PYTHON 5

O Python 5 é o novo membro da família Python mostrado em julho de 2003. O projeto foi iniciado em 1997 com fundos do ministério da defesa. O Python 5 é um míssil de quinta geração com capacidade de cobrir alvo dentro de uma esfera completa ao redor da aeronave disparando o míssil no modo LOAL. Pode ser lançado de alcance muito curto até alcance além do horizonte (BVR) com grande probabilidade de acerto mesmo na presença de e contra contramedidas eletrônicas (ECCM).


As novas tecnologias incorporadas no Python 5 incluem um como sensor IR de banda dupla tipo Focal Plane Array (FPA), novo computador, INS, IRCCM sofisticados e novo algoritmo de vôo.

Python 5
A Rafael estudou o uso de TVC mas manteve a configuração do Python 4 além do INS, motor, cabeça de guerra e espoleta.


O Python 5 é um míssil de quinta geração com capacidade de cobrir alvo dentro de uma esfera completa ao redor da aeronave.


O sensor IR de banda dupla tipo Focal Plane Array (FPA) produzido pela Semi-Conductor Devices (Rafael e Elbit) com 320x240 pixels detecta até alvos de pequena assinatura. O angulo "off-boresight" é de 100 graus para cada lado. A foto mostra um cargueiro quadrimotor e um helicóptero (acima) e um Fouga Magisters e um F-16 biposto (abaixo). O sensor compara imagens de várias bandas a cada 25 milisegundos. O sensor pode ver a imagem clara de um alvo tipo caça a 500 metros e discerne o alvo de ruído de fundo com um pixel de precisão.


Montagem feita a partir de um vídeo do Youtube mostrando a imagem do sensor do Python 5. A última imagem é um vídeo mostrando o disparo de um Python 5 a partir de um sistema Spyder.

O novo sensor IR de banda dupla tipo Focal Plane Array (FPA) vê a imagem do alvo ao invés de um borrão de calor sendo muito mais sensível que os sensores anteriores. Um míssil interceptou um UAV IAI Searcher a 9km. O alvo era pequeno demais para o olho humano e emitia pouco calor para sensibilizar os sensores IR comuns. O alvo foi detectado pelo radar do caça que apontou o sensor do míssil. No Python 4 o alcance era limitado pelo sensor e não pelo propulsão do míssil. O novo sensor e modo LOAL acabou com esta limitação.

O Python 5 usa 10 processadores comerciais em cacho, chamado "Hammerhead", com conceito modular para evitar absolescência. A capacidade de processamento é maior que toda a frota de F-16 da Força Aérea Israelense.

O INS usa giroscópios de fibra ótica da IAI Tamam para navegação de meio curso. O INS é que permite cobrir 360 graus no modo LOAL.
Os dados do alvo são inseridos no INS e indica o ponto onde o sensor deve ser ligado para busca autônoma. Os servos de baixa pressão podem funcionar por mais tempo. O tempo ativo de 40 segundos do Python 4 aumentou para 90 segundos no Python 5.

A trajetória moldada faz vôo mais alto que o alvo para preservar energia e depois mergulha quando se aproxima. Se disparado para trás também sobe para conservar energia e mergulha sobre o alvo. Em um teste frontal o Python 5 foi lançado a Mach 0.6 e 25 mil pés, atingindo o alvo que voava a 28km de distância na hora do lançamento a Mach 0.82 e 10 mil pés em direção contrária. O Python 5 pode ter desempenho até superior aos mísseis de médio alcance se disparado contra alvos fora do hemisfério frontal.

O míssil pode sustentar até 70 g's. O modo de pontaria precisa compensa a dobra da asa dos caças nas curvas fechadas.

O Python 5 já foi testado em vôo cativo e livre e deve complementar do Derby de médio alcance. O alcance é de mais de 20km voando a Mach 4. Algumas fontes falam em 35 km voando reto. O míssil pesa 103,6kg, tem 3,09 metros de comprimento, envergadura de 64cm e diâmetro de 160mm.

O Python 5 foi entregue no fim de 2004 para a Força Aérea Israelense e entrou em serviço em 2005. O míssil é um pouco mais caro que o Python 4 e fácil de instalar em aeronaves que já usam o Python 4. O Python 5 já foi integrado nos F/A-18 Hornet, F-15 Eagle, F-16, F-5 e Kfir. O modo LOAL só é possível com aeronaves equipadas com barramento 1553B.

O Python 5 foi usado em combate em sete de agosto de 2006 no conflito do Líbano. Nesse dia um F-16 israelense interceptou um UAV Ababil operado pelo Hezbolah. O vídeo do engajamento mostrou que o UAV foi detectado a curta distância com o caça passando pelo UAV logo após o disparo. O míssil subiu, trancou no alvo e manobrou quase 90 graus bem a frente da aeronave e mergulhou no alvo com acerto direto.


Imagem do combate contra um UAV visto por um FLIR em uma estação em terra. O Python 5 avança a frente da aeronave e logo depois mergulha em direção ao alvo que já tinha sido ultrapassado. Durante o disparo o piloto do F-16 lança flares. Deve ser uma tática padronizada para enganar o inimigo. Se vê os flares pode ser que não veja o disparo do míssil. Se o inimigo aprende que o disparo de flare é seguido de disparo de um míssil então pode ser engajado com o disparo de flares e logo tomar ações defensivas sem realmente estar sendo engajado e ser colocado na defensiva.

A USAF iniciou negociações para comprar um lote de 20 mísseis Python 5 para equipar um esquadrão de F-16 Agressores. A USAF reconhece as capacidades únicas do Python 5 em relação ao AIM-9X em alguns cenários além da grande energia, algoritmo de manobra única e capacidade de longo alcance. Pela quantidade deve estar interessada apenas em avaliação e treinamento.

Israel está considerando um novo míssil ar-ar para ser usado contra novas ameaças. Será chamado Python 6 e será o novo membro da nova família de mísseis. Poderá armar o F-35 JSF e UAVs. Os sensores poderão ser radar ativo e IR juntos. Será mais leve e menor que o Python 5 e com nova configuração. Deverá estar disponível por volta de 2014.

Parece que a FAB adquiriu um lote de mísseis Python 5 para seus caças F-5EM, mas pode até receber alguns Python 4 antes. O objetivo é equipar os F-5EM com um míssil de última geração até o MAA-1B e A-Darter ficarem prontos e já ir desenvolvendo doutrina de emprego.


Em 2007 Israel anunciou o iniciou de dois sistemas de defesa anti-foguetes para complementar o sistema Arrow. O Sharvit Ksamim (Vara Mágica) é baseado no Python 5 e deve conter foguetes de alcance de 40km a 200km. O custo de desenvolvimento será de US$450 milhões e deve ficar e pronto em 2011. Cada míssil dera custar custar US$300 mil cada.

A Rafael foi selecionada para desenvolver um sistema anti-foguete de alcance de 2 a 40km. O sistema será chamado de Kippat Barzel (cúpula de aço) e usa um interceptador cinético com tecnologia atual. O custo de desenvolvimento será de US$ 300 milhões e deve terminar em 30 meses. Cada projétil deve custar US$ 40 mil.

O Arrow será usado contra mísseis de alcance mais de 200 km e já operacional.


Os Python 4/5 foram comprados para equipar os F-5EM da FAB.


Os Python 4/5 da FAB foram vistos inicialmente na versão de treinamento. Foram adicionados canards similares aos AIM-9P o que criou muita confusão.


O míssil anti-missil Stunner poderá ser o próximo míssil ar-ar israelense. Israel passou a projetar primeiro um míssil superfície-ar e depois criar uma versão ar-ar. A versão ar-ar não terá booster.



Atualizado em 01 de Março de 2009

Próxima parte: Fotos do Python 4 e 5



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