SD-10



A empresa chinesa China National Aero-Technology Import and Export Corporation (CATIC) está desenvolvendo o míssil ar-ar de médio alcance SD-10 (Lightning 10) guiado por radar ativo. O míssil é chamado PL-12 (Pili = Trovão ou Pen Lung = Dragão Voador) na China e SD-10 para exportação.  Também foi chamado de Project 129 ou R-129 que se pensava ser uma cópia chinesa do R-77 russo.

O programa SD-10 foi revelado em 2002. É considerado a prioridade máxima da indústria militar chinesa. Será um míssil sofisticado e complementará o R-77 e R-27 da Força Aérea Chinesa. O SD-10 faz parte da família "Thunder-Lightning" de mísseis ar-ar que inclui o PL-5E, PL-9C e TY-90.

O desenvolvimento entrou no estágio final em 2003. Foi testado no caça J-8-2. O míssil já completou o desenvolvimento e deve estar operacional ainda em 2004 após 10 disparos neste ano nos testes finais.



Teste do SD-10 a partir de uma plataforma terrestre.


Teste do radar do SD-10.

O míssil usa tecnologia russa, principalmente no sensor. A CATIC desenvolve sensores radar banda X e Ku ativos para o SD-10 em cooperação com a AGAT russa. O radar AMR-1 usado no SD-10 deve ser baseado no radar AGAT 9B-1348 ou 9B-1103M usado no R-77. Os russos também fornecem o sistema de navegação inercial (INS) e o datalink. Os chineses afirmam que o radar e datalink são locais.

O míssil tem configuração semelhante ao AMRAAM americano com quatro barbatanas traseiras de controle e quatro asas fixas no meio corpo. As barbatanas traseiras são cortadas na base e maiores que as do AMRAAM. A forma semelhante ao AMRAAM sugere que o projeto foi iniciado no fim da década de 80 e após os russos e chineses iniciarem programas conjuntos de sensores de mísseis.


Detalhes das asas dianteiras e traseiras do SD-10.


O radar AMR-1 foi mostrado em 1996. Acreditasse que já seja usado em mísseis SAM como o LY-60 (cópia local do ASPIDE italiano).

O míssil é um pouco maior que o AMRAAM e R-77 com comprimento de 3.850mm e diâmetro de 203mm. As asas têm envergadura de 674mm. O míssil pesa 180kg. A altitude operacional é de 0 a 25km.

O alcance é citado pela CATIC como 70-80km. O míssil tem trajetória "loft" para otimizar o alcance (tecnologia do PL-11 desenvolvida do Aspide Italiano). A velocidade máxima chega a Mach 4. O míssil pode realizar manobras de 38 g's. O alcance mínimo é de 1.000 metros. O SD-10 tem motor de pulso duplo para aceleração e sustentação enquanto o R-77 tem pulso único.

O míssil é capaz de atingir um alvo à 70km com a aeronave lançadora voando a 10 mil metros e Mach 1,2, contra alvo em rota de colisão na mesma altitude e velocidade. O alcance efetivo é citado com 20-25km e a zona sem escapatória contra um alvo tipo F-16 de 35-45km. Pode engajar alvos a 10 km acima e abaixo da aeronave lançadora.

A CATIC cita quatro modos de engajamento: via datalink de longo alcance com guiamento inercial de meio curso e final por radar ativo; médio alcance com navegação inercial até um ponto pré-programado onde o radar é ligado; curto alcance e "dispare-e-equeça"; e "hom-on-jam" passivo com o radar seguindo a interferência inimiga. Não se sabe detalhes da ogiva mas a espoleta é a laser.

O SD-10 pode ser disparado do lançador PF-95 ou qualquer lançador ocidental. O míssil deve ser usado inicialmente no J-8 Finback que serviu como aeronave de testes. Deve ser usado no novo caça J-10 e também nos Su-27SKK e J-11 Flanker. O Paquistão deve ser o primeiro país a receber o SD-10 para equipar seus caças JF-17/FC-1. Notícias dizem que isto pode acontecer ainda em 2005. Em 2005, um Mirage III paquistanês equipado com um radar Grifo-M conseguiu disparar um SD-10. A CATIC diz que vai levar três anos para qualificar o míssil no JF-17. O míssil vem sendo modernizado continuamente e a CATIC já está desenvolvendo uma versão superfície-ar terrestre e naval.



SD-10 em um Mock-up do FC-17/FC-1.
As pesquisas iniciaram no meio da década de 80. A fase 1 iniciou no meio da década de 80 e foi até inicio da 90 para estudos de tecnologias chaves. A fase 2 iniciou no meio da década de 90 com o desenvolvimento de subsistemas. A fase 3 iniciou no fim da década de 90 com testes de verificação geral de desempenho. A fase 4 iniciou após o ano 2000 para testes de demonstração.


SD-10 em um caça F-8 durante os testes.

SD-10
SD-10 em um caça J-10.

SD-10
SD-10 em um caça J-11, versão local do Flanker.


Um caça J-10 chinês disparando um SD-10.

Atualizado em 30 de Janeiro de 2007



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