Alenia
Marconi Systems
Aspide (Albatros/Spada)
O Aspide (Aspide-1A) iniciou como um
projeto privado em 1969 baseado no AIM-7E
Sparrow modificado com um sensor semi-ativo da Selenia (agora Alenia Marconi Systems, parte
da
EADS), motor de
estagio único
da SNIA-Vicosa, ogiva de 33kg da SNIA
Difesa e Spazio e novos
atuadores. O objetivo era ser uma
alternativa ao
Sea Sparrow para equipar os navios italianos e se tornou o sistema
Albatros. Em 1971 passou a ser
financiado pelo governo italiano.
Foram
estudados quatro
variantes: o Aspide ar-ar
para substituir o AIM-7E
Sparrow e equipar os F-104S, SAM naval chamado Albatros, a
versão
superfície-ar para uso da
Força Aérea Italiana chamada Spada e uma versão
superfície-ar
terrestre com o sistema
Contraves Skyguard chamado Skyguard/Aspide. A
versão SAM
iniciou a produção em 1979. A versão ar-ar teve o
projeto iniciado em 1974 e
depois foi testado em 1981, 1985 e 1986, entrando em serviço nos
F-104 italianos
em 1988.
Os testes de
vôo do Aspide Mk 1 iniciou em
1974 em testes de vôo cativo com disparos operacionais em
1979. Os testes
da versão SAM iniciou em maio de 1975.
O Aspide Mk 1 é
similar em aparência ao Sparrow, menos as asas e barbatanas que
são cortadas na variantes superfície-ar. O sensor
semi-ativo usa técnicas de
onda continua monopulso e tem capacidade home-on-jam. A
espoleta é por radar
ativo e os atuadores tem acionamento hidráulico.
O Aspide Mk 1
substituiu os Sparrow nos navios de várias marinhas. Foi
instalado nos navios italianos da classe Garibaldi, Maestraly,
Artigliere
(LUPO) e Minerva.
O Albatros pode ser
integrado em sistemas já existentes de
acompanhamento e
iluminação de alvos como o Alenia-Elsag NA-21 e NA-30 ou
o Hollandse
Signaalapparaten (Mk 2 Mod 9). O Radar Alenia Orion RTN-30X é
dos mais usados e
também equipa o sistema Spada. Está equipado com uma
câmera de TV que ajuda na
identificação dos alvos e avaliação dos
disparos.
Um radar ativo para o Aspide Mk 1, chamado Idra operando na banda J , foi desenvolvido a
partir de
1985, mas uma versão de baixo custo chamado Aspide Mk 2 foi
adotado em 1990,
mas que foi paralisado em 1996.
O Mk2
usa motor,
ogiva e atuadores do Aspide, mas com sensor monopulso Pulso-Doppler AS3
da
banda J com antena planar array e processador digital e datalink. Pode
ser
lançado contra alvos de longo alcance no modo passivo
a até 40-50km, com atualização de meio curso. A
ogiva é ativada
quando alvo está a 6-8km. Em 1990 foi estudado a
produção do Aspide MK2 com
um sensor IDRA de
baixo custo. O Mk2 seria a
opção italiana se o AMRAAM
não fosse adiante ou não
fosse escolhido para o Eurofighter italiano.
O Aspide
Mk3 (Aspide
2000) foi anunciado em 1993 com capacidade similar ao Mk2 mas com
sensor
semi-ativo e ogiva do Mk1. Em 1996, os programas Aspide Mk1 e Mk2 foram
terminados
para a versão ar-ar e a Alenia se junto no programa Meteor.
As versões SAM que
estão sendo comercializadas são
o Spada, Skyguard, Albatros e ARAMIS. O albatros tem alcance de 15km
com teto
de 8 mil metros. A versão Aspide 2000 com motor mais largo
aumentou o alcance
em quase 40%. Está em serviço no Skyguard da
Tailândia.
Em 1995 foi iniciado o
desenvolvimento
do
Aspide 2000 melhorado com o mesmo sensor semi-ativo do Aspide Mk 2 e a
ogiva do
Aspide Mk 1, mas com motor acelerador maior para aumentar o alcance.
Foi
oferecido para a Força Aérea Italiana como Spada 2000. O
Aspide Mk 1 pode ser
modificado para o Aspide 2000 que pode ser usado no Albatros, Spada e
Skyguard
já existentes. O Aspide 2000 tem motor maior, melhor ECCM,
é mais rápido e
consegue suportar aceleração lateral maior.
Aspide 2000 com motor
mais largo.
Sensor
semi-ativo do Aspide Mk2.
Mais de 4.000
Aspide Mk 1 foram construídos desde 1979. A versão
naval entrou em serviço
em 1978 e mais de 100 sistemas foram fabricados para a marinha Italiana
e 14
outros paises: Argentina, Brasil, China, Egito, Equador, Iraque,
Líbia, Malásia,
Marrocos, Nigéria, Peru, Tailândia, Turquia e Venezuela. A
Marinha do Brasil
comprou seis sistemas Albatros com 144 mísseis em 1995 para o
programa ModFrag.
A China
comprou o sistema Spada italiano em
1988-1989. O LY-60 (Lie Ying-6 ) é a copia do Spada anunciado em
1996. Usa um
sensor ativo PMR-1 mostrado em 1999 similar ao AGAT 9B-1103M do R-27MA,
mas
usado também no míssil SD-10 em uma versão menor.
Acredita-se que é chamado de
Hong Qi-11 (HQ-11) na versão terrestre e RF-11 na versão
naval. A forma e
tamanho é semelhante ao RIM-7 Sea Sparrow e o Aspide. A
versão ar-ar foi
mostrada no caça FC-1 sendo designado PL-11 e FD-60. No fim da
década de 80 a
China já tinha comprado o Aspide para armar os interceptadores
J-8II Finback
com o míssil sendo chamado localmente de PL-11. Os chineses
estão oferecendo
para comercialização a versão ar-ar FD-60.
Até
2005, os testes
com o Aspide e Aspide 2000 conseguiram uma taxa de acerto de 92%
com 40
disparos em todo mundo a partir de lançadores Spada, Skyguard e
Albatros.
|
Aspide
Mk1
|
Aspide
2000
|
Comprimento
|
3,7 m
|
3,7m
|
Diâmetro
|
203mm
|
203mm
(corpo), 234mm (motor)
|
Envergadura
|
68cm
|
68cm
|
Peso
|
220km
|
241km
|
Velocidade |
Mach 2 |
Mach
2,5+
|
Alcance
máximo |
>
15km |
24km
|
Altitude
máxima |
>
6km |
>
8km
|
Altitude
mínima |
10m |
10m
|
Aramis
Em 1994 foi iniciado o desenvolvimento do sistema Aramis de defesa
terrestre. O
Aramis/Aspide é um sistema de defesa aérea de defesa de
área curta, com
capacidade qualquer tempo, para defesa aérea a nível de
brigada. O sistema é
formado por um Posto de Controle de Bateria (Battery Control Post -
BCP) com
módulo operado por dois tripulantes em chassi 4x4. A antena de
radar é montada
em um mastro extensível de 10 metros de altura capaz de
acompanhar 50 alvos a
até 45km de distância. O sistema comanda até quatro
lançadores de mísseis
Aspide. O lançador não é tripulado e tem seis
mísseis pronto para uso e pode
ficar a até 5km do BCP. O sistema completo leva 8 minutos para
ficar pronto
para uso. Lançador pode usar o Aspide Mk 1 ou o Aspide 2000.
Lançador
do sistema Aramis.
Spada
O desenvolvido do Spada foi iniciado no fim década de 70 para
equipar a Força
Aérea italiana para defesa de base e outras aéreas
chaves. Para diminuir o
tempo e custo de desenvolvimento foi decidido usar componentes
já existentes
como o míssil Aspide Mk1 e o radar TIR. Os testes foram
completados em 1977 com
avaliação operacional entre 1982 e 1983.
Em 1986, um total de 12 sistemas foi comprado pela orça
Aérea italiana com a primeira
bateria operacional em 1983. Mais quatro sistemas foram comprados em
1991 para
equipar um total de quatro batalhões. Em 1996, foi iniciado um
programa
modernização no sistema de comando e controle. A vida
útil do sistema é de 24
anos e com possibilidade de ser aumentado em mais 12 apos modernizado
ou
restaurado.
Em 1986 a Força Aérea da Tailândia comprou um
sistema Spada completo com quatro
lançadores de seis mísseis entregues em 1988.
O Spada 2000 está em
uso na Força Aérea Espanhola
para defesa de bases aéreas.
Fotos de um
teste do Aspide com um acerto direto contra um drone.
Atualizado
em 30 de Janeiro de 2007
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