SRAAM

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O SRAAM foi resultado da experiência americana no Vietnã, e outros teatros de operações, onde um lançamento de mísseis só era permitido após a identificação visual positiva do alvo. Isto mostrou a necessidade de melhores armas de combate aéreo de curto alcance além de um míssil capaz de resistir as grandes acelerações do combate aéreo. A tecnologia da década de 70 já permitia desenvolver um míssil bem mais capaz que os em operação na época.

Assim, a Hawker Siddeley Dynamics, atual MBDA, iniciou o estudo de um míssil ar-ar de curto alcance para pesquisa e desenvolvimento. O projeto era chamado Taildog na década de 70 sendo resultado de uma pesquisa chamada QC.434 para uso de vetoramento de empuxo como única fonte de movimento do míssil.

O projeto se tornou SRAAM-100 (Short Range Air-to-Air Missile), e depois apenas SRAAM, quando o governo britânico passou a dar apoio financeiro. O projeto de 1974 foi considerado muito caro e se tornou um programa de desenvolvimento de tecnologia e evoluiu para o programa AIM-132 ASRAAM.  O Sidewinder AIM-9L foi escolhido para equipar as aeronaves britânicas enquanto isso.

Um modelo reprojetado foi testado em 1977 em vôo real passando dentro do alcance letal do alvo. Os disparos subsequentes mostraram grande agilidade e letalidade, incluindo curvas de 90 graus logo após deixar o lançador (incluindo uma colisão com a fuselagem do Hunter lançador). A capacidade de engajar alvos a curta distância era muito importante e o alcance máximo era similar aos mísseis da época. O sistema de controle de tiro seria simples para ser levado por qualquer aeronave sem muita modificação.

O míssil usava TVC e tinha cauda dobrável com seis barbatanas. O comprimento era de 2,7m com diâmetro de 165mm e pesava 60kg. A velocidade máxima era de Mach 3 e o alcance estimado em 8km. Foi estudada uma versão anti-radar chamada SRARM.

O míssil não tinha asas e era lançado de um lançador tubular duplo. O tubo lançador abria o nariz, disparava o míssil e fechava o nariz novamente para reduzir o arrasto. O uso de tubo de lançamento tinha a vantagem de preservar o míssil durante o vôo cativo o que era uma causa das falhas dos mísseis da época.

O projeto do caça leve naval Blackburn P.146 de 1969 seria armado apenas com o míssil Taildog e seria apoiado pela aeronave AEW do projeto P.139. As duas aeronaves foram canceladas.

O SRAAM foi um dos responsáveis pelo cancelamento do projeto XAIM-95 AGILE americano, que também usaria TVC para alta agilidade. O programa SRAAM foi terminado no fim de 1977, mas se tornou a base para o programa ASRAAM europeu.


O SRAAM tinha um motor produzido pela IMI Summerfield com controles da Sperry Gyroscope.


Detalhe do TVC do SRAAM.

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TVC do SRAAM.

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Lançador duplo do SRAAM equipando um Harrier.

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Um lançador duplo do SRAAM em um Hunter usado nos testes em 1978. O sistema está equipado com uma câmera de gravação e está sem as portas da versão de produção.

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Um SRAAM e o lançador duplo com as portas abertas.

Atualizado em 30 de Janeiro de 2007


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