CSAR na Operação Desert Storm - Segunda Parte

 

Lista resumida dos incidentes e operações de resgate lançados durante a Operação Desert Storm. A maior parte dos dados está resumida e outros dados foram eliminados por ser resgate dentro das linhas amigas. Os dados foram organizados por ordem cronológica.

Os incidentes recebiam um número com inicial "i" (exemplo i###). As missões de resgate também com um "m" seguido de um número (exemplo m###). Antes das operações aéreas iniciarem ocorreram 89 incidentes como beeper acionado. Depois os dados foram desprezados.

Operações de resgate da primeira semana de ataques aéreos.
 

17 de janeiro

I008 - Norwich 02. Quatro Tornados da RAF atacariam a base aérea de Ar Rumaylah. A inteligência citava que era pouco defendido, mas havia 170 sites de artilharia antiaérea ao redor. Um atraso de três horas impediu que a missão fosse a noite. A 25 milhas do alvo já conseguiam ver a artilharia antiaérea disparando. O Tornado estava armados com oito bombas de 454kg que seriam disparadas no modo loft a 540 kt. No pull up não conseguiu disparar as bombas. O piloto alijou os cabides com as armas, mas foi logo atingido por um míssil, provavelmente um SA-16, no motor direito. Não ouviram alerta no rádio que ejetariam. Os dois tripulantes se encontraram em terra. Um sinal de beacon foi ouvido, mas sem contato de rádio não enviaram forças CSAR. Uma hora depois foram cercados no deserto plano sem ter onde se esconder. 

I009/M001 – Jupiter 01/Jaguar, França. Era um Jaguar atingido por um míssil SAM e conseguiu pousar danificado. Dois CH-46 USMC foram acionados para uma possível ejeção e voltaram.

I010 – Bergan 23/A-4, Kuwaiti Air Force. Derrubado pela artilharia antiaérea. O piloto ejetou e foi resgatado pela resistência local

I011 – Norwich 21/Tornado, RAF. Quatro Tornados atacando a base aérea de Shaibah no sul do Iraque com as JP.233. Um foi derrubado ao sair do alvo. O AWACS acompanhou apenas três. Os tripulantes foram mortos.

I012 – T-Bird 56/F-15E, USAF. Seis caças F-15Es atacando uma base aérea a oeste de Basra. Passaram sobre o alvo em sequência. A terceira aeronave (T-bird 53) abortou devido a artilharia antiaérea intensa. Ao voltar para outra passada o T-bird 53 fez uma chamada de rádio informando que a sexta não seria a última. Ao ouvir o chamado que a última saiu do alvo, o T-bird 53 atacou. Um piloto da formação observou uma grande explosão. Nenhum pedido de socorro foi feito e o T-bird 53 não fez chamada de check in. Foram considerados mortos em ação.

I013 – Quicksand 12/ A-6, US Navy. Um A-6E do VA-35 do USS Saratoga era parte de um pacote contra a base aérea H3 no oeste do Iraque. Os F-14 faziam CAP para os F/A-18 e EA-6B de supressão de defesas. Os A-6 atacavam a baixa altitude a 400 pés, de diferentes direções. O Quicksand 12 atacaria com as MK20 Rockeye uma instalação (POL - petróleo, óleo e lubrificante) próxima da base. Os iraquianos estavam alertas e inundaram os céus ao redor com pára-quedas de flares, criando uma cena desorientadora. O Ponto inicial foi a 30 milhas da base, voando a 450 knots a 500 pés. O céu parecia de dia, com os mísseis SAM voando ao redor do pacote de ataque. Um míssil logo a frente as "2 horas" virou em direção a aeronave e lançaram chaff. Foram atingidos por um SA-6 ou Roland e caíram ao norte da base. Ejetaram a cerca de 500 pés entre 400 a 500 knots. Os dois perderam o rádio na ejeção e foram logo capturados. Outro A-6E pousou danificado por um míssil Roland.



18 de Janeiro

I015 – Caesar 44/Tornado, Itália. Foi derrubado durante um ataque a uma base aérea.

I016/M002 – Hostage 75/OV-10, USMC. Derrubado 14 milhas a noroeste de Mishaba no Kuwait enquanto procurava alvos. Voava a 8mil pés em busca de sites artilharia e mísseis FROG. Foram atingidos por um MANPADS e ejetaram em cima dos iraquianos. Lançaram helicópteros sem ouvir sinais do beacon ou rádio. O OV-10 não deveria ter cruzado a fronteira.

I020 – Jackal 11/A-6, US Navy. Estava lançando minas e foi derrubado. Um sinal foi ouvido e lançaram uma missão de resgate da US Navy. Sem contato não fizeram busca. Planejaram um CSAR falso para pegar uma possível armadilha. A missão foi vetada pois partindo do princípio que um sinal de emergência não podia ser usado para fins táticos.

 

19 de janeiro

A primeira tentativa de resgate foi em 19 de janeiro. Um F-16 caiu próximo a base aérea de Talil. Dois Pave Low não encontraram sobreviventes. No dia seguinte foi realizado uma nova missão sem sucesso. Era difícil se esconder no deserto

I023/M003 – Stroke 65/F-16, USAF. Estava na última onda de 72 caças atacando alvos em Bagdá no pacote "Force Package Q".
As aeronaves de supressão de defesas já estava saindo quando chegaram. Os mísseis SAM atacaram e foi atingido próximo. Virou para o sul e o ala escoltava. Um AWACS alertou sobre a presença de um MiG-29 perseguindo do norte. O Ala virou, trancou no alvo e o MiG fugiu. O piloto ejetou 150 milhas dentro do Iraque. Foi capturado logo ao chegar em terra. Um F-15 orbitou e um MC-130 fez busca sem sucesso.

Dois MH-53 foram lançados. No nevoeiro usou o radar para voar em formação em fila. Dois MH-60 do SOAR esperavam na fronteira para apoiar os MH-53. Sem contato fizeram busca por 30 minutos. Receberam alerta indicando que os iraquianos estavam usando o DF das transmissões e acionou as defesas. Sem saber a fonte saíram da área. Ficaram cinco horas em território inimigo. O mau tempo local não fez cancelar as buscas como ocorria no Vietnã.

I024 – Clap 74/F-16, USAF. Estava no pacote do Stroke 65. Foi atacado por mísseis SA-2 e escapou. Não conseguiu disparar suas bombas na segunda passada e foi atacado por um míssil SA-6. Foi atingido perto e na volta o controle travou. Não foi visto ejetar e nem chamou no rádio. Caiu no meio de tropas iraquianas e foi capturado.

I027 – Newport 15B/Tornado, RAF. Oito Tornados atacaram a base aérea de Tallil próximo a Basra. Quatro estavam equipados com bombas disparadas no loft e quatro com lançadores de submunição JP233. No Pullup foram detectados e a artilharia antiaérea disparou. Um foi atingido por um míssil Roland. O WSO ejetou os dois com o piloto desacordado. Outros tripulantes na onda de ataque viram a explosão e acharam que estavam mortos. Os dois tentaram contato com o beacon e rádio sem sucesso. Foram pegos após 14 horas se evadindo no deserto plano. Queriam que a USAF enviasse suas forças CSAR, mas sem contato e local perigoso não fizeram busca.

I028/M007 – Corvette 03/F-15E, USAF. Eram parte de pacote de 24 aeronaves de ataque para caçar Scud. A escolta SEAD atrasou e os EF-111 foram atacados por MiG-25, evadindo 3 mísseis. Os EF-111 fugiram para o sul e o pacote ficou sem escolta. Durante o ataque uma bateria de mísseis SA-2 disparou e o segundo míssil acertou o Corvette 03. Os dois tripulantes ejetaram. Não planejaram uma evasão por falta tempo pois tiveram 6 horas para mudar a missão original para a caça aos Scuds. Os dois tripulantes se encontraram em terra após 15 minutos. O líder Corvette 1 anuncio que sumiram e procuraram ao pousar.

A análise de ameaça mostrou que o local tinha muitas defesas. O AWACS, RC-135 e satélites tentavam determinar a posição do rádio PRC90, mas só determinava a área geral. O JRCC queria os Pave Low fazendo busca, mas o comandante só faria a noite com posição determinada.
O RC-135 indicou que os iraquianos estavam procurando. O abate foi notificado na posição 34˚13' N, longitude 040˚55' E, 10 milhas ao sul do alvo.

Um pacote de ataque de F-16 no local não foi brifado sobre a possível presença de pilotos em terra. Ouviram um chamado e desprezaram. Depois todos os pacotes foram brifados sobre pilotos derrubados na área. A lista era atualizada de 12 em 12 horas. Os pilotos foram orientados a iniciar as comunicações com mayday no rádio sobrevivência para chamar a atenção as aeronaves acima. A revisão da gravação do HUD ajudou a identificar o piloto pela voz.

Os dois pilotos resolveram ir para Síria e foram capturados na fronteira antes do resgate. Sem saber lançaram uma missão CSAR. O 21º SOS operando na Turquia faria a operação CSAR. Como era muito longe tentaram passar pela Síria. A passagem foi liberada apenas na noite posterior. O HC--130 apoiaria. Era um local mais seguro para chegar. Os Pave Low levaram mais dois PJ, um JTAC e seis forças especiais para fazer busca em terra.

Os MH-53 foram bem baixo pela fronteira. Iriam até o ponto inicial e run in. Depois voltariam após atingir a posição suspeita. Uma missão semelhante no Vietnã teria muitas baixas. No Vietnã usavam todos os meios para surpresa e resgate. Na operação Desert Storm esperavam a condição ideal, mas os pilotos esperavam que fosse igual ao Vietnã.

Foi planejado um ataque diversionário contra baterias de mísseis SAM e artilharia antiaérea no local. O ataque atrasou e foi rápido. O líder do pacote atuaria como OSC. Contataria o piloto, autenticaria, pegaria a localiza e resgatariam rápido. O plano não funcionou. Os MH-53 ficaria em esperava voando um padrão em "8" na Síria no ponto inicial. Só lançaria a missão com contato de rádio com os pilotos. Após 5 minutos o OSC não contatou o piloto. Subiram para 500 pés e tentaram novo contato. A artilharia antiaérea intensificou. Os iraquianos estavam DF-ing o helicóptero e eram bom nisso. Após 30 minutos voltaram e cancelaram a missão. Planejado nova missão dia seguinte e lançada do sul. Sem contato não lançaram nenhuma missão.

 

20 de janeiro

I030/M005 – Stamford 11/Tornado, RAF. Perderam o controle e ejetaram. Foram pegos por um helicóptero em missão SAR.

I031/M006 – Slate 46/F-14, US Navy. Um F-14 do USS Saratoga pilotado pelos tenentes Devon Jones e Larry Slade estavam escoltando um EA-6B Prowler apoiando um pacote de ataque matinal contra a base aérea de Al Asad localizada a 60 milhas a noroeste de Bagdá e 130 milhas da fronteira. Na área do alvo o teto era de 20 mil pés e foram para o TARCAP enquanto o EA-6B disparou mísseis HARM contra alvos pré-planejados (sites de mísseis SAM).

Os caças voavam entre 26 a 30 mil pés. Não apareceu alvo de oportunidade e voltaram quando os mísseis SAM atacaram. Era um SA-2 com guiamento ótico modificado e atingiu o F-14 por trás durante as manobras evasivas. O F-14 acelerou e virou em direção ao míssil para atrapalhar o acompanhamento. A aeronave entrou em um parafuso chato e se ejetaram as 3h20 zulu. O EA-6B alertou sobre a ejeção. Os dois pilotos abatidos chamaram com seus rádios PRC-112 e PRC-90 ainda descendo de pára-quedas. Slade foi ouvido pelo AWACS.

No local o EA-6B citou as coordenadas aproximadas. Indicou que era um A-6 por engano e passou a acionar resgate para um F-14 e um A-6.

Os SANDY iniciaram a busca as 8h15. Depois de 25 minutos de busca ainda estavam sem contato. Foram para o REVO. No meio dia, o SANDY 57 entrou em contato com o Slate 46.

A base de Ar-Ar preparou o acionamento dos MH-53 para um resgate de um A-6 e um F-14, mas o A-6 era um alerta falso. O HCS queria a missão e tinham a preferência por ser uma aeronave da US Navy, mas com o mau tempo passou o alerta para os MH-53J. Tinham contato de rádio com o piloto, a localização e a inteligência citava que estava em área de baixa ameaça. Os Pave Low receberam as coordenadas e foram para o norte saindo de Ar-Ar as 5h05.

O MH-53J Moccasin 05 com oito tripulantes decolou após ser reabastecido. Passou próximo de um posto de fronteira com o RWR alertando sobre radares próximos. O nevoeiro ajudava a se esconder. O MH-53 seguia as rotas na "spider web" mais direta. Tinham o código do rádio do Slate 46, mas voando baixo seria difícil detectar.

O Sandy 57 e 58 decolaram de KKMC e foram para o REVO. Moccasin 05 pediu mais apoio e foram enviados um par de F-15 e de A-10.

A 80 km dentro do Iraque o AWACS deu alerta "snap vector" sobre a presença de caças MiG-23 decolando de Mudaysis e indo na direção do Moccasin 05. Sem poder fugir pairaram no leito seco de um rio enquanto um F-15 fez o alvo fugir. O MiG-23 passou acima, mas não tinha capacidade para detectar helicópteros voando baixo e dentro de um nevoeiro.

Depois de 45 minutos o AWACS alertou sobre a decolagem de quatro helicópteros de uma base próxima e indo em direção ao MH-53J. Um dos helicópteros passou a transmitir no canal de emergência dizendo "aqui é o resgate, piloto americano, aqui é o resgate, fale no rádio". Os helicópteros voltaram para a base logo depois. Os F-15 sobrevoaram o local e não detectaram nada.

Moccasin 05 passou a fazer busca nas coordenadas com os F-15 acima. O EA-6B ainda estava na área e indicou que as coordenadas reais eram 80 km ao norte da posição real. O local era um terreno plano com visibilidade de 50 km. Não viam ameaças no local. Após 25 minutos de busca voltou para base. Um A-10 anunciou contato. Sem sucesso na nova busca voltou para Ar-Ar para reabastecer.

As 7h30, Slade viu uma Pickup e foi logo pego prisioneiro e não consegui alertar o resgate. Jones nunca ouviu Slade no rádio. Estava ferido e escondido em um buraco que conseguiu cavar no meio do deserto plano para se esconder.

Os A-10 Sandy 57 e 58 foram direcionados para o local de busca. Foram informados que Moccasin 05 não encontrou o piloto e voltaram para reabastecer. Também foram direcionados para um provável Scud, mas eram cabanas de beduíno. Depois foram para REVO. Voltaram novamente para região da busca citando no rádio "Slate 46, this is SANDY 57, do you copy".

As 9h05 conseguiram contato com Slate 46. Foram para coordenadas prováveis e usavam o ADF (Automatic Direction Finding) para ver a direção das emissões do rádio do Slate 46. Voavam em várias direções perdendo contato até ver que estavam ao norte, a 60 milhas de distância.

Autenticaram com Slate 46 com dados passados pelo AWACS. Teto local era 3.500pés. Lançou flares para ser visto. Slate 46 estava a 6 horas em terra e se assustou com a feiúra do A-10. O SANDY marcou as coordenadas no INS. O SANDY subiu acima das nuvens. Slate 46 passou a descrever local. Esperavam que os recursos de SIGINT no AWACS e no Rivet Joint desse a localização das transmissões do piloto com erro de 8 km. O erro foi de 50 km.

Em Ar-Ar, Moccasin 05 também ouviu as conversas e voltaram para o resgate junto com o Moccasin 04. Os SH-60 da HCS queria realizar a missão. O SANDY teve que voltar para o segundo REVO e passou as coordenadas por meio seguro. Moccasin 05 ouvia a conversa do SANDY, mas não ouvia as transmissões do piloto.

O AWACS direcionou o REVO para 30 milhas dentro do Iraque e chamou caças F-16 e A-10 para apoio. As coordenadas estavam no norte de uma rodovia que seria parte do CSAR da Turquia. Era perigoso cruzar as rodovias, mas continuaram. O MH-53 de apoio ficou no sul da estrada.

O AWACS indicou a presença de um míssil Roland nas coordenadas e o RWR alertou. Mandou virar para o leste. Foram sempre acompanhados pelo radar do Roland, mas não disparou. Esperaram o A-10 voltar do REVO.

Nas coordenadas não encontraram Slate 46. Os dados do GPS do Moccasin 05 e do INS do A-10 eram bem diferentes. Moccasin 05 usou o DF no rádio do A-10 para encontrar e refinar a busca. Após o encontro, o A-10 desceu para 1.500 pés e iniciou um padrão "dayse chain" para proteção. Os F-15 Eagle fizeram CAP acima.

Slate viu as aeronaves de resgate e dava indicação de direção. Slate 46 citou sua posição em relação a uma torre com caixa d'água. Moccasin 05 seguia os dados do ADF. Os Iraque também seguiram as transmissões do ADF e foram detectados. O A-10 foi chamado para atacar. Moccasin 05 citou "smoke the truck". Eram dois caminhões. Um foi atingido e outro fugiu.

Slate 46 pediu para pousar próximo do caminhão pegando fogo. Moccasin 05 pousou entre o caminhão e o Slate. O piloto autorizou dois PJ descerem. Pegaram o piloto abatido, voltaram para o MH-53 e anunciaram que estava seguro. Ficaram 30 segundos fora do helicóptero.

O outro MH-53 veio ajudar e se encontraram na volta. Pediram ajuda para o A-10 encontrar um lugar seguro para atravessar a rodovia ou criar um. Preferiu encontrar. O SANDY foi para o REVO. Ficou no ar por 8h15. Os MH-53 também pediram REVO, mas não foi necessário.

I033 – Ghost 02/AC-130, USAF. Foi atacado por mísseis SA-6 e SA-8 sequencialmente. Evadiu com manobras evasivas e estressou a fuselagem.

Imagem do resgate do Tenente Devon Jones mostrando o caminhão pegando fogo visto a partir do Moccasin 05 enquanto se aproximava para o resgate.

Tenente Devon Jones correndo para o Pave Low durante o resgate.

 

22 de janeiro

I035 – Stamford 01/Tornado, Oito Tornados lançados contra Ar Rutbah site radar oeste Iraque com bombas 454kg. Um foi atingido. Não viram pára-quedas, nem beacon e nem contato voz.

I038/M008 – Wolf 01/F-16, USAF. Parte de uma esquadrilha interditando o Kuwait. Após disparar suas bombas pegou fogo. Planou até o Golfo Pérsico e ejetou. O AWACS notificou JRCC que passou a missão para a US Navy. Um SH-60 foi lançado (Spade 50) do USS Nicholas em "combat recovery duty" no norte do Golfo. Dois AV-8 foram desviados para escolta. Localizaram e lançou dois SEALS para resgatar o piloto. Um piloto gravou o ataque e o filme mostrou que a bomba Mk84 detonando prematuramente. Era uma espoleta nova ainda em testes.

Operações de resgate na segunda a quarta semana de operações aéreas da Operação Desert Storm.

24 de janeiro

I039 – Dover 02/Tornado, RAF. Estavam atacando a base aérea de Ar Rumahlah. Uma bomba detonou prematuramente e ejetaram. Um tripulante foi capturado rápido. Outro tentou contato por rádio e um veículo 4x4 apareceu na posição exata onde estava.

I040 – Active 304/F-18, US Navy. O motor falhou e ejetou no Golfo.

 

25 de janeiro

I042 – Desert Hawk 102/UH-60. Arábia Saudita. Caiu 100 km a noroeste de Al Jabayl. Foi uma missão SAR em território amigo.

 

27 de janeiro

A equipe do SAS Bravo 20 pediu ajuda. Era uma missão de FOpEsp e não de CSAR. A posição era 50 milhas a sudoeste de AL Qaim. Um MH-53 do 20º SOS decolou em formação com um CH-47 britânico. Foram ponto de inserção inicial e voaram rota de evasão pré-planejada em direção a fronteira da Arábia Saudita. Sem contato com a equipe. Passaram a fazer busca na área. O AWACS deu alerta de uma bateria de mísseis SA-8 na área em frente. Desviaram e se aproximaram da base aérea de Mudaysis. Tiveram que voltar para Ar-Ar sem combustível. O CH-47 lançou flares para chamar a atenção. Fizeram busca em local permissivo. Consideravam 70% do Iraque permissivo.

I047/M009 – Cat 36/AV-8, USMC. Estava atacando mísseis FROG na costa do Kuwait. Foi atingido por um MANPADS sem ser visto. O piloto ejetou e foi logo capturado ao chegar em terra. Fizeram busca no ar com dois AV-8 e depois com os F/A-18.

 

30 de janeiro

I051/M011 – Spirit 03/AC-130, USAF. Estava apoiando tropas do USMC e sauditas contra-atacando os iraquianos em Khafji. O AWACS mandou voltar no nascer do sol. Estavam atacando uma bateria de foguetes FROG. Um minuto depois foi atingido. A asa partiu e caiu na água próximo a costa. Uma busca de helicóptero foi realizada. Foram 13 mortos na queda


2 de fevereiro

I052 – Heartless 531/A-6, US Navy. Fazia uma missão de reconhecimento armado de superfície a leste da ilha Faylaka. Foi atacado por mísseis SA-7 e depois foi visto perseguindo um barco patrulha. Outros tripulantes e um SH-60 viram um tanque extra no mar. Os mísseis SAM e a artilharia antiaérea atacaram várias aeronaves na área. O corpo de um tripulante foi encontrado na costa no fim de março.

I053/M012 – Uzi 11/A-10, USAF. Atuava em um Kill Box na fronteira do Iraque (AG4). Sem FAC no local, foram enviados para atacar alvos no norte da base de AL Jaber. Atacaram um comboio de caminhões. Na segunda passada o líder foi atingido. Ejetou a 2 mil pés, foi capturado logo após chegar no solo. Fez chamado de rádio em um canal errado. A equipe de busca não conseguiu contato. Não enviaram SAR para busca.

 

9 de fevereiro

I064/M014 – Jump 57/AV-8, USMC. Estava na sua 17ª missão. Foi atingido possivelmente por um MANPADS enquanto atacava baterias de artilharia no Kuwait. Ejetou e foi logo capturado ao cair do lado de um posto de comando. Não ouviram os chamados feitos pelo rádio antes de ser capturado. Um A-10 fez busca enquanto as forças CSAR esperavam na fronteira com dois MH-60 e um MH-47 esperando serem chamados.

I069/M015 – Hunter 26/F-5. Arábia Saudita. Foi derrubado ao norte da base de Ar-Ar. O piloto foi capturado. A busca com o A-10 não teve contato.

Operações de resgate na quinta semana das ações aéreas na operação Desert Storm.

14 de fevereiro

I072 – Belfast 41/Tornado, RAF. Oito Tornados e quatro Buccaneers com bombas Paveway atacavam a base aérea de Al Taqaddum. Vários mísseis SAM traquearam. Um trancou na primeira aeronave e disparou vários mísseis. Dois SA-2 atingiram o líder. O piloto ejetou e o navegador faleceu.

 

15 de fevereiro

I073/M016 – Enfield 37 e 38/A-10, USAF. Foi atingido a 12 mil pés por um MANPADS. Ejetou e foi pego logo ao chegar no solo. O ala passou a fazer busca, foi atingido logo depois e faleceu.

 

17 de fevereiro

I078/M017 – Benji 53/F-16, USAF. Dois F-16 faziam reconhecimento no rio Eufrates. O motor do Benji 53 parou na volta para base e pediu um vetor para o território amigo mais próximo para o AWACS antes de ejetar. O ala Benji 54 virou o OSC e chamou cobertura pois só tinha 15 minutos de combustível. Viu o pára-quedas em terra e conversou com o Benji 53 pelo rádio PRC-90. O AWACS citou que o CSAR estava a caminho. O A-10 estava a 200 milhas e pediu para desviar outras esquadrilhas para cobrir o sobrevivente. Chegou uma esquadrilha de F-15E. O Benji 54 pousou em KKMC para reabastecer. Os pilotos dos helicópteros de resgate no local citaram que não foram notificados que tiveram contato com o piloto abatido. Logo começaram a preparar a missão. Os dois decolaram voando muito baixo, a 15 pés, com o óculos de visão noturna. Um deu pane e foi sozinho a noite. O segundo lançou bem depois e se encontraram na fronteira. Foram por uma rota que pegaria o piloto pelo norte em um gancho desviando das unidades inimiga no local. O AWACS acompanhava tudo. O OSC ouvia as transmissões do Benji 53, mas voando baixo não ouvia rádio do piloto abatido. O helicóptero ouviu o AWACS dar o vetor e o Benji 53 ligou o strobo infravermelho. Antes do pouso viu tropas inimigas e foi iluminado no RWR. Pegou o piloto e o RESCAP acima atacou o local com bombas em cacho. O RWR continuou a mostrando iluminação, mas nenhum míssil SAM guiou.

 

19 de fevereiro

I079 – Nail 53 OA-10, USAF. Atuava como FAC e foi atingido a 8 mil pés subindo. O piloto consegui se ejetar. O AWACS sabia a posição aproximada pelo kill box onde operava. Dois SANDY foram acionados, chegou e contatou o piloto. Um soldado iraquiano capturou o piloto.

Operações de resgate na sexta semana das ações aéreas na operação Desert Storm.

20 de fevereiro

I081 – Tango 15/OH-58, US Army. Um pacote com helicópteros OH-58 Kiowa e AH-64 Apache estavam operando bem dentro do Iraque. Um OH-58 perdeu contato. O RCC pediu apoio e JRCC realizou busca. No dia seguinte encontraram a aeronave caída e os tripulantes mortos. Estava a 55 milhas a sudoeste da base de Salman.

 

23 de fevereiro

I083/M018 – Pride 16/AV-8 Harrier, USMC. Em um ataque noturno o ala viu uma explosão de bomba e depois outra explosão que sugere fixação no alvo. Não ouve contato por rádio.

 

25 de fevereiro

Jump 42/AV-8, USMC. Foi atingido por um MANPADS. O FastFAC mandou ejetar devido ao fogo na aeronave. O piloto viu a batalha abaixo e desistiu. Pensou em ir para al Jaber que já deveria ter sido tomado pelo USMC. Após sobrevoar a base viu que ainda não tinha sido tomada. Voltou para as linhas amigas para ejetar. Perdeu os controles hidráulicos e ejetou. O FastFAC chamou o resgate, mas as tropas em terra voltaram e correram para pegar o piloto em poucos minutos.

I084 – Pepper 77/OV-10, USMC. Estava a cinco milhas no sudoeste de Mina Abd Allah, Kuwait. Estava a frente da 1ª Divisão dos Fuzileiros. Um MANPADS atingiu o motor direito. Um Harrier acima viu o ataque. O FAC em terra também e montou uma equipe de resgate. Um tripulante faleceu e outro foi capturado ao chegar em terra.

AH-64 Apache 1º/227º Batalhão de Helicópteros de Ataque. Cobriam o ataque da divisão e foi atingido por um míssil SAM. Conseguiu fazer um pouso de emergência. Outro Apache pousou do lado e se amarraram com cintos especiais. Foram levados mais para a retaguarda e foram pegos por um OH-58.
 

 

27 de fevereiro

I086/M019 – Magic 14/AV-8, USMC. Foi derrubado por um MANPADS enquanto atacava alvos fugindo por uma rodovia ao norte de Basra. Estava sobre controle de um FastFAC em um F/A-18D. O FAC chamou o CSAR com o MH-47 e MH-60 esperando na fronteira a confirmação da posição e contato por voz com o piloto abatido. O piloto faleceu.

UH-1, 507º Batalhão Médico. Estava em uma operação de EVAM e foi atingido pela artilharia antiaérea. Foram três mortos e um resgatado.

I087/M020 – Mutt 41/F-16, USAF, e Bengal 15/UH-60, US Army. Um F-16 voando baixo devido ao mau tempo foi atingido e o piloto ejetou em cima da batalha abaixo. Estava 20 km a frente das tropas amigas. Foi atacado pela artilharia antiaérea ainda descendo de pára-quedas e depois por armas leves. Em em terra viu a artilharia antiaérea e MANPADS disparados contra um OA-10 acima. Pouco antes de se render falou "break", "ZSU", "flare". O OA-10 conseguiu desviar do MANPADS. Foi decidido não lançar o resgate por ser uma área perigosa. Começaram a planejar um resgate a noite.

O TACC não gostou da resposta e pediu ao US Army se tinha alguma unidade próxima para ajudar. A informação foi passada para a 101º Divisão que foi repassada para 2º Batalhão//229. O UH-60 Bengal 15 foi lançado com dois Apache de escolta. Os batalhões de Apache tinham 18 helicópteros mais três UH-60 para CSAR, C2 e reabastecimento.

Outros caças foram enviados para a aérea com o AWACS vetorando. Um OA-10 fez um reconhecimento abaixo das nuvens. A 3-4 mil pés viu a aeronave derrubada. Foi logo atacado por MANPADS e ZSU. Avisou o AWACS que a área era muito perigosa. O tempo no local também piorou. O OA-10 foi substituído por um F-16 "Pointer". Mesmo assim o Bengal 15 entrou no local e foram atacados. Foi derrubado logo ao cruzar a linha de frente. Os Apache vinham atrás mais lentos. Foram atingidos e ordenados a voltar. Na queda do Bengal 15 foram cinco mortos e três capturados.

Destroços de um F-16 derrubado durante a operação Desert Storm.

 


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