CSARTF

Combat Search and Rescue Task Force (CSARTF) é a força tarefa de CSAR que apóia a operação de resgate. Ênfase em resposta imediata e incertezas sobre o ambiente exige pacotes CSARTF grandes para penetrar e sair da área de resgate. O CSARTF é usado apenas em cenários de baixa a média intensidade. Em cenário de alta intensidade são usados outros recursos. Durante a Guerra Fria, os sofisticados sistemas de defesa aérea do Pacto de Varsóvia impediria as operações tradicionais de CSAR na Europa. Os pilotos eram orientados a ir para locais pré-determinados e seriam pegos para unidades forças especiais em terra ou helicópteros.

Os meios de uma CSARTF varia de acordo com a situação. Geralmente é formada pelo Grupo de Comando, Grupo de Resgate e Grupo de escolta.

Os recursos de uma CSARTF incluem: Airborne Mission Commander (AMC), On-Scene Commander (OSC), veículos de resgate, escolta de resgate (RESCORT), patrulha de combate aérea de resgate (RESCAP) e o centro de comando (JSRC na USAF).

O Airborne Mission Commander comunica com o os centros de comandos (JFAAC/CAOC/JPRC na USAF) e envia forças de apoio como RESCAP, SEAD e ISR para o local. O AMC pode pedir mínimo de duas esquadrilhas de aeronaves RESCORT para suprimir ameaças próximo do evasor. O AMC determina quem será o OSC.

O OSC pede apoio e o AMC ajuda a conseguir apoio. O OSC controla as operações na área do objetivo. O OSC pode ser iniciado por um FAC (controlador aéreo avançado) no local se não tiver RESCORT disponível. O FAC pode ser planejado ou desviado de outra missão. O FAC localiza e autentica o evasor, faz avaliação da ameaça próximo da área do objetivo. O RESCAP também pode atuar como OSC se direcionados. Operam bem alto e entram em contato com o evasor se for possível.

Um pacote C2 completo inclui AWACS, Rivet Joint, JSTARS e Compass Call. O AWACS controla toda a operação, o RC-135 monitora a atividade eletrônica das ameaças potenciais, o JSTARS ajuda a acompanhar alvos em terra e o EC-130H interfere na atividade eletrônica. Todos ajudam a ter muita consciência situacional e atrapalha a do inimigo.

Se as forças anti-CSAR forem mobilizadas o RC-135 pode dar alerta ao detectar as emissões de rádio no local. Os pilotos de A-10 gostam do JSTARS apoiando para dar visão geral ao redor como detectar a chegada de veículos, armas e tropas se movimentando no solo.

O RESCORT pode ser um avião ou helicóptero. Os pilotos de RESCORT tem que ser treinado em operações de CSARTF. São tarefas do RESCORT suprimir ameaças na rota de ingresso e egresso até o objetivo, auxiliar na localização e identificação do elemento isolado, determinar o nível de atividade inimiga na área do objetivo e suprimir ameaças de superfície a CSARTF, atuar como OSC, se designado pelo AMC, e coordenar todas as atividades do CSARTF na área do objetivo.

A primeira aeronave a atuar como RESCORT e OSC costuma ser o ala do piloto derrubado. Em caso de um piloto derrubado o ala tem várias tarefas: observa a presença de um pára-quedas, anotar a posição aproximada da queda, mudar o IFF para emergência, transmitir sinal de mayday no canal guard, retransmitir comunicações, fazer cobertura defensiva se possível, assume OSC até chegar o CSARTF, atualiza dados do piloto, estado, forças hostis no local, fatores terreno e sites de resgate.

São tarefas do RESCAP manter patrulha na área do elemento isolado até outros elementos do CSARTF chegar, auxiliar na localização do elemento isolado, apoiar o RESCORT na tarefa de suprimir ameaças de superfície, proteger os meios do CSARTF contra ameaças aéreas, atuar como OSC até outros elementos do CSARTF chegarem.

O RESCORT varre a rota de ingresso e encontram meios escoltados se muda a rota ou realizam outra ação. Deve responder rápido as ameaças ao redor da LZ com fogo de precisão. Continua a escolta no egresso até um local seguro. O helicóptero de resgate pode aumentar o fogo de supressão com suas próprias armas.

Os pilotos de A-10 de resgate usam o código SANDY como os A-1 do Vietnã. Os pilotos são classificados SANDY 1 a 4 e vai melhorando como líder de elemento e líder de esquadrilha. O SANDY 1 e 2 vão atrás do evasor. O SANDY 1 tenta contato com evasor enquanto o SANDY 2 coordena meios de apoio, chama ataque aéreo e faz apoio ao líder.

O SANDY 1 lidera com o SANDY 2 na ala. Encontram o sobrevivência e podem fazer supressão das ameaças nas imediações. O SANDY 1 orquestra todos os meios. Posiciona os meios de SEAD, ECM e RESCAP. O SANDY 2 ajuda com comunicação e consciência da situação e pode aconselhar sobre o plano geral. O SANDY 3 e 4 encontram com helicópteros de resgate e escoltam até a área de resgate. Varrem a rota procurando ameaças, fazem reconhecimento e suprimem fogo em terra. Passam informações para o SANDY 1. Um missão pode durar de 2 a 6 horas, e até mais dependendo do cenário.

O SANDY 3 e 4 operam baixo a 2 mil pés, junto com helicóptero voando ultra baixo, com separação lateral. O SANDY 1 e 2 indica alvos. Sempre com separação de altitude para os grupos.

O reconhecimento de rota e/ou sanitizar ou varredura preventiva (escolta destacada) pode ser feito pela força RESCORT. A aeronave de RESCORT voa a frente da aeronave de recuperação para suprimir ameaças na rota de ingresso, ou helicópteros redirecionados para recuperação para evitar atividade inimiga. O RESCORT deve detectar e neutralizar ameaças ou direcionar mudanças de rota.

O SANDY tenta ficar o mais alto e rápido possível para evitar "queimar o alvo" que seria circular próximo do sobrevivente e denunciando a posição do evasor, mas pode ficar em posição para "queimar" um alvo falso. Usando sensores como o designador de alvos podem ficar a dezenas de quilômetros de distancia e monitorar o evasor e arredores.

Durante a Guerra do Vietnã, os pilotos tinham um par de rádio UHF com beacon para os A-1 detectar. Não era um rádio com criptografia e o inimigo podiam ouvir a freqüência e até fingir ser o piloto derrubado. Os padrões de busca expunham os A-1.

Os atuais rádios de sobrevivência CSEL tem capacidade de transmissão de dados digitais seguros. Com um aperto de botão, o evasor envia as coordenadas de GPS e mensagens pronta da situação como "ferido mas posso mover", ou "captura iminente". O rádio do A-10 pergunta eletronicamente o CSEL para verificar se evasor é mesmo o piloto e não um impostor.

Com as coordenadas do GPS do evasor o A-10 aponta o designador de alvos para o local. Voando acima de 10 mil pés em velocidade de espera o A-10 é bem silencioso e não é ouvido. O inimigo pode nem saber da presença.

No Vietnã só operavam de dia e agora preferem a noite. O uso de NVG e FLIR facilita e torna a noite aliado das forças CSAR. O kit de sobrevivência do evasor inclui um beacon strobo IR visível para o NVG.

Os HH-3 eram escoltados por três A-1 e uma outra aeronave ficava com o helicóptero reserva. O inimigo só atirava com o helicóptero chegando e era o premio maior. Quando estava pairando as AK-47 ativaram. Já os A-10 só desce se o sobrevivente precisar ou chama apoio aéreo para se defender. O A-10 primeiro tenta usar o canhão e depois explosivo. Os pilotos de caça como o F-16 não tem expectativa de serem atingidos. Já os pilotos de A-10 assumem que provavelmente serão atingidos e por isso são bem blindados.



Dois HH-60G com um A-10 de escolta ao fundo. O A-10 não voa lento o suficiente para fazer escolta aproximada dos helicópteros de resgate.
 

 

Tipos de RESCORT

Attached Escort. Este método permite contato radar ou visual continuo com a plataforma de recuperação.

Detached Escort. Este método inclui reconhecimento de rota a frente dos meios de recuperação, escolta de acompanhamento (trail escort), e escolta de proximidade. Escolta destacada precisa conhecer as rotas e faz coordenação de tempo ou chamados de posição

Trail escort (escolta destacada). Usa RESCORT no quadrante traseiro seguindo a rota do helicóptero de recuperação. Usa curvas a baixa altitude ou órbita a grande altitude. Voo baixo deve evitar detecção e engajamento mantendo a vantagem da surpresa contra ameaças no ar e em terra.

Escolta aproximada. É similar a trail, mas não voa a mesma rota da aeronave resgate. Pode maximizar as próprias técnicas e táticas de voo, ainda ficando próximo. Maximiza sua capacidade de sobrevivência e diminui a detecção própria e do grupo escoltado, com com bom tempo de reação.

Padrões de escolta aproximada. O primário é o Daisy Chain. O RESCORT faz S-wave com aeronaves lentas como A-10, ou racetrack usado por jatos mais rápidos. A figura de oito pode ser usados por aeronaves lentas, mas é mais efetiva com helicópteros. A figura de 8 é melhor para capacidade de ataque de 360 graus. É usada para apoio mútuo, mas tem que usar velocidade mais lenta pela aeronave asa fixa. O helicóptero pode ir a frente do RESCORT seguido cada passe de tiro. Se o RESCORT se ver na frente dos helicópteros, curvas cruzadas podem ser usadas para se posicionar atrás.

A Daisy Chain é a preferida pelo A-10, mas não é adequada para jatos rápidos.

A racetrack é ideal para jatos e precisa de mais coordenação. O jato segue paralelo ou perpendicular ao eixo avanço da aeronave de resgate.

Padrão de escolta S-wave.

Padrão figura de oito.

Padrão de escolta BOX. Permite que uma aeronave esteja atacando o alvo enquanto outra está se preparando.

Padrão wheel.

Padrão cloverleaf.

Um PC-9 da RAAF escoltando um V-22 do USMC fazendo escolta aproximada.

 

RESCORT com helicópteros

As missões dos helicópteros de escolta é a mesma do RESCORT: encontrar com os helicópteros de resgate, ingresso, escolta e/ou supressão, cobertura e/ou supressão durante a extração, e escolta no egresso e/ou supressão para amigo. O helicóptero tem muita limitação de velocidade comparado com as aeronaves a jato, mas facilita escolta aproximada. Os Chinook é mais rápido que o Apache e podem se distanciar facilmente. O helicóptero pode cobrir a zona de pouso com vigilância de posição estacionária no terreno. A noite com uso de NVG voam a baixa velocidade a cerca de 90 knots.

Os padrões de escolta dos helicópteros de escolta:

- Racetrak. É usado na rota até o alvo, na preparação da zona de pouso ou supressão.

- Cloverleaf. Usada para fogo de supressão contra alvos de ponto ou área.

- Ataque de 45 graus. É mais efetivo contra um alvo apenas ou para desengajam da área hostil. Pode ser usado na rota ou ataque de supressão inicial. O ala pode disparar foguetes 2-3 segundos após o líder iniciar seus disparos.

- Padrão em L. É mais efetivo contra alvos que precisam de grande volume fogo de curta duração, contra alvos lineares ou alvo mascarado em um lado pelo terreno. Se não precisa de grande volume fogo, pode atacar com um helicóptero de cada vez por grande período.

- Padrão circular. É mais efetivo na órbita esquerda ou direita ao redor do alvo, com o RESCORT igualmente espaçado ao redor do circulo. A altitude e diâmetro da órbita pode variar dependendo do angulo de ataque.

- RESCORT hover cover (hover cover operations). É usado para fazer fogo indireto de um posição oculta do inimigo. Dispara e move para evitar fogo de contra bateria.

- Wheel. É usado para baixa velocidade, com um helicóptero de cada lado do círculo.

- High-hold. O helicóptero voa bem alto, acima do alcance de armas leves e até de mísseis MANPADS. É usado em cenários de baixa intensidade.

 

HH-60G com escolta dos Apache do US Army. No Iraque, os HH-60G atuavam sozinhos ou em pares cuidavam da própria segurança. Se for previsto ameaça pedem escolta de aeronaves de ataque com armamento axial.

Os MH-60S da US Navy tem função de CSAR e para isso podem receber metralhadores extras na cabina. No total seriam quatro metralhadoras além das duas Minigun. Nos cabides podem receber mísseis Hellfire e lançadores de foguetes guiados a laser.

Um HH-60G com sua metralhadora GAU-21 de 12,7mm. Os helicópteros de CSAR preferem as metralhadoras pesadas por serem melhores para apoio aéreo.

Um HH-60H da US Navy com mísseis Hellfire no lado da cabina.

A Romênia usa seus IAR330L PUMA de ataque nas missões de resgate. O helicóptero está armado com um canhão de 20mm no nariz.

A Arábia Saudita usa seus Caracal armados com foguetes e canhão de 20mm para RESCORT.

 

 


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