Datalinks de Outros Países

A Instrumentointi Oy e Finavitec Oy desenvolveram o datalink tático da Força Aérea Finlandesa que forma parte do sistema de defesa aérea local e foi instalado no F/A-18 Hornet. É um sistema seguro e robusto com capacidade de contra-contramedidas eletrônicas. A Instrumentointi é responsável pelos canais de rádio no ar e em terra. Os dados são passados para ar-ar, ar-terra e terra-ar. O sistema já foi usado nos J-35 Draken.


Cockpit do F-16 Block 60 dos Emirados Árabes Unidos. Os Emirados Árabes Unidos adquiriram o datalink Ground-Air Transmit Receive (GATR) da Thales por US$200 milhões para cobrir todo o pais. É uma rede de defesa aérea e comando que equipa plataformas aéreas, navais e terrestres. Foi o primeiro requerimento de datalink com visão holística. Equipa os caças Mirage 2000-9, F-16 Block 60, Hawk e AH-64 Apache, além dos CN-235 MPA e helicópteros navais. O GATR será um sistema de dois modos capaz de operar no modo domestico e interoperavel. O ultimo será usado para operar com os EUA. O GATR Inclui sistema de gerenciamente de rede para preparar e disseminar planos de frequências e chaves de todos os usuários a partir do seu centro de comando.


A IAI/LAHAV, através da subsidiária BES, produz vários datalinks aéreos e navais. O S-Band TDMA Airborne Data Link opera na banda S (2,2-2,35GHz) com 932 frequências de banda de 100MHz, tem 200-250 slots por segundo, transmite 714Kb/s a 250 saltos por segundo. Qualquer aeronave equipada pode se comunicar com outros participantes em centros em terra ou ar. O alcance é de 100-120km. Com antena em terra de alto ganho o alcance passa para 200km. Aceita mais de 100 membros na rede. O hardware inclui computador de missão, modem e transceptor FM de 45Watts FM. Está em uso no F-15, F-16, F-4, F-5, A-4 e Tornado. O hardware também é usado em casulos de treinamento de combate como o EHUD da BVR israelense.

Singapura está equipando seus caças F-16 com um datalink israelense. Os EUA liberaram o Link 16, mas Singapura achou o modelo israelense com melhor custo-benefício.



A proposta de modernização do F-16 ACE usará computador de missão da Elbit e datalink da IAI/Lahav similar ao usado pela Força Aérea Israelense.



O Virtual Training System (VTS) é um radar virtual que compila dados recebidos do datalink Airborne Data Link. O VTS permite que uma aeronave treinamento opere todos os aviônicos e sistemas de armas de uma moderna aeronave de combate substituindo hardwares sofisticados e caros como radar, RWR e IFF. Dá restituição da missão para fins didáticos, alerta de colisão e simula guerra eletrônica. Está em uso na Espanha. O A-29A/B e F-5EM/FM da FAB terão um sistema semelhante de origem desconhecida.

O Link Y da Signaal Special Produts é usado em marinhas que não pertencem a OTAN como Bangladesh, Brunei, Kuwait, Malásia, Omã, Paquistão e Qatar. O Link Y Mk2 é comparável ao Link 11, mas não é compatível. É um link navio a navio mas pode ser usado em aeronaves como helicópteros (downlink) e aeronaves de patrulha (em rede). O terminal de 4kg tem o sistema de criptografia  KG40 e pode ser modernizado para padrão Link 11. A Hollandse Signaalapparaten desenvolveu um tradutor para o Link Y usar os protocolos do Link 11 depois do relaxamento do nível de classificação. Isto permite que países de fora da OTAN participem de operações e exercícios conjuntos.


Terminal aéreo Link Y Mk 2.

A Nova Zelândia e usa datalink ASN-150 Vesta nos seus helicópteros SH2F. O SeaSprite do Egito também está equipado como Vesta. O SeaSprite Australiano adicionou o Link 11. O helicóptero AB-212 turco usa o Vesta para se comunicar com as fragatas Meko200T.

A Marinha Chilena usa do datalink SP100C, mas quer usar o Link 11 se os EUA aprovar

O Projeto Erabus é um sistema integrado de Comando e Controle para as três forças da África do Sul. Será ligado pelo Link ZA, o padrão local de mensagem por datalink.

O datalink LS-10M da aeronave de patrulha polonesa M-28 Bryza terá capacidade similar ao Link 11 e Link 22 após a modernização da aeronave.


Datalinks Russos


A defesa aérea russa (PVO) usa datalink nos seus interceptadores desde a década de 50. O primeiro a estação terrestre Vosdhud-1 que direcionava os parâmetros de interceptação e transmitia para um Su-9 equipado com o datalink Lazur. Isto foi em 1958 e pouco depois os datalinks foram instalados no Su-15TM.

O Lazur opera em VHF, com via dupla, funcionando com ligação em linha de visada e é usado para guiagem automática recebendo dados e informações necessárias da estação em terra Vozdukh.

Os MiG-21PF/PFM foram equipados com o Lazur em 1964. O MiG-23P Flogger-G também recebeu o datalink para ser usado como interceptador controlado do solo.

O MiG-23MF usa o Lazur-SMA é uma versão melhorada do Lazur-1 de primeira geração. O caça recebe comandos de altitude e direção, e seleção de armas e ligar o pós-combustor. As informações são mostradas abaixo do HUD, ou diretamente no HUD no caso do MiG-23MLA/MLD.

O piloto segue os comandos para voar um perfil designando. O MiG-23MLD tem modo automático, ou interceptação controlada remotamente, com as informações da estação em terra entrando diretamente no piloto automático. O piloto controla apenas a potência do motor e lança armas. O radar é ligado pelo controlador em terra. O modo automático é voado sem comando de voz e o piloto só tem que pedir permissão para pousar.

O Lazur também equipa caças atuais como o MiG-29, MiG-31 e Su-27P. No MiG-29 o Lazur é composto do sistema de controle automático SAU-451-04, sistema de guiagem aérea E502-20/04, radio R-862, receptor de radio A-611, transponder de trafego aéreo SO-69 ATC com kit UNN block/K-42E, bússola ARK-19, gravador de dados aéreos TESTER-UZ/LK e o sistema de notificação de informações ALMAZ-UP.

As informações de alvos são mostradas no HUD, no radar e em instrumentos no cockpit. As informações são mostradas com 54  símbolos ou diretivas como vá para, terminar interceptação, mudar de lavo, potência do motor, aspecto de interceptação, altitude de interceptação, curso de interceptação, velocidade, comando de virada, ligar mísseis (o AA-10 leva 3 minutos para ligar), prioridade de alvo, elevação do alvo, direção do alvo, velocidade do alvo, distancia do alvo, angulo do alvo, g do alvo, etc. O Lazur é controlado em painel no lado direito da cabine (frequência de operação e modo).

O MiG-29 tem dois modos de comando: o semi-automático e o manual. O modo é determinado pelo planejamento pré-missão e apoio externo da aeronave como. Radar em terra e no ar, centros de comando e vigilância alimentam o MiG-29 de dados através do datalink Lazur e direcionam os pilotos. O Lazur controla muitas tarefas de gerenciamento de armas como seleção do radar e varredura, ativação, altitude e direção de interceptação, pontaria de alvos etc. O MiG-29 também pode gerar modos internos com piloto automático e computador de navegação para retornar a base e melhorar a estabilidade.

O MiG-29 é controlado de outros plataformas e o piloto tem pouca liberdade para decidir sozinho. O controlador de caça gerencia as táticas e o piloto concentra-se em voar a aeronave e obedecer ordens. As tática foram desenvolvidas a partir da experiência dos caças noturnos sobre Alemanha na Segunda Guerra Mundial.


Mostrador do radar do MiG-21. As três luzes no mostrador de radar indicam direção do alvo. O alvo está a direita como mostrado na luz da direita acesa. A luz do meio indica que o alvo está a frente.

O MiG-31 usa o datalink seguro APD-518 (Apparatura Peredachi Dannykh) como Intra-Flight Data Link (IFDL). O datalink Raduga-Bort-MB 5U15K-11 é usado para ligação com centros de comandos e aeronaves AWACS. A operação com o A-50 Mainstay é feita quando o caça está fora da cobertura da rede de radares em terra AK-RLDN.

Uma formação de quatro caças (chamado Zveno) MiG-31 com cada um a 200km um do outro cobre uma frente de 800km com o radar Foxhound. As quatro aeronaves agem como mini-AWACS de apoio mutuo para criar um grande quadro. Os dados são passados pelo datalink e podem ser repassados para o AK-RLDN. Podem atacar os alvos detectados com 16 mísseis R-33 sem se preocupar em engajar o mesmo alvo. O MiG-31 pode fazer engajamento cooperativo passando alvos para os MiG-29.

Possivelmente o líder pode "voar" outras aeronaves na formação enviando comando de guiagem que são entrados nos pilotos automáticos SAU-155M das outras três aeronaves. O MiG-31 também pode fazer interceptação semi-automática por oficial controlador em terra (geralmente um piloto qualificado), que passa comando de guiagem pelo datalink 5U15K-11.

O Su-27 usa o datalink ar-ar e ar-terra AIST para transmitir dados de imagem radar ou IR, e coordenadas de alvo. Permite criar novas táticas e também é usado para reconhecimento e ataque. Dois Su-27UBM e Su-30KN voaram em março 2001 para testes. O Su-27UBM voou uma missão de reconhecimento de 4 horas e 30 minutos detectando e passando os dados dos cinco alvos em terra pelo datalink para estação em terra em tempo real para distribuir alvos e designar meios para engajar. Os alvos foram detectados pelo radar com modo de mapeamento radar. O exercício foi seguido de disparo simulado de armas guiadas.

O Su-27SM modernizado está equipado com o datalink seguro TKS-2 (Tipovyi Kompleks Svyazi) ou R-098, capaz de operar integrado com um grupo de 16 aeronaves. Uma aeronave líder pode passar alvos para os outros e receber dados das outras aeronaves podendo cobrir uma área maior.

Os russos também produzem o sistema de controle em terra RUBEZH-ME que transmite comandos automáticos para controlar caças, sozinhos ou em grupos. A estação recebe dados de outra fontes como baterias de mísseis SAM, AWACS e MiG-31B. Tem capacidade de rastrear até 76 alvos e  guiar até 21 cacas ou grupos de caças.

Próxima Parte: Datalinks da MB e FAB


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