A Doutrina Delta, que é usada para conflito convencional limitado no continente e fora do teatro de operações da Amazônia, cita nos seus princípios que as perdas humanas devem ser mínimas e deve-se lutar em toda profundidade no campo de batalha, incluindo infiltração na retaguarda do inimigo.
A evacuação médica (EVAM) é uma missão obrigatória e prioritária em qualquer conflito. Israel só usou sua frota de UH-1 para assalto após diminuir a necessidade de missões EVAM. Uma aeronave composta teria vantagens nesta missão como a reação rápida, cobertura de grande área e poder operar bem longe da base.Cenários
Os cenários em que uma aeronave composta pode atuar vão
deste conflitos de
baixa intensidade até alta intensidade. No pior caso, uma
aeronave composta
poderia ser usada em combate de resistência contra uma
potência estrangeira,
com a frota da FAB, MB e EB usando a capacidade de
penetração e dispersão para
apoiar operações na retaguarda inimiga. As aeronaves
deverão estar equipadas
com sistemas sofisticados de alerta radar e autodefesa.
Outra forma de cenário de alta intensidade é atuar em uma
coalizão contra uma
grande ameaça. As missões de paz a princípio
não precisam de equipamento
sofisticado, mas algumas operações mostraram que
até aeronave de carga precisam
de sistemas defensivos sofisticados que antes só estavam
disponíveis para
aeronaves de combate. O motivo é operar bem próximo a
área de conflito e não em
área de retaguarda.
Os locais de operação podem ser desde o território
nacional até deslocamento
para o exterior. O alcance seria importante para deslocamento dentro do
território. A capacidade de reabastecimento em vôo poderia
ser usada para
deslocar para o exterior sem necessitar de uma grande aeronave de
transporte.
O desempenho
de uma aeronave composta lembra os
requisitos do V-22 Osprey, JVX na época, para o USMC que queria
uma aeronave de
transporte rápido entre os navios e a cabeça de praia a
longa
distância. Caças
fariam MiG-CAP e as defesas em terras seriam esparsas em
cenários do Terceiro
Mundo que seriam cobertos pelos USMC na época da Guerra Fria. O
requerimento de
desempenho e carga/distância eram os mais importantes e seria
apoiado pelo
helicóptero CH-53E e pelo hovercraft LCAC.
Na mesma época, o US Army pensava em um cenário de alta
intensidade na Europa
com concentração de força contra uma
invasão blindada dos soviéticos. O US Army usaria
helicópteros
Apache e Cobra armados com mísseis e aeronaves A-10 da USAF para
caçar os
blindados. Helicópteros de reconhecimento detectariam os alvos
para os helicópteros
de ataque. O US Army queria uma aeronave para apoiar as zonas de
reabastecimento
das aeronaves próximas a linha de frente. Estavam mais
interessados no helicóptero
pesado ACR para substituir o CH-47 capaz de levar grandes cargas. O LXH
seria a
nova aeronave de reconhecimento. O programa JVX tinha carga bem
inferior ao ACR
que seria próximo a do C-130. Operando próximo a linha de
frente era melhor uma
aeronave lenta para tentar fugir aos radares dos caças com
vôo lento e bem
baixo. A velocidade não era necessária neste
cenário.
Nossa realidade estratégica está mais para os
cenários do Terceiro Mundo do JVX
que o de uma invasão por superpotência na Europa, com as
forças tendo de cobrir
um cenário local de dimensão continental.
Sensores e Armas
As armas de uma aeronave composta são praticamente as mesmas que
podem ser
usadas por um helicóptero ou aeronave de ataque leve, mais a
vantagem de poder
lançar bombas como uma aeronave convencional.
Durante o conflito do
Vietnã, os UH-1 testaram vários tipos de armas como
metralhadoras em casulos,
laterais e em torretas no nariz, canhões em casulo ou tiro
lateral,
lança-granadas e casulos de foguetes. As metralhadoras Minigun
de tiro frontal
com foguetes de 70mm foi a que teve mais sucesso junto com metralhadora
de tiro
lateral e são usadas até hoje. As Minigun 7,62mm de tiro
lateral eram
consideradas bem potentes.
O míssil AGM-22B (Nord SS-11) com
3km de alcance também foi testado e entrou em serviço em
1965 sendo usado por pouco tempo. Outro míssil
usado no Vietnã pelos UH-1B foi o TOW que destruiu 26 blindados
vietnamitas na
invasão da primavera de 1972.
Uma aeronave composta pode ter 2-3 cabides em cada asa e metralhadoras
laterais
calibre 7,62mm ou 12,7mm. Os cabides podem levar casulos com
metralhadoras/canhões, bombas, foguetes ou mísseis.
Os AH-1J
Cobra do USMC
receberam bombas MK115 bombas, bombas explosivo ar CBU-55 e
mísseis Hellfire. O
Sidewinder foi instalado para contrapor a ameaça de
helicópteros russos. O
modelo AH-1W usa mísseis Maverick, Sidearm antiradar, foguetes
pesados Zuni,
bombas Mk-81 e Mk-82.
Os Mi-24 russos também estão equipados para disparar
bombas convencionais e em
cacho com espoleta de tempo (32 segundos). A velocidade de uma aeronave
composta melhora a capacidade para
disparar
armas balísticas. As táticas do US
Army é usar táticas de pairar a
baixa altitude e engajar e funciona com mísseis Hellfire e TOW.
Os OV-10 no
Vietnã podiam acertar uma cratera de bombas com foguetes quando
disparados em
mergulho. Os Cobras atiravam quase nivelados e lentamente e tinham
péssima
pontaria. Os russos também disparam mergulhando e consideram os
foguetes
precisos até a longa distância.
Uma aeronave composta tem grande versatilidade para missões de
ataque com a
capacidade de atacar nivelado de grande altura, em mergulho, pairado ou
circulando o alvo com tiro lateral. O perfil dependeria do
cenário e do alvo.
Uma versão de patrulha marítima em cenários de
baixa intensidade só precisaria
de uma metralhadora 12,7mm de tiro lateral para atacar alvos no mar a
1.800
metros, bem longe de armas leves embarcadas, sem sobrevoar o alvo.
Outra vantagem em relação as aeronaves convencionais
é a opção de operar em base avançada sem
precisar de uma pista
normal.
Um Bandeirante só tem a capacidade de evitamento e fuga em caso
de combate. No caso de uma
aeronave composta poderá revidar sem ter a
frustração de servir de alvo. Se tomar
a iniciativa do ataque
se expõe mais.
A capacidade ar-ar na forma de mísseis, metralhadoras e
canhões deve ser
considerada pois é bem provável que em cenários
futuros haja encontro com
helicópteros inimigos e podem estar armados. A capacidade ar-ar
também inclui treinamento.
Os UH-1 já treinam "mata pato" contra alvos aéreos
rebocados.
Testes do US Army mostraram que a agilidade a
baixa altitude era mais importante no combate helicóptero versus
helicóptero. Quem vira mais rápido tem mais chances de
conseguir uma vitória. Os Mi-24 foram armados com mísseis
R-60 (AA-8 Aphid) apontados pela mira do piloto. Quando testado contra
helicóptero com supressor IR o alcance era de apenas 600m e
menor ainda contra aeronaves a pistão. Em grandes temperaturas
era mais problemático ainda. O Mi-24 acabou não recebendo
mísseis ar-ar.
No conflito
Irã x Iraque foram
118
engajamento aeronave versus helicóptero e 56 engajamento
helicópteros versus helicópteros
incluindo 10 engajamentos de Mi-24 versus AH-1J SeaCobra. Os AH-1
usavam mísseis
TOW a longa distância se conseguisse atacar primeiro. Se errasse
tinha que
fugir rápido pois era mais lento, indo atrás de cobertura
antiaérea ou chamava
caças. Já o Hind subia e mergulhava tentando pegar
por trás. Os Cobra
conseguiram as primeiras vitórias com os TOW, mas no geral foram
10 x 6 de
vantagem para os Mi-24.
Metralhadoras e foguetes são as
armas normais dos helicópteros artilhados, mas
bombas também podem ser adicionadas como esta MK-81 de um
helicóptero de El
Salvador. Sem experiência com o uso de helicópteros, o US
Army teve que aprender
na prática. As táticas do Vietnã iniciou com a
formação de equipes de
caçadores-matadores (hunter-killers) e helicópteros de
transporte de tropas. A
equipe detectava e cercava as tropas inimigas e também faziam
alerta para
resgate. O OH-6A Loach voa baixo e lento (cerca de 100km/h) em local
suspeito.
O tripulante traseiro usava uma metralhadora M-60 e tinha uma granada
de fumaça
na mão. Se o helicóptero fosse atacado, o piloto virava a
cauda para a ameaça e
fugia. A granada de fumaça era lançada para marcar o
local para ser atacado
pelos UH-1C armados ou AH-1G Cobra que sabia que a
direção contraria da fuga do
OH-6 era a direção do fogo inimigo. Os
helicópteros só reagiam a ameaças de
armas leves. Se o inimigo usava armas pesadas a equipe chamava apoio de
aviação.
O OH-6 preferia atacar com a metralhadora lateral de longa
distância e evitava
sobrevoar o local. O AH-1 era bem mais rápido e difícil
de detectar e
mergulhava para atacar passando sobre o alvo como as aeronaves de asa
fixa. Os
pilotos de UH-1 armados que passaram a pilotar o AH-1G Cobra relataram
a falta
dos olhos dos artilheiros laterais e que era difícil ouvir som
de disparos do
solo com a cabina fechada. Os artilheiros laterais cobriam os lados e a
parte de baixo da
aeronave
com fogo de metralhadora, além da cobertura visual.
O UH-1 artilhado é usado
até hoje nos EUA. O UH-1N entrou em serviço em 1979 no
USMC. A versão
modernizada UH-1Y terá raio de ação de 200km para
inserção de 8 tropas com 30
minutos no local. Estão equipados com o FLIR
AN/AAQ-22 SAFIRE. O Safire foi
escolhido para equipar o A-29 com 15 adquiridos em 1999 por US$ 7
milhões. O UH-1N é usado para EVAM, utilitário,
ataque artilhado e
observação. Durante os
desembarques anfíbios é usado para comando e controle
aéreo das embarcações de
desembarque. Com o equipamento de navegação
avançada pode saber se estão no
local certo. O UH-1N também pode servir como posto de comando
aéreo com uma
estação com vários rádios.
A história dos helicópteros armados data da Segunda Guerra Mundial com o Focke-Achgelis Fa223 armado com metralhadora MG15 de 7,7mm e de teste da Sikorsky com o R-4 armado com bombas de profundidade em 1940. Os EUA chegaram a pensar em usar como destruidor de blindados. O crédito foi para os franceses uma década depois na Argélia.
Os primeiros helicópteros de resgate eram armados pois era esperado encontro com resistência e as armas seriam usadas para auto-defesa. O R-4 foi usado com sucesso em Burma pelos EUA nesta missão. Durante a Guerra da Coréia, o US Army passou a considerar helicópteros armados para operações ofensivas. Em 1954, baseado na experiência da Coréia, O US Army iniciou estudos sobre a utilização de helicópteros armados para escolta de transporte e que também deveriam penetrar no território inimigo ou para resgate. O Bell H-13 foi o primeiro a testar armas seguido do Sikorski H-34 e Piaseki H-21 armados com canhões e foguetes. O protótipo do UH-1 foi testado com lança-granadas, metralhadoras e foguetes e mostrou ter desempenho bem superior.
Os helicópteros armados
mostraram ter desempenho bem pior que as aeronaves de asa fixa, mas
foram
julgados necessários para apoiar tropas aerotransportadas. Os
testes não eram
oficiais e quando se tornaram oficiais a USAF reclamou que iriam
cumprir missão
de apoio aéreo. O US Army afirmou que era para auto-defesa, mas
chegou a testar
mísseis SS-11 no CH-34 Choctaw e depois no UH-1B em 1961.
No inicio do conflito do Vietnã, os helicópteros eram escoltados por T-28 Trojan e B-26 Invaders que não podiam atacar alvos muito próximos as tropas como os helicópteros. Os foguetes e metralhadoras disparados pelo piloto foram completadas por metralhadoras laterais. O resultado foi o aumento do peso junto com a blindagem adicional. Resultou no aumento da potência com a introdução do UH-1C. A US Navy e a USAF passaram a armar seus helicópteros para ataque ou auto-defesa. Os estudos das experiências no Vietnã mostrou que UH-1 era lento (120km/h em cruzeiro), pouco potente, de curto alcance e leve para ser um bom helicóptero artilhado. Não tinha velocidade para escoltar os CH-47 bem mais rápidos e não pode servir como helicóptero artilhado e transporte ao mesmo tempo. Em 1964 havia 200 UH-1 no Vietnã. Nos últimos anos eram 2.500. Ao invés de ir a pé a infantaria voava pelo país. Tomavam o terreno em busca de guerrilheiros e voltavam para a base. Logo os Viencongs tomavam novamente o terreno. As perdas também mostraram ser menores que o esperado. O número total de perdas foi alto, 2.281 helicópteros perdidos sendo cerca da metade em acidentes, mas em número de horas de vôo foi um para 6.629 horas.
A capacidade defensiva de uma aeronave composta
já pode ser considerada
superior devido ao alcance e velocidade pelos mesmos motivos já
descritos para
as aeronaves tiltrotor, considerando que a aeronave composta é
cerca de 15-20%
mais lenta.
No caso do substituto do Bandeirante, é bom
considerar que pode
ser uma
aeronave militarizada enquanto o Bandeirante (e o Super Puma)
são aeronave civis
adaptadas para uso militar. Os conceito de blindagem, rusticidade,
redundância
e controle assinatura são superiores.
Nem todas as aeronaves precisam de equipamentos
defensivos sofisticados
e nem
há recursos para isso. Sistemas defensivos como MAWS, RWR, chaff
e flare podem
ser obrigatório em esquadrões que vão operar em
cenários de alta intensidade
como salvamento de combate e operações especiais.
Em um conflito convencional
só as aeronaves ataque estão em risco. Os
helicópteros e aeronaves de
transporte atuam com relativa segurança na retaguarda. Apenas os
helicópteros
de operações especiais e CSAR atuam em território
inimigo.
Nos cenários de baixa intensidade e missões de paz a realidade é diferente. O risco de emboscada e ataque surpresa é uma constante. Até os helicópteros de ataque estão pouco protegidos para estes cenários. Nas emboscadas o inimigo atira e fogem não dando chance de contra-ataque.
Não só sistemas defensivos
são usados para
aumentar a capacidade de
sobrevivência. Os UH-1 americanos no Vietnã receberam
sistemas de proteção
térmica para se protegerem dos SA-7 que apareceram no fim do
conflito, mas
melhor defesa era voar abaixo de 15 metros. Durante os pousos de
assalto e
resgate, eram injetados produtos no exaustor que criavam uma cortina de
fumaça.
Os helicópteros são
sensíveis ao peso e a blindagem é limitada a pilotos e
partes vitais. O uso de
blindagem em maior quantidade leva ao uso de aeronaves maiores e
potentes. Os
sistemas defensivos acabam focando nos mísseis antiaéreos
portáteis (MANPADS).
No Iraque o SA-7 e os RPG são a grande ameaça. A guerrilha local sabe que a melhor posição para disparo é a 100m a frente de um helicóptero vindo em sua direção, mas tentam disparos contra alvo a 700-800 em tiro cruzado. Os chechenos usaram contra russo e inclui disparo a partir de túneis com túnel adicional para absorver o jato traseiro. Os americanos observaram que estão usando espoleta de autodestruição mais curta para explodir mais perto dos helicópteros.
No Iraque os helicópteros ficam separados em pelo menos 500 metros para ter campo de tiro para atacar tropas com RPG se identificados. Os Apache passaram a disparar mísseis Hellfire em movimento e não mais em vôo pairado. Nas operações de assalto aéreo partiram para táticas de criar um "anel de aço" na zona de pouso. A barragem de artilharia dura cerca de 4 minutos e cobre um circulo de 2km de diâmetro. Depois os Apaches cobrem um perímetro de 8km adicional com apoio aéreo adicional de aeronaves. Esta tática foi iniciada durante a invasão do Iraque apo a emboscada em Karbala onde 32 Apaches foram atingidos .
Um helicóptero de ataque que voa
mais rápido é mais seguro
como mostrado recentemente no Iraque. Os AH-64 Apache do US Army
operavam baixo
e voavam lentamente. Os AH-1 Cobra do USMC voavam rápido
(manoeuvring attacks ou running attacks ou diving fire) ao invés
de
ataque pairado e
sofreram menos
perdas (foto). A história
do Cobra começou em 1958 quando a Bell projetou e testou o
modelo D245 Combat
Reconassainse Helicopter que foi escolhido como helicóptero de
ataque provisório
antes do programa AAFSS (AH-56) ficar pronto. A experiência no
Vietnã resultou
no uso de tanques auto-selantes, blindagem no compressor, sistema de
combustível
e sistema hidráulico e proteção para os
tripulantes. O Cobra era bem mais ágil
e tinha maior angulo de mergulho e velocidade que o UH-1C armado. Era
usado para
escolta armada, reconhecimento armado e apoio aéreo aproximado.
Em algumas
ocasiões o Cobra chegou a levar aviadores derrubados no paiol de
munição do
canhão. Mesmo com as melhoras ainda era considerado pouco
potente e opera com
carga de armas limitadas em tempo quente.
Um SH-3 da MB armado com um
míssil
AM-39 Exocet. Nossos Sea King
não tem equipamentos defensivos, mas isto pode se tornar
necessário em tempo de
Guerra. Os SH-3 canadenses usados na operação Friction
(nome da operação
Tempestade do Deserto canadense) receberam chaff, flare, contramedidas
IR
(IRCM), alerta laser (LWR), alerta radar (RWR) e metralhadora lateral
para
operar Golfo Pérsico. Nas missões ASW a aeronave precisa
pairar por cerca de 6 minutos durante as dipagem do sonar.
O Sea King já foi testado como
aeronave composta com dois
turbojato J60P-2 com 1300kg de empuxo cada, rotor de torque reduzido,
asas com
9,75m de largura, cauda com área aumenta e leme chamado NH-3A. Vou em maio de 1965 e atingiu
390km/h. Destacamentos de SH-3 eram deslocados em contratorpedeiros em
posição
avançada e usados para CSAR no Vietnã. Com a tecnologia
composta isto não seria
necessário.
Os sensores de uma aeronave composta são os mesmos que podem ser
usados em um helicóptero
e dependem da missão. Casulos de radar, FLIR, reconhecimento e
guerra
eletrônico encolhidos de acordo com a missão. Um radar
pode ser padronizado
como o SCP-01 do A-1M ou o Grifo F do F-5EM/FM e instalados em casulo
nas asas
para missões de patrulha marítima, ataque e
operações especiais/CSAR. Modos de acompanhamento
do terreno é desejável. O FLIR pode ser desde um modelo
sofisticado e caro
como um casulo Litening ou uma torreta FLIR mais barata como o Star
Safire já em uso nos A-29B. Junto com o
NVG, o FLIR
permite operar a noite e mal tempo, aumentando a capacidade de
detecção e de
sobrevivência. Um HUD e HMD seriam necessários para as
missões de ataque, para apontar armas e sensores, e usar modos
de ataque como CCIP e CCLP.
A AVEX tem dois Fennec equipados com FLIR Star Safire capaz de gravar imagens ou transmitir para uma estação terrestre em tempo real. É considerado caro e o seu emprego é restrito e poucas aeronaves devem ser equipadas com o mesmo. O sistema é chamado de Olho da Água, mas foi apelidado de "ovo da águia" porque sempre tem alguma coisinha quebrada nele.
Em 2004, após o aumento da
resistência no Iraque, o USMC substitiu o UH-1N pelo AV-8B
equipado com o casulo Litening II AT nas missões de escolta de
comboio terrestre. Além de levar armamento superior, com o
Litening o Harrier mostrou ser capaz
de identificar explosivos no caminho (IED - Improvised Explosive
Devices) e podia transmitir as imagens para uma estação
em terra. Cerca de 65% dos IED são identificados antes de
detonarem. Também passaram a auxiliar incursões de
forças especiais.
Os UH-1 no Vietnã só voavam a noite em boas condições de tempo e em terreno plano. Para atacar a noite iniciou com uso de flare. O projeto IFANT usou câmeras sensíveis a pouca luz (LLLTV) que mostravam imagem no painel. Deixou-se de usar luzes no painéis e munição traçantes. Os UH-1 também testaram alguns modelos de FLIR. Os sensores eram acoplados as armas. Agora já ficou mais fácil com o uso de óculos de visão noturna.
Custos
Os custos com o uso de aeronaves compostas devem aumentar por substituir aeronaves bem simples como o Bandeirante, mas o custo-benefício, bem mais difícil de calcular, deve compensar no fim das contas. O custo da hora de vôo do UH-60 Blackhawk é de cerca de US$ 2.800 e bem maior que a de uma aeronave bimotora do porte do Bandeirante.
Entre as medidas para economizar é
poder desligar
um motor durante o vôo. Isto não é viável em
aeronave bimotora devido ao efeito ao torque assimétrico, mas
possível em um helicóptero que tem uma
transmissão única para os
motores.
Atualizado em 28 de julho de 2006
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