Versões
do Sidewinder
As versões
iniciais do Sidewinder eram extremamente inefetivas e erráticos quando
empregados em situação real de combate. Mesmo assim foram copiadas
pela URSS como K-13, ou Atoll. O K-13 foi copiado pela China com PL-2.
Primeiros Modelos da US Navy
O AIM-9, AIM-9A e AIM-9B eram praticamente idênticos. O AIM-9A era de teste e desenvolvimento com 118 mísseis construídos. O AIM-9B foi o primeiro Sidewinder de produção. Só engajava alvos por trás e tinha alcance limitado. O sensor tinha pouca capacidade de discriminação.
O autodiretor
de sulfeto de chumbo não refrigerado (PbS) tinha campo de visão
total (Field of Regard) de +/- 25 graus e razão de busca de 11 graus
por segundo que limitava o engajamento a alvos não manobráveis.
O sensor não era ágil o suficiente para acompanhar o alvo,
apesar do míssil poder puxar 12 g´s. O campo de visão
instantâneo era de 4 graus. Tinha uma zona cega (dead zone) de 20 graus,
depois reduzido para 5 graus nas versões futuras, onde o míssil
se guiaria para o sol. O retículo fazia varredura a 70Hz .
Designação Antiga | Nova Designação |
AAM-N-7 Sidewinder I | AIM-9A |
AAM-N-7 Sidewinder IA GAR-8 | AIM-9B |
AAM-N-7 Sidewinder IC (SARH) | AIM-9C |
AAM-N-7 Sidewinder IC (IR) | AIM-9D |
O AIM-9G (Golf) era a primeira
versão com SEAM (Sidewinder Expanded Acquisition Mode) permitindo
que o autodiretor fosse apontado pelo radar no modo "dogfight" ou com padrão
de busca automático. Outros modos de aquisição eram
o simples boresight e uncaged scan.
O AIM-9G era basicamente um AIM-9D melhorado, mas se tornou logo obsoleto
com a entrada em serviço do AIM-9H. Era o primeiro modelo com capacidade
qualquer tempo limitada, eletrônicos de transistores e canard duplo
delta para melhorar a manobrabilidade. Um total de 2.120 foram construídos
pela Raytheon entre 1970 e 1972. Foi usado no F-4 da US Navy e depois no
F/A-18A/B. Participou do conflito no Vietnã e tinha capacidade de
engajar alvos voando a baixa latitude.
Um F/A-18 disparando um
AIM-9H. O sucessor do Sidewinder da US Navy na década de 70 foi o
AIM-9H que oferecia menos risco. A proposta alemã com sensor com movimento
completo na fuselagem do AIM-9H (ALASCA - all aspect capability) foi recusada.
Para melhorar a confiabilidade do AIM-9G
a US Navy desenvolveu o AIM-9H (Hotel). A principal diferente do Golf
eram os eletrônicos de transistores (semicondutores) nos sistema de
controle e guiamento (GCS) que suportavam bem os pousos embarcados.
O AIM-9H tinha como característica principal a capacidade off-boresight.
O sensor podia ser apontado também por uma mira no capacete, mas o
míssil não tinha capacidade de aproveitar esta característica.
O sensor era mais ágil, com razão
de busca de 20 graus por segundo para complementar os atuadores mais potentes
(120lb.ft) que os usados no Golf, mas ainda insuficiente para acompanhar
alvos bem fora da linha de visada. O software tinha "lead bias" podendo ser
direcionado para as partes mais vulneráveis do alvo.
Um total de 7.720 foram fabricados para a US Navy pela Philco-Ford e Raytheon
entre 1972 e 1974. O AIM-9H foi
pouco disparado no Vietnã por ter poucos mísseis em operação,
mas com probabilidade de acerto (Pk) bem maior que qualquer outra versão
do Sidewinder usado neste conflito.
O AIM-9K era uma modernização planejada para o AIM-9H com maior agilidade com o projeto iniciado em 1970. Não passou da fase de conceito sendo cancelado em favor do AIM-9L.
Modelos da USAF
O AIM-9E foi a primeira versão específica da USAF. A USAF
se concentrou na batalha tática e desenvolveu seus próprios
subtipos. O AIM-9E foi resultado da experiência com o AIM-9B no Vietnã.
O AIM-9E tinha capacidade expandida do envelope a baixa altitude com sistema
de guiamento e controle melhorado e capacidade contra alvos manobrando a baixa
altitude. A Philco-Ford reconstruiu cerca de 5 mil modelos AIM-9B com novo
sensor Ford com refrigeração Peltier (termoelétrica)
e novos eletrônicos. O sensor tinha maior velocidade de acompanhamento
(16,5 graus/segundo), capacidade off-boresight de +/- 40 graus e reticulo
de 100 Hz. O míssil podia
puxar 11 g´s a baixa altitude e 6 g´s a grande altitude. O resultado foi um melhora no envelope de aquisição
e melhor probabilidade de acerto. O AIM-9E-2 era uma versão com motor
de baixa emissão de fumaça. O PK aumentou muito com as novas
mudanças.
A diferença externa entre o
AIM-9E com o AIM-9B era um nariz cônico mais comprido similar aos modelos
da US Navy ao invés de ogival. Os canards duplo delta melhoravam o
comportamento em grandes ângulos de ataque.
Outra versão da USAF era o AIM-9J (Juliet) que era uma modernização
do AIM-9B e AIM-9E com maior capacidade de manobra, sacrificando o alcance
e a velocidade. Tinham controles duplo delta destacáveis que
dobrou capacidade de puxar g´s, eletrônicos misto de transistores
e válvulas, gerador de gás para 40 segundos de vôo e
atuadores mais poderosos de 90lb.ft. O míssil podia puxar 22 g´s a baixa
altitude e 13 g´s a grande altitude. O motor Hercules/Aerojet Mk.17 foi mantido.
O motor tinha um empuxo de 8.800
lb por 2,2 segundos com pico de 4.200lb dando uma aceleração
máxima de de 28g´s.
AIM-9B | AIM-9D | AIM-9E | AIM-9G | AIM-9H | |
Serviço |
Conjunto |
US Navy | USAF |
US Navy | US Navy |
Sensor |
PbS |
PbS | PbS | PbS | PbS |
Refrigeração |
não
refrigerado |
Nitrogênio |
Peltier |
Nitrogênio | Nitrogênio |
Domo |
Vidro |
MgF2 | MgF2 | MgF2 | MgF2 |
Retículo |
70 |
125 |
100 |
125 |
125 |
Modulação |
AM |
AM | AM | AM | AM |
Campo de Visão (graus) | +/- 25 |
+/- 40 | +/- 40
|
+/- 40
|
+/- 40 |
Razão
de rastreio (g/s) |
11 |
12 |
16,5 |
12 |
20 |
Capacidade de manobra (g)* |
11 |
11 |
|||
Eletrônicos |
Válvulas |
Válvulas | Híbrido |
Válvulas | Transistores |
Ogiva (kg) |
11 |
11 |
11 | 11 |
11 |
Espoleta
|
IR |
IR/HF |
IR | IR/HF | IR |
Motor
|
Thiokol Mk 17 |
Hercules
Mk36 |
Thiokol/Aerojet Mk 17 |
Hercules Mk36 | Hercules
Bermite Mk36 Mod 5,6,7 |
Lançador
|
Aero-III |
LAU-7A |
Aero-III | LAU-7A | LAU-7A |
Comprimento
(m) |
2,83 |
2,87 |
3,00 |
2,87 | 2,87 |
Largura
(cm) |
56 |
63 |
58 |
63 | 63 |
Peso (kg) |
70,4 |
88,5 |
74,5 |
86,6 |
84,5 |
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