HMD/S de Helicópteros

O primeiro HMS de helicóptero americano foi o Helmet Sight System (HSS) do AH-1 Cobra da década de 70.
O HSS tem um retículo atachado no capacete para apontar o canhão de 20mm e outras armas. A manete do cíclico tem um botão que quando apontado faz o canhão apontar na direção que o piloto está olhando. Apenas o piloto pode disparar o canhão. A pontaria é considerada precisa. O canhão também pode ser apontado diretamente para frente com pontaria com o HUD.

O AH-1Q Cobra equipado com o míssil TOW foi o primeiro a receber o XM-138 HSS para apontar o TOW e o canhão. O AH-1S entrou em serviço em 1977 com M-128. AH-1S Step 3 recebido em 1979 recebeu o M-136 HSS). O AH-1F também está equipado com o M-128 para apontar o canhão.


Desde a década de 70 que o US Army usa HMD/S para auxiliar o piloto a voar helicópteros, manter formação e disparar armas. O primeiro foi o intensificador de imagem de segunda geração AN/PVS-5 iniciada em 1973. O AN/PVS-5A é uma versão do NVG de infantaria SU-50. Em 1989 apareceu o AN/PVS-5 substituído pelo AN/AVS-6 Aviator’s Night Vision Imaging System (ANVIS) de com intensificador de imagem de terceira geração.


O ANVIS foi o primeiro NVG especifico para helicópteros. O ANVIS é instalado nos capacetes SPH-4B e HGU-56/P. Os modelos atuais receberam simbologia de HUD com o AN/AVS-7. Existem controversas se o ANVIS pode ser considerado um HMD verdadeiro. Mais de 25 mil ANVIS foram produzidos.

A Honeywell/Rockwell Collins testou outros HMD de helicóptero. Entre 80 até 1993 ela projetou o Wide-Eye e Wide-Eye colorido. De 1993 a 1994 ela trabalhou com o Wide-Eye II. Em 1995 iniciou com o NVPS do RAH-66 Comanche.


A Rockwell Collins testou o Rotorcraft Pilot’s Associate (RPA) e o Head Tracking System (HTS) no AH-64D em fevereiro de 2000 para testar um FLIR de segunda geração para o helicóptero. O projeto foi iniciado em 1996.



A Rockwell Collins também está oferecendo no mercado o Lite Eye que é um HMD leve de baixo custo. Foi testado no F-14 em 1999 para apontar o LANTIRN e pode ser usado em helicópteros. O Lite Eye é um HMD de baixo custo, monocular, para helicópteros e aeronaves de apoio. Pode receber o NVG padrão ANVIS. Tem capacidade de HUD básico como simbologia de armas, vôo e desempenho motor. O campo de visão é de 20x15 graus. O projeto foi iniciado em 1999.


O U.S. Army está realizando o programa Night Vision and Electronic Sensor Directorate (NVESD) e o Advanced Helicopter Pilotage (AHP). O AHP é um HMD binocular, com campo de visão de 40 graus em cada tubo e total de 30x50 graus.

Os EUA e Reino Unido estão realizando o programa Covert Night/Day Operations for Rotorcraft (CONDOR) para demonstrar conceitos de visiônicos avançados e campo de visão variável usando telas ALSCD de alta resolução.



O AH-64 Apache recebeu o M-142 Integrated Helmet and Display Sighting System (IHADSS) da Honeywell em 1985 com o projeto realizado entre entre 1976 a 1979. Está em uso no Apache, Apache Longbow e Agusta A-129. O IHADSS usa imagem do FLIR de primeira geração PNVS projetada em um CRT monocular monocromático ao invés de intensificador de imagem. O piloto aponta o PNVS com o capacete e vê a imagem para vôo noturno. O IHADSS também é usado para apontar o canhão e a mira TADS. O mostrador HDU (pronuncia hudu) mostra informações tipo HUD sobreposta no olho direito do piloto e artilheiro e tem proteção laser na viseira. A velocidade máxima de movimentação é de 120 graus/s em azimute e 93 graus/s em elevação. O IHADSS foi baseado no VTAS da US Navy. O IHADSS foi o primeiro HMD integrado, com capacete, rastreador de movimento e mostrador projetados como sistema único. O sucesso influenciou outros programas. O Capacete pesa 1.8kg e mais de 1.300 foram produzidos.


O RAH-66 Comanche irá usar o Helmet Integrated Display Sighting System (HIDSS) da Kaiser/Honeywell. O HIDSS é um HMD de terceira geração digital. A imagem é gerada por uma tela plana (AMLCD) de alta resolução com 1280x1024 pixel da Kopin. O campo de visão é de 30x52 graus e pesa 2,6kg. O HIDSS pode receber intensificadores de imagem como backup do FLIR de segunda geração no nariz do helicóptero. O HIDSS está em fase de pré-produção. É derivado do projeto inicial NVPS iniciado em 1991 e terminado em 1995. O modelo atual teve o projeto atual iniciado em 1998.


Óticos do HIDSS.


A Elbit produz dois HMD para helicópteros: o HeliDASH e o MiDASH. O HeliDAS (Helicopter Day/Night Display and Sight Helmet) é um HMD moocular equipado com NVG de alta resolução, simbologia e auxilio de pontaria. O rastreador é eletromagnético. Usa tecnologia do HMD DASH e ANVIS-HUD em uma única unidade. O campo de visão é de 20 graus na unidade diurna.


Módulos do HeliDASH.


O MiDASH (Modular Integrated Display and Sight Helmet) é um HMD binocular com campo de visão noturna de 50x40 graus. A versão diurna tem campo de visão de 30 graus. Usa intensificadores de imagem Super Gen 98. Pesa 2,2kg na versão noturna. A cobertura angular é de +/- 120 graus em azimute e +/- 35 em elevação.

 

O TopOwl da Thales Avionics é um HMD binocular com campo de visão de 40 graus. Tem uma versão diurna que pesa 1.8kg e uma noturna com NVG embutido pesando 2,2kg. A versão noturna pode mostrar também imagens do FLIR. O Topowl foi comprado por nove países como Austrália, Finlândia, França, Alemanha, Espanha, Grécia, Itália, Noruega, Portugal, África do Sul e Suécia. Mais de mil foram produzidos para o Tiger, NH-90 e Rooivalk. Foi escolhido em 2002 para equipar 180 helicópteros  AH-1Z SuperCobra e 100 UH-1Y Huey do USMC. Os primeiros 16 de pré-produção foram entregues em 2002 e testados em 2003. Serão entregues 560 a partir de 2004.


O Tiger alemães irão usar o Helmet-Mounted Sight/Displays (HMS/D) binocular Knighthelm baseado no Topowl da Thales. O Knighthelm será produzido pela VDOL-L alemã e BAe System. 160 foram adquiridos em 1999 para os 80 Tiger UHT. Os testes iniciaram no 5o protótipo de Tiger (PT5).
Os HMD/S de helicópteros tem algumas diferenças em relação aos de caça por não precisarem ejetar, não realizam manobras agressivas de alto "g" e nem usam máscara de oxigênio.


O Sura helmet-mounted target designation system (HMTDS) é produzido pela Arsenal para equipar versões modernizadas do Mi-24 Hind auxiliando a pontaria de armas. Pode ser usado sozinho ou junto com outros sensores. O Sura é montado no capacete francês Elno. Os testes mostraram que reduz o tempo de reação em 3-4 vezes para disparar o canhão e mísseis anti-carro além de facilitar o disparo de mísseis SA-18 e R-73. O Sura tem versões para equipar o Su-17, Su-22 e Su25 e podem computar dados para bombas burras a 10 mil metros com CEP de 2 metros de acordo com o fabricante.


O Sura pesa 360 grama apenas para a mira com os cabos. Os outros elementos incluem rastreador ótico de 800g montado no HUD e caixa preta de 6kg. O Sura pode estar operacional em 1 minuto e pode ser usado continuamente por 3 horas.

Atualizado em 14 de Setembro de 2007


 
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