CASULOS MULTIFUNCIONAIS EUROPEUS DE SEGUNDA GERAÇÃO

Sistemas Russos

Os russos usam o sistema interno Klyon-PS (mapa) nas suas aeronaves táticas Su-22 Fitter, Su-25 Frog e Mikoyan MiG-27. O piloto aponta a aeronave e o laser é mantido apontado para o alvo pelo sistema de navegação. Os limites são 12 graus para os lados, seis graus para o alto e 30 graus para baixo. O alcance é de 8km. O sistema só tem capacidade diurna. A aeronave fica com pouco limite para manobrar e muito exposto ao fogo em terra. O sistema parece ser adequado para mísseis guiados a laser, ou como telêmetro, mas ruim para bombas guiadas a laser a não ser para "buddy" laser.

Os russo consideram o Klyon-PS efetivo devido a simplicidade operacional. É considerado fácil de usar e usado por atacantes diurnos. Aeronaves com sistemas apontados por joystick te tendem a manobrar durante a operação. O F-117 até que é fácil ficar em vôo nivelado com o piloto automático pois é praticamente invisível a noite.

Já o sistema de TV de baixa luminosidade Kayra é usado no Su-24M e Su-27K. No Su-24 fica em uma torreta fixa na fuselagem. O sistema é da década de 70 sendo usado para guiar bombas e mísseis guiadas a laser como as KAB e Kh-59.

O telêmetro/designador do Su-25T é o Krasnogorsk OMZ I-251 Shkval TV de alta resolução e laser telêmetro/designador. O Prichal também é usado para guiar o míssil  9M120 Vikhr. O campo de observação é bem maior que o do  Klyon cobrindo 70 graus para os lados, 15 graus para cima e 80 graus para baixo. O Shkval também é usado no helicóptero Ka-50. O SU-25T também pode usar o casulo Mercury com TV LLTV para navegação noturna. 


Klyon-PS
Nariz de um MiG-27 com as janelas do sistema Klyon-PS.

Kayra
O Su-24M usa a camera de visão de baixa luminosidade Kayra-24M para navegação noturna e pontaria. O Kayra é usado para disparar mísseis Kh-25ML, Kh-29L e Kh-29T sem precisar de um casulo dedicado.

Kayra
Imagem do sistema Kayra durante a iluminação de um alvo para bombas guiadas a laser.

Kayra
Outra imagem do sistema Kayra com o alvo sendo uma ponte.

Shkval

Imagem do Shkval engajando alvos em terra e um drone Tu-16 usado nos testes.

Mercuriy
O Su-25T pode usar o casulo de navegação noturna Mercuriy com TV de baixa luminosidade (LLLTV).

MiG-35
O IRST do MiG-29 e Su-27, localizados em uma bolha na frente da cabina como na foto, são usados para guiar armas ar-superfície e como telêmetro da mesma forma que o Klyon-PS.


SAPSAN

Fabrica de Óticos e Mecânicas Urals (UOMZ) da Rússia finalizou o projeto do casulo de designação de alvos e navegação CKB Geophizika 52Sh Sapsan (Falcão Peregrino) com tecnologia similar aos casulos ocidentais. A variante de exportação pode usar câmeras térmicas da SAGEM e FLIR Systems além das GOES russas. O casulo deve entrar em operação em 2004/2005.

O SAPSAN tem sensores de TV e cameras térmicas intercambiáveis com alcance de 14 e 20km, respectivamente, além de um telemetro/designador laser.
O Sapsan pode detectar um alvo aéreo a cerca de 50 km voando de frente ou 90km se estiver por trás. O campo de visão é de +10º a -150º em elevação, +/-10º em azimute e +/-150º em rolagem. O comprimento é de 3 metros por 36cm de diâmetro pesando 250kg. A temperatura de operação é de -60 a +50 graus centígrados.

O Sapsan-E para exportação usa apenas TV de baixa luminosidade (LLLTV - Low-Light-Level TV)
. Foi desenvolvido junto com a China que irá usar o casulo nos seus Su-30MKK. Inicialmente iria equipar os MiG-21-93 indianos, mas não foram adquiridos. O Su-27IB (Su-32) irá usar o Sapsan montado sobre a nacele do motor esquerdo junto com um FLIR de navegação da Geofisica na nacele do motor direito.

Sapsan

O SAPSAN foi projeto principalmente para equipar os MiG-29, Su-27 e Su-24. A configuração lembra o Sniper XR. A UOMZ tem autorização de vender casulos sem autorização da agência Rosoboronexport.

ATLIS

Aproveitando as lições da Guerra do Vietnã e Yom Kippur, no inicio da década de 70, a França ficou interessada em ter seu próprio sistema de disparo de armas stand-off para uso contra alvos bem defendidos. Os sistemas americanos foram projetados para aeronaves  biposto e os franceses queriam um para ser usado em monoposto. Assim, a Martin Marietta americana e a Thompson-CSF francesa se juntaram para criar um sistema para ser operado pelo Jaguar sem muita carga de trabalho do piloto. O sistema deveria ter um acompanhador de alvos automático e capacidade de ser apontado pelo HUD, radar, INS ou mira no capacete (HMS). Também deveria ter capacidade de deixar a aeronave manobrar a baixa altitude.

O casulo foi chamado de Automatic Tracking Laser Illumination System (ATLIS) e fazia par com outro componente que consistia no ARIEL que era um kit laser modular para ser instalado em bombas burras, foguetes e mísseis.

O desenvolvimento do ATLIS foi iniciado em 1976 entrando em serviço em 1980. Foi testado em 1979 no protótipo do F-16 com bombas GBU-10 e GBU-16 em 46 vôos.

A designação é feita por laser designador/telêmetro que opera banda 1.06 microns com o alvo acompanhado por TV. A câmera de TV opera na banda visível de 0.5-0.7 μm e na banda quase infravermelha de 0.7-0.9 μm com as imagens mostradas em uma tela de TV na cabina. A imagem é refletida em um espelho a frente da torreta em óticos fixos com foco na câmera de TV. O acompanhador automático de alvos tem modos de acompanhamento de ponto ou correlação de área. O ponto é usado para alvos fixos pequenos ou alvos moveis. A correlação de área é usado para alvos de baixo contraste. O zoom é de 2,5x, 5x e 20x. A saída de imagem tem dois campo de visão na cabina para acompanhamento automático e seis para aquisição e identificação de alvos. Com o apoio de um INS o casulo mantêm a pontaria até se a imagem for interrompida temporariamente. O ATLIS tem opção de receber um acompanhador laser (Laser Spot Tracker).

Durante o uso o piloto geralmente usa o HUD para apontar o casulo e trancar no alvo. Depois usa a imagem projetada na cabina para refinar a pontaria. Com as armas no alcance o piloto pode disparar e fugir. Depois ainda pode ajustar a pontaria novamente. O monitor fornece aviso de atitude e risco de colisão para vôo com o piloto olhando para a cabina a baixa a baixa altitude. Com mau tempo o ATLIS pode usar o sistema de navegação para ser apontado para próximo do alvo. A banda quase infravermelha permite atacar a noite. O laser é codificado para que até quatro ATLIS operem próximos sem interferir no outro.

O ATLIS pesa 180kg e tem 2,54m de comprimento e 30,5 cm de diâmetro. O casulo compreende a torreta com óticos, câmera, laser e sistema estabilização acoplado em um corpo com eletrônicos, sistema de energia e controle ambiental.

O ATLIS II entrou em serviço na Força Aérea Francesa em 1984 (21 casulos) equipando o Jaguar e Mirage 2000D, seguido do Paquistão em 1987 (12 para os F-16) e Tailândia em 1993 (4 para o F-16). A marinha francesa equipa seus Super Etandard com o ATLIS II. Os ATLIS franceses estão sendo substituídos pelo casulos PDLCT e Damocles. O ATLIS pode ser usado para guiar bombas francesas do tipo BGL, americanas da classe Paveway, mísseis AS30L e até bombas russas.

O ATLIS foi usado para guiar dois mísseis AS.30L e 268 bombas guiadas a laser durante a guerra do Golfo com sucesso de 95%. No dia 22 de janeiro de 1991, caças Jaguar franceses atacaram três navios iraquianos em uma base no Kuwait com mísseis AS30Laser.

O ATLIS foi usado durante os conflitos na Bósnia e Iugoslávia na década de 90 para designação de alvos e reconhecimento. No dia 11 de maio de 1999, caças Super Etandard baseados no Foch usaram o ATLIS para disparar dois mísseis AS30L contra hangaretes na base iugoslava de Ponkve durante o conflito do Kosovo. No conflito de Kosovo em 1999, 12 Jaguar equipados com o ATLIS II foram usados para a função primária de designação de alvos para armas guiadas a laser.

ATLIS
Close de um ATLIS em um Mirage 2000D.

ATLIS
Um ATLIS em um Mirage 2000H indiano. A configuração é diferente da foto anterior.

ATLIS

Um ATLIS 2 no centerline de um Super Etandand.

ATLIS
Um Jaguar francês disparando um AS-30L. O ATLIS 2 pode ser visto no centerline.

ATLIS
Imagem do ATLIS 2 em um Jaguar francês atacando um abrigo reforçado de aviação iraquiano durante a Guerra do Golfo com bombas guiadas a laser.

ATLIS
Outra imagem de um ATLIS 2 designando um alvo bem na entrada de um HAS iraquiano.

ATLIS
Um ataque contra um HAS iraquiano agora com zoom estreito e zoom largo.

ATLIS
Um alvo sendo designado pelo ATLIS 2 a baixa altitude.

ATLIS
Os Tornados IDS italianos foram equipados com o CLDP, mas o casulo da foto parece ser o ATLIS.

PDLCT/CLDP

O ATLIS foi substituído pelo Convertible Laser Designation Pod (CLDP) também chamado de "Pod de Designation de Laser a Camera Thermique" (PDLCT). O CLDP tem versão com TV (CLDP/TV - TeleVision) que opera na banda 0.5-0.9 μm ou câmera térmica (CLDP/CT - Camera Thermal) com FLIR da banda de 8-12µm. O corpo é o mesmo com transceptor laser, equipamento e controle ambiental, e duas seções nariz que podem ser  troca das em duas horas, mas geralmente parte da frota esta preparada para atuar de dia e outra a noite.

O FLIR tem quatro opções de zoom. O zoom de 12 e 6 graus é usado para navegação, o de 4 ou 2 graus para aquisição e designação. O zoom dos dois sensores chega a até 20km. O alcance é de cerca de 10km para designar um alvo para o AS30L. O CLDP/CT-S (Synergie) é o mais atual com sensor Wescam Synergi TI com TV CCD de 288 × 4 pixel.

Os testes com o CLDP/TV foi iniciado em 1986 e com o CLDP/CT em janeiro 1988 em um Jaguar incluindo o disparo de um míssil AS30L contra um alvo a 8km enquanto voava a 213m. A aquisição do alvo foi a 13km.

O CLDP é usado no Mirage 2000D franceses e Tornados IDS da Itália. A Itália gastou US$23 milhões em 2001 para equipar 36 AMX com o CLDP. O casulo também foi oferecido para programas de modernização do Su-25M5 e MiG-29SMT.
 
O PDLCT/CLDP é usado na França desde 1990 no Jaguar (6 casulos) e foi usado no Golfo e no Mirage 2000D desde 1993 (20 casulos). Também equipa os Tornados Sauditas (10 casulos), Mirage 2000 dos Emirados Árabes (12 casulos), os Tornados da Itália (12 casulos em 1992). A França opera o  CLDP/CT-S (Synergie) desde 1999 com novo FLIR. O PDLCT/CLDP está sendo substituído na França pelo Damocles de Terceira Geração. O CLDP pesa 290kg e tem 2,85m de comprimento. 

Em Kosovo, os Mirage 2000D franceses usaram o CLDP para designar alvos para 84 bombas guiadas a laser e seis mísseis AS-30L em 385 saídas além de bombas burrras a média altitude. Os Mirage 2000D voavam 15% das missões a noite em tempo de vez e passaram a voar 85% a noite nas operações em Kosovo. 

CLDP

Um CLDP de um AMX italiano em uma carreta de transporte. 

CLDP
Close do CLDP em um Mirage 2000D francês.

CLDP
Imagem da camera de de TV do CLDP no modo anti-navio.


TIALD


A primeira vez que a RAF usou bombas guiadas a laser em combate foi nas Malvinas em 1982 com os Harrier GR3 da RAF. O designador laser ficava em terra. Logo foi iniciado um estudo para o uso de um designador aerotransportado nos caças da RAF. O primeiro foi o Pave Spike que equipou os Buccanner.

O casulo de designação de alvos GEC Ferranti (agora BAE System) TIALD (Thermal Imaging Airborne Laser Designator) foi desenvolvido para o programa SR(A) 1015 da RAF para um casulo de designação de alvos para o Tornado IDS. Primeiro seria usado nos Tornado deslocados para a Alemanha equipados com ALARM e atuariam como  esclarecedores para outros esquadrões. Depois equiparia também os Jaguar e Harrier.

A GEC testou várias combinações de laser, TV e FLIR entre 1973 a 1980 e a experiência ganha no programa Day/Night Attack Pod (DNAP) e do sensor LRMTS do Harrier, Jaguar e Tornado. O DNAP era um demonstrador de tecnologia Nightbird Buccaneer e se tornou o TIALD. O desenvolvimento foi iniciado no fim da década de 80. Os testes foram entre janeiro de 1988 a dezembro de 1990.

O TIALD é considerado um designador de Segunda Geração. Está equipado com um FLIR operando na banda de 8-10 microns, designador/telêmetro laser da banda de 1,06 microns e acompanhador laser. Um rastreador automático de alvos é usado para auxiliar o uso em aeronaves monoposto.

O TIALD pode ser apontado para o alvo pelo sistema de navegação da aeronave. O piloto usa o campo de visão largo para examinar a área do alvo. Depois o piloto posiciona uma cruz sobre o ponto de pontaria escolhendo o Desired Mean Point of Impact (DMPI) com o campo de visão estreito e muda para o autotracker e tranca no alvo. A aeronave fica livre para manobrar dentro dos limites de movimento do casulo. O laser é ligado no momento apropriado de acordo com a arma disparada. As imagens são gravadas para avaliação de danos de batalhas.

O TIALD pode ser apontado pelo radar do Tornado ou com controle manual. O Jaguar pode usar a mira montada no capacete para apontar os sensores. Em missões de apoio aéreo aproximado o navegador insere as coordenadas do alvo e o casulo é apontado automaticamente para a área do alvo com a aeronave na linha de ataque correta. Com o alvo no campo de visão pode ser rapidamente adquirido a 10-15km.

O casulo recebeu uma câmera de TV operando na banda de 0,7-1,0 microns em modernizações posteriores para facilitar o uso de dia. O operador pode escolher o zoom de 2 vezes (campo de visão de 19,x6,7 graus) e 4 vezes (campo de visão de 3,6x2,4 graus) para o FLIR e a TV só tem zoom estreito e zoom eletrônico. O operador pode mudar rápido da TV e FLIR para escolher a melhor imagem para o ataque. Os sensores ficam na mesma abertura ótica o que resulta em um menor diâmetro para a estrutura e facilita a manutenção e o direcionamento dos sensores. Um perfil de obscurecimento evita que o laser atinja qualquer parte da fuselagem.

O uso primário do TIALD é para guiar armas as laser, mas pode ser usado como sensor integral da aeronave, usado para navegação e ataque com armas balísticas. Também é usado para reconhecimento e vigilância a média altitude, acompanhamento de pontos de interesse, avaliação de danos de batalha, navegação noturna e gravação de imagem.

O casulo tem 2,9m de comprimento e 305mm de diâmetro. O peso é de 210kg. A seção frontal é composta da TV, FLIR, telescópio e o transceptor do laser. A seção traseira é composta da unidade eletrônica, suprimento de força e controle ambiental. O casulo usa suprimento de força da aeronave e barramento 1553B.

TIALD
Close do TIALD em um Tornado.

TIALD
Imagens do TIALD durante o conflito em Kosovo. A imagem é melhor no solo pois o monitor do Tornado tem 200 linhas contra 625 linhas das telas em terra.

Apenas 23 casulos TIALD foram comprados pela RAF e não é competitivo internacionalmente devido ao custo ou tecnologia. Em 1995 eram menos de 10 TIALD operando com os Tornados GR.1 e era planejado operar 30 TIALD ainda em 1996. Foi instalado em 12 jatos Jaguar sendo que podia ser apontado por mira no capacete. O TIALD foi planejado para uso nos Eurofighter da RAF, mas receberam o Litening.

O TIALD foi atualizado constantemente com as séries 100, 200, 300, 400 e 500 progressivamente melhorados. A série 500 é a atualmente em uso junto com a série 400. A série 400 é usada pelo Tornado GR1/4, Jaguar GR1/3 e Harrier GR7. Foi o primeiro a apontar para a área do alvo com o sistema de navegação ou pela tripulação contra alvos de oportunidade.

A série 500 iniciou os testes no ano 2002 com produção em 2003. Todos os casulos anteriores foram passados para o novo padrão. A série 500 teve melhorias em três áreas. A câmera de varredura Thermal Imaging Common Module (TICM) II da banda 8-12 microns de FPA com 384x288 pixels foi substituída por uma da banda de 3-5 microns da Kentron aumentando em 30-40% a capacidade de detecção, reconhecimento e identificação de alvos. O campo de visão é metade da série 400 e com maior fidelidade.

A segunda melhoria foi a instalação do sistema inercial Northrop Grumman LN-200 Inertial Measurement Unit (IMU) podendo passar alvos para outros sistemas. Até a serie 400 era usado o sistema de navegação da aeronave com latência de dados e menos preciso. A aeronave podia perder o alvo se manobrasse mais agressivamente.

Com o IMU ficou mais fácil alinhar com a aeronave e outro sistemas como o radar, laser, FLIR e HUD. Sem o IMU o alinhamento era manual, colocando a aeronave em posição pré-estabelecida e alinha o HUD e casulo com uma referencia a distância. Isso era difícil em local remoto e impossível em porta-aviões. A memória digital facilita transferir de aeronave sem muitos problemas. O alinhamento foi a terceira melhoria.


Golfo

O TIALD ainda estava em desenvolvimento quando foi iniciada a Guerra do Golfo em 1991. O programa de desenvolvimento logo foi acelerado depois da invasão do Kuwait por Saddam Husseim. Inicialmente a RAF usou os Buccanner para designar alvos com o Pave Spike para o Tornado.

Um par de protótipos do TIALD ainda em teste foram retirados das bancadas de testes e deslocado para uso em combate. Cinco Tornados foram adaptado para usar os casulos e ficaram operacionais em 6 de fevereiro. Os casulos foram chamados de Sandra e Tracy. Foram cinco vôos de testes com sucesso e mais testes no Golfo. A primeira missão foi em 10 de fevereiro. Sete tripulações foram treinadas para usar o casulo e cinco Tornados GR1 foram adaptadas.

Na primeira incursão, quatro "bombardeiros" Tornados foram liderados por por um par de Tornados com o TIALD para atacar a base aérea de H3. Um casulo ano funcionou e o outro designou para todos.

Os TIALD voavam cerca de seis saídas por dia. Um total de 72 missões foram realizadas, mais 23 abortadas, com 229 acertos. O casulo apoio a frota de 42 Tornados GR.1 e seis GR.1A de vários esquadrões. A frota também foi apoiada por 12 Bucanner S.2B com o casulo Pave Spike.

Os pacotes eram compostos de dois Tornados com o TIALD e quatro "bombardeiros". A 32km do alvo os TIALD eram apontados pelo radar. O FLIR era ligado a 15km do alvo com o campo de visão estreito sendo usado para refinar a pontaria pelo navegador. O casulo pode ser rapidamente redirecionado para outro alvo para designar alvos para bombas lançadas por outro pacote. Até quatro alvos podem ser designados em uma única passada. Geralmente a designação é feita a 6 mil metros de altura e a 6,5km do alvo. O casulo foi considerado fácil de operar e os pilotos só tiveram uma missão de treino.

No fim da campanha, em 14 de fevereiro, em uma missão com oito Tornados e quatro Buccanner contra a base de Al Taqaddum, um Tornado foi atacado por dois mísseis SA-2 e foi atingido. O piloto conseguiu ejetar.

Os TIALD foram usados depois nas zonas de exclusão aérea no Iraque entre 1991 a 2003, na operação Desert Fox no Iraque em 1998, em Kosovo em 1999 e em 2003 na invasão do Iraque (série 400). Na operação Desert Fox os Tornados RAF voaram 32 saídas a média altitude contra alvos e de ponto com bombas Paveway II e Paveway III. Um total de 55 Paveway II e seis Paveway III foram disparas com apoio do TIALD em 11 alvos em 28 saídas completas em três noites. Os alvos eram defesas aéreas, centros de comando, a base de Talil e duas instalações da Guarda Republicana.
Em Kosovo os Jaguar GR3 equipados com o TIALD eram usados como esclarecedores para os Harrier GR.7 equipados com bombas guiadas a laser como feito antes na Bósnia em 1995.

TIALD
Close do "Sandra" usado no Golfo em 1991.

TIALD
TIALD

Imagem de um TIALD durante um ataque contra uma ponte no Iraque em 1991. A resolução do TIALD é adequada para missões de interdição, mas mostrou ser inadequada para missões de apoio aéreo aproximado em cidades e por isso a RAF está adquirindo casulos Litening e Sniper XR.

TIALD

O TIALD fica instalado no centreline do Jaguar.

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