Outras Opções

O Su-32 é apenas a materialização de um conceito de aeronave de reconhecimento e ataque marítimo baseada em terra. Outras opções de plataformas aéreas podem ser estudadas. Como exemplos, temos aeronaves novas, como outros membros da família Flanker, como o Su-30, o Su-35 e o Su-33 embarcado, e aeronaves usadas, como o Su-24M, Tornado IDS, F-111, F-15E e A-6 Intruder.

A FAB poderá colocar o Su-35 em serviço como aeronave de interceptação e ataque para o Projeto FX. A decisão será tomada em março. O Su-35 não tem as mesmas capacidades do Su-32 em termos de conforto e proteção, mas tem desempenho e capacidades de alcance e cargas quase similar. O uso do Su-35 para o PX, no caso a versão biposto Su-35UB fabricado pela KnAAPO e equivalente ao Su-30MK da IAPO, traria padronização da frota e não apenas de alguns itens em comuns entre o FX e o PX. Isso aconteceria caso o Flanker entrasse em operação nos dois programas.

O Su-35 balancearia a capacidade do Flanker para a arena ar-ar em prejuízo, não tão grande, para a arena ar-solo, ao contrário do Su-32.

A MB pretende manter uma aviação embarcada e o Flanker poderá ser um dos concorrentes. O Su-33 poderia ser um dos concorrentes para substituir os AF-1 e traria vantagens no caso do NAe, ou NAes, estiver sem condições de operar. A versão biposta Su-33UB do Flanker naval tem a mesma cabine lado a lado do Su-32. Até mesmo o Rafale será usado como plataforma embarcada para defesa aérea, ataque e vigilância. Na última missão, ele substituirá o Alizé.


O SU-33KUB é uma aeronave embarcada que combina a configuração do Su-33 com a cabine dupla do Su-32. É usada para ataque contra alvos de superfície, patrulha de combate aéreo (PAC) e treinamento avançado. Ela pode atuar como aeronave líder para outros Su-33 e servir de avião cisterna com o sistema de transferência de combustível em vôo UPAZ. Tem várias melhorias em relação aos Su-33 monopostos, como o aumento da área de canards e profundores e aumento da envergadura das asas. As aeronaves acima estão com as cores da MB e da FAB.

Uma opção de baixo custo é adquirir aeronaves de segunda mão para cumprir a missão do Su-32. Uma versão modernizada do Su-24 (versão MK) manteria a maior parte da capacidade ofensiva com perda significativa da capacidade ar-ar. Aeronaves de origem americana como o F-15E Strike Eagle, F-111 Ardvark e A-6E Intruder poderiam ter limitações políticas para serem adquiridas. O F-15E é muito caro e não tem aeronaves de segunda mão disponíveis.

Os Tornado IDS alemãs de segunda mão já estão disponíveis para venda e sem limitações políticas, mas com desempenho inferior às outras aeronaves em relação ao alcance.

Dados técnicos:

 

F-111F A-6 F-15E Tornado IDS Su-24M Su-35 Su-33 Su-32
Peso vazio t 22 11,6 12,7 14 22,2 18,5 - -
Peso máximo 44,9 27,5 31,0 27,2 39,7 34 30 45
Alcance máx km 5.093 4890 5740 4830 2850 3500 - 4000
Potência 2x11,3t 2x5t 2x10,8t 2x7,2 2 x 110kN 2x12,5 2x12,5 2x 175kN
Combustivel x 1000 litros 19,0 + 6x2,2 - 7,6 + 5x2,2 - 11,9 + 2 x 3,0 9.4t - 12t
+3 x3.0
armas t 13,6 6,8 11,1 8,1 8 6 8 8

 

Protótipo do Su-30UB (Su-27KUB).
 
    O Sucessor do Su-32

Considerando que a ativação de um esquadrão de Su-32 ou equivalente só se realize no futuro, após ser reconhecida a sua importância, é necessário pensar em um equivalente futuro ou até mesmo já ir planejando seu substituto, considerando as tecnologias que estão sendo desenvolvidas no campo aeronáutico.
 


Como poderia ser um "Su-32" no futuro: biposto, bimotor de longo alcance para controle do mar. O sucessor deve ter capacidade furtiva e supercruzeiro para melhorar a capacidade de sobrevivência. A nova aeronave também deverá ser capaz de controlar um UCAV-ala para reconhecimento, ataque e escolta/combate aéreo. A foto acima é uma concepção do FOAS para a RAF.

A Austrália é outro país que se interessa por aeronaves de reconhecimento e ataque marítimo de longo alcance baseados em terra da classe do Su-32. A RAAF usa o F-111 em conjunto com o P-3 para vigilância e o F-18 para superioridade aérea. O Su-32 foi proposto para substituir seus F-111 até 2020. A Austrália já testou o UAV RQ-4 Global Hawk para vigilancia marítima de longo alcance.

Outra opção futura seria uma aeronave escolhida para o programa FOAS da RAF. Existe a possibilidade do FOAS ser um míssil cruise, aeronave, UCAV ou misto destes sistemas. O EF-2000 e o F-35A são possíveis candidatos.

Os russos estão estudando o PAK-FA, que será um caça 5ª geração para substituir o Flanker. Será uma aeronave de caça com capacidade secundária de ataque.

Os governos de Reino Unido, França, Alemanha, Suécia, Espanha e Itália, através das empresas EADS, BAe, Dassault, Alenia e SAAB, juntaram-se para desenvolverem uma aeronave ofensiva que possa operar com ou sem piloto, e que irá substituir o Eurofighter, o Gripen e o Rafale, entrando em operação em 15 anos. O primeiro protótipo poderá estar pronto entre 2005 e 2010.

Próxima parte: Guerra Anti-superfície

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