R-33 - AA-9 AMOS |
O R-33 (codinome
da OTAN de AA-9 AMOS) é o míssil ar-ar russo de maior alcance
atualmente em uso. Foi projetado pela Vympel para equipar o caça-interceptador
MiG-31 Foxhound.
O míssil deveria ser capaz de interceptar
alvos de todos tipos, incluindo mísseis de cruzeiro voando baixo, a
distância de mais de 100km, dia ou noite, qualquer tempo e qualquer
altitude, e capacidade de operar na presença de interferência
intensa. Os alvos podem a estar a apenas 25 metros do solo como a 28 km de
altitude, ou a até 10 km acima ou abaixo da aeronave lançadora.
Aeronaves manobrando a 4 g´s tem probabilidade de 60-80% de serem atingidas.
Os alvos específicos eram o SR-71 de reconhecimento estratégico,
bombardeiros B-52 e B-1, aeronaves de transporte, helicópteros e mísseis
cruise.
O R-33 possui
uma configuração aerodinâmica convencional com asas de
baixa razão de aspecto e barbatanas traseiras de controle dobráveis
para ser transportado semi-encaixado na fuselagem do MiG-31.
O míssil
é guiado por piloto automático e datalink na a fase inicial
de vôo e com guiamento terminal por radar semi-ativo. O radar Zaslon
do MiG-31 de varredura eletrônica pode iluminar quatro alvos simultaneamente
para ataque pelo R-33.
O míssil usa um sensor 9E50M1 da AGAT otimizado para atuar em conjunto
com a antena de varredura eletrônica do radar Zaslon do MiG-31. O computador
calcula a velocidade angular da linha de visada de modo similar ao R-24
e cria um ponto futuro de impacto (lead pursuit). O R-33 foi o primeiro míssil
russo a usar um processador digital. O sensor tem alcance de 16 a 90km dependendo
do tamanho do alvo.
O desenvolvimento
iniciou em 1973 para melhorar o desempenho do AA-7 Apex e repetir a capacidade
do AIM-54 Phoenix americano. O míssil foi fotografado pela primeira
vez na costa norueguesa em 1985 quando carregado em um MiG-31.
O primeiro
teste foi em 1975, lançado de um Tu-104. O segundo protótipo
do MiG-31 (Bort 832) realizou o primeiro disparo em 1978. Em 1977, satélites
espiões americanos observaram a destruição de drones
voando baixo por um MiG-31 que voava a 7 mil metros. Depois os drones estavam
a mais de 20 mil metros e o MiG-31 a 17 mil. Os russos citam uma capacidade
de engajar mísseis cruise voando baixo a até 35km ou 120km contra
bombardeiros voando alto. O alcance mínimo é de 2,5km.
O R-33 entrou
em operação em 1980. Logo depois surgiu a versão melhorada
R-33S com quatro canards atrás do radome e com maior alcance (160km)
para equipar o MiG-31B equipado com o radar Zaslon-A.
O míssil
está dividido em cinco seções: radome; guiamento e espoleta;
ogiva; motor acelerador/sustentação; seção de
controle.
O R-33 tem
4,15 metros de comprimento, 38 centímetros de diâmetro peso de
490 kg. A espoleta de proximidade por radar ou impacto aciona uma ogiva de
47 quilos. O míssil atinge velocidades de até Mach 4,5.
Míssil R-33.
Detalhes do R-33.
O MiG-31B pode levar quatro mísseis R-33S na fuselagem.
Além do do R-33, o Foxhound
é normalmente armado com quatro mísseis de médio alcance
R-40TD (AA-6 Acrid) ou quatro R-60M (AA-8 Aphid) de curto alcance. O R-33
é usado apenas pela Rússia e nunca entrou em combate.
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