que equiparia os caças franceses.


O motor foguete de combustível sólido de aceleração e sustentação da Protac acelera o MICA a até Mach 4. A assinatura visual é muito maior que os mísseis americanos e russos por produzir muita fumaça. O motor é instalado no centro do míssil para evitar que o centro de gravidade seja transferido para frente do míssil após a queima do motor. Isto torna o míssil mais estável e mais manobrável na fase final do vôo. Já foi planejada a integração de um motor ramjet ONERA em 1994, durante a fase de desenvolvimento. Os franceses preferiram participar do programa Meteor.


O Rafale disparou o MICA com sucesso com guiamento inercial contra vários tipos de alvos, incluindo alvos múltiplos e alvo supersônico. O míssil demonstrou seu envelope de ejeção em velocidade transônica e baixa altitude e o funcionamento da cabeça de busca de radar também foi verificada, junto com a unidade de processamento e guiamento. O Rafale também testou o engajamento de um alvo aéreo com o radar de bordo Thomson-CSF/Dassault Electronique RBE2.

MICA
Disparo do MICA a partir de um Rafale. Esta foto mostra que o MICA tem um motor com pouca fumaça ao contrário da foto anterior. Durante os testes a espoleta de proximidade é programada para explodir uma fração de segundos após passar próximo do alvo para não destruir o drone alvo como C-22, Fox ou AQM-37 que poderão ser reutilizados. Esta medida funciona bem com a versão guiada por radar, mas os mísseis guiados por IIR geralmente acertam direto.

MICA
Foto do primeiro disparo não guiado do MICA a partir de um Mirage 2000C.

MICA
Detalhe do MICA em um veículo de carregamento.

Atualizado em 15 de Novembro de 2007


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