Um princípio importante das técnicas furtivas é o balanceamento da furtividade. Um navio furtivo só deve ser detectado pelo radar a menos de 20km. Nesta distância, o alcance visual passa a ser importante. Não adianta muito querer esconder um navio de um radar se ele pode ser detectado por outros sensores. Um navio tem outras assinaturas que precisam ser balanceadas para evitar que o inimigo detecte antes de entrar no alcance do radar. Estas assinaturas são a assinatura térmica, ótica/visual/laser/esteira, acústica, magnética, pressão e transmissões ativas.
Assinatura Visual
O controle da assinatura visual pode incluir camuflagem, baixo perfil e cor do casco. Óleos e tensoativos podem ser usados para reduzir a esteira. Durante um ataque, o uso de fumaça ou cortina de fumaça pode ser necessário contra armas de guiamento ótico com feito durante a Segunda Guerra Mundial. As assinaturas visuais incluem a ótica, da esteira, laser, e contra óculos de visão noturna.
Um inimigo
assimétrico, no litoral ou em um porto, como um terrorista,
torna a
assinatura visual a mais importante. Outros exemplos de ameaças
assimétricas
são as FIAC (Fast Inshore Attack Craft), aeronaves leves e
observadores em
terra.
Os principios da camuflagem, ocultação e despistamento em
ambiente naval são
complexos. O nível mais simples é o mesmo da infantaria
com as técnicas S e M
(Shape, Surface, Shine, Silhouette, Shadow, Spacing and Movement) se
aplicam
também aos cenários navais. Por exemplo, navios regularmente
espaçados também
alertam um observador. O fundo a considerar são o mar,
céu e mar e podem mudar
de características rapidamente. Um observador aéreo
vê do alto contra o mar, na
superfície vê contra a linha do horizonte ou costa, e um
submarino vê contra o
céu.
A camuflagem pode ser usada para quebrar a forma para enganar o
observador,
atrapalhar ver o tamanho, tipo e movimento do alvo para evitar a
identificação
e acompanhamento mesmo se já detectado.
A
camuflagem pode ter esquemas
inclinados
para atrapalhar identificação do curso e pinturas de
ondas de proa falsas para
dar impressão falsa de velocidade ou tamanho.
A
camuflagem visual já foi
usada em navios
na épocas romanas e gregas. O cinza escuro passou a ser usado a
partir de 1900 para operar a
noite e melhorar a camuflagem. O alto comando costumava
dar preferência
para cores bonitas para favorecer os cerimoniais.
Na
Primeira Guerra Mundial,
apareceram os padrões
de camuflagem “ad-hoc” com o HMS Indomitable em 1914 com cinza claro e
branco.
No meio da guerra, navios grandes como o HMS Indefatigable e Queem Mary
receberam painéis fixos na lateral para criar ilusão de
ter outro navio do
lado. Ambos foram perdidos na batalha da Jutlândia.
O
primeiro navio com camuflagem
Dazzle,
inventada pelo artista Normam Wilkinson, apareceu em 1917. Eram
técnicas de
despistamentos com inclinações de cores escuras. O HMS
Alsation foi pintado em
agosto de 1917. A Royal Navy repintou 400 navios ou mais com este
padrão.
Depois apareceram outras técnicas como cinzas, branco e azuis,
pretos e
amarelos. O objetivo era fundir com o fundo e atrapalhar o observador,
principalmente de submarino.
Está
técnica
é usada atualmente em navios
pequenos. As corvetas russas usam com padrões escuros na popa,
mas não na
superestrutura. Alguns países usam para
identificação e de modo diferente. As
vezes para atrapalhar a assinatura térmica dos motores ou para
atrapalhar a
direção da embarcação.
A Segunda Guerra Mundial fez a Royal Navy ter um diretório dedicado a camuflagem. O oficial Peter Scott mostrou que as cores leves davam o melhor contraste no nível do mar devido a falta do efeito atmosférico de difração da luz encontrado em grandes altitude. Esta técnica usava tons azuis e cinzas que operavam melhor em condições nubladas. Também usava padrões misturando cinza claro e verde claro, azul claro e grandes partes de branco. O padrão Mountbatten pink foi proposto para ocultar navio no nascer e por do sol, mas foi considerada ridícula. Em 1943, o aparecimento do radar restringiu o uso a dois projetos simples. Após a guerra, a importância da camuflagem diminuiu ainda mais.
Experimentos alemães anteriores a Segunda Guerra Mundial mostrou que embarcações pequenas com clores claras eram mais difíceis de serem detectada a noite que as pintadas com cores mais escuras. Estes dados já tinham sido observados pelos marinheiros a séculos. Seus torpedeiros Schnellboot eram pintados com clores claras por operarem principalmente à noite. Para operações diurnas eram usadas cores mais escuras como cinza escuro. Às vezes até de verde oliva em regiões mediterrâneas. No meio da guerra receberam camuflagem que imita ondas. A marinha alemã também usava bandeira de outros países para confundir a identificação.
Torpedeira americana
da classe Eco com camuflagem especial Zebra. Esta camuflagem foi
testada no Pacífico
e mediterrâneo e atrapalhava o cálculo da distância,
velocidade e direção da
embarcação. Não foi usada por ser difícilde aplicar e manter.
O USS Portland recebeu uma camuflagem
33/7D em 1944.
O
projeto Yehudi, de 1940, usava
técnicas de
luzes de contrastes adaptada de experimentos da Primeira Guerra
Mundial. Usava
luzes brilhando no exterior da plataforma para eliminar os efeitos de
silhueta.
Funcionava melhor em período de nevoeiro. Mudança do
tempo significa que
funcionava por segundos e era atrapalhada pelo movimento do navio. O
projeto
foi revivido para uso nos TBM-3 Avenger e B-24 de guerra anti-submarina
com técnicas
semelhantes.
A aeronave Have Blue, da década de 70, que se tornou o F-117,
adotou um sistema
de contra iluminação com luzes controladas centralmente.
A idéia não foi
adotada e poderia ter sido aplicado em navio.
Medidas externas
de
camuflagem costumam ser comuns em navios que operam próximas a
costa. As redes
de camuflagem são um problema pois enroscam nas antenas, ficam
volumosas se
molhadas e demoram para colocar e tirar. Pode levar duas horas para
esconder um
navio de 50 metros com redes de camuflagem.
O
Skjold recebeu camuflagem de
tons verde
depois de testes na topografia norueguesa e opera neste ambiente como
modo de
sobreviver pois é mais difícil de detectar próximo
a costa. A classe Cyclone
americana também usa pois foi projetada para apoiar
operações especiais próximo
a costa.
A Suécia usava tática de esconder navios na costa durante a Guerra Fria e agora está indo mais para o mar por longos períodos. A Visby irá receber uma nova camuflagem e precisa de mais tons de azul. O modelo atual usa três ton azuis e cinza padrão com baixa emissividade na banda IR e pouco refletivo na banda visual. A Visby também considera a forma e silhueta baixa como medida de controle da assinatura visual.
A Classe Cyclone americana usa
camuflagem Dazzle para operar próximo ao litoral apoiando
operações especiais dos SEALs.
A iluminação noturna já é pouco usada para
evitar detecção noturna e agora deve ser ainda mais
enfatizada com o uso de
óculos de visão noturna pelo adversário. Leitura
de mapa e sensor com
pouca luz devem ser
evitados ou filtrados.
Os submarinos
são
plataformas furtivas por natureza e as operações em
águas profundas nega a necessidade
de camuflagem visual. Porém, os submarinos vão a
superfície e operam a profundidade
de periscópio na fase de busca, comunicação e
disparo. As vezes podem ser
designados para operar no litoral para inserção de
forças especiais, vigilância
eletrônica e vigilância visual.
Todos os navios produzem esteira e tem grande assinatura visual.
São vistos
facilmente a partir de um avião e até a noite a olho nu.
Um radar pode ser
programado para o padrão de ondas em V produzidos pelo navio e
detectados pelo
radar. A reação pode ser se mover a baixa velocidade, mas
pode ser taticamente inaceitável.
Na fase de ataque, os torpedos que seguem esteira podem ser enganados
com
outras fontes falsas de esteira e manobras, se forem detectados antes.
Até uma
acelerada rápida pode conter.
Um casco trimarã pode reduzir a esteira e podem dar interferência destrutiva e com padrão variado. Através da otimização cuidadosa de volumes relativos, submersão e localização a frente e atrás do bolbo da proa foi demonstrado como sendo possível a redução significativa das ondas de casco de navios de guerra. A redução da assinatura de radar sem o cancelamento de ondas irá criar uma vulnerabilidade tática em longo prazo com a proliferação de tecnologia de radares avançados. A corveta Visby parece empregar uma forma de casco convencional que gera ondas de casco que poderá comprometer todo esforço de diminuição da assinatura de radar.
HMS Opossum com
camuflagem de águas rasas usadas durante o conflito do Golfo em
1991.
2004
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