Apoio Aéreo Aproximado no Vietnã
Antes da Guerra do Vietnã o Presidente Eisenhower determinou que os EUA não entraria mais em uma guerra como a da Coréia, não podendo usar toda sua força militar e se preparou para uma guerra nuclear. Tiveram que repetir o erro no Vietnã. O pessoal, treinamento, aeronaves e armas estavam mal preparados para lutar no Vietnã. Junto havia atritos entre a USAF e o US Army, pois preparavam para guerra convencional.
Em 1958, as crises em Quemoy e Líbano levaram a USAF a pensar em cenários
de baixa intensidade. Estudos do US Army entre
Em
Os treinadores
AT-28 Trojan estavam entre as primeiras aeronaves a atuar em missões de
Apoio Aéreo Aproximado no Vietnã do Sul.
Os A-26 Invader
realizavam missões de Apoio Aéreo Aproximado no Vietnã do Sul e depois passaram
a fazer Interdição Aérea Noturna na trilha Ho Chi Minh.
No fim de
No fim de 1965 o Vietnã do Norte iniciou a escalada da guerra. Com as tropas americanas entrando no país em 1965 as missões de Apoio Cerrado passaram de 1.000 para 13.000 por mês. Os engajamentos em terra passaram a ter o tamanho de batalhão, mas a maioria ainda era do tamanho de Pelotão e Companhia. A artilharia antiaérea começou a aumentar aparecendo metralhadoras calibre 12,7mm. O teto contra as metralhadoras 12,7mm era voar acima de 6 mil pés.
Os A-1E do Air Commando e A-1H do Vietnã do Sul substituíram os T-28 na Força Aérea do Vietnã do Sul. Os B-26 deveriam ser substituídos pelos B-57 em dois esquadrões, mas foi cancelado.
As operações de busca e destruição das tropas em
terra usavam muito o Poder Aéreo para conseguir uma razão
de troca ser favorável. Os EUA não queriam uma guerra de atrito e não tinham
a intenção de capturar e manter o terreno. A artilharia e o Apoio Cerrado
só tinham resultados coordenados com as ações
O Presidente Nixon tentou diminuir as baixas passando a usar mais tropas do Vietnã do Sul e o Poder Aéreo. Antes do uso maciço do Poder Aéreo o terreno dava vantagem para guerrilha. Com o uso do helicóptero e do Apoio Cerrado a vantagem passou para os EUA. O Poder Aéreo virou um multiplicador de força. Antes era estimado que precisariam de uma superioridade de tropas de 10-1 para vencer a guerrilha, podendo usar 4-1 ou 5-1 com muito Apoio Cerrado.
As operações de busca-e-destruição tinham como objetivo de detectar,
fixar e atacar o inimigo com artilharia e Apoio Cerrado. Podia ser do nível
de Companhia a até várias Divisões. A operação Junction
City em 1967 foi uma grande operação na Zona C a
A operação durou três meses em três fases. A primeira fase teve poucos engajamentos com o inimigo se escondendo. As tropas capturaram muita comida, armas e munições. As saídas de Apoio Cerrado até diminuiu para 100 por dia. O inimigo foi avisado da operação e se preparou. Havia 35 mil Vietcongs no local. Na segunda fase ocorreram combates em nível de Regimento. O Vietcong conhecia os potenciais pontos de pouso de helicóptero e prepararam armadilhas. Estes pontos tinham que ser atacados antes de serem usados. As tropas foram apoiadas por caças F-4 e F-100 para Apoio Cerrado, AC-47 para Apoio Cerrado a noite, C-123 e C-130 para apoio logístico, e FACs para controlar as operações de Apoio Cerrado e coordenar as aeronaves. Contaram 2.700 tropas Vietcongs mortas contra 289 dos EUA e Vietnã do Sul. As tropas comunistas se retiraram para o Camboja.
Todas as operações em terra tinham o
objetivo de encontrar tropas do Vietnã do Norte e Vietcong e forçar o engajamento
com uma força superior, incluindo o uso de Apoio Cerrado. Após o contato
as tropas se afastariam para chamar a artilharia ou Apoio Cerrado. Depois
chamariam uma força de reação. O Apoio Cerrado vinha de alerta ou desviado
de missões menos importantes. Em um dia comum eram voadas 300 saídas de Apoio
Cerrado pela USAF, 200 pelo USMC e 100 pela Vietnã do Sul. Em média havia
40 aeronaves em alerta em terra com 3-4 chamadas por dia para cada. No total
voavam entre
Foi estimado que as missões de Apoio Cerrado ocorreu em apenas 10% das batalhas terrestres no Vietnã do Sul. Metade dos contatos era muito curto, menos de 20 minutos, para chamar Apoio Cerrado. No ponto de vista do US Army os gunship eram a resposta adequada. O Apoio Cerrado era chamado mais em contato demorado e de maior escala. O Apoio Cerrado não garantia que o inimigo fugiria pois o efeito era temporário. A oferta de Apoio Cerrado no Vietnã era até maior que a necessidade. As vezes os pedidos de Apoio Cerrado vinha até como resposta a tiros de snipers e nem era necessário. Mesmo assim vinha de todo jeito. Os comandantes em terra logo aprenderam que o Apoio Cerrado diminuía as próprias baixas.
O índice de efetividade do Apoio Cerrado era reduzir o poder de fogo inimigo de pesado para leve. Por exemplo, em 1967 de 15 mil saídas, 50% do fogo inimigo foi reduzido de pesado para leve e 23% terminou o fogo inimigo pesado. Em 3/4 era moderado e foi diminuído para leve e todos os fogos leves foram anulados. Outras variáveis dificultavam o cálculo como apoio de helicópteros de ataque e artilharia. A avaliação de danos de batalha era difícil e a na guerra de guerrilha era difícil de medir. Se fosse o avanço em uma frente de batalha convencional seria fácil de medir em termos de distância ou área conquistada. O Apoio Cerrado valia muito mais como fator psicológico e era difícil de medir. A interdição aérea junto com o Apoio Cerrado preveniu que o Vietcong mantivesse com o nível esforço em um nível mais alto.
Outras tropas estrangeiras que atuaram no Vietnã realizaram Apoio Cerrado, mas de forma limitada. A Coréia do Sul preferia realizar missões de inteligência, emboscadas e patrulhas agressivas para evitar ataques as vilas que protegiam. Não confiavam na precisão das operações de Apoio Cerrado. As tropas da Tailândia também não confiavam no Apoio Cerrado que só atacava após as tropas quebrarem contato com o alvo. Em 1970 o uso de FAC permitiu ataques mais próximos operando nos O-2. As tropas da Austrália eram apoiadas por 10 FACs que controlavam suas operações no vale do Mekong. Apoiavam os ataques dos canberra e Huey da RAAF além de caças americanos. Os australianos também não gostavam de Apoio Cerrado próximo as tropas.
As operações de Apoio Cerrado na guerra
da Coréia ditaram o padrão do Vietnã. O FAC na frente de batalha controlava
os caças pois os alvos eram pequenos e próximo
as tropas. A demanda era dispersa na frente bem ampla com alvos mais ativos
que outros. Usavam
As missões pré-planejadas eram consideradas
mais efetivas para poder integrar as ações com as tropas
O resto das 30% das saídas eram usadas para Apoio Cerrado imediato com tropas em contato ou alvos encontrados pelos FAC. Eram alvos produtivos pois sabiam que tinha inimigo na área do alvo.
As aeronaves de Apoio Cerrado em alerta aéreo era considerado caro. Os caças ficavam esperando próximo de um local onde poderia ter contato. Gastava o combustível e geralmente voltava para a base ou iam atacar alvo secundário ou FAC com alvo. Era usado em caso de grande risco em terra e queriam uma resposta bem rápida. Era usado muito em operações aeromóveis e anfíbias, mas eram poucas.
Os helicópteros tinham vantagem em mau
tempo operando com teto de até
Os caças designados
para uma missão de Apoio Cerrados vão para uma área de reunião em um ponto
de ancoragem pré-estabelecido e encontra com o FAC.
O caça chama o FAC, cita seu código de chamada, tipo de aeronave, armas
disponíveis, altitude acima de um ponto base e tempo de vôo restante. O
FAC cita a altura da maior elevação no local, direção do vento, melhor lugar
para ejetar e base mais próxima para o caso de emergência. Também pode citar
amigos na área e onde estão
As missões Apoio Cerradas eram do tipo
pré-planejado, como assalto aéreo, ou Apoio Cerrado imediato como tropas
em contato ficando em alerta
As operações de Apoio Cerrado nas operações aeromóveis eram mais difíceis. As aeronaves lançando pára-quedistas voam mais alto e rápido e precisa bem menos de proteção que os helicópteros. As operações aeromóveis precisam de muita coordenação por isso. Antes o comandante no ar comandava até a fase de assalto. Depois o comandante em terra tomava a frente. Os pilotos decidiam onde era possível lançar pára-quedista de acordo com as defesas. Com as operações aeromóvel não tinha mais isso.
O assalto aeromóvel foi um conceito importante usado no Vietnã. O helicóptero de assalto mudou o conceito de reserva. Com o helicóptero podiam lutar sem reserva movendo as tropas pelo ar para onde era necessária. A USAF tinha experiência com assalto aéreo e sabia que os helicópteros eram mais vulneráveis que os C-47 que fizeram a missão na Segunda Guerra Mundial e Coréia. Então foi decidido que toda operação seria precedida de ataque aéreo e com escolta caças. O Vietnã do Norte colocava artilharia antiaérea topo das árvores para cobrir possíveis zonas de pouso.
No USMC os A-4 escoltavam os helicópteros em operações aeromóveis. Combinavam o horário para os helicópteros chegarem logo depois dos A-4 atacarem as posições suspeitas ou conhecidas de encontrar artilharia antiaérea, e lançavam cortina de fumaça. Depois reabastecimento em vôo nos KC-130 na volta para a base.
Apoio Cerrado do USMC
O USMC iniciou suas operações no Vietnã
em março de 1966 com 1o MAW para dar apoio as suas tropas. Suas aeronaves
eram usados só no I Corpo apoiando suas tropas
com controle próprio. Faziam missões com fluxo constante, sem planejamento
como a USAF ou alerta
Em 31 de maio de 1968 o USMC tinha 188 aeronaves táticas no Vietnã do
Sul. Eram cinco esquadrões de F-4, dois de A-6 e quatro A-4. Um acordo com
a USAF exigia 1,2 saídas por aeronaves e duas em alerta de interceptação.
Seriam 225 saídas por dia sendo 48 em estado de alerta e outros 18 para
escolta de helicóptero (ou Apoio Cerrado se não forem usadas). Das 225 saídas
pré-planejadas, 66 seriam controladas pelo USMC para escolta ou emergência,
111 para ordens fragmentárias semanais e 48 fragmentárias diárias, sendo
16 contra Laos ou Vietnã do Norte. As ordens fragmentárias pré-planejadas
podem ser desviadas para operações de Apoio Cerrado. As aeronaves ficavam
em alerta em terra por meia hora. Se não chamadas iam para o alerta no ar
por 45 minutos. Se não fossem chamadas atacavam um alvo pré-planejado. Em
agosto o tempo de reação diminuiu de 30 para 15 minutos com este arranjo.
O lado ruim foi o aumento da manutenção e do gasto de combustível. Os alvos
também poderiam ter sido destruídos por aeronaves desviadas de outras missões.
Após unificar o Apoio Cerrado do USMC e da USAF os batalhões do US Army acharam que
melhorou e os do USMC piorou e ficou menos responsivo.
O USMC queria controle do Apoio Cerrado pois seus helicóptero em assalto anfíbio não levavam
artilharia e o Apoio Cerrado seria crítico e sem controle pioraria. O USMC
usava muito o Apoio Cerrado em operações anfíbias por ter pouca artilharia
orgânica. Entre
Os navios da US
Navy na Yankee Station
mais ao norte atuavam no Vietnã do Norte e Laos, e podiam apoiar as missões
de Apoio Cerrado, geralmente no I Corpo no norte, mais próximo e com maior
demanda. As aeronaves eram controladas pela USAF.
FAC no Vietnã
As regras de engajamento no Vietnã citavam que certas áreas do Laos e todo Vietnã do Sul só podiam ser atacados com um FAC para controlar os ataques. O risco de baixas civis devido aos ataques aéreos era alto. O Vietcong aproveitava se misturando com a população civil. Sem linha de frente o inimigo estava em toda parte. Na Segunda Guerra Mundial e Coréia os pilotos sabiam que após a "bomb line" era tudo inimigo. A reação foi colocar os FAC no ar. Era o FAC que localizava o alvo e garantia que os caças irão atacar o alvo correto.
Em
Em junho de 1963 o primeiro esquadrão
de FAC criado, o 19º TASS com 22 aeronaves L-19 (O-1 Birddog) e 44 pilotos. Os pilotos do TASS fariam FAC,
mas também reconhecimento visual. Entre
O terreno limitava muito a utilidade
dos FAC
No fim de 1966 os FAC estavam engajados
em todos os tipos de operações em terra, em todos os locais e apoiavam equipes
de Forças Especiais infiltrados fora do pais.
A função era facilitar o processo de Apoio Cerrado e o reconhecimento visual
fazia parte do processo. Também preparavam zona de pouso, escolta de comboios
em terra, apoio a tropas em contato e preparo de cobertura ao transporte
aéreo. Entre
Em 1954 foi iniciado um curso FAC na
USAF. Entre
O treinamento dos FAC no EUA iniciava com cinco dias de aulas e uma pratica controlando ataques de F-4. Depois continua treinando para atuar em terra e depois passa a treinar em aeronaves usadas pelos FAC. A próxima parte ensina a fazer reconhecimento visual e controle de ataque no ar. Depois treina para se familiarizar no sudeste asiático e inclui aulas e vôo. Após seis meses de operações os FAC acabam indo para o DASC, TACC e postos de comando.
Os pilotos de caça designados como FAC tinham um treinamento rápido e eram logo transferidos para pilotar aeronaves O-1, O-2 ou OV-10. Outro tipo de FAC era um piloto de qualquer aeronave em apoio a província ou unidade especial. Faziam mais reconhecimento visual.
Todos os FAC eram treinados para fazer
controle de ataque
Havia três tipos de FAC atuando no Vietnã. Os FAC livres (free FAC) operavam em terra com as tropas dos EUA e aliados. O FAC do Vietnã do Sul, ou FAC de setores, eram chamados FAC "B" e depois de SCAR (Strike Control and Reconnaissance). Os SCAR atuavam em setores fazendo reconhecimento visual no ar junto com oficial do local. O terceiro tipo de FAC era o do país (out-contry). Também podia ser classificado como SCAR e operava em setor geográfico.
Com o aumento da atividade dos FAC passaram a ter várias designações como VR-FAC, NI/FAC, ARVN FAC, VNAF FAC, Misty FAC etc. Para simplificar passara a suar designação TACP FAC e SCAR FAC.
O SCAR FAC estava mais relacionado com as operações de interdição aérea e apoio a USAF. Atuam em áreas determinadas fazendo reconhecimento visual, inteligência, aquisição de alvos e controle de ataque. Era melhor se for um piloto de caça e geralmente opera fora do Vietnã do Sul. Os SCAR nem precisava ter curso de FAC como os Fast FAC nos F-100, F-4, C-130 Blind Bat e C-123 Candlestick.
Já os TACP FAC apoiavam as forças em terra, atuava como Oficial de Ligação (ALO), apoiavam missões de Apoio Cerrado, atuava próximo as tropas, faz reconhecimento visual em sua área de operação. Era obrigatório que o TACP FAC fosse um piloto de caça.
Os FAC da Força Aérea do Vietnã do Sul continuaram sendo chamados de SCAR ou FAC B. Atuavam como FAC de outros paises, fazem avaliação de danos de batalha, reconhecimento visual, ajuste artilharia etc. A barreira da linguagem era a principal diferença. Em 1970 os FAC da Vietnã do Sul passaram a controlar as aeronaves de ataques dos EUA sendo que antes só controlavam caças vietnamitas. Os pilotos tiveram que aprender inglês.
O 504º TASG apoiava os TASS e os FAC. No Vietnã do Sul o TACC controlava sete DASC que controlavam os FAC, ALO e SCAR. Fora do Vietnã era o ABCCC que controlava os vôos dos SCARs. Os FAC eram comandados operacionalmente pelo DASC e administrativo pelo TACC. O TASG recebia 80 FAC por mês.
Em 1964 o 19º TASS tinha apenas 22 O-1 e logo surgiram planos para criar mais três TASS e aumentar a frota. Em janeiro de 1966 eram 121 O-1 operando em 53 locais com 172 FAC nos esquadrões 20, 21 e 22 TASS. Ainda foi insuficiente e tiveram que usar os UH-1B com chefe de província a bordo com o FAC.
Nas operações em terra o FAC conhecia a operação do Batalhão e voava acima esperando ser chamado. Em caso de contato com as tropas comunistas o FAC contatava o TACC e chamava os caças. O FAC podia pedir Apoio Cerrado direto para o DASC. Os caças que respondiam conversavam com o ABCCC que repassava os caças para FAC com o dados das aeronaves. Após o encontro com os caças recebia os dados de armas, descrevia o alvo, controlava o ataque e depois fazia avaliação de danos de batalha. Os caças tinham muita dificuldade de ver os alvos no terreno e as tropas amigas. Era a função do FAC evitar fogo amigo e garantir que o alvo correto fosse atacado. Marcar a posição amiga era difícil geralmente devido a selva. As tropas geralmente usam o lança-granadas M-79 com flares disparados para cima para facilitar. As tropas logo aprendem a levar muitos flares. A USAF criou panfletos para padronizar o jargão de comunicações com as tropas em terra, chamado de "gruntismos" (grunt era o apelido das tropas em terra).
A maioria das missões de Apoio Cerrado era voada em dupla ou esquadrilha. Em 1965 e 1968 as defesas antiaéreas no Vietnã do Sul ainda eram leves e permitia várias passadas no alvo, podendo cobrir todo o alvo e maximizar a efetividade da armas. A maioria das perdas ocorria quando voavam a menos de 2 mil pés. No Vietnã do Norte era o contrario com muitas defesas com uma passada para lançar todas as armas. Se um alvo no Vietnã do Sul precisava de mais de quatro aeronaves mandavam outra esquadrilha para chegar 10-15 minutos depois. Em caso de tropas em contato atacavam bem baixo para melhorar a pontaria. Sem tropas em contato saiam do mergulho a 3,5 mil pés. Na Coréia usaram a mesma tática com a linha paralisada não querendo causar baixas desnecessárias.
Em 1965 as saídas
de Apoio Cerrado no Vietnã do Sul subiu de 2.392 em janeiro, para
7.382 em junho para 13.274
A noite os
FAC faziam "rocket watch"
nas cidades grandes após a ofensiva do TET. Os ataques eram frequentes e
direcionavam os AC-47 para o local de disparo. No dia primeiro de março de
1968 os AC-47 passaram a agir também como FAC a
noite com reação bem rápida. Em uma semana foram vários lançamentos detectados,
mas a posição era difícil de fixar a noite. No dia 26 de abril colocaram um
FAC
Em 1970 o Vietnã do Sul tinha pouca capacidade noturna após a "vietnamização". Os FAC operando no O-1 não podiam voar a noite e tinham que esperar os O-1E e O-1G para voar a noite assim como o O-2. Os caças A-1 e A-37 podiam operar com apoio do Combat Skypot, mas o SAC não repassou os radares após sair do local. Podiam atacar com apoio de flares ou lançando seus próprios flares. O AC-47 ainda era a melhor plataforma noturna.
Um estudo sobre os FAC em 1974 mostrou
que o Vietnã do Sul deveria deixar de usar a aeronave U-17 como FAC por
ser vulnerável. A ameaça dos mísseis SA-7 resultou
em uma recomendação de colocar FAC em terra ou usar o F-5A ou F-5B com FAC
em locais com defesa área pesada. Voando acima de 10 mil pés para evitar
o SA-
Comando & Controle
A organização das operações aéreas no Vietnã iniciou nas operações na África do Norte e foi modificada na Europa. A interface ar-terra ocorre nível de Corpo de Exército. É neste nível que os comandantes tomam as decisões mais importantes. Acima deste nível a preocupação é mais estratégica. O II Corpo atuava junto com o XII Air Support Command. Na Normandia foram criados vários comandos aerotático (TAF - Tactical Air Force) para atuar com cada Corpo de Exército e uma Força Aérea com Grupo de Exército. As TAFs eram passados de um Grupo para outro de acordo com as necessidades. Cada TAC operava um JOC (Joint Operation Center) para C2. Era onde os comandantes esperavam as missões, escolhiam armas e determinavam o nível de esforço. O JOC também tem oficiais do US Army, US Navy e de inteligência. O JOC tem um TACC (Tactical Air Coordination Center) que executa as decisões e controla as aeronaves até o alvo. O TACC tem sub elementos geralmente como duas estações de radar CRC e três CRP, além de vários Forward Director Post (FDP) para cobrir falhas na cobertura radar. O TACC comandava ações ofensivas e defensivas e tinha como função de saber onde os caças estão indo e quando. O mesmo sistema foi usado na Coréia.
O Vietnã do Sul foi dividido em quatro áreas sendo cada um com um Corpo de Exército com autoridade total no local. Cada Corpo queria controlar as aeronaves nas bases do local, mas a experiência na África do Norte mostrou que dividir as forças não funcionava bem em relação a um comando unificado. A força era pequena no começo e o Vietnã do Sul atrapalhava com sua organização própria.
No fim de 1965 já havia mais de 500 aeronaves sob controle da USAF. O sistema de controle precisava ser expandido. O Vietnã do Sul não estava mais no controle e era uma força pequena comparada com a USAF. Assim adicionaram um ASOC (Air Support Operation Center), depois chamados de DASC (Direct Air Support Center), para cada Corpo. A idéia do ASOC iniciou em 1964 na operação Desert Strike nos EUA onde operou com um ASOC com sucesso, mas tinha especialista em caça, reconhecimento, transporte e inteligência.
No DASC um oficial de ligação mantém contato direto com o JOC e representa o comandante dos TAF a nível de Corpo e aconselhava sobre o uso do Poder Aéreo. A função do JOC era feita pelo AOC (Air Operation Center), mas dividia as operações entre os Corpos ao invés de ter um comando único.
O DASC gerenciava os pedidos de Apoio
Cerrado na região do Corpo. A operação do DASC precisava de mais flexibilidade
nos níveis mais baixos e podia desviar as saídas pré-planejadas para imediata.
Os pedidos de Apoio Cerrado eram do tipo imediato ou pré-planejado. Os pedidos
do Batalhão tem que ser aprovado em todos os níveis passando pelo Regimento,
Divisão, Corpo até chegar no comando do Exército.
Em nível de Divisão o oficial de ligação (ALO) avisa o JOC sobre pedidos
de Apoio Cerrado imediato por rádio o que permite dar tempo para redirecionar
uma missão de ataque
Em abril de
O TACC era o C2 do Apoio Cerrado. Antes de 1965 nem sabiam onde as aeronaves estavam por não terem um TACC no local. O TACC tinha controle positivo de todas as aeronaves incluindo combustível e armas. A aviação era controlada por um TADC e pelo DASC. O pedido de Apoio Cerrado vai para o DASC mais próximo. O TADC coordena tudo e pode mudar uma aeronave do Vietnã do Sul de um DASC para outro mais necessitado. Em caso de tropas em contato o TACC podia escolher a melhor aeronave para a situação. Caças desviadas podiam chegar em 15-20 minutos até encontrar o FAC. Depois o tempo dependia da capacidade do FAC de controlar ataques até colocar armas no alvo. Os FAC já começavam a contatar e descrever o alvo antes de chegaram. No local só faziam aquisição visual do alvo. O alerta em terra chegava em 35-40 minutos comparado com 40 minutos da Segunda Guerra Mundial e 45 minutos na Coréia. Geralmente o comandante em terra leva mais tempo que isso para decidir se chama artilharia ou Apoio Cerrado.
O TACP era outra extensão do TACC servindo com unidades do Exército com pelo menos um FAC, ALO e operador de rádio. O terreno forçou os FAC a operar do ar.
O TACC não controlava as aeronaves do US Army ou apenas metade das aeronaves. Um problema era coordenar com a artilharia e podia causar fogo amigo. Outro problema era aeronaves do US Army e US Navy operado fora do controle centralizado. Sempre havia problemas sobre aeronaves dedicadas para Apoio Cerrado, saídas dedicadas para Apoio Cerrado e relação ar-terra. O controle dos helicópteros do Exército era mais difícil. O risco de colisão era alta, mas o US Army citava que eram parte das tropas como os seus Jeeps e artilharia. Os NAes da US Navy controlavam o Apoio Cerrado com o esquadrão TACRON de controla aerotático que controla todos os vôos navais na área. O TACRON podia completar a capacidade do TACC da USAF ou USMC. As aeronaves operando embarcadas não faziam alerta e apenas missões pré-planejadas. A desorganização do TACC levava a risco de colisão e até transporte passava no meio de operações táticas.
O TADC e DASC não apoiavam operações
de interdição ou defesa aérea, apenas o apoio a tropas
Tela central do
TACC no Vietnã do Sul onde os dados são integrados.
Apoio Cerrado Noturno
A tática do Vietcong contra o Apoio Cerrado era atacar a noite de surpresa em mau tempo, com força concentrada, no local ou chegar próximo as tropas parar o Apoio Cerrado evitar fogo amigo. Usava sua própria fumaça para atrapalhar as marcas de fumaça do FAC ou distorcia a imagem. Logo começaram a colocar artilharia antiaérea próxima a área de operação como as metralhadoras de 12,7mm.
A reação era usar apoio de estações
de radar a noite e mau tempo, flares, e metralhar
a
As tropas do Vietnã
do Norte atacava muito a noite para diminuir o efeito das missões
de Apoio Cerrado e anular a superioridade numérica e artilharia. Era difícil
detectar e até concentrar aeronaves a noite.
A reação foi usar os AC-47 e AC-130 para iluminar e atacar as posições atacadas.
As aeronaves estavam sempre em contato com TACC, DASC e postos avançados. Os AC-47 foram usados de
As estações de radares MSQ eram outro
meio para ataque noturno em mau tempo. As estações sabiam a posição dos
alvos como os postos avançados. Os B-52 eram usados contra concentrações
de tropas suspeitas com apoio do radar. Eram 60 saídas em 1968, o dobro
de antes quando iniciou o apoio em 1965. Com dificuldade das tropas manobrarem
na selva e montanhas, os B-52 foram usados como uma força de manobra. Atuando
próximo a fronteira com o Vietnã do Norte precisavam
de escolta de caças e supressão de defesas. Os sites de mísseis SAM detectados eram
pesadamente atacados próximo ao local.
Grandes Batalhas
Na ofensiva do TET em janeiro 1968 foram realizados ataques comunistas a 36 de 44 províncias, 64 de 242 capitais de Distritos, 23 bases aéreas. Apenas as bases de Bien Hoa e Tan Son Nhut correram risco de serem tomadas. O resto continuou funcionado, mesmo assim por um dia até o reforço chegar. O controle centralizado funcionou até para as aeronaves de transporte apoiarem locais que mais precisavam. Em poucos dias, menos Hue e Saigon, as batalhas foram vencidas. O Apoio Cerrado era difícil em grandes cidades. Na periferia de Saigon os caças usaram mais os canhões e metralhadoras para apoiar as tropas. O mau tempo foi a maior limitação ao Apoio Cerrado. O Vietcong e as tropas do Vietnã do Norte sofreram 70 mil baixas de 200 mil tropas usadas na operação. Esperavam que a população apoiasse e não conseguiram. O efeito político nos EUA foi melhor e levou a retirada das suas tropas do país conseguindo uma vitória psicológica.
Graças ao Poder Aéreo não esperavam
que o cerco de Khe Sanh
seria novo Diem Biem Phu. Na época a França
tinha 200 aeronave sendo a maioria de observação
leve. Já os EUA tinha duas mil aeronaves e três
mil helicóptero para apoiar o cerco. A direção por radar apoiava as operações
em mau tempo como o B-52. O poder maciço já foi suficiente para o inimigo
desistir. Foram realizadas mais de 25 mil saídas de Apoio Cerrado em 78
dias de cerco, com 15 mil inimigos mortos. O mau tempo forçou o disparo
com auxilio do radar na maioria das vezes. A operação foi considerada primeira
vitória do Poder Aéreo sozinho.
Fuzileiros avançam
em Khe Sanh enquanto os F-4 fazem apoio cerrado para facilitar o avanço.
Em maio de 1969, ocorreu uma batalha na colina 900 no vale A Shau. Eram três Batalhões americanos contra 700 tropas do Vietnã do Norte em fortificações no local. batalha ficou famosa e foi chamada de Hamburger Hill. Foram realizadas 270 missões de Apoio Cerrado causando 600 mortos contra 56 americanos mortos. Apenas dois vietnamitas se renderam. Os bunkers foram pouco penetrados. Os AC-47 e AC-119 apoiavam as operações a noite com flares. Apenas 14 mortos foram tidos como efeito direto do Apoio Cerrado. As armas usadas incluíam gás lacrimogêneo e Napalm.
Na operação Lam
Son 719, em
Em 1971 ainda havia 350 caças americanos na região, a grande maioria na Tailândia. Ainda atacavam o sul do Vietnã do Norte, de forma limitada. Tinham pouco efeito contra a trilha. As estradas já estavam pavimentadas com capacidade qualquer tempo e as ferrovias foram reparadas.
De 352 mil saídas de aeronaves táticas da USAF, 179 mil foram de ataque, 40 mil de patrulha de combate aéreo e 41 mil de reconhecimento além de 91 mil de suporte. Em abril de 1968 foram 32 mil saídas de ataques sendo 55% no Vietnã do Sul.
Com os políticos querendo sair da guerra havia três alternativas: escalação da guerra, abandonar ou vietinamização. Escolheram a última. A Força Aérea do Vietnã do Sul passou a receber uma grande quantidade de material se transformando em uma grande força com 41 esquadrões de caça e helicópteros. O problema era o pessoal pois os pilotos não voavam contra alvos bem defendidos, só voavam quando era conveniente e as tripulações de terra não seguiam as regras de manutenção.
Foi planejado
10 mil saídas táticas por mês em 1970, antes era 14 mil, mais 700 de gunship
e mais de mil para os B-52 para uma força de 60 bombardeiros. Em 1971, com
vietnamização, 90% das saídas de Apoio Cerrado
no Vietnã do Sul era com FAC do Vietnã do Sul,
mas eram mau treinados e os comandantes em terra não sabiam a importância
da missão. Depois passaram a ter controle do DASCS em
Já era esperado
uma ação de larga escala no sul ou no Camboja já em 1971, mas não
ocorreu. Em fevereiro de 1972 os FAC passaram a notificar a presença de blindados próximos a fronteira com o
Laos ajudaram a atacar os alvos. Em 30 de março de 1972 o Vietnã do Norte
invadiu o Vietnã do Sul com 125 mil tropas a partir do norte e alguns dias
depois a
A reação da USAF foram ataques aéreos. No inicio só ocorreram no Vietnã do Sul e em poucos dias cobriam todo o Vietnã do Norte onde atacavam principalmente áreas de armazenamento de combustível e armas, pontes e minaram portos. O foco saiu da trilha para o norte.
A USAF tinha 500 aeronaves no local comparado com mais de 1.000 em 1968. Os EUA logo responder deslocando caças para a região. Chegaram a de mil mais cinco NAes na Yankee Station. Os NAes chegaram a seis em maio com quatro na estação e dois descansando. O Vietnã do Norte não esperava a reação americana a invasão e na verdade foi até maior que o acostumavam fazer antes.
Um ataque convencional precisava de muito combustível e munição para os blindados e artilharia e as tropas não podiam viver de simpatizantes como faziam o Vietcong. Assim o efeito dos ataques aéreos foram multiplicados. A divisão de força entre três frentes também enfraqueceu o objetivo geral, podendo ter uma vitória em uma frente garantida se atacassem apenas em Saigon e virando uma vitória total. As operações m algumas áreas era até sem importância. Com o Vietnã do Sul na defensiva forçou o norte a se concentrar e as tropas viraram um alvo fácil para as aeronaves táticas e B-52.
Com a ameaça dos mísseis antiaéreos SA-7 e SA-2 o Vietnã do Sul não podia usar seus A-1 para Apoio Cerrado. Os jatos da USAF tiveram que cumprir a missão. Os caças saiam da Tailândia, rearmavam e reabasteciam Vietnã do Sul e voltavam após dois ataques.
Os mísseis SA-7 mostraram
ser efetivos e conseguiam atrapalhar as operações aeromóveis e de Apoio Cerrado.
Os helicópteros foram usados com sucesso até o SA-7
aparecer. As regras do uso do helicóptero mudaram da noite para dia após
os SA-7. Com ele o Vietcong conseguiu superioridade
aérea de forma bem barata. Campos e sites que dependiam de suprimentos aéreos
ficavam bem menos seguros. Se tivesse aparecido entre
Em 1972 não puderam fazer tanto assalto
aéreo devido a ameaça do SA-
Os blindados se movendo em campo aberto
eram logo atacados por caças e AC-130. Foram 207 blindados destruídos na
ofensiva. O terreno plano no norte do Vietnã do Sul facilitava ataques e
disparo de bombas guiadas a laser. Os canhões 122mm
e
Na invasão o Vietnã do Sul perdeu 41 aeronaves e a USAF 20 sendo que a USAF perdeu seis aeronaves para os SA-7, sete para os SA-2 e o resto para a artilharia antiaérea. Um AC-130 foi atingido por um SA-7 enquanto patrulhava o vale A Shau. Um OV-10 foi atingido por um SA-7, mas o assento ejetável do observador não funcionou. O piloto pousou no mar e morreu, mas o observador sobreviveu.
As operações de Apoio Cerrado salvaram várias cidades sitiadas. Era um local pequeno para concentrar aeronaves. A noite eram os gunship que salvavam as cidades. De abril a junho de 1972 foram realizadas 18 mil saídas de aeronaves táticas mais 2.700 saídas de B-52 na operação. As bombas guiadas a laser foram usadas para atacar carros de combate e artilharia deixara para trás pelas tropas do Vietnã do Sul fugindo das bases e cidades.
A cidade de Quan Tri foi cercada e ficara para trás oito conselheiro americanos em uma cidadela na cidade. No dia primeiro de maio souberam que seriam resgatados. O local estava cercado e usariam um pequeno heli-porto. A operação foi apoiada por três FAC controlando três esquadrilhas de caças cada para apoiar os HH-53 de resgate. Os caças cobririam a rota de aproximação. Os três helicópteros voaram bem baixo para evitar os radares de mísseis SAM mas com risco de serem atingidos por armas leves. A rota foi bombardeada e metralhada antes de passarem. Os três pousaram em sucessão, levando americanos e tropas do Vietnã do Sul cercados. Um quarto helicóptero ficou bem atrás como reserva.
No dia 23 de abril, ataque a cidade
de Tan Canh. A noite
chegou AC-130 com
A cidade de Polei
Kleng, defendida por Ranges do Vietnã do Sul,
a aviação usou bombas guiadas a laser, bombas em cacho e Mk para atacar os blindados. Em 6 de maio um AC-130 também ajudou atirando em cada
posição de disparo mostrando brilhos ao redor da cidade. Foram 96 disparos
ou toda a carga de
Em Kontum
o combate era bem próximo. Para usar B-52 as tropas se retiraram a noite
e de dia voltaram para ver o local arrasado no norte da cidade. A 1km as tropas atacadas na retaguarda fugiram em pânico
no dia 14 de maio. Os dois lados usaram mísseis guiados anti-carro. No dia 26 de maio os AH-1 Cobra atacaram
sete carros de combate e uma torre de água usada como ponto de observação.
No Vietnã do Sul as tropas treinadas em uso de LAW e mísseis TOW passaram
a atacar blindados e as tropas não mais fugiam
aterrorizadas.
As bases apoiadas pelos C-130 e C-123 tiveram que ser supridas apenas
a noite devido a artilharia antiaérea. Os AC-130
suprimiam a artilharia antiaérea enquanto os transportes desciam em espiral
a noite até pousar. A pista era marcada com luzes e o piloto só ligava suas
luzes de pouso poucos segundos antes de pousar.
O Vietnã do Norte usou artilharia com pregos para atacar as pistas de pouso
e furar os pneus das aeronaves. Os fragmentos já causavam furos e tinham
que limpar constantemente as pistas.
Após uma perda de um AC-119K de dia
não puderam mais operar de dia devido ao curto alcance do canhão de
O Apoio Cerrado dos B-52 cada dia apoiava
um das três regiões militares atacadas (I, II e IV) não deixando as tropas
do Vietnã do Norte se recuperaram. No dia 11 de maio os ataques se concentraram
No caminho para a
cidade vários veículos e blindados foram atacados pelo ar. O Vietnã
do Norte cercaram a cidade e atacaram com artilharia e morteiros antes dos
assaltos. A área acima foi dividida entre os FAC do Vietnã do Sul e da USAF.
O Vietnã do Sul não atacava a noite. A base próxima
No dia 4 de abril, um FAC do USMC
A ofensiva do Vietnã do Norte falhou devido a resistência das tropas, Apoio Aéreo e ressuprimento aéreo as cidades sitiadas. Os EUA acha que o Vietnã do Norte devia passar pelas cidades ao invés de conquistar. O ataque convencional dependia de estradas e ficaram vulneráveis a ataque aéreo. No norte foram atacados até nos portos onde os suprimentos chegavam ates de ir até a frente de batalha.
Aeronaves de Apoio Cerrado
A qualidade do Apoio Cerrado dependia
da aeronave que o FAC apoiava. Inicialmente
a USAF queria jatos para combater os russos e impor a idéia que as aeronaves
a hélices seriam inadequadas para Apoio Cerrado. Os políticos aceitaram
a argumentação e logo foram deslocados muitos jatos para a região. Esperavam uma guerra curta o que não aconteceu.
Os jatos tinham resposta rápida quando chamados, mas pouca autonomia e capacidade de manobras, e dificuldade de manter contato com o alvo. A autonomia era inadequada no caso dos jatos. As vezes não podiam esperar a hora ideal do FAC indicar o alvo. Também não tinham rádios para se comunicar diretamente com as tropas. Só se comunicavam entre si ou com outras aeronaves como o FAC. Os caças também eram vulneráveis as armas leves que as vezes eram muitas a baixa altitude.
As aeronaves usadas para Apoio Cerrado no
Vietnã variam desde aeronaves a hélice como o T-28 Trojan,
B-26 Invader e A-1 Skyraider
até jatos como o F-4 Phantom, F-100 Super Sabre
e F-105 Thunderchief. Alguns jatos de ataque
especializados foram bem usados na missão como o A-6 Intruder, A-4 Skyhawk
e A-7 Corsair e tinham fama de boa pontaria.
Outras aeroanves bem menos prováveis de realizar
as missões foram as aeronaves de transporte artilhadas AC-47, AC-119 e AC-130. Os bombardeiros
B-52 e B-57 também foram usados para Apoio Cerrado. O Vietnã do Sul usou
também os jatos A-37 e F-5A. O A-37 foi oferecido a USAF para realizar a
missão mas não foi aceito.
O treinamento dos pilotos de caça para operar no Vietnã era inadequado. Os estandes de tiro táticos tinham alvos reais como caminhões, mas a maioria era com uma "mosca" com círculos. As operações de reconhecimento armado ("road recce,” pronuncia-se “wrecky”) eram treinadas com o líder procurando alvos e o resto atrás. Ao detectar um alvo passava a posição e resto atacava de forma coordenada. Foi raramente usado no Vietnã. Os pilotos experientes ensinavam a fazer abordagem em curva preparando o disparo em curva com o fim na hora do disparo para atrapalhar a artilharia antiaérea.
A-1 Skyraider
Ao contrario das aeronaves de sua época o A-1 Skyraider
(apelidado de Spad) era lento e grande ao contrário
dos novos jatos rápidos. A sua longevidade estava relacionada com a grande
carga de armas, alcance e resistência. Era fácil de adaptar as novas missões
e as tripulações gostavam da aeronave. A carga era maior que muitos bombardeiros
da Segunda Guerra Mundial. A autonomia do A-1 era de 11 horas com dois grandes
tanques extras.
Na Coréia as tropas em terra gostavam do Skyraider do USMC. Levava muitas armas, era preciso, com boa autonomia, e tinha bons rádios para se comunicar com as tropas. Os pilotos da USAF atacavam de longe e iam procurar Migs. Eram jatos com poucas bombas, pouca autonomia e imprecisos. Consideravam as missões de APOIO CERRADO como secundária. Já os Skyraiders do USMC viviam para APOIO CERRADO. O carro de combate T-34 coreanos mostrou ser resistente as armas americanas na Coréia. Havia poucos carros de combate aliados no local. Os Alemães já tinha descoberto que só osbombardeiros de precisão seria eficiente e usaram o Stuka por ter precisão. Os EUA teve que usar o Skyrider na Coréia contra os T-34 comunistas.
No Vietnã as tropas e os FAC também gostavam do A-1 por ser lento, ter boa pontaria e grande carga de armas. Os pilotos gostavam da boa resistência. O A-1 mostrou que as aeronaves rápidas não eram o melhor meio para APOIO CERRADO e interdição no Vietnã e Coréia. A vantagem dos jatos para Apoio Cerrado era a velocidade de reação para chegar rápido na área de operação. Depois perdia toda a vantagem ao chegar no alvo. Os pilotos tinham dificuldade em ver o alvo, o raio de curva era grande e tinham pouca autonomia.
O Skyraider foi concebido em junho de 1944 como uma aeronave monoposto de logo alcance e alto desempenho para bombardeio de mergulho, com mais poder de ataque, para substituir os equivalentes bipostos. Contra o Dauntless o A-1 usava menos pista, sobe mais rápido, tinha mais alcance, maior carga e era mais estável. Na época do projeto a carga normal era 1.000lb de bombas ou torpedo de 2 mil lb como sobrecarga. No Vietnã o normal já era 2 mil lb e sobrecarga de 6 mil lb. Carga era grande, era mais que B-17 ou o dobro do F-100 Super Sabre.
A capacidade de carga externa mostrou ser mais flexível que o compartimento interno de armas, podendo escolher combustível, bombas, torpedos e foguetes. O compartimento interno deixa a aeronave mais rápida e aumenta pouco o alcance, mas depois de lançadas dos cabides a velocidade aumenta assim como o alcance. A aeronave fica mais leve para manobrar depois e a é velocidade mais importante depois para fugir. Foi a versatilidade das cargas externas que deu longevidade ao Skyraider. As mudanças nas armas podiam ser resolvidas facilmente com mudança no cabide. Eram muitos cabides e as restrição estava mais relacionadas com o tamanho das armas.
Os Skyraider da US Navy no Vietnã realizaram várias missões como "hard target", RESCAP e reconhecimento de estrada. Os alvos duros eram raros. O resto era 1/3 de RESCAP e 2/3 de reconhecimento armado. As missões de reconhecimento armado eram para garantir que nada se moveria a noite. AA noite usavam flares no lugar de bombas de fragmentação. Contra pontes tinham que fazer várias passadas para ajustar a pontaria. O piloto mantinham o ângulo e velocidade e reajustava longo ou curto. Os flares eram usados para fotografar alvos atacados e confirmar danos a noite. Os Skyraiders eram lançados a meia noite e voltavam pela manhã as 7:30h, todas as noites. Para se defender levavam o ALQ-81 para bloquear radares de mísseis SAM. A última missão do Spad naval em dezembro de 1968. noite atacavam todas as luzes que viam. Primeiro atacavam pontes com bombas pesadas e depois usavam as bombas leves.
Os A-1 Skyraider da US Navy mostraram ser adequado para Apoio Cerrado e a USAF logo tentou adquirir aeronaves da US Navy. A USAF nunca teve uma aeronave dedicada para Apoio Cerrado enquanto o USMC e US Navy desenvolveram o A-7 Corsair e A-6 Intruder com a missão em mente.
Os A-1E e
A-1H Skyraider chegaram no Vietnã do Sul em
1964 e mostrou ser ótimo para Apoio Cerrado. A USAF até queria reabrir a
produção. Era inadequado apenas na velocidade de reação. A USAF passou a
atacar com seus próprios pilotos em 1965. Antes só era autorizado por pilotos
do Vietnã do Sul e com tripulantes americanos de observadores.
Os A-1 Skyraiders da USAF também faziam interdição
noturna como na US Navy. Nas operações de Apoio
Cerrado operavam em bases avançados e o apoio chegava mais rápido. Outra
função era RESCAP com função de localizar pilotos derrubados e dar proteção
até a chegada dos helicópteros de helicópteros. Ao encontrar o piloto derrubado
atua como "On-Scene Command"
coordenando a ação, chamando ataque aéreo, protegendo os helicópteros de
resgate. A capacidade de espera era importante e para isso o Skyraider era bom. A tática vietnamita era cercar os
sobreviventes com artilharia antiaérea esperando os helicópteros chegarem.
Fazia mais estrago que aprisionar só um piloto.
Um Spad do Vietnã
do Sul atacando uma posição vietcong.
F-100 Super Sabre
Os F-100 Super Sabre iniciaram suas
ações no Vietnã como aeronave de escolta, mas era mais lento que o F-105
que deveria escoltar. No inicio do conflito não era problema, pois era raro
encontrar um Mig ou lutar com um. Com a chegada
dos F-4 os F-100 passaram a atuar como caça-bombardeiro em missões de apoio
aéreo aproximado com apoio dos FAC. Estavam sempre em alerta em terra para
a missão. O F-4 era melhor para combate aéreo sendo equipado com um radar,
levava mais armas e tinha um par de olhos adicionais. O F-105 era melhor
para ataque tático, levava mais bombas e carga pesada voando baixo e mais
longe. O Super Sabre passou para missões de curto alcance no Vietnã do Sul,
no sul do Vietnã do Norte e no Laos. As outras aeronaves realizavam as missões
de longo alcance.
O F-100 virou artilharia aérea no Vietnã. A missão típica era decolar,
ir até a área do alvo, encontrar o FAC, ver a fumaça marcando o alvo, atacar,
subir, voar em velocidade de cruzeiro de volta para a base e pousar. No
dia seguinte a rotina se repetia. Na verdade o piloto tinha que tomar cuidado
com as aeronaves amigas para evitar colisões, atingir o alvo certo, disparar
armas com precisão, encontrar as aeronaves de reabastecimento no lugar certo,
ou com mau tempo, e também tinha a ameaça da artilharia antiaérea inimiga
entre outras dificuldades. Os F-100 voavam bem baixo
e foram mais derrubados por árvores do que pela artilharia antiaérea. Mesmo
assim o F-100 não teve fama. A frota chegou a 490 caças no máximo operando
na região.
As cargas podiam ser soft load e hard load dependendo do tipo de munição. Os canhões de
20mm podiam levar 250 tiros cada mas só levavam
200 pois podiam explodir (cook off) após 200 tiros se disparados em seqüência rápida.
Os F-100 voavam a até
A principal missão
dos F-100 Super Sabre no Vietnã era realizar Apoio Cerrado.
B-57 Canberra
Na década de
O B-57 concorreu com aeronaves já existentes como o B-45 (em operação
e considerado antiquado), B-51 (projetado para apoio aéreo aproximado a baixa
altitude), AJ-1 Savaje (lento), e o CF-100 canadense
(poucas bombas). A USAF pretendia comprar 300 aeronaves para armar quatro
Alas. Depois o total chegou a 403 aeronaves incluindo os modelos de reconhecimento.
A USAF concluiu que o canberra seria um bom
caça qualquer tempo, boa para reconhecimento tático e bombardeiro de médio
alcance e grande altitude. Voar alto colocaria acima do teto do Mig-
Devido a baixa carga alar o canberra era mais manobrável acima de 40 mil pés que o caça Meteor. Não precisaria de armamento defensivo por isso. Não tinha requerimento, mas mostrou ser bem manobrável e sobe rápido. Na RAF o canberra foi planejado como bombardeiro radar a 50 mil pés, mas mostrou ser capaz de ataque baixo como o Mosquito que deveria substituir.
O concorrente mais próximo era o B-51 que podia reabastecer em ponto único, rearmar em 15 minutos, operar em pistas improvisadas, era relativamente manobrável, com blindagem nos motores, rápido e difícil de interceptar. O alcance e autonomia eram bem menor que a do canberra.
A Martin foi contratada para fabricar 250 canberra em março de 1951. Foi a primeira aeronave comprada fora do país desde a Primeira Guerra Mundial. A nova cabine em fila melhorou em muito a visibilidade para os dois tripulantes e virou o B-57B.
No dia 19 de fevereiro de 1965 foi realizado o primeiro uso em combate no Vietnã com alvos marcados por um O-1. Os FAC gostavam de operar com o B-57. Citavam que fazia o trabalho de quatro A-1 Skyraider. O canberra era até mais fácil de ver no circuito e no ataque. Os canberra também não pressionavam os FAC por falta de combustível como faziam os outros jatos. Os FAC colocavam o desempenho do B-57 como acima dos outros, sem considerar outras estatísticas.
O B-57 levava
As bombas geralmente eram quatro de
uso geral de
Os vietnamitas que se rendem eram interrogados
sobre os motivos. Sempre citam o poder de fogo superior. Não havia onde se
esconder e sempre eram pegos
O Vietnã do Sul operou o B-57 por pouco
tempo. Era pesado para os pilotos pequenos. Um piloto cita que atacava com
várias bombas no mesmo alvo. A primeira para cair
Em ataque noturno era com aeronave detectando alvos e lançando flares
para outros atacarem. Na Trilha era mais fácil detectar caminhões em noite
escura pois forçava o motoristas a ligar os faróis.
O C-130 Blindbat usa sensores noturnos para
auxiliar as buscas. Voam formação antes de lançar flares e lança flares para
o B-57 atacar. Os caminhões atingidos geralmente produziam explosões secundarias
e danificavam outros. Se errasse ainda pode danificar a estrada. As missões
de interdição noturna na trilha era arriscada devido a
artilharia antiaérea guiada por radar, mas era muito bom e valia a pena.
Só os pilotos experientes voavam noite.
Um B-57 Canberra
atacando uma posição vietcong. O foguete de fumaça do FAC marca o alvo mais
a esquerda da foto.
Um B-57 fotografa
um O-2 quando lança seus foguetes de fumaça para marcar o alvo. Abaixo o
FAC fotografa o B-57 mergulhando no alvo mostrando sua grande carga de armas.
A-7 Corsair
O A-7 foi o substituto do A-1 na USAF. Os
FAC gostavam muito de atuar com o A-7 Corsair
nas missões de Apoio Cerrado. Geralmente os jatos eram ruins de pontaria
e com pouca autonomia. O Corsair era bom nos
dois. A pontaria até melhorou com a mira computadorizada. O CEP do A-7E era
de
O A-7 era considerado pouco potente,
mas por outro lado era uma vantagem por consumir pouco combustível, junto
com a propulsão tipo Turbofan. O A-7 tinha grande
autonomia mais devido a eficiência do motor Spey do que da fração de combustível. O A-7 podia
até escoltar os F-14 TARPS por isso para supressão de artilharia antiaérea.
Os pilotos inicialmente não gostavam da aeronave sendo apelidado de SLUF
(Short Little Ugly
Focker), mas depois de voar o significado foi
outro. Era bom de navegação e ótimo de pontaria.
Os estudos do projeto A-7 mostraram que seria pouca vantagem para uma
aeronave de ataque ter velocidade supersônica, a não ser para fugir dos
Migs. No ingresso até o alvo não poderia voar supersônico se carregado de
bombas e durante o ataque a velocidade supersônica atrapalharia a pontaria.
O A-
O A-7D foi escolhido pela USAF em 1965 para substituir os caças F-100. Estava equipado com o motor TF-41-A2 baseado no Spey. Foi o primeiro caça da USAF equipado com um HUD. No total foram construídas 459 aeronaves para o TAC e depois foram substituídos no meio da década de 80 pelo A-10 e repassados para a Guarda Aérea Nacional.
Os pilotos que passavam do F-4D para o A-7D na Guarda Aérea Nacional não achavam que deram um passo para trás. Os que passaram do F-105 melhoram muito a precisão e até no combate ar-ar. O alcance era o mesmo do F-105, mas com uma aeronave menor. A USAF planejada usar o A-7D e A-7K até 2004 após ser modernizado em 1975, mas o projeto foi cancelado.
Os A-7 da USAF operaram no Vietnã durante a invasão do Sul em 1972. Os A-7 fizeram APOIO CERRADO, interdição, escolta noturna para os AC-130, RESCAP no lugar dos A-1 Skyraider, reconhecimento armado de estrada, ferrovias e rios a procura de alvos oportunidades (LUCTAR - alvos lucrativos). Operaram por quatro meses com cinco perdas. Os A-7 da US Navy ajudaram a minar os portos.
O A-7 Corsair
foi o primeiro caça com um sistema de navegação e ataque automático computadorizado,
liberando o piloto de fazer cálculos para navegar e disparar armas. Foi
a primeira vez que um piloto sabia sua posição em latitude, altitude, minutos
e segundos constantemente. Em navegação um segundo são
Durante o ataque o piloto não tinha mais que colocar a aeronave em um ponto no espaço em uma velocidade pré-determinada, angulo mergulho, altitude e distancia do alvo para atingi-lo. Computador calcula tudo continuamente e mostra no HUD onde as bombas iriam cair. Era chamado de método Ponto de Impacto Continuamente Computadorizado (CCIP em inglês) enquanto a pontaria manual era chamado de TLAR (Thats Look About Right). O CCIP permite que o piloto gaste mais tempo evadindo as defesas sem se preocupar com os parâmetros de ataque e precisão. A precisão era muito melhor, diminuindo a quantidade de bombas levadas e gastando menos missões para destruir o alvo. O piloto ficava sem limites para atacar, podendo manobrar durante a fase de ataque e ficava mais fácil encontrar alvos. Os pilotos novatos tinham a mesma precisão que os veteranos no A-4.
A versão A-7E tinha motor mais potente, aviônicos computadorizados e tela de mapa-móvel, mira com indicação de dados e INS. O piloto tinha uma grande carga de trabalho checando sistemas o que foi resolvido depois com o F/A-18. Os caças voavam longe um do outro por olharem mais tempo dentro da cabine. No meio da década de 80 os A-7 navais receberam um FLIR para poder navegar e atacar a noite a baixa altitude. O FLIR tinha dois campos de visão. A Guarda Nacional depois equipou 50 caças A-7D com FLIR.
Um A-7E fazendo
pontaria na ponte do USS Tarawa em um exercício
de guerra. O piloto coloca diamante no alvo, aperta "release enalbe" e o computador lança as armas no momento
oportuno, com indicação para onde apontar a aeronave para refinar a pontaria.
Em 1979 um A-7D
testado com dois casulos com GAU-8 para atacar blindados
Europa e Coréia. Concorreu com o A-10 e perdeu e ainda acabou sendo
substituído pelo A-10.
Os pilotos de A-7 da US Navy não dispararam o Sidewinder em combate mas
gostava da capacidade. Faziam CAP quando não tinha vento para lançar o F-14
ou se a catapulta falha-se visto que podiam decolar sem catapulta. Faziam
BARCAP e em tempo de paz podiam decolar rapidamente para interceptar aeronaves
russas
Outros jatos usados para Apoio Cerrado como missão secundária foram o A-6
Intruder e o F-4 Phantom.
O A-6 Intruder surgiu de um requisito de aeronave
para Apoio Cerrado em qualquer tempo emitido durante a guerra na Coréia
para equipar a US Navy e USMC. A aeronave substituiria o Skyraider e realizaria as missões que o A-4 não poderia
realizar. A velocidade deveria ser de pelo menos 500 knot, alcance de
O F-4 Phantom foi projetado desde o inicio como aeronave multifuncional apesar de ser otimizado para interceptação. Foi usado pela USAF, US Navy e USMC no Vietnã em grande quantidade em todo tipo de missão que um caça possa realizar incluindo apoio cerrado.
Os F-4 Phantom do USMC no Vietnã atuavam como aeronave multifuncional realizando apoio cerrado, CAP e reconhecimento. Nas missões de apoio cerrado os pilotos não viam nada e só atiravam com ajuda de FAC que via tudo, indicava alvos e ditavam resultado dos acertos ou erros. Os pilotos gostavam de fazer apoio cerrado por saber que salvou alguém embaixo. Os pilotos do USMC faziam passadas baixas e acrobacias para alegrar as tropas em terra.
B-52
O uso de bombardeiros em operações de apoio cerrado já foi pensado bem antes do Vietnã. Já no cerco de Diem Bien Phu a USAF propôs enviar seus B-29 para aliviar a guarnição local. Seriam incursões de larga escala. O próximo passo seria usar o B-52 no Vietnã. O uso de bombardeiros para apoio cerrado já ocorreu na Segunda Guerra Mundial e Coréia e estava previsto no manual. A chave do uso dos bombardeiros para apoio cerrado eram as armas e não a plataforma lançadora, mas não servia resposta rápida.
Os primeiros ataques de B-52 no Vietnã mostram ineficientes pois o Vietcong se escondia bem em túneis profundos. A principal função do B-52 foi forçar dispersar bases e forçar movimentos mais ocultos. Os danos no Vietnã do Sul eram difíceis de medir, a não ser o efeito psicológico em tropas amigas próximas. O B-52 foi usado para apoio cerrado mais para incomodar os Vietncongs. A única vez que foi usado com eficiência para apoio cerrado foi no cerco de Khe Sanh. As bases de Forças Especiais tinham formas geométricas bem definidas para aparecer bem no radares do B-52.
Para apoiar as operações do B-52 usavam
o radar MSQ-77 Combat Skypot
ou Combat Proof
que era um beacom
No inicio os B-52 eram usados para atacar alvos táticos no Vietnã, enquanto
os alvos estratégicos no Vietnã do Norte eram atacados pelos F-105 que eram
aeronaves táticas. Os bombardeiros no sul serviam mais como arma psicológica.
O efeito acontecia mesmo sem acertar. Os B-52 voavam tão alto que o inimigo
só tomava conhecimento quando bomba explodia próximo. Os prisioneiros citam
o que mais temiam em seqüência: B-52, aviação tática, artilharia e blindados,
nesta ordem.
Seis B-52 atacavam uma área de dois
km2 com 180 toneladas de bombas ou o mesmo que 100 caças. Com a modernização
big belly permitiu levar 84 bombas Mk82. Sempre
atuavam em célula de três aeronaves para dar poder de fogo e auto-proteção com ECM. Na zona desmilitarizada atacavam
sempre da mesma direção, altitude, intervalo previsto,
testavam os ECM antes, e eram apoiados pelos Tiny Tim EB-66C/E de ECM
Na invasão do sul em 1972 os B-52 ajudaram a salvar várias cidades sitiadas
como An Loc nas operações
Arc Light. Foi a
primeira vez que foi usado contra uma força invasora e a operação foi considerada
bem efetiva.
Imagem de antes
e após um ataque dos B-52 na Zona Desmilitarizada na fronteira entre os Vietnãs.
Após o ataque nada fica inteiro principalmente após ataques repetidos.
Apoio Cerrado dos Gunship
A USAF só aceitou os AC-47 Gunship como
arma válida até demonstrarem claramente a capacidade de defender posições
no Vietnã. Antes de ser considerado um conceito válido geralmente tem poucos
defensores na fase conceitual e operação preliminar. O AC-47 foi desenvolvido
mais para apoiar operações de AI e não para apoio cerrado de vilas. A idéia
era de 1942 e foi proposto como "transverse
fire of rocket and guns" no Vietnã em
Nos testes em combate a efetividade a noite mostrou que valia a pena e virou sua única função. Logo chegaram mais AC-47. Antes as tropsa só podiam usar flares que não detinham os ataques do Vietcong. Agora os Vietcongs sabiam que eram lançados pelos AC-47 e logo quebravam contato o que era suficiente. Em julho de 1965 foi aprovado a criação de um esquadrão de gunship. A tarefa para colocar os gunship em ação levou quatro anos e dependeu de muita sorte. A escolha das operações noturnas estava relacionada com a capacidade de sobrevivência da plataforma.
Logo foram iniciados estudos para usar os gunship em operações de Interdição noturna com novos sensores e assim iniciou-se o projeto Red Sea instalando um FLIR no AC-47 (na época chamado de FC-47). O sensor não funcionava em defesa de vilas por falta de definição, mas como 80% dos suprimentos passados a noite testaram em AI. Em dezembro de 1964 foi usados na Steal Tiger no sul do Laos em AI. Logo os gunship estavam sendo usados em outras missões como SAR, FAC e reconhecimento.
Com a limitação da plataforma C-47 como
gunship passaram a estudar o uso de uma plataforma maior como o C-130 e
C-
Um estudo de 1967 mostrou que as aeronaves a hélice eram nove vezes mais efetivos por saída que os jatos para atacar caminhões na trilha, mas as perdas eram quatro vezes maior. Também foi percebido que quanto mais lento mais era usado para apoiar operações em terra, melhor era a avaliação de danos de batalha, e a possibilidade de subordinação as tropas. Enquanto mais rápido implica operações mais autônomas. Com os F-4 sendo usados para supressão de artilharia antiaérea para os AC-130 havia até subordinação dos jatos. A modernização "Surprise Package" do AC-130 melhorou o problema.
A avaliação de danos de batalha dos
gunship era difícil de validar, mas
Em algumas cidades sitiadas no Vietnã do Sul as aeronaves estavam em maior quantidade do que seria possível usada ao mesmo tempo. Os FAC e caças era mais numeroso que espaço que virou limitação. A noite não era problema com os gunship operando de forma autônoma.
Os gunships mostraram ser baratos por hora de operação, pela autonomia e pela capacidade noturna. O tempo resposta era menor de 24 minutos contra 40 minutos dos jatos. O AC-130 podia atuar como FAC que direcionava os disparos dos caças ao invés de ficar de fora dos ataques. O problema do OV-10 e dos gunship era ser uma resposta a um problema temporário e não caber na Doutrina.
Armas das Aeronaves de Apoio Cerrado
As tropas gostavam do apoio cerrado pois a artilharia e os morteiros eram inadequados na selva fechada. Os projéteis de artilharia não penetravam muito e explodiam no alto na copa das árvores. As espoletas de atraso ajudavam, mas as arvores ainda amaciavam as explosões. Já os caças com bombas de 227kg e 340kg eram bons contra tropas na selva e bunkers. Ainda assim havia armas inadequadas como as bombas em cacho (CBU) que também não podiam ser efetivos. Podia ser usada como nos desvios de outras missões para realizar apoio cerrado. As próximas aeronaves a chegarem no local geralmente tinham armas adequadas. Os caças em alerta estavam equipados com um misto de armas com Napalm, bombas de uso gral, bombas em cacho e foguetes. Nenhum tinha a mesma combinação de armas. Cada alvo precisava de um tipo de arma. Contra bunker a melhor arma eram as bombas de uso geral e contra tropas espalhadas eram as CBU e napalm.
A arma ideal para apoio cerrado não
pode ser potente e tem que ser precisa a baixa altitude. O tamanho ideal
fica entre 120kg e 250kg. As armas usadas nas missões de apoio cerrado geralmente
eram as bombas Snakeye e a Napalm. Podiam ser disparadas a baixa altitude devido a pouca
artilharia antiaérea no Vietnã do Sul. O disparo a baixa altitude também
ajudava na precisão o que era muito necessário com tropas amigas próximas.
Se atacavam acima de 4 mil pés a avaliação de
danos de batalha era "acertou o Laos". A Snakeye
permitia chegar bem perto sem risco de ser atingido pelos fragmentos da
explosão. Não foi usado muito no norte devido a
ameaça da artilharia antiaérea.
Mesmo assim as bombas burras costumam explodir no topo das árvores ou
após se enterrar no solo. Com espoleta de atraso era usada para concentrar
o poder destrutivo quando está próximo de tropas amigas. As Mk82
com extensores "daisy
cutter" faziam as bombas explodirem acima do
solo com melhor dispersão dos estilhaços.
Bombas de Napalm
e fósfoto branco explodindo no Delta do Mekong em 1965 vistas pela camera
de ataque voltara para trás de um A-1E Skyraider.
Os foguetes eram fáceis de atingir o alvo
com um CEP de
Em uma ocasião, quando os Vietcong estavam atacando um campo de Forças Especiais, um F-4 do USMC um lançou todas as armas e ainda tinha armas. Atacou alijando os lançadores de foguete, os cabides TER e MER e tanques, sobre inimigo e fez passadas rápidas para assustar.
No dia 7 de abril de 1968, chamado de
"napalm sunday", testaram um C-130 para lançar
tambores de Napalm em prováveis posições do Vietcong em uma função similar
aos bombardeiros B-
As bombas guiadas a laser Paveway e
os mísseis Bullpup melhoraram a precisão nas
missões de apoio cerrado. As Paveway foram usados
no fim do conflito, após outubro de 1968, incluindo contra blindados atacando
tropas.
2009 ©Sistemas de Armas
Opinião
Assine o Livro de Visitas
Leia o Livro de Visitas
Fórum - Dê a sua opinião
sobre os assuntos mostrados no Sistemas de Armas
Assine a lista para receber informações
sobre atualizações e participar das discussões enviando um email
em branco para sistemasarmas-subscribe@yahoogrupos.com.br