Combates BVR no Vietnã

No intervalo entre 1968 a 1972 a USAF aproveitou para melhorar o treinamento, aeronave com F-4E com nova asa, motores novos, switches melhorado, canhão interno e novas armas como as bombas guiadas Paveway e HOBOS. As melhorias faziam parte do programa Rivet Haste. O programa enfatizava o treinamento e escolheu pilotos experientes para as novas aeronaves e incluía treinamento contra MiGs reais.

Vários alvos no Vietnã foram perdidos pois o piloto não apertava os botões corretos na cabine. Colocaram os botões mais importantes no manete do acelerador como o de escolher Sparrow, Sidewinder e canhão e assim não precisava mais olhar na cabina para procurar os botões. Como o piloto não tirava a mão do acelerador fica mais fácil pilotar. Outro botão no acelerador permitia mudar o modo de bombardeiro para combate aéreo rapidamente. Também melhoraram a capacidade de escolher modos de disparo de bombas.

Entre os equipamentos eletrônicos estavam os Combat Tree e TISEO nos F-4E melhorados. O TISEO era uma câmera de TV telescópica instalada na raiz da asa esquerda do F-4 para melhorar a capacidade de identificação visual. O operador de sistemas (WSO) escolhia o modo TV na tela de radar e podia ver o alvo acompanhado pelo radar. Pode mudar o zoom de até 10 vezes. Os testes mostraram que podia fazer identificação visual no alcance do Sparrow. O F-4E podia disparar o Sparrow a 18 km em um engajamento frontal, mas sem o apoio do TISEO os MiGs só podiam ser identificados a curta distância visualmente e já dentro do alcance mínimo.

Antes da operação Linebaker II começar, chegaram seis F-4E Rivet Haste em Udorn. Durante a operação, todos os 12 F-4E tinha TISEO para identificação visual de longo alcance e slat de manobras. O TISEO não teve oportunidade de validar o disparo BVR, mas evitou a derrubada de um F-4E em um episódio de fogo amigo no dia 29 de dezembro. As três vitórias em dezembro de 1972 foram de modelos antigo de F-4.

Uma novidade que permitiu o combate a longa distância foi o sistema de identificação amigo-inimigo APX-81 Combat Tree, disponível a partir de 1971. O Combat Tree interrogava os canais dos IFF dos MiGs e recebia respostas que permitia identificar o alvo como inimigo. O APX-81 combinado com o APX-76 interrogava os canais de IFF amigo para evitar fogo amigo. Operava passivo ou ativo e era capaz de detectar os MiGs a 100km, contra 40km do radar do F-4. O IFF era bom para dados de azimute e distância, mas era inadequado para fornecer a altitude. O Combat Tree equipava inicialmente metade dos F-4D que atuavam nos MiG-CAP e passaram a equipar todos os F-4E. Inicialmente o Combat Tree era chamado de Seek See e o programa iniciou com a aquisição dos IFF russos tipo SRO-2 de forma clandestina para estudos.

Em junho de 1972, eram três F-4D operando com o Combat Tree e em julho chegaram mais 20 aeronaves para participar da Linebaker I. Parece que o Vietnã do Norte desligavam o IFF e devem ter percebido o truque.

Um kill BVR com o Combat Tree foi do Coronel Kittinger que disparo um Sparrow a cerca de 10km contra um alvo em um engajamento frontal. O primeiro míssil falhou em ligar o motor, o segundo não foi para o alvo e só o terceiro funcionou e atingiu o alvo. Os Sparrows foram disparados a cada 3 segundos com o gatilho mantido apertado continuamente. 

Usando o Combat Tree, o Capitão Olmstead disparou um Sparrow a 14km contra um MiG-21 de uma formação de quatro aeronaves. Depois disparou mais dois mísseis sendo o último a 7 km do alvo que o acertou. O "Red Crow" direcionou o ataque e confirmou a perda do contato. Olmstead e sua esquadrilha estavam escoltando um AC-130 sobre o Laos durante a missão. Em outra ocasião, identificou um alvo com o Combat Tree e preparava para atacar a 10km de distância. Não foi autorizado e iniciou o combate a curta distância. 

Uma vitória BVR foi conseguida em 21 de fevereiro de 1972, após mais de quatro anos sem vitórias americanas. A vitória foi conseguida quando os MiGs resolveram atacar vôos americanos no Laos. Um F-4D disparou três AIM-7E-2 a noite. O primeiro foi a 11 milhas, o segundo a 8 milhas e o terceiro a 6 milhas. O primeiro detonou e o segundo explodiu causando uma explosão secundária. O terceiro não detonou.

No dia 30 de março de 1972, um F-4D foi lançado em alerta contra alvos voando no Laos. O controlador Red Crown mandou ligar o radar a 20 milhas do alvo. O contato radar foi feito a 15 milhas do alvo, trancou a 12 milhas e disparou a 8 milhas sem resultado. Outro Sparrow foi disparado a 6 milhas sem resultado visível. Outro Sparrow foi disparado a 4 milhas e sumiu. A 1-2 milhas a frente logo viram uma bola de fogo. O controlador Red Crown confirmou o alvo desaparecendo do radar.

No dia 18 de fevereiro de 1968, quase ocorreu um kill quase BVR. O líder de uma dupla de F-4 da 8a TFW adquiriu alvos a 35km. Disparo a 7km após a identificação visual ter sido feita a 9,5km. Estava a 10 mil metros voando a Mach 1.3. Dois Sparrows atingiram o MiG-21. Fizeram novo contato, mas com pouco combustível tiveram que fugir.

Quando perseguiam MiGs fugindo para a China, os controladores em terra no Red Crow não davam permissão para disparo BVR sem identificação visual positiva mesmo sabendo que eram as únicas aeronaves americanas na área ou estavam longe. Foram várias oportunidades perdidas nesta situação. Os pilotos desligavam o IFF também para poder perseguir MiGs até a China.

Durante a operação Linebaker os F-4 realizando MiG-CAP voando a frente dos pacotes de ataque tinha liberdade para disparar sem identificação visual. Os disparados eram a cerca de 14 km.

A tática de combate a noite era atacar sozinho com o ala a distância e voando paralelo. Os F-4 tinham o campo de tiro livre e sem risco de colisão. 

A US Navy testou a tática de tirar os atacantes da área onde havia MiGs para poder disparar o AIM-7 a longa distância. Realizaram disparos a cerca de 10 km sem identificação visual positiva, mas sem sucesso. 

As regras de engajamento eram um problema para os EUA. Os americanos não podiam perseguir os MiGs após cruzarem a fronteiras ou certas áreas próximas a China a cerca de 25-30 milhas. Foram vários casos de interceptação abortadas pois os MiGs estavam cruzando a fronteira (linha mágica) e fora do alcance. Com um bom míssil de longo alcance seria um Kill. 

Os F-105 podiam penetrar a China para se posicionar para atacar alvos em terra, mas fazer varredura e perseguição de MiGs era proibido. Os avisos de violação as vezes não eram ouvidos devido a outros chamados como SAM e MiGs, ou dúvidas sobre quem estava violando. Foram poucas violações devido ao aviso do Motel (1966 a 1968), Teabal (1972) e Crown (US Navy), além do EC-121, e bons sistemas de navegação.

Além dos santuários na China, as próprias bases vietnamitas eram santuários com as aeronaves não podendo atacar os MiGs em terra até 1967. Durante os ataques próximos das bases aéreas, os pilotos viam os MiGs em terra e não podiam fazer nada. Após abril de 1968, com a restrição de ataques acima do paralelo 19 todo o Vietnã do Norte virou um santuário. Os MiGs passaram a atacar e fugir no sul do Vietnã do Norte com silêncio de rádio. 

F-4
Como o F-4 Phantom produzia muita fumaça (tinha até o apelido de smoker), uma tática simples era considerar que tudo que tinha fumaça era F-4 e o que não tinha era MiG, quando só havia Phantoms na área. O nome Phantom nem lembra uma aeronave fantasma por ser facilmente visível, seja pelo tamanho ou pelo rastro de fumaça. A fumaça da J-79 era visível a até 40km e as vezes os MiGs nem precisavam de apoio de radares no solo para manobrar atrás dos F-4. Pilotos de ataque indo em direção aos F-4 costumavam gritar no rádio "não dispare, F-4, não dispare". Os F-4 eram visíveis a mais de 10km de frente devido a fumaça. Para evitar a fumaça os pilotos podiam desacelerar um motor e ligar o PC do outro motor. Fora a fumaça foi observado que alguns pilotos tem mais facilidades que outros para detectar aeronaves no ar. Isso era importante pois um MiG-21 só é visível a 5km e identificado a 1,5km.

Bullseye
Os pilotos americanos eram informados da presença e posição de MiGs com um mapa apropriado e códigos de localização chamado Bullseye. Está técnica é usada até hoje com a referência sendo mudada diariamente. Por exemplo, um alvo em Kep seria chamado de "bullseye, 60 for 40", ou seja, que o Mig está a 60 graus de Hanói e a 40 milhas de distância. Caso o controlador quisesse que o caça fosse de um lugar para outro na velocidade máxima adicionava o código “buster". Também existe o termo Rolex de uma hora arbitraria para medir outro tempo.

Aeronaves

Após a guerra da Coréia EUA e URSS divergiram caminhos no desenvolvimento dos seus caças. Os EUA teve até dois caminhos seja para defender ou para disparar armas nucleares. No fim da década de 50 o Comando Aéreo Estratégico (SAC) liderava a USAF e ditou a regra que um caça só seria justificável se pudesse defender contra bombardeiros ou pudesse usar armas nucleares. A série Century do F-100 ao F-106 tinha estes dois caminhos terminando com F-106 como interceptador e o F-105 como caça tático lançador de armas nucleares. Até 1965 o comando TAC era feito por pilotos de bombardeiros e só depois por piloto de caça e passou a priorizar esta capacidade.

A Guerra do Vietnã foi a primeira vez que dois países usavam máquinas de alto desempenho e mísseis em combate aéreo. Os dois lados demoraram a perceberam as limitações de cada um e as melhores táticas para cada caso.

A década de 50 produziu vários interceptadores contra a ameaça de bombardeiros Russos contra os EUA e nunca entraram em ação. O F-104C foi testado no Vietnã em abril de 1965 para defesa aérea, ataque e escolta. Um ano depois voltaram como parte do projeto Grindstone e estavam armados com o Sidewinder. O curto alcance e a carga limitada mostraram que era limitado para o cenário. Aturam em operações defensivas até junho de 1967.

O F-105 já tinha um sistema de ataque computadorizado com um radar monopulso para apoiar. O sistema computa o ponto lançamento, faz disparo automático e até manobra a aeronave se necessário. Foi pensado desde o inicio em usar o modo "toss" para o disparo de armas nucleares. O sistema era chamado de Thunderstick e também apoiava os engajamentos ar-ar facilitando o disparar do canhão Vulcan contra os MiGs.

Apesar de pouco manobrável os F-105 conseguiram um número substancial de kills. No dia 13 de maio de 1967 passaram a ser equipados com o míssil Sidewinder e derrubaram cinco MiG-17 nesse dia sendo dois com o Sidewinder. A principal arma era fugir supersônico após disparar as armas por serem as aeronaves mais rápidas a baixa altitude no Vietnã, mas o que os pilotos queriam era uma aeronave mais manobrável para combater os MiGs pois nem sempre a velocidade era suficiente se os MiGs estivessem bem posicionados.

McNamara iniciou redução de custo e padronização forças entre US Navy e USAF com consequências negativas. Uma foi falha no TFX projeto e outro foi adoção do F-4 pela USAF. Na verdade F-4 era grande caça década de 60 com função primária de Caça de Defesa de Frota com capacidade ataque secundária. Tinha um bom radar e estava armado com mísseis Sparrow  e Sidewinder, bem superiores aos AIM-4 Falcon da USAF. A carga de bombas de 5 mil kg era respeitável.

A ameaça principal era os bombardeiros Tu-95 Bear e Tu-16 Badger armados com mísseis anti-navio AS-1 Kelt e AS-3 Kangarro. O canhão era considerado desnecessário contra estas ameaças e só adicionaria peso. Então o F-4 era um "bomber destroyer" e podia ser usado pela TAC contra a mesma ameaça contra os EUA sendo ideal para interceptação, disparar bombas nucleares e preenchia o desejo do governo de padronização.

O F-4 foi testado em entre 1961 a 1962 contra os F-106 mostrando ter melhor velocidade, altitude, alcance, carga e radar. O modelo F-4C adotado pela USAF era pouco diferente do F-4B da US Navy. Era mais versátil que os F-105 e melhor no combate aéreo e foi bem aceito mesmo sendo um caça naval, sem canhão e com dois tripulantes.

Os planos da USAF era ter o F-111 para missões ar-superfície e ataque nuclear e o F-4 para defesa aérea e bombardeiro convencional na década de 60. No Vietnã realizou missões ar-ar conseguindo com 107 vitórias, fez ataque tático na Linebaker I e II na maioria das missões, e apoio cerrado no Vietnã do Sul e Laos. O F-4 era considerado ruim de pontaria até iniciar uso de armas guiadas a laser e TV na década de 70, mas o CEP era o mesmo do F-105 ou cerca de 100 metros.

O F-4 Phantom da USAF era visto como uma medida provisória até o projeto TFX entrar em operação para substituir os F-105. Com o cancelamento do TFX o F-4 acabou se transformando no principal caça da USAF na década de 70. No Vietnã o F-4 foi a resposta da USAF aos MiGs. O F-4 até que levava a mesma carga de bombas do F-105 e para completar era mais potente, tinha mais armas ar-ar e era mais manobrável. Tinha um sistema inercial e melhor capacidade ar-superfície apoiando modos dive e level, a noite e com mau tempo.

Os pilotos sabiam que o F-4 tinha problemas no envelope de vôo a baixa altitude carregado de bombas em manobras evasiva. O problema era conhecido mas não esperavam que entraria neste envelope com frequência. Nas operações no Vietnã teve que entrar com frequência neste envelope e resultou em muito estol a baixa altura. Nas missões de defesa aérea não seria problema e no pouso estaria bem leve. Nas manobras evasivas constantes no Vietnã do Norte é que problema apareceu seriamente. As novas versões do F-4 com nova asa aliviou o problema, mas os pilotos tinham que evitar o combate aproximado a baixa altitude.

Devido a falhas no envelope o TAC tinha índice acidente alto. Na época o TAC era um comando de treinamento para pilotos antes de irem para os esquadrões de linha de frente. O comandante do TAC se preocupava mais com a segurança e não com a proficiência no combate ar-ar e parou com o treinamento e os acidentes diminuíram. O argumento era não haver necessidade de treinar combate aéreo se não vai usar pois os combates seriam todos além do alcance visual com os mísseis Sparrow.

Sem treino para compensar as deficiências do sistema o F-4 virou uma péssima aeronave de superioridade aérea no Vietnã. O radar tinha longo alcance, mas não podia ver os MiGs esperando baixo em embocadas. Não podia disparar os Sparrows a longa distância sem fazer identificação visual e não tinha canhão para combate aproximado. Para piorar não tinha manobrabilidade para combater os MiGs.

Vários caças atuando no Vietnã eram supersônicos, mas a velocidade era menos importante. O F-4 podia voar a Mach 2 mas raramente passava de Mach 1 nos ataques e combates aéreos. A potência era usada para levar carga, aumentar o alcance e depois para manobrar.

O F-4 era superior ao MiG-21 abaixo de 20 mil pés enquanto o MiG-21 era superior em aceleração e manobra em grandes altitudes e lento em velocidade supersônica acima de 25 mil pés.

Em maio de 1967 a USAF introduziu o modelo F-4D na 8a TFW. O F-4D tinha computador de pontaria para bombas auxiliado pelo radar e pontaria ar-ar para o casulo de canhão. Podia levar o casulo de canhão SUU-16 depois substituído pelo SUU-23. Foi armado com o míssil AIM-4D Falcon como arma primária. O modelo tinha um motor mais potente e sensores mais sensíveis. O sensor demorava a ser resfriado e após o primeiro uso em combate foi ordenado trocar novamente para o Sidewinder.

Os switchs para escolha de armas eram difíceis de usar durante o combate. Se aciona e tem tom no fone de ouvido é do Sidewinder. Sem tom é Sparrow, mas pode estar sem Sidewinder ou com tom ruim. Era difícil ver os switchs durante o combate. As duas principais causas de perdas dos F-105 e F-4 era a falta de tanques auto-selantes e as linhas hidráulicas bem próximas. O tanque auto-selantes eram pesados e foram evitados.

A visibilidade da cabine do F-4 era ruim para o combate aéreo. Não dava para ver muito atrás, a visão para frente era pequeno e a grande estrutura atrapalhava. Foi projetado para voar alto e rápido em um cenário de guerra nuclear. Não avisaram para o Vietnã do Norte que engajavam em combate a curta distância com seus pequenos MiGs.

O F-4 era uma boa aeronave de ataque a noite por ter dois tripulantes mas o motivo principal desta capacidade era para o combate ar-ar. A velocidade e sofisticação das aeronaves tornaram a coordenação e o trabalho em equipe mais importante. Com um radar sofisticado o F-4 precisava de dois tripulantes para funcionar assim como o apoio de boas equipes de terra, operadores de radar, aeronaves de interferência eletrônica, supressão de defesas e até das aeronaves de ataque.

O F-4 da USAF eram um biposto completo enquanto o da US Navy era tripulado por um BN (bombardeiro navegador). A US Navy chamava RIO (Radar Intercept Operator) pois operava radar e na USAF era WSO (Weapon System Operator) pois também operava armas como mísseis ar-ar e bombas guiadas. O primeiro problema era dois pilotos derrubados se a aeronave fosse atingida.

Os pilotos de F-4 da USAF no sul preferiam levar combustível no lugar do GIB. Já voando no Vietnã do Norte preferiam um par de olhos extras. No caso de monopostos como o F-102 os operadores de radar em terra faziam a maior parte do trabalho. Se um piloto de F-4 voando no Vietnã do Norte olhasse para dentro da cabine para operar radar seria logo derrubado.

Na prática virou um problema pois os tripulantes da USAF eram dois pilotos e competiam pelo assento dianteiro. A USAF pensavam em "treinamento no trabalho" com o piloto da frente treinando um novato no banco de trás e que salvaria a aeronave se o piloto ficasse incapacitado em ação. Mas era uma aeronave nova e com poucos pilotos experientes. Os pilotos de caça atuam em uma profissão individualista e muitos pilotos vindo de aeronaves monopostas não gostavam. Os pilotos não gostavam de ser WSO. Era desmoralizante e depois criaram a função de navegadores/operadores de sistemas. Era pior ainda se o piloto da frente fosse um novato e o WSO fosse um piloto veterano.

Geralmente a dupla era formada por piloto e WSO diferentes em cada missão. A função do WSO era operar o radar, monitorar o combustível, posição, proximidade de forças amigas, órbitas de REVO, áreas seguras e direção para casa, entre outras tarefas. A noite coordenam para um ficar de olho no vôo e outro olhando para fora para evitar ir contra o solo. Ao engajar um MiG, o piloto de F-4 pode pedir para o operador de sistemas ficar de olho no ala do MiG enquanto ataca. Se o outro MiG começa a ficar em posição de tiro o operador de sistemas avisa e o piloto começa a realizar manobras evasivas. Com tantas tarefas tinham que ter boa coordenação o que só era conseguido com o tempo. Então cada vôo seria o inicio de um aprendizado que não tinha continuidade.

O WSO podia pedir para ser piloto, mas para operar no Vietnã teria que voltar em novo tour e teria um WSO inexperiente na cabine de atrás. No fim de 1967 foi permitido ir para a cabine da frente antes de terminar as 100 missões.

Os pilotos da US Navy voavam como piloto/operador de radar e lutavam como uma equipe com o treinamento melhorando continuamente. Depois a USAF criou a função de operador de sistemas (WSO) especializado para diminuir o atrito entre os tripulantes. Em 1968 passaram a ter WSO sem ser piloto. O treino dos WSO era pouco e tinham até dificuldade de interpretar o radar. Tiveram que treinar na Tailândia.

O F-4 foi projetado para interceptação em qualquer tempo e nunca foi pensado para combate aéreo. A capacidade multifuncional que interessou a USAF. Já o F-8 Crusader era um caça de combate aéreo diurno e era ótimo na função. Não podia operar noite devido ao seu pequeno radar. Enquanto os pilotos de F-4 treinavam para evitar ataques de bombardeiros, os pilotos de F-8 treinavam para combate aéreo e estavam mais bem preparados. Os pilotos de Crusader eram avaliados nos esquadrões mais pela capacidade de tiro, táticas e pouso embarcado do que pela patente. Cada esquadrão tinha seu ranking e até um novato podia estar em posição alta se mostrar ter boa pontaria e boa capacidade nos treinos.

O F-8 foi projetado para combate em curva conseguindo pegar os MiGs por trás após algumas curvas. Os F-8 equipados com canhão tentavam se aproximar a até 1.000 pés dos MiGs por trás. Para disparar o canhão tinham que voar pelo envelope dos mísseis AIM-9 então podia disparar o míssil primeiro. Já os pilotos de F-4 não treinavam manobras de combate aéreo pois nem tinham canhão. Então treinavam mais combate além do alcance visual que era inútil no Vietnã.

Em 1965, após três kill com Sparrow, os MiGs passaram a explorar o combate a baixa altitude e os F-8 passou a ter os seus kill. Perderam três F-8 e depois mais nenhum. Os dois lados aprenderam a lição de como combater e a hora de fugir. A Inteligência dizia que o MiG-21 era superior, mas a experiência mostrou que era um caça interceptador, um caça de energia, bom a grande altitude. A baixa e média não era uma grande ameaça.

Mesmo sendo um caça o F-8 tinha menos vitórias por operar principalmente na função de ataque. Mas as vitórias por engajamentos era maior que a do F-4 e os pilotos tiveram uma maior percentagem de mísseis disparados dentro do envelope. Os MiGs até evitavam os ataques Alfa da US Navy protegidos por F-8 em 1972, mas atacavam os da USAF. O F-8 venceu 18 de 25 engajamentos com MiGs de 1965 a 1968 ou 72% de eficiência. Já o F-4, no mesmo período, foram 12 vitórias em 39 combates ou 30%. Mas em 1972 os F-4 da US Navy tiveram 24 vitórias em 23 engajamentos ou 1,03 por engajamento graças ao treinamento igual ao do F-8. Já os F-4 da USAF tiveram 14% de eficiência nos combates.

Os esquadrões de F-8 eram especializados em combate aéreo e não eram multifunção com os esquadrões de F-4. Após serem retirados de serviço os instrutores do F-8 passaram para os esquadrões de F-4 e iniciaram o programa Topgun (ou Fighter Weapon School), apesar do Phantom não ter canhão. A primeira classe terminou o curso em março de 1969. Em 1972 o escore passou de 12 para 1 para os F-4 da US Navy graças ao Topgun que até virou um comando independente para criar táticas e aperfeiçoar o treinamento. O programa mostrou que a qualidade dos pilotos vale mais que a parafernália que voam ou equipam suas aeronaves.

Nos últimos 8 meses de conflito ocorreram 500 engajamentos entre os F-4 da USAF contra os MiGs conseguindo apenas 70 kill. A USAF pediu para a US Navy ajudar a ensinar táticas. Os F-8 treinavam manobras de combate aéreo contra os F-4 da USAF que voltavam das missões no Vietnã do Norte como parte da capacitação em 1972. Os F-8 venciam sempre para delírio da US Navy e frustração da USAF e nem usavam o plano vertical onde o F-8 era bem melhor.

Os pilotos da US Navy perceberam que os pilotos novatos da US Navy podiam vencer qualquer um dos pilotos da 8a TFW em Udorn. Perceberam que usavam as mesmas táticas da Segunda Guerra Mundial e eram bem previsíveis. Eram especializados no Sparrow e raramente manobravam na vertical mesmo com um motor bem potente. Em combate faziam tudo no mesmo lugar e na mesma velocidade. Voavam a 450kts, e alijavam tanques no mesmo lugar e era onde os MiGs esperavam. Era como ensinar vegetarianos a comer carne.
 

Armas Ar-Ar

O Vietnã viu uma grande uso de mísseis ar-ar nos combate aéreos, mas o Sparrow, Falcon e Sidewinder eram caros, pouco confiáveis e vulneráveis a contramedidas. Os MiGs escapavam pois os mísseis não funcionavam direito ou perdiam o alvo.

Com melhores armas os pilotos achavam que teriam uma melhor razão de acerto comparado com as metralhadoras calibre 12,7mm disponíveis nos Sabres da Coréia. Um F-4E com 630 tiros de 20mm, quatro mísseis AIM-7 Sparrow e quatro Sidewinder podia iniciar os ataques a 10 milhas do alvo. As oportunidade de ataque permitiam chances de disparo em qualquer condição de combate, mas outros fatores cancelaram esta capacidade.

A necessidade de identificação visual do alvo foi uma delas não permitindo disparo frontal do Sparrow que tinham capacidade "all aspect". Teoricamente o F-4 podiam detectar os MiGs a 60km e disparar "cegos" a 5-8 km. Com a obrigação de fazer identificação visual positiva do alvo perderam muitos kill. As vezes eram tão poucos amigos na área que o resto seria MiGs. Pelo menos uma vez um F-4 foi derrubado ao acelerar a frente para identificar o alvo.

Um bom sistema de radar de alerta CGI seria uma solução mas não tinham. Os kill na Coréia melhoraram muito com com a instalação de um radar na ilha Cho-do em junho de 1965 atuando como Tactical Air Direction Center (TADC) no local. A estação cobria as bases aéreas no Yalu. Os Sabres podiam ser posicionados para iniciar o ataque ao invés de reagir. Sem este apoio no Vietnã não podiam disparar "cegos" e davam a iniciativa ao MiGs.

Durante o conflito no Vietnã foram lançados 612 mísseis AIM-7 com 56 vitórias (Pk de 9%), e 454 AIM-9 Sidewinder com 81 vitórias (Pk de 18%). Nos testes antes da guerra o Pk era de 65% de acerto para o Sidewinder e 71% para o Sparrow contra alvos não manobrando em condições ideais. Mesmo com limitações a maioria dos kills foi com mísseis e 57,5% com o AIM-7 Sparrow. Já na US Navy quase todos os kills foram com o Sidewinder. A US Navy operavam mais contra os MiG-17 em engajamentos aproximados. Sem canhões nos seus F-4 só sobrava o Sidewinder. Já os F-8 Crusader conseguiram bem mais kills com o canhão.

A US Navy usava mais o Sidewinder, com modelos melhores que os da USAF, e mais adequado contra os MiG-17. Já o Sparrow era considerado melhor contra o MiG-21 que era mais rápido e para contrapor as táticas de ataque e foge. A experiência com o Sparrow também levou os pilotos da USAF a usar mais o Sparrow mesmo com melhores modelos do Sidewinder disponíveis.

Durante a operação Rolling Thunder foram disparados 260 mísseis Sparrow com 20 kills. Em fevereiro de 1972 os americanos usaram a variente AIM-7E-2 em 30 de 50 engajamentos. Na operação Linebaker II em dezembro de 1972 foram disparados cerca de 100 mísseis Sparrow AIM-7E-2 com cinco kills sendo que no mesmo período foram disparados 24 mísseis AIM-9E com dois kill.

O Sparrow mostrou que podia interceptar um alvo além do alcance visual antes que o inimigo soubesse da presença do F-4. Funcionou bem nos treinos no deserto, mas no Vietnã teve um desempenho miseravelmente ruim com as regras de engajamento exigentes. Na verdade o conceito do AIM-7 estava bem a frente do seu tempo assim como o combate a longa distância.

O desempenho do AIM-7D Sparrow mostrou ser inútil contra alvos subsônicos voando abaixo de 8 mil pés. O motor fumaçento também ajudava as vitimas a iniciar evasivas. De cada oito disparos apenas um acertava. As vezes um F-4 disparava todos seus quatro Sparrows e errava todos. Os pilotos não confiavam nos mísseis que voavam cativos por muito tempo por falharem muito.

A teoria do combate a longa distância (BVR) é fantástica, mas na década de 60 só era possível contra bombardeiros voando reto e alto em um engajamento frontal. Eram alvos que não manobravam, tinham uma grande assinatura radar e de calor e não contra alvos pequenos manobrando a curta distância e voando baixo que encontraram no Vietnã. Podiam ser identificados facilmente pois viriam de uma direção onde estava o inimigo (Pólo Norte).

O Sparrow levava cinco segundos para adquirir dados da aeronave e disparar o que era péssimo em um combate aproximado. O modo boresight permitia disparar em 1 segundo mas só conseguiu um acerto em 65 disparos com esse modo. A simbologia mostrada para os pilotos era inadequada para combate aéreo. Se o alvo conseguir quebrar o contato radar com manobra evasiva o míssil passa a voar balístico. Os parâmetros de lançamento só permitia disparar contra alvo voando reto e se manobrava os parâmetros não eram precisos. Abaixo de 3 mil metros também podia perder o tracamento fácil devido ao retorno de radar do solo.

Em 21 disparos com ruído de fundo a baixa altitude o Sparrow não conseguiu nenhum acerto. Ao nível do mar o alcance do Sparrow diminuía para 1,5km contra 20km a 3 mil metros. O cone de radar diminui de 40 para 30 graus. Com as regras de engajamento forçando um combate a curta distância a espoleta só era acionada depois de ultrapassar o alvo. Um Mig era identificado visualmente a menos de três quilômetros e bem dentro do alcance mínimo do Sparrow. A espoleta do modelo AIM-7E-2 passou a armar a 500 metros contra 1.100 metros dos modelos anteriores. Os 243 mísseis AIM-7E-2 disparados no final do conflito conseguiram 35% de acerto. Também podiam puxar mais g's  e conseguiam manter contato com o alvo manobrando.

A espoleta do Sparrow não funcionava direito ou detonava prematuramente e as vezes o motor não acionava. O míssil também não era resistente para combate e manejo. O número de falhas era alta ou cerca de 63%, e dos que funcionaram 29% não guiou corretamente.

A trilha de fumaça do míssil e do Phantom era um bom aviso do ataque e os MiGs manobravam para escapar. Os Sparrows as vezes eram disparados apenas para distrair o inimigo ou forçar a mudar de direção. Não era incomum disparar um míssil para dissuadir um MiGs, induzir evasivas e colocar na defensiva. O número de mísseis disparado era bem maior que o de kills mas as estatísticas não representam o kill rate dos mísseis pois era padrão disparar para dissuasão sabendo que o míssil estava fora dos parâmetros de disparo. Esta tática diminuía a efetividade aparente dos mísseis.

Com os pilotos não confiando muito no míssil acabavam disparando em salvas. Alguns esquadrões tinham como regra disparar os Sparrows aos pares. Os americanos costumavam disparavam dois Sparrow para cada alvo devido a problemas de confiabilidade. No curto alcance esperavam para ver se não tinham problemas. Não usavam o principio de conservar armas pois tinham muitos mísseis e poucas possibilidades de um "mig shot".

Mísseis grandes como o R-27 e AIM-7 são muito potentes e dão poucas chances de sobreviver. Foram projetados para atingir o cockpit em um engajamento frontal. O piloto nem sabe o que o atingiu.  A explosão de míssil um Sparrow pode até ser visto a 250 km a noite. A melhor manobra evasiva também é encarar o míssil de frente e na última hora fazer uma manobra agressiva. A razão de acompanhamento é muito alta e o sensor não consegue manter o trancamento.

A grande vantagem do Sparrow era a capacidade disparo frontal enquanto os MiGs só podiam atacar por trás. Era uma grande vantagem, mesmo que psicológica para os americanos e uma grande desvantagem para os vietnamitas, mesmo tendo uma taxa de acerto pequena. Quando os MiGs se escondiam nas nuvens os F-4 podiam disparar o Sparrow o que não era possível com o Sidewinder. Os pilotos dos MiGs não viam o ataque para poder fazer evasivas mas os americanos também não viam o resultado do ataque.

 Os fatores para fracasso dos mísseis ar-ar eram três categorias, projeto do míssil, projeto da aeronave e proficiência do piloto. O Sparrow era míssil inadequado para atacar um alvo manobrável e voando baixo. O alcance diminui muito e as fontes de calor em terra distrai o sensor e o radar não consegue trancar no alvo. O disparo a duas milhas atrás do alvo levava 20 segundo para atingir o alvo. Os radares não enxergavam abaixo do horizonte. Os  eletrônicos eram difíceis de manter e piorava com a umidade do Vietnã. os mísseis não ejetam, motor não liga ou vai estúpido. alguns pilotos escolhiam mísseis já com manutenção em dia e "massageados".

Um estudo depois do conflito mostrou quatro falhas para o pequeno Pk do Sparrow. Os pilotos disparavam em salvas, ao invés de um ou dois mísseis de cada vez e disparavam até os quatro contra um único alvo em seqüência. A switchlogia da cabine era outro problema, com os pilotos tendo que apertar muitos teclas para ligar o míssil, acionar os modos de radar, e a coordenação entre os tripulantes. Não era um problema contra bombardeiros atacados a longa distância mas péssimo a curta distância. Outro problema era envelope mínimo, e calcular o envelope desviava a atenção e na maioria das vezes o disparo estava fora dos parâmetros. O quarto problema era a confiabilidade, com o estresse de vôo, pousos e manuseio criava falhas frequentes. O resultado é que o Sparrow precisava de 12 disparos para conseguir um kill, contra 5,5 do Sidewinder. Já o canhão precisava de 7,5 tentativas para cada kill. Concluíram que as armas simples funcionavam melhor.

Falcon
O AIM-4D foi um míssil que teve um desempenho muito ruim no Vietnã.

Sparrow
O Sparrow teve muitos problemas com o clima e o manuseio inadequado. A maioria dos mísseis falhava após ser disparado.

Phantom
Com um tanque de combustível extra no centerline o F-4 ficava limitado a manobras de até 3 g's. O tanque central também devia ser ejetado nos combates pois danificava os Sparrow disparados e podia levar a uma explosão. O F-4 tinha botão de pânico que alijava todas as cargas externas, mas inicialmente também alijava os mísseis. A imagem é da operação Bolo com um MiG-21 visto bem acima da cabina do F-4.

Com o Sidewinder,menos de 25% dos disparos estavam dentro dos parâmetros de disparo. O AIM-9B teve um desempenho um pouco melhor que o Sparrow com falha de 56%, e perdeu 28% dos alvos principalmente devido aos disparos fora do envelope. O envelope era pequeno e que piorava se o alvo ou a aeronave lançadora manobrasse. O AIM-9B era fácil de evadir com uma manobra de 5g e uma manobra de 3g reduzia a chance de acerto em 50%. Se disparado a mais de 2g´s não guiava. O seeker era fácil de ser distraído por nuvens ou terra e os pilotos não entendiam muito sobre parâmetros de lançamento ou envelope. Os pilotos as vezes disparavam com tom de trancamento que significava apenas que detectou uma fonte de calor. Os AIM-9B foram disparados 28% das vezes fora do envelope e melhorou para 13% com o AIM-9D. Ainda assim o AIM-9B era melhor que o AIM-7. Os mísseis eram checados em terra com um cigarro acesso na frente do sensor, com o míssil montado na aeronave, para ver se conseguia detectar fontes de calor. Se o piloto ouve um tom adequado no fone de ouvido então estão funcionando. O com melhor tom seria disparado primeiro.

Na operação Linebaker o AIM-9E conseguiu apenas seis kill em 64 disparos com o F-4 no Vietnã, ou um Pk de 11,5% (incluiu acerto duplo no mesmo alvo), contra 15% do AIM-9B. O Sparrow passou até a ser a primeira escolha, mas mesmo assim com 13% sucesso. Em uma ocasião foram 14 disparos ou tentativas de disparo de quatro F-4 contra um único MiG até conseguir um acerto. A maioria dos erros foi por falha no motor ou detonação prematura. O Programa Combat Snap diminuiu a distância de perda do alvo do AIM-9E para 4 metros com uma espoleta de proximidade melhor. O AIM-9E era bom apenas para alvos puxando 3 g's. Em um episodio de fogo amigo, um F-4 foi avisado e conseguiu virar 180 graus para evitar que o Sidewinder AIM-9E obtivesse uma fonte quente.

Os AIM-9J tiveram 92% de sucesso nos testes, mas no Vietnã foi bem diferente. Em três disparos contra dois MiGs por uma aeronave, um errou e outro foi fora do envelope. Um F-4 lançou quatro sem acerto e outro lançou mais quatro até derrubar um Mig que não manobrava. Em outra oportunidade um F-4 disparou quatro AIM-7 e depois três AIM-9J até um acertar um MiG-21 a baixa altitude. Em um engajamento contra um MiG em setembro de 1972, sete AIM-9J foram disparados a baixa altitude até um acertar. Logo descobriu-se que não foi testado nesta altitude. O AIM-9J mostrou ter pouco alcance. No total, em 1972, o AIM-9J conseguiu quatro vitórias em 23 disparos, mais quatro que não ligaram o motor.

O AIM-9D da US Navy tinha um melhor envelope de disparo que o AIM-9B que só podia ser disparado diretamente por trás. Em 99 disparos foram 18 kills ou um Pk de 18%. O AIM-9D era considerado simples e efetivo e os problema eram poucos. O único problema era o estoque pequeno e as vezes não dava para equipar todos os caças nos pacote da US Navy. A rigor as operações embarcadas levavam a falhas frequentes. O melhor de todos os modelos foi o AIM-9G com 23 disparos e cinco kill com um Pk de 46%, mas entrou em operação apenas no fim do conflito.

Entre os motivos de tantos erros foram disparos de Sidewinder só para assustar um adversário que estava perseguindo um amigo. Alguns mísseis foram disparados sem o tom correto e outros contra alvos já atingidos. As vezes o piloto pensava que deu defeito no míssil e disparava outro, mas o alvo era atingido pelo primeiro. Os mísseis ar-ar falharam para lançar, para acompanhar o alvo, para explodir ou perderam alvos que manobravam. Houve casos de Sparrows disparados sem o radar ligado, mas para tentar distrair um Mig que atacava outro caça. Em 1972 foram vistos MiG-21 lançando flares mas nem sempre funcionava.

A manobra evasiva básica dos MiG-17 contra o Sidewinder era serpentear bancando 70 graus, puxar entre 3-4 g's em direção ao míssil a 700-900 km/h. Era suficiente para fazer o sensor perder o acompanhamento. Os pilotos viam os mísseis facilmente devido a fumaça. Se voarem a mais de 800 metros de altitude, e se não conseguem fazer o Sidewinder perder o acompanhamento, o piloto aumenta a inclinação e começa a mergulhar. Parece uma espiral inicialmente com movimento vertical e horizontal e sempre conseguem livrar o MiG do míssil. Os pilotos dos MiGs também sabiam que não havia risco de serem atacados se ficassem próximos dos caças americanos (quando os F-4 não tinham canhão).

Mesmo pouco efetivo, os pilotos gostavam de levar o Sidewinder como faziam os pilotos de A-7 pois aumentavam o moral. Não levavam sempre devido a falta de mísseis pois os esquadrões de F-4 levavam e gastavam muitos que eram roubados dos esquadrões de A-7. Os A-7 até que tiveram oportunidade de usar e não tinham velocidade ou manobrabilidade para fugir dos MiG-17.

A falta de um canhão nos caças foi uma das grandes lições do Vietnã. Em um combate a longa distância o F-4 precisava de 30-60 segundos de vôo estável para conseguir um trancamento. O combate aéreo aproximado não permitia este luxo. De perto era preciso um canhão. Quem combater com cabeça baixa (olhando os sensores) podia perder. O Vietnã mostrou que a superioridade tecnológica ainda não garantia a vitória. Os mísseis deram uma nova dimensão, mas o canhão ainda era uma arma válida e podia ser a chave para o sucesso no combate aproximado e os pilotos ainda precisavam de identificação visual positiva. Os controladores aéreos ainda não podiam dar esta identificação dos alvos com precisão. O fratricídio era inevitável e a identificação positiva levava ao combate aproximado. As vezes os caças sem canhão tinham que desengajar por vários motivos.

Nos primeiros encontros os pilotos viram que os mísseis eram poucos confiáveis e logo concluíram que precisavam de canhões. Sem canhão os pilotos tinham até vontade de baixar o gancho de parada para abalroar os MiGs.

Alguns pilotos sentiam muito a falta de canhão. Um piloto cita que em dois engajamentos, de quatro que participou, o canhão fez falta. Os pilotos que dispararam mísseis também perceberam que estavam em condições de disparar os  canhões nos engajamentos. Alguns pilotos citam situações onde voavam na traseira de MiGs voando reto e dentro do alcance mínimo dos mísseis e não tinham canhão. Alguns pilotos citam que era 3-5 vezes na mesma missão que isso aconteceu. O canhão poderia fazer os MiGs mudares as táticas. Como podiam voar baixo para evitar os mísseis o canhão anularia esta vantagem.  

Com o sucesso do F-105 armado com canhão contra os MiGs, alguns pilotos pediram para colocar um casulo de canhão no F-4. Foi introduzido em combate em maio de 1967 nos F-4C com o casulo SUU-16 com 1.200 tiros. Os pilotos inicialmente tinham que se adaptar ao tiro para baixo e ao desalinhamento causado pela vibração no tiro. O casulo de canhão logo se mostrou ser um item útil para o F-4.

Apesar dos problemas com os mísseis e disponibilidade de canhões internos ou em casulos, os canhões também tiveram seus problemas. O casulo Vulcan SUU-16A do F-4C usava uma turbina a ar para funcionar e estava limitado a velocidades acima de 350 km/h para funcionar. Foi substituído no F-4D pelo SUU-23A que pesava 765 kg sendo acionado pelos próprios gases do canhão. Os casulos de canhão tinham muito arrasto e aumentavam o consumo de combustível. O arrasto era até maior que o tanque central devido a forma frontal. O peso equivalia a de três bombas Mk-82. Os SUU-23 da US Navy sofriam muito com o pouso enganchado e foram pouco usados.

Com os pilotos sem treino no disparo de canhão a arma não era tão efetiva. Os pilotos também poderiam ficar tentados a perseguir um MiG-17 e ficar em desvantagem, indo contra as táticas com mísseis onde tinham vantagem, mesmo que não tão boas.

O canhão tinha a vantagem de ser mais barato que os mísseis. Um AIM-7 e um AIM-9B disparados em um kill de um piloto custou US$ 46 mil enquanto outras duas vitórias no mesmo dia com 336 tiros de 20mm custou US$ 1.680 o par, sem contar o custo do casulo.

O F-4E equipado com canhão só atuou no Vietnã do Norte no fim 1968. Em 1972 foram 50% de kill com o canhão. O F-4E com canhão interno conseguiu sete das 23 vitórias totais do modelo. Os F-105 tiveram 28 kill contra os MiG-17 com o canhão e dois com o AIM-9B. Dois MiG-17 foram derrubados pelos canhões dos A-1 Skyriders.

Os F-8 conseguiram duas vitórias com canhões das 18-20 no total dos Crusader. Em uma ocasião um F-8 tentou disparar o AIM-9 onze vezes em dois combate sendo que dois mísseis falharam completamente e um atrasou o disparo. Em três tentativas de disparar o canhão de 20 mm terminou em uma falha completa e duas após alguns tiros. Os canhões dos F-8 da US Navy era pouco confiável, impreciso e com mira difícil. Já o USMC achavam o F-8 bom para metralhar o solo e com boa precisão. Um A-4C disparou três foguetes Zuni de 127mmm, um de cada vez, contra um MiG-17 que mergulhou no solo. Era um ex-piloto de F-8 com 2.000 horas no modelo. 

As táticas de "hit and run" dos MiG-21 também deixou a necessidade de um canhão no F-4 menos relevante. O F-4D sem canhão acabou derrubando mais MiGs que os F-4E e com menos perdas. A capacidade Combate Tree pode ter sido a diferença. Outra melhoria pode ter sido a degradação da força MiG na operação Linebaker.

Os canhões dos MiGs também não pareciam tão capazes. Os pilotos americanos sempre citam que foram atacados pelos canhões sem serem atingidos. Ou era devido a mira ruim dos vietnamitas ou era a baixa razão de tiro dos canhões dos MiGs. As vezes viam um MiG colado na traseira que não disparava pois tinham pouca munição e já tinham gasto tudo.

MiG-17
Um MiG-17 foge após ser atingido pelo canhão de um F-105 em 18 de outubro de 1967.


Conclusões Diferentes

As conclusões da USAF e US Navy em relação a guerra do Vietnã foram diferentes. A USAF deu mais importância a tecnologia e não ao treinamento resultando no F-4E com canhão interno, no IFF APX-80 Combat Tree, e nos mísseis AIM-9E e AIM-7E adaptados para combate aéreo. A USAF não melhorou o treinamento dos pilotos nem as táticas e continuaram priorizando a arena ar-superfície. 

Entre os estudos sobre os combates aéreos no Vietnã temos o Sparrow Shot, o Combat Sage e o Red Baron. Esses estudos examinaram o processo de fabricação, procedimento de carregamento dos mísseis e emprego das armas. Resultaram no "Ault Report", uma análise dos combates no Vietnã feito pela US Navy. Resultou em melhorias em várias áreas como mísseis mais confiáveis e treinamento em manobras de combate aéreo.

A US Navy passou a investir mais no treinamento de combate aéreo reconhecendo o desempenho dos F-8 Crusader e criou a pós-graduação em combate aéreo chamado de "Top Gun" que foi um dos resultados do Ault Report. O programa Top Gun foi iniciado logo após a parada dos bombardeiros em 1968 e acabou dividindo a guerra em antes e depois do Top Gun.

O Top Gun era um programa de treinamento de combate aéreo que durava quatro semanas (depois cinco) com 75 horas de estudos e 25 vôos que incluía manobras de combate aéreo, tiro aéreo, inteligência de aeronaves e mísseis inimigos, sistemas do F-4, prática de disparo de mísseis, guerra eletrônica, e estudos de desempenho de caças.

Eram oito tripulações por classe que depois passavam os conhecimentos para os outros pilotos do seu esquadrão. Também ocorreu um aumento no treinamento de manobras de combate aéreo com os outros pilotos da frota, mas com aumento no número de acidentes. Foi observado que o combate dissimilar contra vários modelos de caças era o melhor meio para treinamento. O F-106 Delta Dart, por exemplo, tinha desempenho similar ao MiG-21. 

O Red Baron I era um estudo sobre a campanha Rolling Thunder. Concluiu que conhecer a posição inimiga adiantado, para posicionar a aeronave, era o fator mais significante para se ter sucesso no combate aéreo. Em 80% das vezes os pilotos americanos iniciaram a luta em posição de vantagem e o mesmo aconteceu em 87% das vitórias do MiGs. Cerca de 50% dos pilotos dos MiGs não sabiam que estavam sendo atacado assim como quase 60% dos pilotos americanos derrubados.

O Red Baron também concluiu que os pilotos estavam mal treinados para disparar os mísseis, com tendência a disparar dentro do alcance mínimo ou puxando muitos g´s. Os pilotos também não conheciam a teoria de emprego dos mísseis que precisa de manobras diferente das usadas no disparo dos canhões. Os F-4 Phantoms não tinha canhão e o envelope dos mísseis era pequeno. O próprio F-4 tinha problemas com um radar pouco confiável e o cockpit era inadequado para manobras de combate aéreo. Um dos grandes erros dos pilotos de F-4 era curvar com o adversário mais manobrável e sem ter trabalho de equipe entre os caças.

Os americanos treinavam mais enquanto os vietnamitas ficavam restritos aos controladores em terra. Os americanos tinham radares e mísseis melhores, mas os MiGs eram bem mais manobráveis. Os F-4 sem canhão era uma falha séria.

O resultado dos engajamentos dependia de várias variáveis como o nível de treinamento, capacidade das aeronaves e armamentos, eficiência dos controladores em terra e táticas usadas. Os EUA tinham a vantagem da superioridade numérica, treinamento e Comando & Controle. O Vietnã usava a surpresa e evitava o confronto direto.

Os pilotos vietnamitas mostraram tomar decisões apressadas, usavam mal suas armas, pilotavam mal, e os controladores em terra erravam muito em avaliar a situação e passavam informações atrasadas. A estrutura de comando era rígida e os pilotos não tinham independência para engajar no visual quando direcionados para o alvo. As táticas novas dos EUA era seguida de uma resposta atrasada do Vietnã.

A superioridade numérica as vezes era questionável. Os americanos tinham uma frota maior de caças na região comparada com a do Vietnã do Norte, mas atacavam com pacotes de 36 a 48 caças. Os vietnamitas tinham a vantagem de escolher a hora de atacar e desengajar enquanto os americanos tinham a missão planejada.

Os vietnamitas ficavam esperando, vindo de qualquer lugar e tinham apoio da artilharia antiaérea e mísseis SAM. Podiam escolher atacar apenas parte do pacote, com superioridade local. As aeronaves de escolta também eram em menor número. Por exemplo, em 20 de maio de 1967, em um ataque contra alvos próximos a base aérea de Kep, oito F-4 estavam escoltando doze F-105 e foram atacados por 16 MiGs que conseguiram superioridade local.

Oficialmente não havia prioridade em derrubar os MiGs e só quando a ameaça fosse grande. O objetivo primário da Rolling Thunder era demonstrar para o Vietnã do Norte que era inútil atacar países amigos dos EUA. Mas derrubar um MiG era uma vitória pessoal para os pilotos e um MiG derrubado hoje não seria ameaça amanhã.

Os pilotos de caça sempre tiveram muita atenção, mas a ameaça dos MiGs era a menos importante e esteve sempre longe de parar os ataques aéreos. A média de perdas para os MiGs era dois por mês. Foram 76 aeronaves ou 7% do total, mas era 3,3% para a US Navy e 9,7% para USAF.

Pior ainda era a razão de troca ou 2,5 de 1965 a 1973. Entre 1965 a 1967 perderam entre 3,5 a 4 para 1; de 1967 a 1968 foi 2 para 1. Na Coréia foi 10 para 1 e na guerra de 1973, Israel conseguiu 50 para 1 contra os MiGs árabes. Nestes dois conflitos não havia as limitações de identificação visual e a cobertura radar era melhor.

Os F-4 da USAF conseguiram uma razão de perda de 2x1 contra os MiG-21 em toda a guerra, mas perdeu de 3x1 a grande altitude ganhando por 5x1 a baixa altitude. Os MiG-21 conseguiram todos os kill com o míssil AA-2 Atoll menos um com canhão. Só tinha dois mísseis enquanto o F-4 levava até oito mísseis. Os F-105 perderam de 16x1 para os MiG-21.

Já os F-4 da US Navy tiveram uma razão de troca de 13x5, ou 3,25x1 entre 1965 a 1970. Na mesma época a USAF teve um kill ratio de 59x15 ou 3,93x1. Os F-8 conseguiram 18x3 no período ou 6x1, mas se considerar os caças danificados foram 4,5:1.

Com a mudança no treinamento a partir de 1968, com o Top Gun, os F-4 da US Navy conseguiram 25 vitórias para duas perdas no fim de 1972, ou um kill ratio de 12,5 para 1. Os pilotos que passaram pelo Top Gun derrubaram 60% das 21 vitórias de janeiro a junho de 1972. Todos com o míssil AIM-9. Os pilotos da US Navy treinados em combate aéreo tinha a sensação de "já estive aqui antes", ficando seguros no combate. Os pilotos diziam que "era como o Top Gun, mas inimigo não era tão bom".

Na operação Linebaker entre 1970 a 1972, a USAF derrubou 48 MiGs e perdeu 24 ou uma kill ratio de 2x1. Com este resultado, no fim da guerra a USAF logo iniciou os treinamentos da Red Flag devido ao sucesso do Top Gun da US Navy. 

O objetivo da Red Flag era dar pelo menos um número mínimo de missões “reais” aos pilotos o que diminuía suas chances de ser derrubado. Também foi observado que os pilotos veteranos tinham mais chances de serem derrubados por ficarem complacentes e descuidados com o tempo. Por isso só era permitido voar 100 missões no máximo e voltavam para casa. Podiam voltar depois para outro “tour” de 100 missões. Em abril de 1972 só havia veteranos nos esquadrões quando Linebaker iniciou e não misturaram novatos e veteranos como era comum. O resultado foi um número menor de baixa. Uma Ala com três esquadrões só perdeu cinco F-4 nesta operação.

Os F-4 da USAF derrubaram 50 MiGs e perderam 27 entre março de 1972 a janeiro de 1973. Dos 50 MiGs derrubados, quatro foram táticas de manobras (os MiGs atingiram o solo), 6,5 foram com o canhão Vulcan, 9,5 para os mísseis Sidewinders e 30 para os Sparrows.


Em 1972, os pilotos do Vietnã citam que voaram 823 missões, com 201 combates aéreos, conseguindo 89 vitórias e sofrendo 52 perdas. Os números não são conclusivos pois os dados variam de uma fonte para outra. Os EUA afirmam ter perdido 22 aeronaves que não são consideradas nas contas do Vietnã e apenas 64 perdas batem nos informes dos dois lados.

Se considerar outras variáveis o problema pode ser pior, pois um Phantom custava US$ 4 milhões e perdia dois pilotos com 30% de chances de ser resgatado. Já um MiG-21 custava US$ 1 milhão e o piloto ejetava em território amigo.

Em 1972, a USAF perdeu 23 caças F-4 e um F-105F para os MiGs. A US Navy perdeu dois F-4 e um RF-5. As baixas estava relacionada com a localização dos MiGs. Os MiG-21 atuavam mais em Phuc Yen onde a USAF operava enquanto os MiG-17 em Kep onde a US Navy operava na costa. Os MiG-21 atacavam mais, com mais vitórias e mais perdas. A USAF lutava mais contra os MiG-21 enquanto os MiG-17 operavam mais na área de operação da US Navy. A USAF também tinha uma área de ingresso maior e os vietnamitas tinham mais tempo para planejar a reação.

Na Linebaker o MiG-21 era uma versão melhor com quatro mísseis, mas os F-4 da USAF derrubaram 47 MiGs, sendo 39 MiG-21, contra 24 da US Navy sendo 14 MiG-17. Entre maio e junho de 1972 a USAF derrubou 12, mas perdeu 13, sendo a primeira vez que ficou em desvantagem. A US Navy teve 19 vitórias sem perdas.

F-4C
Um RF-4C se desviando de um míssil SA-2. Cerca de 90% das aeronaves perdidas no Vietnã foram por ameaças em terra. A meteorologia no teatro de operações era importante pois as nuvens não deixavam os pilotos verem o rastro dos mísseis SAM. O primeiro vôo a decolar era sempre uma esquadrilha de reconhecimento meteorológico que para saber se os ataques do dia seriam viáveis. Derrubar um MiG dava mais glamour que destruir um míssil SAM, mas a ameaça dos SAM era mais séria. Os americanos perderam 750 caças da USAF e 470 da US Navy sendo 919 só no Vietnã do Norte. Apenas em 1967 foram disparados 3.202 mísseis SAM no Vietnã do Norte com 56 acertos mais 276 aeronaves perdidas para a artilharia antiaérea e apenas 27 para os MiGs. De 442 F-4 perdidos no Vietnã, fora os 88 RF-4C de reconhecimento, 307 foram derrubados pela artilharia antiaérea, 30 para os mísseis SAM e 33 para os MiGs. Outros nove foram perdidos em ataques terrestres as bases e 63 em acidentes. Dos 370 perdidos em combate 83% foram para a artilharia antiaérea e 8% para os mísseis SAM e 8% para os MiGs.ec Para os americanos a missão era atacar os alvos e sobreviver a artilharia antiaérea e aos mísseis SAM, com os MiGs sendo mais um problema. No fim da Linebaker I o Vietnã ficou sem mísseis SAM e com pouca munição para a artilharia antiaérea. Os americanos voavam sem serem molestados como no fim da Segunda Guerra na Alemanha. Voar baixo era perigoso devido a artilharia antiaérea, mas os caças podiam escalar em direção ao alvo e contra céu aberto, o que era melhor para os mísseis guiados por IR e radar.

SAM
Imagem de um SA-2 sendo disparado no Vietnã mostrando o anel de fumaça no local do disparo. Visualizar o disparo era importante para poder realizar manobras evasivas a tempo. O alerta era dado pelo alerta radar com meios visual e sonoros. As manobras eram bem efetivas se feitas corretamente.

SA-2
Imagem da explosão de um SA-2 feita por um drone de reconhecimento. O SA-2 era relativamente pouco preciso e precisava de uma grande ogiva para compensar.

Próxima Parte: Guerras Árabes-Israelenses
Atualizado em 02 de Abril de 2009


Voltar ao Sistemas de Armas


2007-2009 ©Sistemas de Armas
Site criado e mantido por Fábio Castro

 
     Opinião

  Fórum -  Dê a sua opinião sobre os assuntos mostrados no Sistemas de Armas
  Assine a lista para receber informações sobre atualizações e participar das discussões enviando um email
  em branco para sistemasarmas-subscribe@yahoogrupos.com.br