LINK 11, LINK 22 e LINK 14

O Link 11 é usado na OTAN como link primário aéreo, superfície e submarino para compilação de quadro tático, gerenciamento de alvos e coordenação de armas. O desenvolvimento foi iniciado na década de 60.

Os participantes contribuem para o quadro tático comum sob controle de uma estação de controle de rede que distribui slots, muda frequência e assim por diante. O gerenciamento do quadro geral é responsabilidade do compilador de alvos, governando o quadro aéreo, de superfície e submarino. O intervalo de atualização é de cerca de 10 segundos.

O Link 11 pode ser usado para transmissão de mensagens de voz, mas geralmente são passados por rede de voz, como alertas, para garantir que todos navios possam receber.

O Link 11 usa mensagens serie "M" que não podem ser melhoradas para trocar dados com sistema mais modernos. Para isto foi introduzido o Link 16 como datalink primário de guerra aérea.

O Link 11 opera em HF e UHF, com alcance acima de 500km OTH usando técnica de transmissão HF tipo "surface wave".  O Link 11 é vulnerável a interferência, transmite apenas 75bits/s e apóia apenas dois participantes em via dupla (ou mais participantes com diminuição de transmissão). Outra fonte cita taxa de transmissão do Link 11 como sendo 9,6kpb/s enquanto o Link 16 usa no mínimo 64kpb/s.

O formato de padrão de mensagem para trocar informações entre sistema de datalink aéreo é o TADIL-A e o naval e terrestre é o TADIL-B.

O Link 11 é capaz de operar na banda HF e UHF. O TADIL-A (Link-11A) usa banda HF, as vezes VHF e UHF com o conceito de "Net Control Station, and Participants" e frequência fixa. TADIL-B (Link-11B) usa VHF ou microonda com protocolo ponto a ponto (full duplex). É usado entre estações de radar e alto comando.

O terminais da US Navy tipo Tactical Data System (TDS) são o AN/USQ-74, AN/USQ83, AN/USQ-120, AN/USQ-125 e outros Data Terminal Set (DTS). O novo terminal Common Shipboard Data Terminal Set (CSDTS) tem as capacidades dos outros terminais e outros como Kineplex, Single Tone e comunicação por satélite. O CSDTS será equipado com multifrequencia com quatro canais paralelos e modulo do Common Datalink Managenment System.

A USAF usa o Link 11 nas plataforma de inteligência como o RC-135 Rivet Joint. A USAF e US Navy já usaram o Link 11 no EC-121 AEW com estações de radar no Vietnã.

A Royal Navy usa o Link 11 nas fragatas Type 22, Type 23 e Type 42, porta-aviões classe Invencible, navios anfíbios, Nimrod MR, aeronaves E-3 Sentry e posto comando defesa aérea (ALES) nos carros de esteira Bv206 dos fuzileiros.

O Link 11 também está em uso na Austrália, Japão, América do Sul e Oriente Médio.  A FAB irá instalar o Link 11 nos P-3BR.

Vários fabricantes produzem terminais para o Link 11. A DRS Technologies produz o Link-11 Data Terminal Set (DTS) para navios. Opera em HF, UHF e comunicações por satélite. Está em uso em 25 países. A DRS já fabricou mais de 1.700 terminas em 15 anos. O DTS usa a técnica convencional Link Eleven Waveform (CLEW) necessário para operação atuais e o novo Single-tone Link-11 Waveform (SLEW) capar de operar quatro canais paralelos.

O terminal Link 11 da BAeSEMA opera em HF e UHF, com alcance de até 500km com HF. A BAeSEMA produziu 10 terminais para o Nimrod MR.2 da RAF.

A Ultra Electronics desenvolveu o terminal leve Data Terminal Set (DTS) T618 de baixa potência para o helicóptero Merlin da RN. Pesa 3,6kg enquanto o processador T619 pesa 7,2kg. Junto com o módulo criptográfico pesa apenas 11kg no total.

A EDO Combat Systems produz o terminal Link 11 para os AP-3C da Força Aérea Australiana. Usa software da Unix e só transmite em HF. Pesa 90kg e para usar HF em duas vias o peso do terminal sobe para 200kg.

O terminal DTS Link 11 da Rockwell inclui o modelo TE-237 e MDM-2X02. Usam técnica SLEW além do CLEW para operar em HF navais.

O helicóptero naval NH-90 terá um "data umbilical link" para transferir informações do Link 11 do navio para o helicóptero para planejamento rápido demissão.


Terminal GA-550C da General Atronics. Usa linguagem ADA e pode receber módulos para mostrar dados de outros datalinks.  A General Atronics produz DTS programáveis AN/USQ-125(V) e AN/USQ-130(V) operando na banda HF e UHF, e técnica SLEW. Já entregou mais de 1.400 DTS.


Mostrador do Link 11.


Mostrador de 16 polegadas do Link 11 da BAeSEMA do submarino HMS Trenchant.

 

Link 22

O Link 11 pode ser usado guerra anti-submarino e guerra anti-superfície, porém, para guerra anti-superfície será adotado o Link 22 em varia marinhas. O Link 11 não será apoiado após 2015.

O programa Link Eleven Improvement Program (LEIP) ira aumentar a interoperabilidade do Link 11 e apoiar o programa NILE (Link 22) que será o datalink comum naval da OTAN não equipados com Link 16.

A US Navy iniciou em 1995 a desenvolver, integrar e testar  o Link 22 junto com o Canadá, Franca, Alemanha, Itália, Holanda e Reino Unido. Será um datalink tático digital interoperável para ar, mar e submarino e terrestre.

O Link 22 será um datalink tático da OTAN de próxima geração também chamado NATO Improved Link Eleven (NILE). O NILE transmite formato de mensagem com 72 bits, em quatro canais, e usa padrão de mensagem séria "J". A transmissão tem arquitetura TDMA. Um participante pode operar em até quatro redes simultaneamente.

O Link 22 não será vulnerável com nó único, transmite dados numa razão bem melhor que o Link 11, mas menor que Link 16. A taxa de transmissão em HF será de 1,2 a 3,6kbtis/s e UHF de 2,4 a 10kbits/s. O alcance máximo em HF é de 500km. Os dados podem ser repassado por Link 16 pois usa o mesmo data elemento dictionary (DED) que será incorporado.

Será adaptável a rádios com capacidade de contra-contramedidas (segurança de comunicações e agilidade de frequência) em frequência HF e UHF e terá arquitetura aberta. Deve estar operacional em 2003. 

O fabricante será a Northrop Grumman Information Technology (IT), responsável pelo protocolo de rede, sistema de multimídia e gerenciamento de rede da System Network Controller (SNC).

O Link 14 é um datalink tipo telex de baixa taxa de transmissão que opera em rádio HF, VHF e UHF em unidades navais para transmitir informações de vigilância de navios com capacidade de processamento de dados táticos para navios sem esta capacidade (que não usam NTDS). O Link 14 permite a recepção a distância muito grande.

O sistema compila a situação geral para unidades sem o receptor Link 11. É um sistema mais barato com mensagens transmitidas por rádio, gerando texto alfanumérico em impressora. O Link 14 atualizado muito lentamente, mas é ideal para alvos lentos de superfície. Permite que uma aeronave de patrulha atue em uma força tarefa como transmissor de mensagens ou ligação com outras redes. O Link 14 é vulnerável a interferência, mas pode ser criptografado. É simples e pode ser usado em países não pertencentes a OTAN.

Próxima Parte: Link 16


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