Acompanhamento do Alvo
A maioria dos mísseis que empregam navegação proporcional
usam sensores moveis para acompanhar o alvo (traquear o alvo no jargão
da FAB). Estes sensores tem limitação física para todas
as direções, chamado limite de acompanhamento ou ângulo
off-boresight, que restringe o campo de visão e assim a quantidade
de "lead pursuit" que o míssil pode desenvolver. Se o sensor atinge
este limita o míssil perde a capacidade de guiamento e passa a voar
balístico. Outro fator é a velocidade da variação
da linha de visada com o alvo e a vantagem de velocidade do míssil
sobre o alvo.
A geometria de acompanhamento
dos mísseis é dividida em três métodos:
1 - lead pursuit com o míssil indo em direção a
um ponto de impacto futuro. O piloto irá ver o míssil como
um ponto fixo aumentando de tamanho.
2 - pure pursuit com o míssil apontando direto para o alvo continuamente.
O piloto irá ver o míssil se deslocando continuamente para
trás.
3 - lag pursuit feito pela aeronave inimiga. No caso foi uma manobra
F-Pole.
Com os sensores internos da aeronave o piloto
busca, detecta e adquire o alvo, alimentando os dados para os mísseis
serem disparados. O míssil pode ser disparado se os dados do alvo
se encaixam nas características de guiamento do míssil. O piloto
pode disparar se estiver nos parâmetros de lançamento, calculado
pelo computador de bordo. As informações são mostradas
no HUD como o alcance máximo e mínimo do míssil.
Os sensores usados nos mísseis ar-ar, e em boa parte dos mísseis
SAM, são o radar ativo, radar semi-ativo, radar passivo e o infravermelho.
O guiamento por radar ativo (TARH - Terminal Active
Radar Homing) usa um míssil com transceptor radar e eletrônicos
necessários para encontrar e guiar o míssil até o alvo
de forma autônoma. A energia recebida pela antena do míssil
é amplificada, demodulada e analisada para determinar a direção
do alvo. O sensor precisa saber discriminar entre os retornos do solo e as
reflexões do alvo e também deve ser capaz de resistir as interferências
do alvo. Por motivos práticos o tamanho da onda de radar deve ser
menor que a antena e variar de 1 GHz (1 metro) a 60 GHz (milímetros).
A distância do alvo é determinado pela medida do tempo do
pulso para ir até o alvo e retornar. Quanto mais potente o pulso
maior o alcance e maior a capacidade de resistir a interferente, mas precisa
de um transmissor maior e eletrônicos maiores. Uma solução
é pulsar a energia de saída. Por exemplo, usar 100kW em pulsos
de 10 ms irá gerar uma energia média de apenas 10kW. Radares
de busca tem feixe de radar largo para detectar alvos enquanto para acompanhar
o alvo é necessário um feixe muito estreito e mais preciso.
Existem várias vantagens dos mísseis ar-ar com guiamento
por radar ativo:
- O míssil pode atingir uma distância maior em relação
a aeronave lançadora, com acompanhamento mais preciso e melhor resistência
a ECM. É o método com melhor Pk junto com método TVM
(Track Via Missile) usado nos mísseis SAM.
- Por ser um método autônomo na fase terminal, a plataforma
lançadora não precisa ter seu radar apontado para o alvo nesta
fase e pode sair da cena ou tomar outra ações esquecendo o
míssil. Esta capacidade é chamada "dispare-e-esqueça"
e é a sua maior vantagem. Este modo usa navegação por
INS até um ponto onde o míssil liga radar e onde deveria encontrar
o alvo (modo fly out).
- São poucas as chances do alvo saber do ataque e tomar medidas
evasivas. Com o radar ligando próximo do alvo são apenas alguns
segundos para manobras evasivas (menos de 10 segundos).
- A aeronave pode atacar vários alvos simultaneamente.
A desvantagem é a necessidade de um radar completo no míssil
o que até recentemente era difícil de miniaturizar. Antes os
radares eram grandes e só podiam ser usados em mísseis grandes
como o Phoenix que precisavam de aeronaves grandes para disparar como o
F-14. Os radares foram miniaturizados mas ainda são caros. Foram
os transistores que permitiram miniaturizar os microprocessadores ficando
mais resistentes a interferência eletrônica e com melhor capacidade
de discriminar o retorno de fundo.
O motor de radar ativo tem a opção de HOJ (home-on-jam)
e passa a atuar como míssil anti-radar indo em direção
as emissões de interferência eletrônica inimiga. Isso
o torna imune a ECM diminuindo algumas desvantagens relacionadas com a baixa
potência do radar do míssil e alcance.
No sistema de guiamento semi-ativo (Semi-Active
Radar Homing - SARH) o míssil
usa um sensor passivo enquanto a transmissão de radar é feita
pelo radar da aeronave lançadora que é chamado de iluminação
do alvo. O sensor no míssil se guia pelos reflexos no alvo do radar
da aeronave. A maioria usa o método de onda continua para guiamento
(CW - Continuous Wave) e o feixe de radar é bem estreito.
Os primeiros mísseis SARH faziam varredura cônica mas os
atuais fazem varredura monopulso sendo mais precisos e mais resistentes a
interferência eletrônica, apesar de mais complexos. A varredura
cônica funciona com a rotação da antena para modular
o sinal. No monopulso semi-ativo a onda mostra toda a direção
do alvo de um pulso único, ou onda contínua.
Uma das vantagens do guiamento SARH é poder usar um transmissor
maior e bem mais potente. O míssil irá fazer "lead pursuit"
se o sensor estiver olhando fixo para o alvo.
A maior desvantagem é a necessidade de a necessidade de iluminação
do alvo continuamente sendo que a aeronave fica apontada na direção
do alvo, ou quase na direção do alvo, se aproximando e pode
ficar vulnerável a um contra ataque. Outra desvantagem é que
as emissões constantes e típicas do CW vai dar alerta ao alvo
que logo irá tomar medidas evasivas ou interferir. A terceira desvantagem
é poder atacar apenas um alvo de cada vez.
Alguns mísseis SAM usam navegação por INS de meio curso e semi-ativa apenas na fase final sendo chamado de semi-ativo intermitente permitindo que um radar de controle de tiro engaje vários alvos simultaneamente. Este método ainda não foi usado por mísseis ar-ar já que não dá a capacidade "dispare-e-esqueça" enquanto os navios não tem a opção de fugir.
O método SARH está
se tornando pouco usado apesar de serem mais simples e baratos em relação
ao radar ativo. Foi o primeiro sistema de guiamento usado pelos mísseis
de longo alcance por ser barato e na época (década de 50) não
havia tecnologia de miniaturização. A tecnologia de válvulas
da época também era pouco confiável e os mísseis
tinham muitos defeitos.
Os sensores infravermelhos atuais
usam tecnologia Focal Plane Array (FPA). O FPA funciona de modo semelhante
as câmeras CCDs digitais de TV. Os sensores FPA tem um campo de visão
instantâneo maior que o sistema reticular dos Sidewinder antigos, e
se fixa continuamente no alvo e nos contornos do ambiente de fundo, e expõe
uma área de detecção muito maior e por mais tempo as
emissões do alvo. O FPA segue o alvo pelo
contraste da mesma forma que os mísseis guiados por TV como o Maverick
e GBU-15.
O sensor considera a imagem de
fundo e a rejeita, além de poder discriminar alvos múltiplos
e contramedidas como flares facilmente. O sistema é imune a interferidores
de pulso convencional usados contra os sensores antigos.
A imagem do alvo de alta resolução
permite a seleção de um ponto específico de pontaria,
ao invés do limite entre a fuselagem e o exaustor, com alta resistência
a contramedidas IR e ótima rejeição de ruído
de solo. O sensor é capaz de reconhecer a diferença de freqüência,
intensidade e velocidade comparada com a aeronave para otimizar a resistência
a contramedidas. A única
contramedida efetiva são os lasers potentes para queimar o sensor.
Com um sensor
de grande velocidade de varredura é praticamente impossível
quebrar o trancamento com manobras violentas em qualquer alcance. Por exemplo,
o sensor do AIM-9X sensor pode virar a 800 graus/segundo e girar a 1600 graus/segundo
e escapar do campo de visão do sensor é geometricamente impossível.
Combinado com um processador de sinais o sensor pode realmente ver o alvo com grande distância de aquisição. O software pode até designar partes da aeronave como ponto de impacto como motores, cockpit, raiz das asas, etc.
A cabeça de busca
com sensor FPA não vê um borrão. Ela vê um alvo
definido e não só sabe se é o alvo ou armadilha como
consegue identificar o tipo de aeronave como mostra esta imagem do sensor
do AIM-9X. Os sensores percebem até a diferença de velocidade
entre o alvo e despistadores (flares). O único problema dos sensores
FPA é que são muito caros chegando a ter o mesmo preço
de um radar ativo de míssil.
Os russos e franceses costumam projetar mísseis
com opção de guiamento por radar e infravermelho nos seus mísseis
de longo alcance como o R.530, MICA, R-23, R-27 e os russos devem colocar
em operação o R-77T com sensor infravermelho. Pelo menos o
MICA usa um sensor FPA.
As limitações dos sensores são relativamente comuns.
O alcance depende da sensitividade, atenuação atmosférica,
ruído de fundo e energia refletiva e emitida. Os sensores radar são
menos efetivos a baixa altitude onde o ruído de fundo esconde o alvo
e precisa de técnicas Pulso-Doppler. Contra mísseis SAM o acompanhamento
do terreno ainda é o melhor meio de ficar fora do campo de visão
do radar. Os sensores térmicos são menos efetivos em terreno
quente e entre as nuvens. Também funcionam melhor no aspecto traseiro,
mas neste aspecto os mísseis têm o menor alcance.
O melhor meio de derrotar um míssil na perspectiva do sensor é
sair das limitações do campo de visão. Todo sensor tem
um campo de visão (FOV - Field of Vision) e fora deste campo não
podem ver o alvo. Se o alvo manobra e sai do FOV antes do míssil corrigir
a trajetória o míssil foi derrotado. Até o acompanhamento
pode ser perdido antes se o alvo for muito mais rápido que o sensor.
É por isso que os alvos cruzados são os mais difíceis
de serem acompanhados. O problema é que os sensores atuais estão
ficando cada vez ágeis e estas técnicas só são
possíveis contra mísseis de curto alcance até
a Terceira Geração.
Os flares ainda são
efetivos contra a maioria dos mísseis guiados por infravermelho ainda
disponíveis em grandes quantidades.
Letalidade
A efetividade terminal depende da cabeça de guerra e da espoleta.
As cabeças de guerra (chamado aqui de ogiva para simplificar) variam
de tamanho, tipo e configuração. As ogivas usadas nos mísseis
ar-ar geralmente são do tipo explosiva-fragmentada, criando uma nuvem
de estilhaços. O objetivo é causar dano combinando o choque
da explosão e dos fragmentos de alta velocidade. O efeito da explosão
não é geralmente muito grande e os fragmentos tendem a se espalhar
e perdendo poder rapidamente com a distância. Outro tipo é
um bastão explosivo (expanding-rod) com a lateral em camadas que
formam um anel expansivo durante a explosão. O bastão explosivo é mais usado nos mísseis mais pesados e o objetivo
é criar falha estrutural no alvo. Outros tipos são a incendiária
e a direcionada (pellets).
A letalidade da ogiva depende da quantidade de
explosivo e o número e tamanho dos fragmentos. Se o míssil é
pouco preciso e a espoleta ruim então é preciso uma ogiva maior
como acontecia com os primeiros mísseis. Quanto maior o peso da ogiva,
mais efetiva, mas quanto mais pesada, maior o peso e tamanho do míssil,
diminuindo sua manobrabilidade.
Não é só o peso da ogiva que importa. Os russos
citam que o comprimento da ogiva também é importante e a forma
como funciona. A ogiva do míssil Roland lança estilhaços
bem maiores para provocar furos bem grandes nos tanques auto-vedáveis.
A letalidade é medida pelo raio letal ou raio hipotético
onde o alvo sofrera dano fatal se a ogiva explodir. Cada míssil tem
um raio letal declarado onde pode destruir ou danificar seriamente o alvo.
Na maioria dos mísseis não é necessário um acerto
direto devido a espoleta proximidade. Os mísseis ar-ar pequenos tem
raio letal de cerca de 7-10 metros enquanto os mísseis SAM grandes
tem raio de até 50m ou mais. O tipo de sensor também influencia
com os infravermelhos tendo maior precisão e menor ogiva enquanto
os de radar com menor precisão e maior ogiva.
As especificações da ogiva podem ser do tipo "system kill",
ou seja, incapacitar o alvo, e os "structure kill", para danificar a estrutura
da aeronave. O requerimento do ASRAAM britânico era de um "system kill"
e por isso a ogiva só pesava 8,2kg enquanto os americanos têm
requerimento de "structure kill" com ogiva de pelo menos 12 kg. Os primeiros
Sidewinder nem tinham ogiva potente pois na época os caças
russos não tinham tanques de combustível
auto-selantes.
O objetivo espoleta é detonar a ogiva para produzir o máximo
de dano ao alvo. As espoletas podem funcionar por contato, atraso, comando
ou proximidade. Os mísseis sempre a de contato combinada com outros
tipos. A espoleta pode ter um mecanismo de auto-destruição
para o caso de perder o acompanhamento com o alvo. A espoleta também
leva um tempo e que determina o alcance mínimo do míssil pois
antes de ser acionada o míssil não explode, apesar de ainda
poder conseguir danificar o alvo em caso de acerto direto. O motivo para este
atraso é proteger a própria aeronave contra detonação
do míssil.
A espoleta de atraso é programada para explodir após certo
tempo onde se espera que o míssil esteja próximo do alvo. A
espoleta de comando são ativadas por comando de radio a partir da
plataforma de guiamento quando o sistema de guiamento indica que o míssil
está no ponto mais próximo do alvo.
Os mísseis ar-ar modernos usam sempre uma espoleta de proximidade,
geralmente a mais efetivos contra alvos manobrando. A espoleta de proximidade
pode funcionar de modo ativo (geralmente radar), semi-ativo (geralmente
laser), e passivo (geralmente calor).
O acionamento da espoleta de proximidade geralmente está relacionada
com a trajetória de guiamento do míssil, o alvo mais provável,
e a geometria de interceptação mais provável. Assim
é determinado a razão de aproximação, direção,
distância do alvo e outros parâmetros o que garante uma maior
eficiente da ogiva para balancear a área de detonação
e a área de fragmentação, formando um cone de estilhados
a frente do ponto de detonação.
Para se ter noção da importância da programação
da espoleta é só lembrar que um míssil Sparrow disparado
de um F-4E israelense falhou em derrubar um MiG-25 sírio em um disparo
frontal para cima pois a espoleta foi programada para alvos voando em velocidade transônica e detonou atrás do
MiG que voava a mais de Mach 2.5.
Evasão
de Mísseis
Os mísseis são um grande oponente
para as aeronaves de combate. São geralmente 2-3 vezes mais rápidos
e puxam 3-4 vezes mais "G"s. São pequenos e difíceis de acompanhar
visualmente. Para evitar um ataque de míssil com sucesso vai depender
de vários fatores como alerta de detecção e o quanto
você está dentro do envelope do míssil. Existem várias
opções de manobras evasivas para escolher, mas se escolher
errado o míssil será o vencedor.
Os mísseis também seguem as
mesmas leis das física que a aeronaves. Apesar de serem relativamente
mais potentes que um caça, os mísseis perdem energia mais rapidamente
em uma curva que os caças. Como também voam mais rápido
o raio de curva também é bem maior. O truque para derrotar
os mísseis, contudo, é fazê-lo ficar sem energia antes de te
pegar.
Idealmente, o piloto de uma aeronave de ataque deve tentar desencorajar
o lançamento de um míssil. Se não conseguir deve explorar
as fraquezas dos mísseis. Enquanto a artilharia antiaérea é
geralmente invisível, a não ser que use traçantes, os
mísseis costumam ser bem visíveis e percebidos com tempo suficiente
para resposta.
Contra as
baterias de mísseis SAM a melhor tática é ficar fora
do envelope, voando muito baixo
e muito rápido, explorando o terreno. As ECM serão úteis
mas com utilidade duvidosa se for muito perto, e principalmente contra baterias
concentradas. As regras básicas para evitar disparo de mísseis
SAM é não sobrevoar um site SAM, não voar entre 150
metros a 3.000 metros de altura e nunca voar reto por muito tempo. Os dados
de inteligência sobre a posição dos sites SAM inimigos
nem sempre são precisos e pode estar no caminho. Os caças inimigos
também podem aparecer do nada em locais inesperados.
Ao tentar negar uma oportunidade de disparo o
que mais demanda é o aspecto defensivo do combate aéreo. As
variáveis a considerar são a aeronave, sistema de controle de
tiro, míssil e componentes. O fator chave é ter um bom sistema
de alerta radar (RWR - Radar Warning Receptor) e a consciência situacional
do piloto. O piloto deve sempre evitar um aspecto favorável e oferecer
sempre maior razão de mudança de linha de visada.
Usar contramedidas eletrônicas (ECM) é uma boa medida, mas
melhor para aeronaves grandes de ataque como o F-111, Tornado e B-1, com
muito espaço interno e que tem a função de atacar
os alvos mais bem defendidos. Caças e aeronaves de ataque leve tem
pouco espaço para levar ECM, precisando de automação
e transporte em cabides externo.
A principal táticas de ECM é jammear
ameaças múltiplas simultaneamente e melhor ainda se for possível
jammear uma única ameaça com várias fontes. Se não
for possível as manobras evasivas se tornam essenciais para sobreviver.
As ECM geralmente funcional falsificando o sinal
de retorno ou com ruído. Se o radar se aproxima do alvo ele
irá "burn-through" a distância e terá mais facilidade
para ver o alvo. O grande problema dos ECM é denunciar a presença
e só é usado quando atacado. Pode começar na fase de
aquisição de alvos tentando atrasar o ataque inimigo.
A alerta de disparo pode vir de várias
fontes. O ala pode ver o disparo e avisar pelo rádio. O RWR pode indicar
que o inimigo está de acompanhando. Mas na maioria das vezes o que
ocorre é a detecção visual da fumaça do míssil.
Quando se voa em território hostil os pilotos varrem os céus
continuamente a procura de fumaça que é a melhor indicação.
Os ficam condicionados em
olhar para fora e melhor ainda se não tiverem que ficar olhando para
dentro do cockpit constantemente. Um dos motivos
é o fato dos mísseis com guiamento infravermelho não
dão alerta no RWR. Também varrem o chão devido a ameaça
de mísseis SAM. A aquisição visual é
tão importante contra mísseis ar-ar e mísseis SAM.
Serve para identificar o local de disparo, aspecto, tipo de míssil
e trilha de vôo. Mesmo com motor de pouca fumaça a assinatura
visual ainda é difícil de eliminar por completo. Em um disparo
de um AIM-9D de um F-4 contra um Mig egípcio a baixa altitude e alta
velocidade a uma distância de 2 km, o míssil levou entre 10
a 15 segundos para atingir o alvo dando tempo suficiente para o alvo fazer
manobras evasivas. A visualização
da fumaça é importante pois após o motor queimar o
míssil não irá mais produzir fumaça e a detecção
rápida é importante.
A trajetória do míssil também ajuda a identificar. Um míssil
com guiamento tipo CLOS ou beamrider se sobrepõem com a direção
da aeronave, enquanto os mísseis com navegação proporcional
tem a posição estabilizada em relação ao horizonte
relativo. Os mísseis ar-ar disparados de frente se aproximam tão
rápido que pode não dar tempo para fazer beaming. O ideal é
ir direto para o míssil que vai precisar de uma grande correção
que pode não ser possível em uma grande velocidade de aproximação.
Se o míssil não corrige, uma reversão rápida
da curva pode causar ultrapassagem ou exceder os limites de busca do sensor.
Um míssil ar-ar de curto alcance não pode ser derrotado assim.
Os mísseis BVR geralmente sobem a grande
altitude e depois mergulham no alvo e lembra a visão de uma coluna
de fumaça subindo.
Se o disparo ocorrer, o alerta deve ser o mais rápido possível.
O RWR pode identificar precisamente a ameaça e sua direção,
mas não indica a razão de aproximação e não
determina o tipo de sensor. O disparo de mísseis SAM são relativamente
fáceis de detectar visualmente, com grande coluna de fumaça
e poeira criada pela potência do motor acelerador. Os mísseis
ar-ar geralmente geram fumaça ou pelo menos um pouco enquanto aceleram.
Voando alto com trilha de condensação fica realmente fácil
detectar.
A fumaça
do disparo de um AMRAAM, contra um drone Firebee, seguida de trilha de condensação
denuncia facilmente o ataque e que o míssil está seguindo uma
trajetória loft. O problema é que também já será
tarde e ao invés de atacar o alvo vai estar na defensiva.
Depois de dado o
alerta o conhecimento passa a ser a melhor arma e o importante é
conhecer as armas do inimigo. Por exemplo, o AMRAAM tem alcance nominal de
45km quando disparado em uma altitude de 5 mil metros. Se o piloto tem certeza
que o único inimigo a frente é um par de caças F-15
a 40 km e vê uma trilha de fumaça, ele agora sabe que o alcance
está próximo do alcance máximo do AMRAAM. A manobra
evasiva pode ser uma curva de 180 graus e fugir em mergulho para acelerar.
A manobra evasiva vai depender de capacidade de curva e aceleração
para fugir, mas não funciona se for muito tarde.
Para fugir do envelope de engajamento dos mísseis de longo alcance,
deve-se mergulhar para forçá-los a descerem para a parte mais
densa da atmosfera, fazendo-os perder energia devido ao arrasto maior e
depois subir para não ser alcançado por um míssil com
pouca energia, sempre em direção contrária ao ataque.
A maioria dos mísseis voam em direção
ao alvo fazendo "lead pursuit" ao invés de "pure pursuit". Isso significa
que cada vez que o alvo muda de curso, o míssil também muda.
O principio do "lead pursuit" é tentar manter um ângulo a frente
constante em relação ao alvo. Para o piloto o míssil
vai parece como um ponto estável no caponi relativo ao horizonte.
No "pure pursuit" o míssil aponta constantemente para o alvo e vai
parecer para o piloto como um ponto que muda de direção para
trás continuamente. Se o ponto fica constante e aumenta de tamanho
é um bom sinal que está acompanhando. Se o ponto varia muito
de direção então deve estar indo para outro alvo ou irá
errar. Uma boa táticas para os mísseis é não
fazer lead para dar falsa impressão ao piloto e depois começar
a guiar corretamente para dar poucas chances de manobra para fazer o míssil
perder energia. Nos conflitos recentes na Iugoslávia e Iraque os pilotos
citam com freqüência que viram disparo balístico ou mísseis
que não guiavam.
A manobra
defensiva inicial deve ser um "break"
enquanto lança flares e chaff. O objetivo é aumentar a razão
de mudança de linha de visada o que afeta o acompanhamento, e muda
o aspeto para introduzir jitter e ocultar o exaustor do motor das seis horas
do alvo. Atingir o aspecto "beam" pode ser efetivo contra radares Pulso-Doppler
a baixa altitude e chega a perder o acompanhamento (lock).
A manobra
beaming também facilita a aquisição visual pois a ameaça
fica na posição 3 - 9 horas. A primeira manobra deve ser uma
curva de maior razão de curva instantânea seguida da velocidade
de "corner", quando a aeronave tem a melhor velocidade de curva sustentada.
O objetivo é manter sempre grande energia. Perder muita energia significa
morte certa.
Um break para
baixo força o radar do míssil a olhar para o ruído de
fundo, e um break em direção ao sol irá satura o sensor
infravermelho.
Mantendo
o beaming enquanto o míssil aproxima, o próximo passo é
subir ou mergulhar para aumentar a mudança de linha de visada ainda
mais. Esta manobra deve ser feita com grande energia, se possível
com 2 g´s se o míssil estiver longe. O piloto mergulha a cerca
de 45 a 60 graus e depois de alguns segundos inverte para subir no mesmo ângulo.
Depois inverte para descer no mesmo ângulo e assim por diante. O objetivo
é mudar o "lead" do míssil na vertical várias vezes
forçando a perder energia. No caso de um míssil com radar ativo,
se perder o acompanhamento do alvo por alguns segundos pode não conseguir
reengajar novamente. Se a manobra for muito lenta, ou a aeronave ficar lenta,
pode ficar fácil para o míssil acertar.
Se um míssil ar-ar for disparado a grande
distância o ideal é descarregar a aeronave (mergulhar fazendo
G zero) e fugir na direção contrária. O piloto ainda
deve tentar manter o contato visual com o míssil para tentar um break
se for necessário. O campo de visão
dos sensores é maior a longa distância e não é
bom puxar muito G para não perder energia neste caso. A carga G vai
aumentando progressivamente com as manobras enquanto o míssil se
aproxima.
Se está indo
para a direção do nariz da aeronave é sinal que está
puxando muito G e o míssil está manobrando dentro do campo
de visão. Se o míssil não corrige muito enquanto o piloto
faz beaming então deve estar indo para outro alvo.
Mísseis Ar-Ar Anti-Radar
Em 1984 os americanos estudaram o uso de mísseis anti-radar em
combates ar-ar com teste no mesmo ano. Os testes mostraram que um míssil
ar-ar com sensor de radar passivo podia derrubar facilmente um caça
armado com o AMRAAM. Ao mesmo tempo os Soviéticos estavam testando
mísseis R-27 (AA-10 Alamo) com sensor passivo, e outros projetos contra
radares em terra e navais.
Os testes também mostraram que os sistemas de alerta radar até
fazia a força inimiga fugir dos caças armados com AMRAAM para
não serem engajados. A capacidade de disparar o AMRAAM contra alvos
múltiplos também mostrou ser pouco efetivo e pouco usado.
Durante a Guerra Fria os Soviéticos usavam uma freqüência
de radar diferente da OTAN para facilitar a identificação e
atacar com mísseis anti-radar e interferir. Os radares da OTAN operam
ao redor da banda de 10 GHz onde tem boa capacidade todo tempo. Os radares
Soviéticos tinham um desempenho ruim em mal tempo e com alcance menor
por usarem outra banda, mas era por motivos táticos e não técnicos.
Os caças soviéticos nem precisam de um sistema de IFF com
o uso destas freqüências pois seus radares funcionavam em
uma freqüência mais alta ou baixa. Se os ocidentais ligam o radar
os soviéticos saberiam quantos caças inimigos estão
lá fora e podiam disparar mísseis anti-radar sem perigo de fogo
amigo. Com o alerta radar podiam saber quantos inimigos estão com
o radar ligado, a direção e até o tipo de caça.
Os AWACS são plataformas muito mais vulneráveis pois mísseis
como o AS-4 e AS-6 com sensor passivos podem ser disparados a 500-700km e
atingi-los.
Os mísseis anti-radar tem seus problemas pois não tem noção
de distância do alvo. Podem atacar até alvos no solo e no mar
ou contra despistadores ativos, mas também podem fazer todas as plataformas
desligarem seu radar e levar o combate para a arena visual negando a vantagem
de mísseis como o AMRAAM.
Em 1969 a USAF e a US Navy testou um demonstrador de míssil ar-ar
anti-radar usando o Sparrow como plataforma no projeto Brazo. Brazo é
a palavra em espanhol para braço da US Navy, enquanto a USAF usava
o termo Pave Arm. A US Navy ficou responsável pelo desenvolvimento
do míssil e a USAF pelos testes. A principal ameaça na época
era o MiG-25. O programa de desenvolvimento tinha o apropriado nome de ERASE
(Eletromagnetic Radiation Source Elimination). O primeiro disparo foi em
16 de abril de 1974 com um Brazo disparado de um F-4D atingindo um BQM-34
em um disparo traseiro para baixo. Outros dois disparos foram frontais e para
baixo. O projeto foi cancelado pois poderia eliminar a necessidade de caças
como o F-14 e F-15 pois a única contramedida é desligar o radar.
O F-106 Delta Dart já tinha sido testado com o míssil Standard
anti-radar contra alvos no ar e suspeitasse que a USAF usou
uma versão anti-radar do Sparrow no Golfo em 1991 chamado de AIM-7N.
Em 1976, a
USAF lançou o requerimento de um míssil ar-ar derivado do
ASALM (Advanced Strategic Air-Launched Missile). O ASALM seria um substituto
do AGM-69 SRAM com alcance maior e maior velocidade. Além da missão
ar-superfície teria capacidade secundaria contra aeronaves AWACS.
O míssil teria guiamento inercial de meio curso com sensor duplo
no guiamento terminal. A propulsão seria por motor ramjet podendo
atingir Mach 4.5 e alcance de 480km. O projeto foi cancelado em 1980 devido
a restrição do orçamento e desenvolvimento do AGM-86
ALCM.
Os franceses proporam o míssil cruise nuclear supersônico
ASMP da MBDA com radar passivo e sem ogiva nuclear em 1993 para uso ar-ar
contra aeronaves AWACS e de guerra eletrônica. O projeto era chamado
de ASMP-R e levaria uma ogiva de 200kg, com alcance de 250km. Possivelmente
um pequeno número de mísseis devem ter sido convertidos.
O primeiro teste do R-27P passivo foi em 1984 com disparo a partir de
um MiG-29. Em 1987, o R-27P foi adotado pela URSS sendo produzido por curto
período até 1991 pela Artem ucraniana. A existência
do R-27P não era confirmada até recentemente. O sensor opera
na banda de onda centimétrica e se guia pela emissão de radar
da aeronave inimiga. O míssil pode ser usado contra caças,
aeronaves de alerta antecipado e de guerra eletrônica. Pode ser usado
contra caças a longa distância, quando inimigo ainda está
longe do alcance do radar. Com guiamento passivo o inimigo não tem
alerta do disparo. O sensor detecta alvos a mais de 200km, mas o míssil
não alcance esta distância e o tempo de vôo excede a duração
das baterias. A Vympel pretende aumentar o alcance do míssil para
200km. O alcance mínimo é de 2-3 km e o alvo não deve
manobrar a mais de 5,5 g´s devido a limitações do sensor.
Suspeitasse da
existência de uma variante anti-radar do R-77 chamado R-77P.
Testes com mísseis ar-ar anti-radar mostraram que são pouco
precisos a não ser contra alvos não manobrando. Os russos tiveram
o mesmo problema com R-27P. Podem ser mais úteis contra aeronaves
AWACS e guerra eletrônica que são pouco manobráveis.
O RVV-PE (Passivny - passivo), ou R-77P, equipado com radar passivo 9B-1032 será usado contra radares de caças inimigos. Para ser usado contra AWACS seria necessária uma antena maior. Os russos já desenvolveram duas versões anti-radar do R-27 (R-27P e R-27EP ou AA-10E/F ou AA-ARM). Estes mísseis não foram exportados. A Rússia é o único país que usa mísseis ar-ar com guiamento por radar passivo.
Massa
O número de aeronaves que uma força aérea pode manter
no ar é um fator que condiciona as táticas a serem usadas.
Com superioridade numérica é possível ser mais agressivo
e subjugar o inimigo com mais facilidade. Em menor número é
melhor ficar na defensiva e escolher os alvos com cuidado.
São vários fatores que influenciam o número de aeronaves
no ar, o que é diferente do número de aeronaves que uma força
aérea tem. Se uma força aérea consegue realizar quatro
missões por dia com uma aeronave e o inimigo apenas duas, então
é possível conseguir 100% a mais de aeronaves na zona de combate
sem considerar outros fatores.
Após 1983 os iranianos perderam a iniciativa no combate contra
o Irã devido a problemas de manutenção de suas aeronaves
mesmo tendo uma grande força aérea. Os iranianos não
podiam gerar mais de 30-60 saídas por dia enquanto os iraquianos
aumentavam este número progressivamente chegando a um pico de 600
saídas por dia em 1986 a 1988.
Existe um número mínimo de aeronaves para cumprir uma certa
quantidade de missões. Por exemplo, uma pergunta simples é
saber em quantos lugares é preciso estar simultaneamente. No caso de
missões de ataque pode depender de quantos alvos e quantas vezes estes
alvos devem ser atacados. Uma base aérea é um exemplo de alvo
que deve visitado regularmente. Apoio aéreo aproximado também
precisa de vôos freqüentes para manter pressão constante
no inimigo.
Para ter superioridade no campo de batalha, com uma frota com grande
capacidade de geração de saídas, é preciso
considerar várias variáveis:
- Tamanho da frota. Obviamente que uma frota maior significa um maior
número de aeronaves no ar
- Disponibilidade. Não adianta muito ter uma grande frota se ela fica no chão parada por problemas de manutenção
- Distância até a área de operação. Se uma aeronave gasta a maior parte do tempo se deslocando para a área de operação a superioridade local será mais difícil de ser obtida.
- Velocidade das aeronaves. O F-22A tornou o supercruzeiro viável e pode usar a velocidade para ficar menos tempo na fase de inserção ou indo e voltando para o reabastecimento em vôo.
- Número de pilotos. Não adianta muito ter uma grande frota, com grande disponibilidade, e bem próximo do campo de batalha, se não se tem pilotos suficientes para realizar as missões. Em tempo de paz é usado uma razão de 1,5 pilotos por aeronave mas em tempo de guerra pode chegar a 3 pilotos por aeronave. A frota de F-22A será bem pequena mas terá 2,5 pilotos por aeronave para aproveitar a grande razão de saídas previstas para a aeronave.
- Turnaround. A aeronave deve ficar o menor tempo possível no solo para reabastecer e rearmar. Por exemplo, durante a Linebaker os caças F-4 dos EUA voavam até 5 missões por dia.
- Facilidade de reparos. Uma aeronave pode ser
danificada em vôo e sofrer panes. Estes problemas devem ser sanados
o mais rápido possível. Aviônicos com tecnologias de
com LRU e BITE facilitam muito estes problemas.
Por fim, o estoque de mísseis BVR de suas aeronaves e possível
estoque do inimigo irá influenciar táticas. Se meus estoques
ou do inimigo acabarem rápido isto vai levar a uma grande vantagem
para um dos lados. Como citado anteriormente, é previsível
que os mísseis BVR tenham um Pk baixo no geral devido ao modo como
são disparados. Um bom estoque de mísseis será sempre
bem vindo.
Treinamento
Desde a Primeira Guerra Mundial os pilotos criam regras para o combate
aéreo e no combate aéreo não é exceção.
As regras básicas no combate BVR são:
- Conhecer o uso do radar
- Conhecer a capacidades do inimigo
- Conhecer o envelope de armas e do inimigo
- Usar meios como AWACS, alerta radar (RWR), datalink e guerra eletrônica;
- Sempre assumir que inimigo leva as melhores armas
- Ser agressivo
Como o combate
BVR é uma fase do combate,
primeiro os pilotos aprendem o combate visual, depois o combate BVR e como
evitar o combate aproximado. Os
esquadrões de F-15C da USAF, especializados em combate ar-ar, gastam
cerca de 40% das saídas para Basic Fighter Maneuvers (BFM) e Air Combat
Maneuvering (ACM) e sempre com contato visual. A experiência mostra que os pilotos tem
que ser especializados no combate ar-ar para serem realmente efetivos.
Nos EUA a pós-graduação
em táticas aéreas
levou a especialização dos pilotos. O combate ar-ar é
uma arte e precisa de treinamento constante. Uma missão de treino
realista inclui não saber qual e quantos inimigos irá enfrentar.
Pode ser poucos ou muitos. Lançamento de mísseis nos treinos
ajuda a mostrar como é a sensação, barulho e visão
de um disparo real, para ajudar os pilotos a saber se está indo tudo
bem ou não.
Durante a Guerra do Vietnã o treinamento de combate aéreo
era na base do 1x1 ou 2x2 do mesmo esquadrão e terminavam baixo com
controle no colo. Então surgiu O Top Gun e a Red Flag, junto com
os esquadrões de Agressores e começou a aparecer táticas
novas e novos métodos de treinamento.
Os paises do Pacto de Varsóvia e os países árabes
sempre são muito rígidos taticamente e eram adversários
fácies na maioria das vezes. Os pilotos do Terceiro Mundo costumam
ser mal treinados, mas tem sempre a opção de contratarem mercenário
bem treinados. Aconteceu no conflito Irã-Iraque e na Eritréia-Etiópia.
Os soviéticos sempre voavam com os coreanos, vietnamitas e iraquianos.
Durante o conflito da Coréia, os russos enviavam esquadrões
inteiros para substituir outros enquanto os americanos enviavam novos pilotos.
Os pilotos americanos aprendiam com os outros em vôo enquanto os russos
tinham que aprender tudo do zero novamente. Em uma ocasião um esquadrão
inteiro foi dizimado em quatro meses. Já os norte coreanos não
eram só mal treinados, eram até mal alimentados e em péssima
forma física pois nem agüentavam puxar g´s. Os russos os
consideravam como alvos móveis apenas.
Em todo caso deve ser esperado
exceções no caso de inimigos mal treinados. Durante a guerra
do Golfo em 1991 um MiG-25PD Foxbat iraquiano conseguiu evitar as escoltas
de F-14 e F-15 e derrubou um F/A-18C da US Navy com um R-40 e disparou contra
um A-6 e atacou um A-7. Outro Foxbat engajou oito F-15 que estavam fazendo
varredura de caças, depois disparou três mísseis contra
os EF-111A Raven do pacote de ataque e os perseguiu. Os Raven estavam apoiando
os F-15E o que levou a perda de um F-15E para mísseis SAM. O Foxbat
evitou a interceptação e pouso com segurança. Os pilotos
de MiG-25 eram os melhores pilotos do Iraque.
Os Israelenses começaram a investir muito no fim da década
de 60 no treinamento e táticas dos seus pilotos de caça. Foi
o primeiro pais a usar câmera de canhão nos defriefings. O resultado
era disparar os mísseis geralmente dentro do envelope e com maior
aproveitamento ao contrário dos americanos que erravam muito e parecia
que o míssil não funcionava direito. Durante a Rolling Thunder
56% dos AIM-9B foram julgados como tendo falhas devido ao comportamento míssil,
mas a maioria era tiro errado.
Os EUA também criaram programas para testar as aeronaves inimigas, conhecer seus pontos fracos e desenvolver táticas. Os pilotos também treinavam contra estas aeronaves para se familiarizarem e diminuir a excitação durante o primeiro encontro. Um programa a ser tornado público recentemente foi o Constant Peg. O Constant Peg foi realizado entre 1977 a 1988 com aeronaves MiG-17, MiG-21 e MiG-23. Em 1997 os EUA compraram 21 caças MiG-29 da Moldova e em 2003 outros caças Iraquianos capturados foram levados para os EUA.
Um F-4 Phantom
acompanhado por dois MiG-21 adquiridos da Argélia e Israel e usados
como agressores.
O desenvolvimento
tecnológico é outra forma de melhorar o desempenho dos pilotos.
Até a década de 80,
o piloto tinha que pilotar e atacar ao mesmo tempo. Os ases gastavam pouco
tempo pilotando e navegando, e usavam a experiência para voar instintivamente.
Os novatos ficavam a maior parte do tempo cuidando da aeronave e descuidando
da situação tática. Com os caças de terceira
geração como o F-16 e F/A-18, os caças passaram a ser
bem mais fáceis de pilotar, com o computador corrigindo erros do piloto.
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