APOIO CERRADO NA OPERAÇÃO DESERT STORM 

Armas e Aeronaves

O deserto no Kuwait deixava difícil ocultar alvos, mas absorvia e abafava o efeito das explosões e concussão, ao contrario do solo duro que espalha a explosão e os fragmentos em uma grande área. Os danos secundários eram menores no deserto. Então as armas de precisão seriam necessárias.

Antes da campanha aérea iniciar planejavam atritar as tropas em terra com o uso de mísseis Maverick disparados pelos F-16, A-10 e AV-8B e outra munições especiais. Apenas os A-10 dispararam o Maverick em grande quantidade, ou 5.013 de 5.296 no total. O USMC disparou apenas 41 mísseis Maverick.

Foi estimado que quatro F-16 armados com oito Maverick ou 16 CBU-89 poderiam destruir três carros de combate. O Maverick nunca foi uma arma primaria do F-16 e poucos pilotos estavam treinados para disparar a arma. Os instrumentos eram inadequados para disparar. Então a maioria dos ataques dos F-16 foi com bombas. Os F-16 realizaram 8.700 saídas de bombardeiros e apenas 130 com disparo de mísseis Maverick. Foram lançadas 12.500 bombas em cacho (CBU) e 3.600 Rockeye. O disparo era a 8 a 12 mil pés e não eram efetivos. A CBU-87 era a preferida, mas com muitas falhas na submunição atrapalharam o avanço da coalizão. O resultado foi usar bombas burras com pouca esperança de atingir alvos.

O uso das CBU-89 Gator anti-carro foi planejada, mas foi usada bem menos que o esperado. As bombas Mk de uso geral disparadas a média altitude eram imprecisas com CEP de 320 pés para o F-15E e 1.040 pés para o A-10. Depois os kits Paveway tornaram as bombas Mk úteis. A USAF disparou 4.086 GBU-12, 202 pelo USMC e 205 pela US Navy. Os A-10 não puderam usar o canhão de 30 mm direito e nem outras armas a baixa altitude como a CBU-52 e Rockeye. Os F-111E e F-16 operando na Turquia atacaram mais ao sul nas duas semanas finais até Bagdá para aumentar a pressão e evitar que as tropas no norte fossem deslocadas para o sul.

As bombas guiadas a laser foram pouco usadas na fase terrestre ou apenas 162 saídas de F-111F contra Guarda Republicana e a noite. Usaram mais minas e bomba burras junto com F-15E e A-6.

Os A-6 e F/A-18 operando nos NAes no Mar Vermelho disparam as Paveway no centro do Iraque, mas também sem capacidade de penetração contra alvos duros. O resto da força embarcada não tinha Paveway para atacar no centro e norte do Iraque. Os NAes no Golfo Pérsico atacaram mais o KTO.

Os Bucanner da RAF apoiaram os ataques dos Tornados no centro do Iraque e KTO. Os Tornados depois receberam os casulos TIALD. Os Tornado GR1 iniciaram o disparo das Paveway na terceira semana. Nas duas últimas só dispararam bombas Paveway. Como pesavam apenas 454 kg não tinham a capacidade de penetração das versões americanas contra bunkers iraquianos.

Enquanto os alvos estratégicos como os Centros de Comando de Setor (SOC) eram atacados por uma ou duas bombas Paveway, os Postos de Comando de brigada seriam alvos de B-52 ou caças F-16 e F/A-18. Geralmente os alvos divisionais eram atacados por esquadrilhas visitando o local sequencialmente em intervalo de horas.

Os B-52 atacaram o KTO com 2/3 do total de bombas disparadas na guerra, principalmente no KTO. Era a principal arma contra alvos de área como abertura de brechas nos campos minados a frente das tropas, estoques de munição, concentração de tropas e postos de comando no campo. Os B-52 baseados no Reino Unido atacaram o norte do Iraque.  

Um estudo da USAF após a guerra mostrou que as aeronaves de longo alcance armadas com armas guiadas eram mais efetivas como o F-111F, F-117 e F-15E ao contrario das aeronaves de curto alcance e sem armas guiadas como o F-16. O estudo sugeriu equipar todas as aeronaves com armas guiadas e até o B-52.

Após o conflito do Vietnã as operações de Cobertura Aérea (CAS – Close Air Support) da USAF foram reprimidas por falta de interesse e investimento. A invasão de Granada e Panamá foram apoiados por aeronaves AC-130, helicópteros de ataque do US Army e jatos A-7 da US Navy. No fim da década de 80 foi até pensado transferir os OA-10 para o US Army para atuarem como FAC(A).

Eram os oficiais em terra que queriam uma aeronave projetada especialmente para CAS. As aeronaves de alto desempenho aumentaram a distância entre o desejado e o real. Alta velocidade atrapalhava a identificação de alvos, aumentava o consumo diminuindo o tempo na área do alvo, resultando em muito período sem CAS. Também citam que uma aeronave lenta é mais barata e mais simples.

A USAF estudou a substituição dos A-10 pelos F-16. O F-16 foi testado em missões de CAS em 1989, mas sem contato com tropas amigas não mostrou capacidade real e sim a capacidade de atingir alvos. Serve certamente para missões de AI. O casulo de canhão de 30mm do F-16 mostrou ser instável. O cabine não era muito rígido, além da aeronave ser muito rápida para adquirir alvos. Já o Vulcan de 20mm tinha curto alcance para duelar com a artilharia antiaérea.

O KTO foi atacado por todo tipo de aeronave. O KTO foi dividido em aeronaves usadas mais ao norte e sul do KTO. A Guarda Republicana atuava mais ao norte. Os F-16, F/A-18, F-15E, F-111F e A-6E atuavam a noite, voavam contra alvos mais distantes e melhor equipados como a Guarda Republicana, enquanto os AV-8B, A-10, F-5E, Jaguar e A-4K, voavam contra tropas entrincheiradas na fronteira. Os AH-1 e AH-64 do USMC e US Army atuaram mais durante a ofensiva terrestre nos quatro últimos dias.

Os A-10 sofreram 20 baixas em 8.640 saídas ou uma razão de baixa de 0,23%. Foi quatro vezes maior que o F-16 que teve sete baixas em 11.698 saídas com uma razão de baixa de 0,06%. Os F-15E perderam duas aeronaves em 2.124 saídas com uma razão de baixas de 0,09%. De 16 A-10 aeronaves danificadas três não retornaram a ação. De seis F-16 danificados três não retornaram a ação. Os pilotos de A-10 pilotos esperavam 20-25% morreriam na operação. O F-111F não teve baixas sendo que as simulações antes da guerra previa 20% de baixas para os F-111.


Uma dupla de F-16 atacando alvos no Iraque com mísseis Maverick.


A-10

O A-10 foi a primeira aeronave da USAF criada especificamente para as missões de CAS. Da frota de 650 A-10, a USAF deslocou 132 A-10 e 12 OA-10 para as bases avançadas de King Fahd e King Kahlid na Arábia Saudita. Eram seis esquadrões ao todo. Os esquadrões formaram o 354th Tactical Fighter Wing (Provisória). Um deles estava equipado com os mísseis AGM-65D Maverick com sensor de imagem infravermelha o que dava capacidade noturna com as imagens mostradas na cabine sendo usada como FLIR de pobre para navegar a noite.

O A-10 era lento e a grande autonomia no campo de batalha o deixava vulnerável. Um total de 15 A-10 foram danificados e 10 retornaram a ação. Um A-10 foi atingido por quatro tiros de 57mm. Foram 378 furos sendo 14 ao redor cabina. A banheira de titânio salvou o piloto. Seis foram perdidos sendo quatro A-10 e dois OA-10. Quatro A-10 foram danificados seriamente e dois continuaram a voar. Dois foram perdidos no pouso. Quatro foram derrubados no Iraque e um piloto morto. Nenhum foi atingido a noite.  Outros 25 tiveram danos leves e foram reparados entre as saídas. Quando entravam mais dentro do Iraque sofriam mais perdas. As perdas eram aceitáveis comparadas com as do Vietnã. As perdas estavam mais relacionadas com os voos a 4-7 mil pés para poder usar melhor os binóculos na busca dos alvos. O sucesso aumentou, mas também com mais exposição.

Nos primeiros dias do conflito, os A-10 fizeram 175 saídas contra sites de guerra eletrônica e sites de radares de alerta na fronteira da Arábia Saudita. No primeiro dia da campanha aérea, a maioria dos A-10 ficaram em alerta em terra para conter uma provável incursão iraquiana por terra. Inicialmente foram usados para Interdição contra a área de retaguarda inimiga.

Outra tarefa considerada perigosa seria atacar a rede de radares de alerta na fronteira. Não era missão para os A-10, mas as ações nos primeiros dias precisaram de muitas aeronaves para muitos alvos então chamaram os A-10. Os pilotos de A-10 consideravam as missões de interdição aérea trabalho de jatos rápidos como o F-15E, A-6, F-111. Chegam, atacam e foge rápido. Geralmente eram alvos bem protegidos por serem alvos de maior valor.

Os Apache atacariam radares mais próximos da fronteira e os A-10 as estações mais profunda, incluindo na fronteira entre a Síria e a Jordânia. No inicio tiveram acesso a fotos de satélite dos radares. As fotos de satélites eram na mesma geometria do mergulho. Depois o acesso as fotos de satélite seria raro.

Os radares foram atacados com o Maverick modelo Golf, com cabeça de guerra de 300 libras (136kg). Os A-10 atacavam com o sol pelas costas. Voltavam e atacavam alvos secundários como concentrações de tropas e instalações de apoio com bombas em cacho e o canhão. Se escondiam nas nuvens se tivessem no "pull up".  Havia pouca artilharia antiaérea nas estações de radares e foi na verdade alvos fáceis e esperavam ser bem difícil.

Havia 26 sites com 96 radares e quase todos foram colocados fora de ação. Na fase OCA (Offensive Counter Air), os A-10 realizaram 175 saídas contra sites de radares de alerta. Alguns sites foram novamente atacados depois. Assim os F-15E podiam voar "invisíveis", com o KARI, o sistema de defesa aéreo integrado iraquianos, sem saber onde estavam os alvos aéreos. Os AWACS davam alerta de contatos e as CAPs de F-15 os afastavam. A A-10 reação contra caças era voar bem baixo. Voando a 500 pés um piloto viu um míssil cruise passar bem acima. No primeiro dia foram 322 saídas, em 49 missões, com 313 com sucesso. Dois foram danificados por armas leves. Os F-4G escoltaram para proteger dos mísseis SA-2 e SA-6.

Os A-10 geralmente operavam aos pares e não em esquadrilha. Em área de alta ameaça atuavam em uma ou duas esquadrilhas, acompanhados dos EF-111 e F-4G. Voavam  entre 15 a 20 mil pés em formação em linha, wedge ou trilha. Alguns disparam a carga primeiro para aumentar a manobrabilidade e depois disparar o canhão enquanto o ala voa mais alto cobrindo a aeronave que ataca. Depois invertem o papel. Era fácil adquirir alvos no deserto, mas a identificação era difícil como distinguir um caminhão de um carro de combate, e carro de combate de artilharia autopropulsada. O piloto tinham que descer a 5 a  8 mil pés. As fotos ajudavam a identificar os alvos.

No KTO os A-10 atacavam blindados, artilharia, caminhões e outros alvos. A carga de armas geralmente era de seis Mk82, um míssil Maverick IR e outro TV, dois mísseis Sidewinder e 1.200 tiros de 30mm. Três Sidewinder foram disparados por engano. Depois dos primeiros dias, com a superioridade aérea sendo conquistada, passaram a levar um ou nenhum Sidewinder.

Os mísseis Maverick eram disparados em um mergulho de 30 graus, iniciando o mergulho a 10 a 15 mil pés. Era disparado a 2-3 milhas do alvo. 30% eram do modelo AGM-65D com o disparo iniciado a 15-20 mil pés a 20-30 graus com disparo a 4-5 milhas.

O canhão era disparado entre 45-60 graus iniciando a 10 mil pés. Os pilotos disparam 150-200 tiros em uma ou duas rajadas curtas. A munição do canhão era cinco perfurantes e uma explosiva.

A Mk20 Rockeye era difícil de atingir o alvo quando disparada a média altitude. Então disparavam toda a carga de bombas em uma única passada e em mergulho de 70 graus para ser efetiva. Os pilotos de A-10 não gostavam, ao contrário dos pilotos dos Harrier do USMC. Com mau tempo tinha que disparar em um angulo menos agudo. Contra a artilharia preferiam as Mk82 com espoleta airburst. As bombas em cacho e as Mk82 eram disparadas todas de uma vez a 45-60 graus disparando a 10-12 mil pés. A Mk82 também era boa contra caminhões e veículos leves. As CBU também era boa contra alvos leves, veículos, pessoal em campo aberto e artilharia.

Outra arma do A-10 foi a grande autonomia. Os A-10 sobrevoando acima das posições iraquianas causavam grande ansiedade nas tropas que ficavam sem saber quem seria o próximo alvo. O A-10 foi tão bem na campanha que foi cancelada sua substituição pelo F-16 nas missões de CAS.

Os A-10 também conseguiram duas vitórias aéreas. No dia 5 de fevereiro, um A-10 atacou um Su-20 em um abrigo com o canhão e bombas CBU na base de Mudaysis. Na volta foram acionado pelos E-3 AWACS sobre um alvo baixo e lento a nordeste a 50 km de distância. Os A-10 foram na direção do contato e começaram a descer em um mergulho de 45 graus. Viram uma trilha de poeira e um objeto escuro se movendo no deserto. O contato foi logo identificado como sendo um Mi-8 HIP. Um A-10 iniciou o disparo do canhão a oito mil pés com 300 tiros. Ao sair do mergulho viu o helicóptero soltando fumaça. Voltou e disparou mais 200 tiros saindo mergulho a 4.500 pés. Na volta viu uma bola de fumaça saindo no chão.

No dia 15 de fevereiro, um A-10 foi chamado pelo AWACS para um contato "low slow" a 27 milhas de distância. Mergulhou e disparou o canhão a 10 mil pés contra o helicóptero. O ala viu que acertou. Mergulho novamente e atingiu a 8-9 mil pés.  No dia 16 de fevereiro ocorreu um chamado e novo contato, mas foram desviados depois.

Os A-10 treinavam só para missões de CAS e esperavam fazer muito alerta CAS no inicio. No inicio da campanha aérea, o US Army queria que o A-10 fosse a reserva de um contra ataque. Pensavam que os iraquianos não gostariam dos ataques aéreos e poderiam contra-atacar. A doutrina HOG era ficar 20 milhas das tropas esperando ser chamado. Já a USAF queria fazer interdição aérea com os A-10.

Um GLO (Ground Liaision officer) deu detalhes do assalto terrestre para os pilotos. Na operação Linebaker, no Vietnã, os oficiais generais indicavam o alvo e só. Os pilotos de caça do Vietnã viraram oficiais generais e deram todas as informações dos primeiros 3 dias de ação em detalhes, como o que cada aeronave faria. Uma ordem era voltar se o alvo for bem defendido. A moral dos pilotos subiu pois eram considerados.

Um alvo antes do assalto terrestre eram as trincheiras que seriam preenchidas de óleo e depois queimado. A trincheira de fogo barraria o avanço da coalizão e depois a fumaça cobriria o contra ataque. A coalizão usuraria os A-10 armados com bombas Mk84 disparadas do alto, mas era difícil acertar. Depois disparariam foguetes de fumaça contra as trincheiras com óleo para queimar antes da invasão. Sem muito sucesso contra as bombas de óleo, chamaram os F-117 para fazer o trabalho com bombas guiadas.  Descobriram que com rajada de 150 tiros explodia, mas o incêndio durava pouco. Com foguete era pior pois entrava no óleo e não fazia nada. Não sabiam que precisava de oxigênio para queimar. Um A-10 um foi atingido por um míssil SA-13 no disparo dos foguetes a baixa altitude, conseguindo pousar danificado.

A invasão foi no dia 24 de fevereiro, o mau tempo, junto com queimas de óleo atrapalhou muito visibilidade dos pilotos. Para piorar, o US Army avançou muito rápido. Pela doutrina avançariam e paravam, consolidariam e depois reiniciariam o avanço. Avançariam sempre com posições bem defendidas e linhas ditadas previamente. As tropas queriam destruir rápido as unidades iraquianas.

Os A-10 realizaram 1.041 missões de apoio aéreo. Os A-10 viam muitos tanque fora dos abrigos, correndo e quentes para os Mísseis Maverick guiados por IR. Os FAC em terra confirmavam kills com canhões pois voavam bem baixo.

Em Ar Rumaylah, o ABCCC apoiando os Apache atacavam primeiro escalão de blindados em posições defensivas. Chamavam os A-10 para atacar mais em profundidade. Atacavam com canhões voando bem baixo. A noite, decolavam com quatro Maverick. Com uma chuva tanques fugindo atolavam e ficavam fáceis de atacar com Maverick IR. Os pilotos podiam ver manobras das tropas em terra, com os blindados manobrando e atacando coordenadamente. Em AB Jaliba, os A-10 davam cobertura acima e viam o ataque. Alertavam de blindados escondidos, mas os M1 Abrams davam conta. Ouviam o combate em terra como se fosse um filme.
ZSU23-4 chamado no radio de ZEUS.

No dia 27 de fevereiro, a guerra já estava terminada. A missão ainda era destruir ou capturar blindados da Guarda Republicana fugindo para o norte. A operação continuou a noite com os night HOG. Um foi para o norte de Basra e viu um comboio de 200 veículos fugindo para o norte. Havia várias aeronaves no local como F-16 e F/A-18. Coordenaram sozinhos visto que estavam fora alcance das tropas amigas. As 5 horas da manhã seguinte o ABCCC citou wolfpack. Era o código secreto para cessar fogo. Os A-10 continuaram voando no Iraque apoiando forças especiais e equipes de inteligência.

No dia 25 de fevereiro de 1991, no segundo dia da guerra terrestre, uma grande coluna de blindados iraquianos moviam para o sul da área de operação da Guarda Republicana. Dois A-10 foram enviados. Um OA-10 controlava a região. Em 10 minutos, seis blindados foram destruídos pelos mísseis Maverick e dois pelos canhões Avenger. Os dois pilotos pousaram em uma base avançada para reabastecer e rearmar e decolaram para ajudar fuzileiros próximos a cidade do Kuwait. Uum Fast Fac em um F/A-18 direcionou os dois pilotos para uma área onde um Harrier foi atingido e ajudar no resgate do piloto. Na área destruíram mais oito blindados. Depois voltaram para a base principal onde rearmaram e reabasteceram para decolar. Novamente foram apoiados para apoiar os fuzileiros. Na terceira saída foram destruídos mais sete blindados.

Os A-10 voaram um total de 8.754 saídas contra 6.834 alvos. Foram 19.545 horas de voo com uma média de 2,37 horas no ar por saída. A razão de disponibilidade foi de 87,7%. Dispararam em 7.445 ocasiões ou 16,5% de todos os ataques, sendo que também eram 16,5% dos caças no local.

O A-10 foi creditado com a destruição de 987 carros de combate (25% do total), 501 blindados (30%), 926 peças de artilharia (25% do total) e 1.355 veículos de combate, 249 postos de comando e 51 lançadores Scud-B, 11 lançadores de foguetes FROG, 112 estruturas militares, 96 radares, 72 bunkers, 10 aeronaves em terra, 2 helicópteros, 9 sites de mísseis SAM e 8 tanques de combustível. Os A-10 dispararam 5.013 mísseis Maverick ou 90% dos disparados pela USAF, além de 17 mil bombas Mk82 e 2.600 Mk84, mais 2.600 CBU-58. Foi estimado que os A-10 destruíram metade dos alvos, voando 30% das missões no campo de batalha. Era difícil dizer com certeza a não ser com disparo de Maverick. Uma coluna tanque se rendeu para os A-10. Os kills eram pintados na aeronave e não dado ao piloto. As marcas foram depois removidas após a guerra assim como toda nose art.

Foram realizadas também 49 strikes contra sites fixos de defesa aérea junto com os F-4G; 3.367 strikes dia e noite contra alvos no KTO; 135 saídas Scud-CAP e reconhecimento armado anti-Scud. Também fizeram alerta CSAR desde o inicio do conflito, escoltaram aeronaves de operações especiais e ajudaram no resgate de um piloto de F-14 incluindo a destruição de um caminhão de interceptação de rádio procurando o piloto. Apenas 1.041 saídas foram de CAS. Foi usada pouco para CAS, mas mostrou mais flexível e sobreviveu melhor que o esperado. A maioria das missões acabou sendo de Interdição Aérea.

Os A-10 eram uma aeronave multifuncional. Realizaram missões de apoio aéreo, interdição, supressão de defesas, controle aéreo avançado e SAR. Virou AC-10, de carga, pois levava pequenas cargas de correio. Podia ser chamado de BA-10, de bombardeiro, pois atacavam pontos no INS em mal tempo. Conseguiram dois kill contra helicópteros e perguntaram aos pilotos de F-15 se precisavam de ajuda.

Antes do conflito, esperavam ir todos para o ferro velho, mas com o sucesso na operação foram mantidos 390 em operação. Foram modernizado com LASTE, o piloto automático e o radar altímetro. Sem o LASTE, um piloto precisava 300-400 saídas de treino para ficar bom de mira. Brincavam que os novatos tinham sorte se acertar a terra. Com o modo CCIP do LASTE, um novato era bom de mira até a media altitude. O canhão podia ser disparado a 5 km de distância. Devido ao desempenho noturno foram testados com FLIR e NVG. O NVG melhorou a eficiência a noite em 100 vezes.


Um A-10 reabastecendo em vôo antes de uma missão no KTO. A aeronave está armada com dois mísseis Maverick e quatro  bombas em cacho. Para se defender levava dois mísseis Sidewinder e um casulo de guerra eletrônica.
 
F-16

Os F-16 realizavam a maioria das missões no Golfo por serem a frota mais numerosa. Eram 248 aeronaves deslocadas que realizaram cerca de 25% das saídas totais, ou 300-400 saídas por dia. No total foram 13.087 saídas com 11.698 alvos atacados, com duração média das saídas de 3.24 horas. Três F-16 foram perdidos em combate e cinco em acidentes.

As saídas contra o KTO foram 8.258 saídas. Os ataques diurnos foram 2.912 saídas contra alvos QBR, pontes, depósitos de munições, centros de comunicações, sites de mísseis SAM, armazenamento de combustível, tropas e bases aéreas. As saídas de caça aos Scud foram 421 no total com os F-16 equipados com o LANTIRN/GPS e armados com bombas em cacho.

A ala 388 TFW era muito eficiente. Apenas o esquadrão Werewolves voaram 1.509 saídas. Com o 4th TFS iniciando as ações dos Killer Scout, a efetividade dobrou. De 1.078 saídas, 26 foram no oeste do Iraque, 198 em Bagdá, 854 no KTO, sendo 494 de Killer Scout. O 421th TFS voou a noite. Foram 1.292 saídas, sendo 104 a oeste do Iraque, 54 em Bagdá e 1.234 no KTO. Dispararam mísseis Maverick.

Um esquadrão de F-16 tinha oito "combat four-ship". As tripulação atuavam juntas em esquadrilhas. Depois receberam mais seis pilotos de reforço. Os voos eram divididos entre manhã e tarde. O comandante e o oficial de operações comandavam cada turno e raramente se viam.

Os F-16 eram o segundo escalão para atacar alvos de reforço como pontes, casamatas, bases aéreas, fábricas, depósitos munição, centros de comunicações, etc. No KTO eram o primeiro escalão atacando alvos como artilharia, mísseis SAM, sites Scuds, etc.

A principal missão dos F-16 levados para a região era interdição do campo de batalha. Os F-16 iniciaram as operações no KTO fazendo reconhecimento armado nos Kill Box procuram alvos de oportunidade. Com dificuldade de encontrar alvos tiveram que usar alguns F-16 com o sistema Fast FAC. Foram apelidados de Killer Scout sendo desempenhado pelos F-16 equipados com GPS.

Antes de iniciarem a guerra, a tática inicial seria ingresso baixo, com manobra pop-up para aquisição do alvo e ataque, seguido de retorno a baixa altitude. Nos treinos no deserto logo perceberam que o terreno plano não favorecia esta tática e os iraquianos estavam espalhados em todo o deserto e não conseguiriam surpresa. Seriam alvos fáceis para a artilharia antiaérea e mísseis SAM.

Os pilotos logo passaram a treinar ataque a média altitude anulando a maioria das ameaças que se concentrava a baixa altitude e com a escolta dos Wild Weasel diminuindo a ameaça a média altitude. Os treinos consistiam em pacotes de 16-20 F-16 com mergulho a 45 graus. Podiam usar a câmera de ataque com modo CCIP para treinar em alvos fora dos estandes de tiro. O modo CCIP pode ser ajustado, por exemplo, dispare longo, para ajustar se as bombas da primeira aeronave cair antes do alvo. Lançavam as bombas de 17 a 8 mil pés após o roll in a 20-25 mil pés. O F-16 era considerado invisível visualmente acima de 15 mil pés.

Lançando as bombas a 17 mil pés, após iniciar o mergulho a 25 mil pés, levava 19 segundos para a bomba atingir o alvo. Os pilotos treinavam para duas esquadrilhas com quatro F-16 ficassem separados para atacar o mesmo ponto de impacto em menos de 20 segundos para o último ainda conseguir ver o alvos antes de ser atingido pelas primeiras bombas ou não conseguiria ver devido a fumaça e detrito das explosões. A tática também limitava a ação da artilharia antiaérea pois reagia depois das primeiras explosões. O líder atrasava a curva de egresso para se juntarem mais facilmente. Tinham que treinar muito para aperfeiçoar a técnica. Era a tática anti-pista de pouso sendo usada para cada ponto de corte na pista.

A primeira dupla faz voo visualizando a área do alvo. Depois separa para atacar de direção contraria ou sai e ataca depois de outra direção. Então a esquadrilha podia fazer até três passadas no alvo antes da ameaça destacar uma aeronave. Com as táticas variando, a artilharia antiaérea tentava saturar. As táticas dos F-16 era ser imprevisíveis.

A tática de voar mais alto também aumentava a cobertura do seu radar, economiza combustível e voava mais rápido. Fizeram operações tipo "Red Flag" intensamente por sete meses no deserto e estavam muito bem treinados para a operação. Os Mirage F-1 franceses, do Kuwait e Qatar atuavam como força inimiga simulando caças semelhantes do Iraque.

Nenhum F-16 disparou bombas guiadas a laser durante o conflito apesar de ter sido sugerido o uso do F-111F com o Pave Tack para designar alvos para os F-16. Nas suas missões os F-16 disparavam cerca de seis bombas Mk-82 contra cada alvo (six bomb, one kill). A dispersão das bombas compensava a menor precisão e garantia que não precisariam voltar para atacar um alvo não atingido. Os pilotos preferiam lançar as CBU-87 contra blindados em barricadas. Uma string de Mk82 era inútil, mas os comandantes queriam guardas as bombas em cacho para a campanha terrestre.

Mesmo assim, os F-16 tiveram pouco sucesso com bombas burras. Atacando a mais de 10 mil pés de altura o CEP era muito grande e mesmo assim se achasse algum alvo. Com o radar os F-16 podiam encontrar alvos móveis com modos GMTI. Não atacavam depois das 16 horas para deixar a poeira dos seus ataques baixar para os caças noturnos equipados com designadores a laser e bombas guiadas a laser atacarem sem interferência. As aeronaves mais caras fizeram a maior parte do serviço como o F-111F e F-117.

Uma tática era voar em trilha de dupla com o Ala atrás a uma distância de 5 milhas. O Líder a frente detecta os alvos e atacava e quando saia do mergulho o Ala já chega atacando. No inicio atacava e fugia, depois conseguiam realizar mais passadas com a diminuição da ameaça. Atacavam com bombas não guiadas mergulhando a 30-60 graus. Se virem SAM disparavam chaff, flare e manobravam. Evitavam desacelerar pois quanto mais lento mais fácil para os mísseis SAM conseguir uma boa solução de tiro. Os pilotos têm que evitar puxar muitos g´s rapidamente. Contra a artilharia antiaérea a tática era voar rápido e atacar de várias direções. Deviam puxar 4-5 g e sempre voar acima de 450kts. Sem alerta radar no RWR puxavam apenas 2 g's.

Os F-16 voavam com o canhão carregado, mas nunca metralhavam. Os F-16 de Nova York usavam o casulo com um canhão GAU-8, mas não era tão preciso quanto o canhão do A-10. Os F-16 Block 40 usava o Maverick guiado por infravermelho, mas foram poucos disparados.

Os pilotos de F-16 percebiam a falta de armas guiadas. Atacar com o Maverick era fácil, mas com bombas burras era pouca probabilidade de atingirem algum alvo a média altitude. A intolerância a perdas fez aceitarem o grande CEP do F-16 quando atacavam a média altitude. Se a tolerância fosse bem menor seriam bem mais efetivos.  

Depois da fase de atrito, os F-16 foram direcionados para operações de CAS e BAI. Decolavam 4-8 caças F-16 com duas Mk84 ou CBU. Faziam um REVO em uma das 5-6 estações próximas ao Kuwait sendo que sempre havia doze estações de REVO na fronteira. Depois passaram a ser apoiados por Fast FAC que podia ser um F-16 com casulo LANTIRN de navegação.

O primeiro ataque dos F-16 foi no dia 19 de janeiro em um pacote diurno contra Bagdá. Cerca de 60 caças F-16 com escolta de EF-111 e F-4G atacaram. O objetivo era manter a pressão de dia com os F-117 atacando a noite. Dois foram derrubados. Uma câmera de ataque gravou um F-16 evadindo 12 SAM. O piloto voava cada vez mais baixo e a artilharia antiaérea aparecia cada vez mais. Como boa parte dos pilotos teve que alijar suas bombas e tanques externos pararam com este tipo de missão para evitar danos colaterais em Bagdá.

Pelo menos uma vez por semana faziam pacotes de 30-40 caças F-16, além da escolta e do REVO. Alguns esquadrões só usavam bombas burras, sem LANTIRN e NVG para operar a noite ou Maverick.

Na ida para Kill Box pré planejado contatam o AWACS, ABCCC e JSTARS para ver se tem alvos novos. Se não continuam para o alvo planejado. Os Kill Box tinham hora certa para atuar. Se atrasa pode pegar outros caças no caminho. Se vai cedo pode ter conflito no ar. Todos queriam evitar os B-52 evitando voar embaixo deles devido ao perigo das bombas.

Nos três primeiros dias quase todos alvos estratégicos tinham sido bombardeados, pelo menos duas vezes. Param logo para a fase dois contra alvos táticos. A fase dois seria ataques de 15 em 15 minutos contínuos, incluindo ataques as tropas e Interdição Aérea. Não havia frag para missões além do segundo dia. A razão era permitir flexibilidade no targeting, ou retargeting, baseado nos resultados iniciais dos ataques.

Os pilotos em missões de CAS vão para contact point até ser notificado pelo FAC. Quando contatados, o piloto irá identificar por segurança e fornecer seu código de chamada, número de missão, tipo e número de aeronaves, número de carga e espoleta e play time. O FAC então descreve o briefing de nove linhas. Os pilotos sobem e descem citando uma base mais um "numero". Cada dia a base muda para não dar indicação de altitude para os iraquianos escutando.

A inteligência era outro problema. Os dados do JSTARS, U-2, RF-4 e satélites demoravam a chegar. Eram mandados para as ATO, chegando no fim da tarde. A noite planejavam a missão. Quando executavam a missão os dados estavam 15 horas atrasados. Os ataques a noite tinham 30 horas de atraso. Quando mergulhavam no alvo já não estavam mais lá.

Dois esquadrões estavam equipado com o casulo LANTIRN de navegação e operavam a noite. O uso do LANTIRN a noite permitiu a mesma precisão com bombas burras de dia disparando a baixa altitude. As missões noturnas eram realizadas com duas aeronaves com o ala a 1-2 mil pés acima e 1-4 milhas atrás do líder. Não ligavam as luzes e navegavam com apoio do FLIR. disparavam bombas burras ou mísseis Maverick IIR. Os alvos dos ataques noturnos eram pontes, bunkers, blindados e artilharia. A carga típica era seis Mk82 ou duas Mk84, ou quatro CBU. Com o FLIR disparavam a 10-12 mil pés a 30 graus. De dia a altitude era maior e o angulo mais agudo. A noite era mais seguro pois a artilharia antiaérea tinha dificuldade de disparar.

Os pilotos treinaram voo alto e baixo a noite. Esperavam atacar mais a média altitude devido a falta de montanhas para fazer mascaramento terreno. O modo CCRP seria usado contra alvos pré planejados. No modo CCRP, uma linha de azimute era mostrada no HUD para dar orientação lateral. O disparo pode ser pode loft ou nivelado. O HUD mostra a distância e tempo até o alvo.

Treinavam contra alvos móveis nas rodovias no outro lado do Iraque. Usavam modos MTI para trancar em alvos e o modo CCRP para modo toss automático a noite. Na guerra, atuariam aos pares com um cobrindo outro. Cada um um realizaria uma passada, mas nos treinos eram várias passadas para cada um, sendo a primeira com luzes de navegação acessas.


Caças F-16 sendo armados com bombas Mk84 de 900kg antes de uma missão no KTO. As aeronaves também levam quatro mísseis Sidewinder e um casulo de guerra eletrônica para se proteger.


Imagem típica das ações dos F-16 no KTO, com uma dupla armada com seis bombas Mk82.

AV-8B Harrier

Os 86 caças AV-8B Harrier do USMC que operaram na operação Desert Storm foram deslocados para a base naval Rei Abdul Aziz (66 aeronaves), e nos navios de assalto Tarawa e Nasssau. Os Harrier embarcados reabasteciam e rearmavam na base avançada de Tanajib a 5 minutos da fronteira com o Kuwait.

O USMC enviou três esquadrões tinham apoio direto de navios no porto próximo a base, o que facilitava as operações. A proximidade da base com o KTO, cerca de 90 milhas ao sul, também facilitava a grande razão de saídas. Um total de 66 Harrier e 20 OV-10 operavam na base durante o conflito. Como estavam próximos do KTO não levavam tanque extra e nunca realizaram reabastecimento em voo. Também não precisaram de ejetor múltiplo de armas.


A imagem acima mostra a camuflagem usada pelos Harrier durante a Operação Desert Storm, operando na base avançada de Tanajib, a 50km ao sul do Kuwait. A base era usada para rearmar e reabastecer as aeronaves, permitindo uma grande razão de saída. Metade da pista era usada para pouso e a outra metade para decolar, tendo que usar pouco taxiamento. Havia uma área de reabastecimento para apoiar uma dupla de aeronave que depois iram para a área de rearmamento. O procedimento permitia a decolagem de uma dupla a cada cinco minutos.

Para auxiliar a pontaria, os AV-8B do USMC estão equipados com o AN/ASB-19 Angle-Rate Bombing System (ARBS) no nariz da aeronave. O ARBS tem uma câmera de TV com zoom, mas só consegue trancar em alvo bom contraste. Se funcionar bem era bem preciso, com CEP de 50 pés com disparo a 8 mil pés. Era melhor que os F/A-18 Hornet com pontaria por radar. Com pouca visibilidade, neblina, fim e começo dia, e fumaça, não consegue trancar direito no alvo. O ARBS  podia mudar de alvo com melhor contraste, mas os pilotos mudam para o modo CCIP e resolvia o problema rápido.

O ARBS não era bom para busca de área. O piloto tinha que apontar para o alvo para funcionar. No mergulho, a partir de 10-12 mil pés, podem classificar um alvo como caminhão ou blindado, mas não identificar por modelo. Os A-4M estavam equipados com o ARBS, mas os aviônicos antigos não permitiam aproveitar bem o sistema. Alguns pilotos não gostavam de usar pois tinha muita carga de trabalho.

O Laser Spot Track (LST), embutido no ARBS, foi pouco usado. Os designadores em terra tinham pouca energia e os OV-10 ficavam longe do alvo. Depois que um OV-10 foi derrubado em 18 de janeiro, passaram a voar apenas sobre o Golfo Pérsico, longe dos alvos na costa. O LST podia ser usado para marcar alvos a noite, mas era pouco eficiente.

Mais de 90% das saídas dos Harrier foi de BAI e reconhecimento armado. Apenas 5% foi de CAS real. Havia três tipos de alvos nos Kill Box. A prioridade da MEF era a artilharia e postos de comando. Os alvos de oportunidade eram designados por FAC em terra ou no ar. o terceiro tipo eram os Kill Box que permitia operar de forma descentralizada. Os AV-8B realizaram 3.359 saídas com 2.585 strikes no KTO com o disparo de 7.175 bombas Rockeye, 288 Mk83, 4.167 Mk82 e 83 mil tiros de 25mm. Voaram a média altitude e as vezes desciam para identificar o alvo. O disparo era feito a média altitude em mergulho.

Ao chegarem na Arábia Saudita, devido ao tempo quente, os Harrier operavam com carga limitada de quatro Mk82 ou Mk20, duas Mk83 e sem o canhão instalado. Com o tempo esfriando passaram a voar com seis Rockeye ou Mk82 ou quatro Mk83 ou quatro M77 de Napalm. Operando nos navios anfíbios no Golfo Pérsico, os AV-8B levavam quatro Mk82, duas Mk83 ou quatro Mk20. Operando em terra, a autonomia do Harrier era de 20 a 30 minutos dependendo das armas. O arrasto das napalm era maior (5,7), contra 4,2 das Rockeye e 1,4 das Mk82. Os AIM-9M Sidewinder só foram levados na primeira semana.

A arma preferida contra os alvos no KTO era a Mk 20 Rockeye II por ter maior área de ação (footprint). A bomba se abre após 1,2 a 4 segundos, lançando 247 submunições. Os pilotos tinham que lançar as Rockeye mais baixo para não dispersar muito e acham que tiveram mais baixas por isso. As regras de engajamento cita só disparar acima do alcance da artilharia antiaérea ou mísseis SAM portáteis, mas a simbologia do disparo das Rockeye só aparecia no HUD abaixo de 8 mil pés.

Após a Rockeye, a arma mais usada era a Mk82. Os pilotos gostavam das Mk83, mas foram mais usadas pelos Hornet e Intruder. As Mk83 com espoleta atraso eram usadas contra bunkers e alvos duros. Estoques antigos das bombas Snakeye foram usados a média altitude, com as pétalas de arrasto presas para não abrir. Os pilotos não gostavam pois tinha maior arrasto que as bombas com barbatanas e eram menos precisas.

Contra artilharia e veículos usavam mais a Rockeye. Contra artilharia antiaérea e casamatas usavam mais as Mk. Na segunda metade da guerra, passaram a ser armados com um mix de Rockeye e Mk82. Podiam atacar a maioria dos alvos que encontrassem nos Kill Box. Nem sabiam que alvos atacariam ao decolar.

A preferência variava também por esquadrão. As estatísticas do esquadrão VMA-231 cita 987 saídas com 1.195 horas de voo. Foram disparados 1.660 bombas Mk82, 62 Mk83, 969 Mk 20 Rockeye II e 78 Mk 77 Napalm. Também dispararam 22.709 tiros de canhão de 25mm.

As Mk eras disparadas as seis de uma vez para garantir um ou dois acertos direto. Contra alvos protegidos era preciso um CEP de 15 pés. Por isso gostavam das Rockeye pois com seis bombas era possível saturar o alvo com quase 1500 submunições.

Os iraquianos usaram trincheira com óleo contra o Irã com sucesso. Fizeram o mesmo na fronteira saudita. A coalizão tentou anular ateando fogo nas trincheiras três dias antes da invasão. Os Harrier atacavam com Napalm ou Snakeye. Os pilotos não gostavam pois tinham que atacar muito baixo e rápido, a 550 kt e 20 pés. Não voltavam para atacar novamente e conseguiam ver tropas em terra atirando com armas leves. Nenhum foi atingido nestas missões.

O Maverick laser foi disparado 36 vezes na fase terrestre da guerra, com apoio de designador em terra. Queriam usar mais, mas não tinham um designador na aeronave. Os A-6 Intruder tinha o designador, mas fazia mais interdição aérea. Os F/A-18D FastAC não tinham designador laser. Nem havia grande estoque do modelo.


O canhão GAU-12 de 25mm com 300 tiros era disparado com muita frequência. Era usado para supressão de artilharia antiaérea durante os mergulhos. Era disparado geralmente antes das bombas. Não tinha muita precisão, mas esperavam que manteria as tropas em terra de cabeça baixa. A maioria disparava quase sempre, em rajadas de 100 tiros, e até os 300 tiros de uma vez só. Outra opção é o primeiro a disparar antes de outro mergulhando logo atrás disparar as bombas. Para metralhamento também foi considerado bem efetivo.

O Harrier levava 40 Flares e 20 Chaff. Com poucos Chaff e Flares disparavam apenas após disparar suas bombas. Antes da guerra, os controladores em terra citam que era difícil ver as aeronaves então seria também difícil também para os iraquianos. Então só precisavam disparar Chaff e Flare após o ataque. No inicio disparavam os flares no mergulho e com as aeronaves em fila. Um piloto acha que foi atingido por não poder disparar flares também no mergulho, mas tinha o risco de chamar atenção dos iraquianos que geralmente só reagia com as bombas explodindo.

A artilharia antiaérea passou a disparar no som e flares, então outros atacam de outra direção. Os Iraquianos começam a disparar quando eram bombardeados e ficam mais vulneráveis contra mísseis guiados por calor ao subir. Sempre disparam flares, também usado para chamar a atenção do ALA.

Os mísseis portáteis (MANPADS) eram a maior ameaça. As aeronaves derrubadas não viram o míssil e mesmo que o ala avisasse, não viam passar perto. O maior perigo era saindo do alvo, quando a maioria foi derrubados. Os pilotos de Harrier atacavam em mergulho de 60 graus, com grande precisão, mas demoravam a subir.

O casulo de guerra eletrônica ALQ-164 DECM eram poucos e só era levado por uma em quatro aeronaves. Geralmente era levado pelo último da esquadrilha pois está na posição mais vulnerável. O DECM causa muito arrasto, mas é muito efetivo contra radares de onda contínua. Com a ameaça diminuindo e menos efetiva que o esperado, atuando apenas em duplas, passaram a não levar mais os DECM e nem mísseis ar-ar. A artilharia antiaérea era mais intensa no inicio do conflito e foi diminuindo, assim como os avisos no alerta radar.

Nos três primeiros dias da fase aérea os caças só podiam voar abaixo de 8 mil pés. Acima seria zona de tiro livre para os F-15 Eagle e mísseis Patriot e Hawk. Mesmo assim os pilotos já planejavam mergulhar nos alvos a partir de 20-24 mil pés. Os alvos iniciais pré planejados eram 60 alvos no KTO como artilharia, lança-foguetes e mísseis FROG, que poderiam atingir as posições do USMC na Arábia Saudita. Sem o apoio dos F-4G de supressão de defesas e EA-6B de guerra eletrônica, as missões foram canceladas. Então ficaram mais na reserva na primeira fase.

Inicialmente pensavam que as missões seriam ataques com quatro ou oito aeronaves, com o comandante ou chefe de operações do esquadrão liderando os grupos. Logo estavam operando apenas em duplas. As duplas voando sempre juntas facilitava decorar os procedimentos com o passar do tempo. O planejamento da missão passou a focar no estudo da área do alvo. Depois da missão debrifa com a Inteligência, citando alvos detectados e atacados, resultado da missão, artilharia antiaérea e mísseis SAM encontrados e mostram o vídeo do HUD.

No fim de janeiro os  F/A-18D FastFAC passaram a apoiar os Harrier. O tripulante traseiro tinha um FLIR e binóculos para detectar alvos. No inicio, as operações com os F/A-18D FastFAC não foi satisfatório devido a problemas com o Comando & Controle. O resultado foi bom com padronização das comunicações, avaliação dos danos de batalha e o resultado melhorou. Antes tinham apenas o zoom do ARBS e não era muito bom.

F/A-18

Foram deslocados 89 Hornet da US Navy e 72 do USMC que realizaram 4.449 saídas na US Navy e 4.936 no USMC, com um total de 4.551 strikes combinados. Outros 26 CF-18 canadenses também operaram na operação Desert Storm.

A primeira missão foi varredura anti-radar a frente no pacote do dia 24 de janeiro contra os sites de mísseis SAM a oeste de Bagdá. No total foram 961 saídas de defesa aérea; 157 de supressão de defesas armados com dois mísseis HARM; 217 contra bases aéreas armados com cinco bombas Mk83 ou duas Mk84 com apoio do FLIR. Contra bases aéreas atacavam em um mergulho de 30 graus iniciando acima de 30 mil pés e disparando entre 20 a 10 mil pés, a 480 a 540kts contra um único ponto de pontaria.

Foram realizadas 2.129 missões de escolta, as vezes também equipados com mísseis HARM. Os F/A-18 derrubaram dois MiG-21 e tiveram que alijar a carga de bombas Mk84 antes de engajar. Três foram danificados por mísseis SAM e um pela artilharia antiaérea. Todos voltaram a voar em menos de 36 horas. Um Hornet da US Navy foi derrubado por um MiG-25.

O F/A-18 usava as mesmas táticas do AV-8B. O ingresso era a 30 mil pés e mergulhava a 10-20 graus até a aquisição do alvo. Depois mergulhavam a 45 graus e recuperava a 14 mil pés, depois 12 mil e depois 10 mil com a diminuição da ameaça. Podendo disparar mais baixo facilitava corrigir a pontaria. Os F/A-18 preferiam um misto de bombas Mk e Mk20. A carga normal era seis Mk82, quatro Mk83 ou quatro Mk20. O USMC disparou um total de 15.828 bombas Rockeye II. Os Hornet usaram poucos mísseis Maverick.

A-6E Intruder

Os 96 A-6E da US Navy e 20 do USMC voaram 5.619 saídas, atacando 2.617 alvos, incluindo 307 com armas guiadas. O estoque de armas guiadas era pequeno e a US Navy guardou para a campanha terrestre. Foram 156 saídas contra locais de armazenamento de munição, sites de produção ou armazenamento de petróleo, sites C3 e estações de energia; 221 saídas foram de SEAD contra centros de comando e bases aéreas incluindo o disparou de mísseis HARM e despistadores TALD para confundir defesas; 1.610 saídas foram de interdição para atacar pontes, áreas de armazenamento de munição, pátios ferroviários e blindados. Foram 149 ataques contra blindados no KTO e 39 contra alvos navais

Antes da guerra os pilotos treinavam para ataques a baixa altitude. Depois de encontrar artilharia antiaérea intensa passaram a atacar acima de 10 mil pés em mergulho leve. Iniciavam o ataque com o radar para detectar o alvo e passavam a pontaria para o FLIR. 1/3 dos disparos foi apenas com o uso do radar devido ao mau tempo, sem poder usar o FLIR.

Os A-6E do USMC voaram 850 saídas a noite. As armas eram 11 bombas Mk82 ou Mk20 Rockeye ou uma bomba guiada a laser como a GBU-16. Os A-6E atacavam alvos específicos nos Kill Box. Operavam sozinhos e usavam o radar para navegar e localizar alvos fixos ou móveis. O sensor FLIR facilitava o reconhecimento do alvo. A aquisição era feita a 25-30 mil pés.

Os A-6E também realizaram 183 saídas contra alvos navais e costeiros como portos, navios e baterias de mísseis Silkworm. Usaram bombas GBU-16 com foguetes e duas Rockeye nas saídas.


Uma formação de caças A-6E e A-7E. O A-6E está configurado como aeronave tanque para reabastecer outros caças.Os A-6E do USMC operavam apenas a noite em missões de apoio aéreo aproximado, apoio aéreo em profundidade e reconhecimento armado.

B-52

O B-52 não ficou famoso como o F-117, não atraindo a mídia, mas mostrou ser indispensável. A USAF deslocou 68 bombardeiros B-52G, ou mais de 50% da força de 118 B-52G, para apoiar a Operação Desert Storm. Eram 3,5% dos 1.875 "shooters" usados na guerra. Foram usadas 155 tripulações realizando 1.741 saídas em 15.269 horas de vôo, sem perdas. Lançaram 42% das bombas em peso, mas atacaram apenas 15% dos alvos estratégicos. Os B-1B não foram enviado pois só estavam qualificados para disparar bombas mk82 e não estavam treinados para ataque convencional.

Os B-52 estavam entre as primeiras aeronaves a chegar na região após a invasão do Kuwait. Foram deslocados para Diego Garcia. Foram preparados para atacar alvos no Kuwait e parar uma possível invasão da Arábia Saudita. Após três semanas, a missão foi passada para os A-10 e F-16 que chegaram depois.

Os B-52 estavam baseados na Arábia Saudita (Jeddah), Diego Garcia e Espanha (Moron) se concentraram no KTO e as vezes no centro do Iraque. A USAF queria mais B-52 na região. Guam estava muito longe e a Arábia Saudita já estava cheia. Cairo no Egito acabou proibido e tiveram que ir para a Europa onde usaram a base de Fairford no Reino Unido para atacar alvos no norte do Iraque. O turnaround era de 90 minutos no Reino Unido e era o mais rápido. Os B-52 baseados em Jeddah voaram metade das missões e dispararam metade das bombas em 841 saídas.

Os B-52 gastaram 3,5% das saídas de REVO. Ficavam longe dos alvos e a carga de bombas disparada por dia poderia ter sido bem maior se estivessem baseados próximos, mas a limitação seria a logística.

No inicio da guerra aérea, sete B-52 baseados nos EUA disparam mísseis cruise CALCM antes da “hora H”. Foram 35 mísseis disparados contra oito alvos (centros de comunicações e geração de eletricidade).

As missões foram similares as que realizaram no Vietnã. Tinham apoio de um pacote, decolando de uma ilha distante, atacando posições com visibilidade ruim, mas tinham capacidade todo tempo. Após o Vietnã, treinavam mais alerta nuclear, voando sozinhos e sem apoio de um pacote.

Foram realizadas 99 saídas contra bases aéreas armados com bombas Mk e CBU e 303 saídas contra alvos estratégicos. Na primeira noite foram lançados 14 contra quatro bases aéreas. Oito estavam armados com bombas britânicas de 454kg. Voavam em trios sendo dois com bombas britânicas e um com bombas em cacho. A outra dupla atacaria as pistas de dispersão com as bombas em cacho. Atacariam varias direções com tempo controlado.

Fizeram supressão de defesas como parte da campanha de supressão de defesas contra sites de radares e mísseis SAM, assim como Scud hunter. A maioria dos alvos eram estações ferroviárias, fabricas de munição, áreas de armazenamento, depósitos de combustível, indústrias e base aéreas eram atacados com bombas Mk117K, Mk82 e CBU-87 Gator. Os B-52 voavam em trio sempre apoiado com escolta de caças e F-4G para supressão de defesas e não atuavam em áreas de alta ameaça.

Na ODS, os alvos estratégicos foram atacados por aeronaves tática e o campo de batalha pelos bombardeiros estratégicos.Cerca de 85% das missões foram contra forças em terra em missões de carpete de bombas sendo usadas mais as bombas em cacho. A Guarda Republicana era tão importante para Saddam que foram considerados alvos estratégicos. Foram 1.175 saídas contra alvos no KTO fazendo preparação do campo de batalha. Formações de três B-52 atacavam a Guarda Republicana e tropas no KTO a cada três horas. Atacavam com uma ou duas células com uma faixa de destruição era de 2 x 2 km. Usaram GPS manual e liderava a célula. O EVS mostrava um off set com precisão. As pontes foram atacados para não fugirem. Cerca de 37% do esforço foi contra a Guarda Republicana atacando desde o primeiro dia. O efeito foi não só físico, mas também psicológico.

A resposta a rendição em massa pode ter sido os ataques frequentes e randômicos dos B-52. Entrevista com prisioneiros mostrou que os ataques randômicos impressionavam. Não sabiam quem atacava, mas impressionavam. Nem precisava atingir a área para ter efetivo. O medo de ser a próxima vítima era suficiente. Tropas vietcongues capturados no Vietnã citavam dados semelhantes do terror dos B-52.

Os B-52 foram usados no lançamento de panfletos avisando de bombardeiros e bombardeavam. Avisavam novamente e depois avisavam que seriam bombardeados e mandavam fugir para o sul. As tropas realmente fugiam. O dano psicológico foi maior que as bombas em si.

O A-10 não criava a mesma ansiedade devido a randomização, mas sim devido a precisão. Não sabiam quando e quem atacaria enquanto voava acima. Tudo que podia ser visto poderia ser atacado devido a precisão do canhão ou Maverick.

Os B-52 eram 3% da força total, mas dispararam 30% de todas as bombas em peso, cerca de 27 mil toneladas ou 72.289 bombas. Atacavam mais alvos de área com bombas Mk e CBU disparadas acima de 30 mil pés. Os B-52 dispararam 14 mil bombas Mk-117 sendo 11 mil contra tropas e 4.600 contra campos minados. Cerca de 70% dos ataques foram contra posições de tropas. Também dispararam mais 13 mil Mk-82 e quatro mil CBU-58. Os ataques eram contra alvos de área por não ter armas guiadas.

Inicialmente atacariam a baixa altitude e logo iniciou a discussão em relação a ataque alto ou baixo. Já na fronteira com o Iraque baixavam para se esconder. Voar alto protegia contra a artilharia antiaérea, mas os pilotos treinavam vôo a baixa altitude em tempo de paz com disparo de armas de longo alcance para proteção contra mísseis SAM e caças e esta tática foi escolhida para ser usada inicialmente. Consideravam os caças iraquianos como a maior ameaça e por isso escolheram voar baixo. Treinaram contra caças amigos podendo "atirar" com o canhão e avisando os caças para fazer evasivas. Os ataques seriam a noite e com escolta de caças, supressão de defesa e EF-111. Atacariam a média altitude depois da supressão de defesas amaciarem os mísseis SAM.

Era esperado 30% de perdas na primeira noite. As tripulação receberam proteção como colete balístico de kevlar contra a artilharia antiaérea. Nas primeiras três noites foram 36 missões a baixa altitude com uso de NVG, mas a neblina atrapalhava a visão. Todos atingiram os alvos e retornaram. O disparo de bombas em cacho a noite assustou devido a luzes das explosões pois não estavam preparados. As bombas sendo disparados faz aeronave tremer, e como não estavam acostumados, pensaram que era a artilharia antiaérea. O lançamento das bombas era violento para quem nunca teve a experiência e até pensavam que estavam sendo atingidos.

Os Tornados, A-6E, F-111F e B-52G que atacaram a baixa altitude estavam muito vulneráveis a artilharia antiaérea e SAM e logo subiram para atacar a média após os alvos da campanha a baixa altitude serem destruídos e não pelo medo de grandes perdas. Os B-52 só realizaram 36 saídas a baixa altitude. Depois a altitude mínima era de 12 mil pés para os caças e os B-52 atacavam acima de 30 mil pés. A precisão piorou com CEP de 600-700 pés após voarem a média altitude. Os alvos eram bem grandes e o CEP não era importante.

O B-52 não tinha boa pontaria a média altitude e nem para sobreviver as defesa da Guerra Fria. Os pilotos também não tinham experiência para operar com apoio externo de caças, AWACS, JSTARS etc. Outra falha era a falta de preparo para atacar em formação e não reagiam bem a mudança de alvo. Outra crítica é ter sido usado pelos planejadores como outra aeronave de ataque visto que os planejadores eram ex pilotos de caça. Era bom contra grandes alvos fixos e concentrações de tropas para efeito psicológico. Os alvos tiveram que ser atacados novamente pois calculavam incorretamente o número de aeronaves necessárias.

O CEP era considerado ruim a grande altitude. O computador estava programado para disparar baixo e era preciso. A média altitude tiveram que reprogramar e trocar a cauda das bombas, preparadas para disparo a baixa altitude. Foi considerado como tendo sucesso em 25 alvos e sem sucesso em 35 alvos sendo o pior desempenho entre as aeronaves da USAF, mas foi considerado eficiente em incentivar as tropas a se render em massa. Contra alvos de área não era problema, mas para abrir brechas em campos minados era ineficaz. Os Iraquianos criaram uma linha fortificada na fronteira com a Arábia Saudita. Plantaram 2,5 milhões minas no local e cavaram abrigos e trincheiras bem camufladas. Antes da invasão foram usados para abrir brechas nos locais de assalto usando bombas Mk83 com espoleta de retardo.

Um B-52 foi danificado por míssil desconhecido, outro perdeu dois motores por um quase acerto de SA-3, e outro danificado por um SA-6 sofrendo mais de 100 furos e perdendo muito combustível. Um foi atingido na torreta de cauda pela artilharia antiaérea ou míssil. Existe a teoria que o radar foi acionado na mesma hora que um F-4G disparou um HARM contra um alvo próximo do B-52 e desviou para a torreta. O B-52 estava virando e os danos parecem ter vindo de cima. Com cinco aeronaves danificadas em 1.706 saídas foi uma razão de 0,29% sendo melhor só que os danos dos A-6E e Tornados. Um foi perdido por falha elétrica. Voando baixo sofriam danos e as vezes só viam após pousar. A maior ameaças eram os F-15 Eagles. Uma vez uma célula de seis B-52 foi avisado de Eagle próximos. Tiveram que ligar as luzes para se mostrar.

F-15E

Uma Ala com dois esquadrões de F-15E, os Chiefs e Rocketers, foram deslocados para a Al-Kharj na Arábia Saudita. Os F-15E tinham capacidade de ataque todo tempo e quase todas as saídas foram voadas a noite.

A missão final do Operational Readiness Exercise (ORE) dos F-15E Strike Eagle era um esquadrão com 24 aeronaves atacando pontes no Iraque. O ataque foi marcado para o dia 2 de agosto de 1990, o dia que ocorreria a invasão do Kuwait. O cenário foi gerado por Scott Bethel, três meses antes, por coincidência. A ponte real seria na Virgina. Era o último de 12 dias de treinos.

Na época, os F-15E ainda estavam sem sistemas de defesa eletrônicos, pilotos não qualificados, sem o designador de alvos LANTIRN, só estava qualificado para disparar bombas Mk-82 e Mk-84, e o mapa móvel ainda era do F/1-18. A configuração de viagem aceita na ultima hora antes de decolar para o Oriente Médio.

Chegaram na Arábia Saudita e os alvos esperados inicialmente era barrar um possível avanço iraquiano para o sul. Eram alvos para os A-10 e não para o F-15E que foi projetado para atacar alvos de penetração profunda como depósitos de munição, pontes, centro de comando. Eram pontos chaves que seriam atacados a noite. Armado com as Mk-82 e Mk-84 seria pouco útil contra blindados. A melhor arma seria a Mk20 Rockeye, ainda não testada no F-15E apesar do software estar disponível.

O F-15E era bom no combate aéreo e não precisaria de escolta a noite, mas poucos pilotos tinham treino ar-ar adequado. Os treinos muito baixo causavam abrasão com areia em vidros frontais e dos casulos LANTIRN de navegação. No fim de dezembro havia 21 casulos fora de serviço.

O pilotos de F-15E treinavam três tipos de táticas básicas:

1 - Atacar sempre baixo, fazendo pop-up e foge baixo

2 - Hon-yocker, atacando a média altitude, mergulha para atacar e foge a baixa altitude.

3 - Kit and Koboodle, atacando a média altitude, dispara a 15-18 mil pés em mergulho com pull out a 10 mil pés no mínimo. Foge a mais de 18 mil pés.

Pilotos veteranos de F-4 ensinaram as táticas de Road Recce. Ataca primeiro e o último veiculo de um comboio, dispara e foge por 10 milhas para não ser seguido pela artilharia antiaérea em caso de realizar um novo ataque.

Os pilotos estimava perdas de 50% por dia. Achavam que a camuflagem escura dos F-15E não ajudaria. Depois estimavam 25% de baixa na primeira noite.

O radar do F-15E é o meio primário de identificar o alvo. O radar APG-70 precisa de pelo menos mil pés de altittude para mapear com retorno com potencia suficiente. O alcance é de até 260km, mas a resolução maior é a curta distancia. A definição é de 3 metros a 32km. Precisa olhar pelo menos a 10 graus do alvo quando faz um "map leg" após o IP (ponto inicial). O WSO tem a função de identificar e atacar o alvo. Em mau tempo e local montanhoso é mais difícil com o radar. O WSO encontra o alvo e diz para o computador como atacar. As referências aparecem no HUD para o piloto seguir. 

Os Chiefs receberem dois LANTIRN de designação de alvos em outubro de 1990. Um quebrou e não conseguiram reparar. Outro funcionava saída sim e saída não. Os F-15E não estavam certificados com as Paveway antes por ainda não terem recebido o LANTIRN. Após o natal tinham doze casulos incluindo os dois iniciais. Uma semana após a guerra estavam atacando abrigos HAS com bombas burras. Nem havia pessoal qualificado para montar as bombas Paveway e instalar na aeronave. Com esforço conseguiram 200 kits. Os ex pilotos de F-111 e F-4 tinham experiência na arma e ajudaram. As Paveway eram disparadas como bomba burra. Cerca de 10 segundos antes de atingir o alvo a bomba começa a guiar com o laser sendo ligado.

Os F-15E realizaram 2.172 saídas contra 2.124 alvos no Iraque e KTO. A duração média das saídas foi de 3,27 horas. Os F-15E realizaram 595 strike contra bases aéreas, centros QBR, pontes, centros de comunicações e depósitos de comunicações. As caçadas aos Scud foram 391 saídas apoiados pelos AWACS e FLIR para encontrar os Scud nos Kill Box.

No dia 27 de janeiro, foi declarado supremacia aérea e os dois esquadrões de F-15E foram divididos com um para caçar Scud e outro para tank plinking no KTO.

Um terço das saídas foi de tank plinking ou 949 saídas. Os ataques eram realizados a 12-14 mil pés, mas variava conforme as condições meteorológicas. Nas saídas de tank plinking levavam geralmente oito GBU-12. Os F-15E sem LANTIRN de designação de alvos levavam 12 bombas Mk82 ou seis CBU-87/89, ou quatro Mk84, ou quatro GBU-10. O LANTIRN era usado para localizar alvos, designar para atacar com as Paveway e gravada as imagens dos vídeos para BDA.

Os F-15E conseguiram um kill inusitado na guerra. Uma dupla indo atacar um site de mísseis SA-3 foi chamado para ajudar uma equipe de forças especiais americana. Os iraquianos estavam perseguindo os Deltas com três helicópteros. Os F-15E tiveram que voar baixo a 3 mil pés devido ao baixo teto do mau tempo. Detectaram o retorno dos rotores a 80km. A 22 km viram os helicóptero em terra com o LANTIRN. Marcaram com laser e prepararam a voltar com Sidewinder se decolassem. Apontaram o LANTIRN com o radar no modo ar-ar contra o contato. As GBU-10 foram disparadas a 9km com 30 segundos de voo. Viraram a esquerda indo em direção a Síria. No radar mostrou que estava sem movendo. O F-15E teve que realizar evasivas devido a artilharia antiaérea leve. O helicóptero foi atingido enquanto estava no ar. O líder mandou o ala bombardear o local com suas Mk-82 caso houvesse tropas em terra. Outro helicóptero fugiu e foi o para norte. O AWACS mandou confirmar como iraquiano, mas não atacaram pois havia outros helicópteros de resgate chegando.


Uma das missões dos primeiros dias era um pacote atacando um centro de combustível em Basra. Só atacariam os tanques de combustível no local com seis caças. A US Navy atacou antes e atacariam depois passando na mesma direção e local dos caças navais. Havia muita artilharia antiaérea e mísseis SA-3, SA-6 e SA-8 defendendo o local. Passariam por um pântano, mas na estrada no local tinha duas Divisões da Guarda Republicana estacionada. O ataque da US Navy incendiou o combustível e iluminou os céus. Os F-15E foram logo vistos e atacados. Com mau tempo ficava mais fácil ver a silueta e era mais fácil com o fogo em terra. O primeiro piloto viu traçantes as 8 horas. Subiu em evasiva e a traçantes o acompanho. Parecia ter um óculos de visão noturna de tão fácil que foi ver as traçantes bem próximas. A artilharia antiaérea parecia fazer pontaria. Contra a artilharia antiaérea de barragem, a tática é voar ao redor.

 

F-111F

Os 66 caças F-111F deslocados para o Golfo realizaram 2.881 saídas sem baixas, contra 3.225 alvos atingidos. Os F-111F dispararam 46% das bombas guiadas durante a campanha estratégica. Eram 7% dos caças, mas foram responsáveis por 40% dos alvos destruídos, assim como metade das pontes, 40% dos abrigos HAS e 920 blindados. A carga normal era dois mísseis Sidewinder, mais oito bombas Mk82, ou duas Mk84, 2-4 GBU-12, 2-4 GBU-10, 2-4 GBU-24, oito CBU-87, oito CBU-89, 8-12 CBU-52, CBU58 ou Rockeye, ou uma ou duas bombas guiadas GBU-15.

O F-111F fez preparação do campo de batalha, ou tank plinking, em 1.804 strikes com as GBU-12. Nas saídas tank plinking eram armados com quatro GBU-12. Outros 912 strikes foram contra bases aéreas, aeronaves no solo, instalações, abrigos HAS, centros de comando, bunkers, QBR, pontes e defesa aérea. A duração média das saídas foi de 3 horas.

Os F-111F apoiaram as saídas contra os Scud realizando 69 ataques apoiando com as Paveway e CBU-89 Gator, em canais suspeitos de esconder lançadores móveis. Não realizaram diretamente a caça aos Scud pois o radar era inadequado, sem muita definição para encontrar os lançadores. O papel passou para os F-15E Strike Eagle.

O longo alcance do F-111F dava flexibilidade. As aeronaves baseadas em Taif podiam atingir o KTO sem precisar de REVO e atacar alvos mais ao norte sem expor as aeronaves de REVO as defesas. Eram realizadas duas ondas a noite, com uma decolando no por do sol e outra as 1:30h. Os veteranos do Vietnã que operavam os F-111F não queriam atacar baixo. Não valia a pena arriscar e a mentalidade mudou. A primeira noite a maioria fo forcado de média para baixa altitude devido a artilharia antiaérea. O consumo de combustível aumentou e a missão ficou arriscada.

Nos três primeiros dias, os F-111 atacaram a baixa altitude e dispararam bombas guiadas a laser contra bases aéreas. Após três dias passaram a voar a média altitude em grandes pacotes, em várias direções, com a Hora Sobre o Objetivo (HSO) diferentes para evitar colisão. Nos pacotes contra alvos de ponto e área, atacavam com até 32 aeronaves. As vezes voavam sem escolta de supressão de defesa. 

Todos os F-111F estavam equipados com o casulo FLIR Pave Tack. No deslocamento para a Arábia Saudita  levaram quatro bombas Paveway cada um pois não havia estoque na Arábia Saudita. A tática preferia para disparar as Paveway era a wagon whell, com um grande circuito. Em cada passe disparavam uma das quatro bombas. Podia ser vários F-111 nos circuitos sincronizados. O hub era centrado no alvo. A tática era usado contra os abrigos HAS, bunkers e bases aéreas.

Os F-111E com aviônicos analógicos eram bem menos precisos e só levavam armas convencionais. Os F-111E operando na Turquia permitiu que os outros caças se concentrassem no sul do Iraque. Disparavam doze Mk82 a 7600 metros contra alvos de área. A vezes levavam as mk84 ou bombas em cacho CEM, mas com muito mais arrasto. Era uma média de três alvos atacados por noite com uma saída cada. As vezes atacavam baixo como no caso de uma central elétrica de uma represa. Tentaram levar os Phantom para iluminar alvos para poderem disparar bombas guiadas  a laser. Treinaram dois F-4E para buddy para apoiar quatro F-111E armados com as GBU-24, mas a guerra acabou antes das missões planejadas.


Uma das principais características do F-111F era poder atacar alvos de ponto com as bombas Paveway como mostra a imagem acima.Após a operação, os F-111F passaram a treinar a média altitude e tank plink.

Poucos F-111F estavam qualificados para dispara as bombas GBU-15. Um ataque foi contra uma bomba de óleo de Mina al-Ahmadi no Kuwait. Eram duas estações e queriam parar o vazamento de óleo. O raid foi realizado por quatro F-111F equipados com a GBU-15, sendo dois com casulo de datalink para controlar a bomba disparada pelos outros. Não era um alvo bem defendido, mas a precisão era necessária. O disparo foi supersônico a 20 mil pés. O F-111F com o datalink de controle estava em uma orbita a 105 km costa. Um não recebeu os dados da bomba, mas outro pegou a imagem e controlou os dois disparos. A GBU-15 conseguiu atingir local exato e extinguiu o fluxo de óleo. Os esquadrões equipados com bombas guiadas eletro-ótica GBU-15 não gostavam de usar por ser complicada de usar, mas com as bomba guiada a laser gostavam e sempre queriam.

F-117

Os F-117 foram designados para atacar alvos estratégicos, mas com os alvos acabando passaram a ajudar em missões de interdição. Os F/A-18 Hornet do USMC foram ordenados a atacar as pontes ao redor de Basra de dia. Os F-117 foram enviados para atacar a noite. O objetivo era atrapalhar as ações da Guarda Republicana com interdição aérea e depois barrar a fuga durante a guerra terrestre. Os F-117 usavam a bomba penetradora GBU-27 que penetrava a ponte e explodia na água. Com a bomba GBU-10 com espoleta de impacto conseguiram destruir as pontes.

Com a Força Aérea Iraquiana escondendo suas aeronaves nos abrigos reforçados (HAS), chamaram os F-117 para atacar. No primeiro ataque foi ordenado o uso das GBU-10 e os pilotos não gostaram. Como não penetrou mudaram para as GBU-27. O resultado foi bom pois os iraquianos pensaram que os HAS eram impenetráveis e esconderam várias aeronaves em cada abrigo. No ataque posterior o efeito foi bem melhor do que esperado. Os iraquianos se desesperaram e passaram a fugir para o Irã.

Os F-117 atacavam as bases aéreas aos pares, seis ou oito. Atingiam dois HAS simultaneamente e voltavam meia hora depois para um novo ataque na base aérea. Dava tempo para as defesas acalmarem. Como o penetrador explodia ao atingir solo do HAS, não deixa marca a não ser a porta destruída em alguns abrigos. A Inteligência só considerava destruído se for tudo demolido, como na Segunda Guerra Mundial. O vídeo da GBU-27 só mostrava a bomba penetrando e a saída de um jato de fumaça. As GBU-10 criava uma grande explosão no local de impacto.

O gasto de bombas guiadas foi alto e os F-117 tiveram que usar as GBU-12 contra alguns alvos. Tiveram que enviar um C-5 Galaxy até o Reino Unido e Coréia do Sul para buscar mais kits de bombas guiadas a laser. O F-117 lançou 739 GBU-27 e o F-111F 897 GBU-24A/B.

A GBU-27 era ainda uma arma secreta e só foi mostrada aos pilotos pouco antes das operações. Os F-117 tinham que voar mais baixo para atingir o angulo ideal de impacto com a GBU-27 contra certos alvos e era mais arriscado. A GBU-27 foi projetada para disparo baixo e mergulhava logo depois do disparo no modo chamado "pitch down". Caia quase vertical no alvo. Mudaram o software do F-117 para disparar balístico a média altitude como se fosse a GBU-12 e sem modo pitch down. Passou a cair a 45 graus atingindo os HAS a 90 graus.

O mau tempo atrapalhou muito as operações dos F-117. Nos primeiros 10 dias o mau tempo interferiu nos ataques dos F-117 em metade de três dias, 1/3 em dois dias e 1/4 em três dias. Entre os dias 2 e 7 foram 2/3 afetados. Foram realizadas 100 saídas em Bagdá ao invés das 300 planejadas.

 

Outras Aeronaves

Dois esquadrões com 24 caças A-7 Corsair operaram a partir do USS Kennedy no Mar Vermelho realizando 737 saídas de Interdição aérea. A França enviou 24 Jaguar e a RAF 12 que voaram 1.145 saídas no KTO e contra navios. Os Jaguar da RAF dispararam 741 bombas de 454 kg, 387 CBU-87, 608 foguetes e oito BL-755. Os Mirage F1 foram operados pelo Kuwait e Qatar voaram 170 saídas e os da França realizaram 44 saídas de reconhecimento. Os 24 A-4Ku do Kuwait que conseguiram fugir antes da invasão do realizaram 1.361 saídas com apenas uma perda. Usaram como armas bombas em cacho e snakeye. Os AC-130A/H voaram 104 saías de CAS, apoio as forças especiais e "on-call AI". Também ajudou a caçar Scuds entre os dias 18 a 21 de janeiro.

Os Mirage F1 do Qatar foram usados inicialmente para treinar as aeronaves da coalizão. Depois queriam participar dos ataques, mas não queriam deixar os Mirage F1 camuflado areia sozinhos e com os pilotos falando árabe. Então os F-16 tiveram que escoltar e atuar como comandante do pacote.

O primeiro alvo foram sites artilharia 20 milhas ao sul da cidade do Kuwait na costa. Foram 6 caças F-16 e seis Mirage F1. Foi pedido apoio de supressão de defesas, mas não foram enviados. Depois dois Prowlers apareceram. Oito F-16 atacariam a base de al Jaber e outros oito escoltariam. Se aproximariam da costa a média altitude e mergulhariam no alvo. Não fariam reabastecimento em voo pois Mirage F1 não tinham esta capacidade.

Foram pelo norte pelo mar, viraram a esquerda, atacariam e voltariam para o sul. Um pier seria usado para atualizar a navegação. Mergulhariam e realizariam o disparo no maior alcance. Ao virar para o oeste viram trilhas de mísseis, mas eram mísseis HARM disparados preventivamente. Não tiveram alerta no alerta radar. O primeiro a disparar foi o comandante do pacote que foi atingido com sete outros caças atrás mergulhando. O alerta posterior de SA-6 e era falso. Coordenaram o resgate do comandante e o vídeo mostrou que era a Mk84 detonando após se armar. 

Depois mais pacotes com caças do Qatar com dois F-16 escoltando quatro Mirage F1. Depois mandaram os Alpha Jets. Em varias ocasiões foram interceptados com os F-16 sempre alertando que eram amigos.


Uma formação com Mirage F1 francês e do Qatar, F-16 da USAF, F/A-18 canadense e um Alpha Jet do Qatar.

O USMC enviou 29 helicópteros de ataque AH-1J/T/W Super Cobra para a Operação Desert Storm. Os Cobra escoltavam helicópteros, fizeram apoio aéreo aproximado, reconhecimento armado e ataque anti-carro. Voaram 1.273 saídas com 3.014 horas. Os Cobra atuaram em conjunto com as tropas em terra como os blindados LAV e as vezes com os AV-8B como elemento de manobra na TF Cunningham. No dia G+2 os AH-1 e UH-1N apoiaram a TF Ripper contra 3a Divisão Blindada iraquiana. O UH-1N com FLIR e designador laser liderou dois Cobras na fumaça e abaixo de linhas de força para atacar forças a frente dos fuzileiros. Designou os alvos para o disparo de mísseis Helffire. Em outra ocasião os Cobra aturavam com os blindados LAV para barrar um contra-ataque mecanizado de uma Brigada iraquiana contra o Posto de Comando da 1a Divisão de fuzileiros. O AH-1W disparou Hellfire designados pelos OH-58D.
  
Os helicópteros de ataque do US Army deslocados foram 145 AH-1 Cobra, 130 OH-58D Kiowa e 277 AH-64 Apache. Realizaram reconhecimento armado, anti-carro e escolta. UO S Army usou ataques em massa como elemento de manobra e conduziram missões de reconhecimento armado de grande escala junto com a força CAS da USAF como A-10, F-16, EF-111, Compass Call, Wild Weasel, e JSTARS. As missões longo alcance foram a até 100 milhas. Se precisarem de apoio de aeronaves táticas pedem na frequência do AWACS. Os helicópteros de ataque também cobriam os flancos e a frente de forças em terra avançando.


Os A-4Ku do Kuwait que fugiram para a Arábia Saudita continuaram a combater junto com a coalizão. Apenas um foi derrubado no KTO. As aeronaves foram depois vendidas para a Marinha do Brasil.


Os caças Jaguar da RAF realizaram missões de interdição no KTO e anti-navio no Golfo.


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