Topsight


Ao invés de fazer um HMD em torno de um capacete já existente, a Sextante (agora Thales Avionics) fez um novo capacete com HMD, máscara e proteção QBR integrado chamado Topsight. Um objetivo era não obstruir o campo de visão do piloto. Primeiro a Sextant se concentrou na aquisição ar-ar.

O HMD Topsight usa um monoculo com campo de visão de 20 graus no olho direito, rastreador magnético, pesa 1,45kg e pode ser integrado em qualquer caça. A simbologia mostra localização do alvo, com dados de direção, altitude, velocidade e armas e angulo aquisição do radar, domínio de tiro, cargas de armas, envelope de mísseis e energia da aeronave.

O Topsight está em teste desde 1995 no Mirage 2000. Os testes cobrem simbologia, aquisição e designação de alvos, conforto e estresse piloto. Foi testado até cargas de 9 ''g''. Permite ejeção até 625knot.


Topsight.


Em 1997, havia cinco protótipos do Topsight para testes no Mirage 2000. O HMD mostrou o dobro do alcance de detecção visual e precisão no engajamento de alvos. Os planos franceses de melhorar a consciência da situação no combate a curta distância se baseia no uso de um HMD. No combate a longa distância será com o uso de grandes mostradores multifuncional, mostrador de situação horizontal ou imagem tridimensional.

A versão noturna é o Topnigth que é um HMD binocular de terceira geração configurado para missões ar-solo noturno no Rafale. Usa câmera CCD duplo com campo de visão de 40x30 graus para mostrar imagens do FLIR e intensificadores de imagem. É usado para apontar sensores FLIR além de sensores de mísseis. Pesa 1,8kg integrado com máscara. Pode ser usado de dia se desejado. Futuramente o Topnigth e Topsight terão capacidade de comando de voz com até 150 comandos e som estéreo indicando a direção dos dados pelo som.

O Topshigth está com problemas de orçamento e desenvolvimento. A França poderá considerar outras opções como JHMCS e Topsight E. O vencedor deve mostrar referencias de dados de vôo e apontar alvos off-boresight. O Topsight E é o favorito pois pode entrar serviço no Mirage 2000F antes do Rafale F3 em 2008. Também pode ser instalado no capacete CGF-Gallet comprado pela AdL em 2002.

O Topsight E consiste de capacete básico, display diurno modular que pode ser substituído por um módulo de visão noturna ou visor convencional. O Topsight-E será usado nos MiG-29K da Marinha Indiana.


O Topsight E tem três funções. A primeira é mostrar informações criticas como designação de alvos, mostrando a linha de visada para o sistemas de navegação e ataque. Junto com mísseis modernos como o MICA, é usado para fazer aquisição visual de alvos, mostrando simbologia apropriada para o piloto acompanhar o alvo. As informações para auxiliar a consciência da situação consiste de informações táticas, de navegação e segurança.

Outra função é proteção fisiológica do piloto como impacto, acústica, laser, fogo e fornecimento de oxigênio. A terceira função é como fonte de comunicação.

Topsight E


Simbologia do Topsight E.


Pilotos indianos do MiG-29K com o Topsight.


GEC Marconi

A GEC-Marconi Avionics, atual BAe System, projetou vários HMD, com tecnologia de rastreamento ótico. O sistema usa várias câmeras infravermelhas na cabina e emissores no capacete para calcular a posição. Uma vantagem é não precisar mapear a cabina como os sistemas magnéticos. Os sistema iniciais eram cegados pelo sol, mas os atuais usam um filtro.

O Viper I é um HMD monocular com campo de visão de 20 graus capaz de mostrar simbologia e imagens de sensores. O Viper II é mono ou binocular com campo de visão de 20 ou 40 graus. Usam rastreio magnético ou ótico. Os módulos do Viper cabem nos capacetes americanos e britânicos e tem baixo peso (1,72kg para o Viper I e 1,54kg para o Viper II sem máscara de oxigênio). Também podem gravar imagens para onde o capacete aponta. 



Viper I/II.


O Viper foi usado no programa Falcon Eye americano junto com um HMD monocular da Honeywell. O programa Falcon Eye consistema de um conjunto de aviônicos constituído de um FLIR, LLTV (foto da direita) e um HMS/D para auxiliar o piloto a enxergar a noite como meio alternativo ao NVG. O FLIR/LLTV era instalado na frente do canopí e apontados pelo HMS/D com as imagens mostradas no HMS/D. O programa foi iniciado em 1982 e o conceito, concebido15 anos antes, entrou em serviço no AH-64 Apache. Voou por dois anos e meio no F-16 a partir de 1987. O HMS/D também mostrava simbologia como um HUD em miniatura. Os testes incluíam bombardeiro de alvos com modos CCIP.

O Viper I e II usam óticos da Delf Sensor System, que desenvolveu o Viper III, com módulo visão noturna binocular e campo de visão de 40x30 projetados diretamente na viseira.


O módulo Delft Sensor SystemsViper III (agora Night Viper) se encaixa no capacete HGU-55/P e usa intensificadores de imagem integrados para projetar imagem diretamente no visor com campo de visão de 40 graus. O sistema pode ser modernizado com gerador de símbolos.


O Viper Vista (Viper IV) tem campo de visão de 60 graus. O peso foi considerado alto. 

O modelo mais atual é o HMD binocular Viper IV ou Guardian com campo de visão de 40 graus. Pesa 1,95kg na versão diurna e 2,3kg na versão noturna com rastreio ótico.

O Viper I foi testado no F16MLU e X-31.
O Viper II foi testado pela DASA no Tornado com FLIR Zeiss para o programa de modernização previsto para 2001. O Viper III foi testado no F-16 holandês e o HMOS no Harrier AV-8B. O Viper IV foi usado pelo F-16 VISTA para pesquisa de HUD virtual em 2000. Tinha capacidade para lançar bombas nos modos CCIP e CCRP.
  
Com a experiência nos programas Viper a BAe acabou recebendo um contrato de US$46,6 milhões para o Eurofighter Integrated Display Helmet, atual Striker, com campo de visão binocular e capacidade diurna e noturna. O Striker pode ser usado em helicópteros.

HMSS

Junto com a Honeywell a GEC-Marconi desenvolveu o Helmet Mounted Sighting System (HMSS) junto com o DERA. O HMSS combina um LED simples do HMS Alpha Sight da Honeywell  e sistema de acompanhamento Advanced Metal-Tolerant Tracking (AMTT) montado no capacete Mk 10B. O campo de visão é de 3,5 graus.

A RAF iniciou os estudos para instalar um HMS no Jaguar em 1996 para apontar o casulo designador de alvos a laser TIALD sem que o piloto tenha que olhar no cockpit ou apontar a aeronave. Como resultado destes estudos e após competir coma Elbit, Pilkington e GEC, a GEC-Marconi e Honeywell foram contratadas. Dois protótipos foram entregues em 1997 e instalado no Jaguar 97/GR.3A. Outros 12 comprados em 1998. Foi testado com o Sidewinder em 2000. Voou com ASRAAM, mas não disparou.

O HMSS está em uso em dois esquadrões de Jaguar GR.1B da RAF para apontar o casulo designador laser TIALD. A RAF recebeu 28 unidades. Teoricamente o HMSS pode ser usado para apontar o ASRAAM que não irá mais ser instalado no Jaguar. A RAF pretende equipar os seus Tornados e Harrier com o HMSS.


O HMSS agora se chama HMSS Striker. O HMSS desenvolvido junto com o DERA por quatro anos. O HMSS usa setas para auxiliar e simbologia (no alcance, olha para cima e outros parâmetros). O sistema é simples, leve, barato. Está em uso nos Jaguares da RAF e Omã.

Eurofighter - Striker

O Head Equipment Assembly (HEA) do Eurofighter deve entrar em operação em 2005. O HEA consiste do Integrated Display Helmet baseado no Striker da BAe System. O Striker é um sistema integrado binocular, qualquer tempo, qualquer altitude, uso diurno e noturno e permite visão através do piso da cabina.

O HEA inclui o HMD, Night Vision Equipment (NVE) embutido, microfone, fones de ouvido, sistema de controle de temperatura, viseira semi-refletiva anti-laser, máscara de oxigênio e capacete reforçado. Pesa menos de 2kg e tem capacidade QBR.

Striker

As câmeras NVE do Striker instaladas no lado do capacete funcionam com baixa luminosidade com as imagens sendo projetadsa no visor. Estas cameras são ejetadas por pequenas cargas explosivas durante a ejeção para diminuir o peso do capacete.

O HMD projeta informações em um visor semi-refletivo com duas câmeras CCD de alta resolução de terceira geração no lado do capacete com capacidade de visão esteroscópica . O campo de visão é de 40 graus e mostra dados de vôo e alvo com a mesma simbologia do HUD. O Striker tem três sensor de rastreio ótico para acompanhar o movimento da cabeça.

Os dados mostrados podem ser escolhidos pelo piloto com comandos de voz. Junto com o datalink MIDS pode passar dados por voz como "Assign-2-X-ray-Bravo-Engage-Go".

É usado para apontar mísseis como o ASRAAM, IRIS-T, AIM-9X e sensores como o IRST Pirate. O HMD pode projetar as imagens captadas pelo Pirate quando usado como FLIR para vôo noturno. O sistema foi certificado em 2000. A Espanha e Alemanha participaram dos testes. Os testes de simbologia de comparar voar e lutar e culminou com ênfase em lutar.

O Striker é derivado do Crusader e Viper escolhido em 1997 para ser o HMD do Eurofighter. Na época era desenvolvido pela GEC-Marconi, Avimo, Delft, Gentex, Litton e Alenia sob um contrato de US$48 milhões para construir 30 protótipos.


Teste de ejeção do Striker.

Em 2003 a Denel sul africana recebeu um contrato de US$10,5 milhões para produzir componentes do HMD do Eurofighter como partes dos off-setts do programa Gripen. A Denel é responsável pela tecnologia de posicionamento do capacete. As primeiras versões foram testadas no Hawk e Gripen.

Guardian e Cobra

O Guardian está em desenvolvido pela Thales Optronics desde 1998 com apoio Cumulus (divisão da Denel) e Kentron da África do Sul. O Guardian voou no Gripen em fevereiro de  2001. Está em uso na África do Sul nos caças Cheetah e helicópteros Oryx.

O Guardian mostra referência de dados de vôo e pontaria de armas no visor com o uso de um CRT com campo de visão de 20 graus e rastreio ótico da Kentron.

O Guardian foi testado no Jaguar, Hawk 200 e Lynx com gerador de simbologia do DERA (atual QneticQ). O modelo binocular tem campo de visão de 42 graus e pesa 2,4kg.


Guardian.


O Guardian voou no Gripen em fevereiro de 2001.

Cobra Striker
O Gripen da África do Sul será equipado com o Striker Integrated Helmet-Mounted Display (IHMD) da BAE Systems, Saab Aerospace e Cumulus escolhido em junho de 2003 e com peças fabricadas localmente como parte dos off-setts. A integração deve terminar em 2007 com os testes iniciando em 2005. O nome comercial é o Cobra. Uma fonte de 2004 cita que estes Striker será usado pelo Eurofighter dos países europeus e pelo F35 britânico.

ODEN

O HMS ODEN da FFV Aerotech montado no capacete 116 foi escolhido inicialmente para ser o HMS do JAS-39 Gripen sueco. Os testes mostraram vantagem de adquirir alvo em poucos segundos, ou vários em pouco tempo.

O ODEN tem simbologia em forma de cruz e quatro setas de pontaria e arma escolhida. Usa campo magnético para posicionamento. Pesa 1,35kg e o campo de visão é de 6 graus com precisão de 1 grau. Seria usado para apontar o radar, mísseis, o IRST OTIS, FLIR e câmeras.

O ODEN foi testado no AS-37 Viggen com IRST para apoiar programa o JAS-39 Gripen. Estava planejado a integração no lote 3 em 2002. O programa tornou-se uma competição e HMD Guardian ganhou a concorrência.


O ODEN é instalano no capacete 116 da Força Aérea Sueca.


A simbologia do ODEN é bem simples. Usa simbologia em forma de cruz e quatro setas de pontaria e arma escolhida.


Próxima Parte: HMS/D de helicópteros
Atualizado em 14 de Setembro de 2007

 
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