Pouco
esforço tem sido gasto com armas furtivas. O
míssil cruise JASSM
e a bomba planadora JSOW podem ser consideradas exceções,
mas é para proteger a
arma e não a aeronave lançadora. A USAF planeja um substituto para
as bombas JDAM e um dos requerimentos é a furtividade.
Compartimento
Interno de
Armas
Cargas externas são um
problema para as aeronaves furtivas. Se a
aeronave tem
um RCS de 0,1m2, levando tanques e armas externas o RCS chega a 2 m2
comprometendo
a furtividade da aeronave. Uma característica praticamente obrigatória
das aeronaves furtivas é levar o armamento em compartimentos internos de armas.
O compartimento interno de armas foi a primeira resposta a falta de armas furtivas.
Levar cargas internamente diminui o
arrasto, melhora o consumo de
combustível e aumenta a furtividade, mas resultam em uma menor
capacidade de levar,
comparado com mesma aeronave do mesmo tamanho com carga externa. A fuselagem
será maior, com mais arrasto. O espaço interno de armas usa espaço
que seria do
combustível e limita a carga máxima.
Acaba sobrando pouco espaço para modernização e
atualização. Os sistemas de
guerra eletrônica se desenvolveriam pouco no Vietnã se
fossem obrigados a serem
instalados internamente.
Os compartimentos internos de armas
já são usados nos
bombardeiros e
aeronaves de patrulha. A economia de combustível já compensa por voarem missões
longas.
O peso extra não é problema pois não precisam ser manobráveis. Para um caça,
um compartimento interno de armas não
costuma ser uma boa solução devido ao pouco ganho em
alcance que não compensa o
aumento do peso.
Todas as aeronaves furtivas usam um
compartimentos interno de armas
como
o B-2, F-117, F-22A e F-35 e será usado nos UCAV em
estudo. O
compartimento
interno de armas pode ser único e grande, ou dois/três
menores, com tamanhos
diferentes e dedicados para armas especificas.
O YF-23 tem um compartimentos internos de armas
único. O F-22A tem dois compartimentos pequenas para levar
os mísseis AIM-9 e
dois compartimentos grandes capazes de levar seis mísseis AIM-120C ou dois AIM-120C e duas
bombas JDAM.
O
F-35 tem
dois compartimentos internos de armas de tamanho médio capaz de
levar
uma JDAM e um AMRAAM em cada. São bem separadas na fuselagem
para deixar espaço
central para o motor de sustentação na versão STOVL.
O F-35B STOVL terá um compartimento
interno de armas menor para apenas uma JDAM de 454kg enquanto a
versão
F-35A e F-35C será capaz de levar uma JDAM de 900kg.
Um compartimentos interno de armas maior é mais flexível
que vários
menores para transportar vários tipos de armas. O YF-23 tinha
compartimentos
interno de armas único e as JDAM ficavam empilhadas. Se a
de baixo não
disparar a de cima fica travada.
O compartimento
interno de arma lateral é melhor para combate aproximado em
curva quando o
míssil fica exposto e consegue olhar para parte de dentro da
curva se apontado por
um radar ou mira no capacete (HMS). No caso de um compartimento central, a fuselagem bloqueia
a
visão do
sensor do míssil contra alvos na parte de dentro da curva (ou parte de cima
da aeronave).
Cargas
Externas
O F-22A e F-35 têm compartimento interno de armas mas não precisam de muitas bombas para conseguir precisão. Mas isto sempre resulta na limitação de levar muitas armas. O F-102 e F-106 são caças e sempre levavam as armas internamente. O F-105 e F-111 têm compartimento interno de armas, mas geralmente levavam armas externas por serem grandes e numerosas. Aumentar o compartimento de carga interno é mais difícil que diminuir o tamanho das armas.
Os compartimentos internos podem ser necessários para os caças pois os mísseis ar-ar são levados por muito tempo em várias missões durante um conflito. O desgaste durante o vôo limita sua vida útil e tem que ser reformado após algumas centenas de horas de voo. Isto não acontece com as armas ar-solo que geralmente são disparadas quando são carregadas.
O F-22A e F-35 também têm opção de levar armas em cabides externos para cenários de menor ameaça. A estratégia é atacar primeiro as defesas no inicio de uma campanha. Depois das defesas serem suprimidas a furtividade diminui de importância. As armas externas ainda podem ser alijadas, junto com o cabide, caso a aeronave esteja ameaçada e vota a configuração furtiva. A própria USAF calcula que cerca de 5% das missões precisam de furtividade, mas são as primeiras e mais importantes.
Nem
todos os alvos
são bem defendidos e a maioria dos países não tem
defesas aéreas sofisticadas.
Para alguns tipos de missões, como o apoio aéreo aproximado,
a furtividade não é
muito importante pois a aeronave é esperada e não
existe o objetivo de conseguir
surpresa.
O F-35 JSF está preparado
para levar armas externas em pelo
menos quatro cabides externos. Um AIM-9X poderá ser levado em um
cabide ou na ponta da asa dependendo da versão. A versão STOVL
será equipado com um
casulo canhão enquanto a versão da USAF levará um
canhão interno. A versão da
US Navy não levará canhão. As primeiras aeronaves
furtivas só levavam armas ofensivas. A nova
geração de caças furtivos está levando
armas defensivas como o AMRAAM e podem usar o radar, IRST e ESM para
apontar a arma. Elas operam de dia e estão sob ameaças
dos caças inimigos. A USAF está estudando a insatalação de mísseis ar-ar
no bombardeiro B-21.
O F-22A tem dois cabides
em cada asa capaz de levar 2268kg de armas cada. Os cabides podem levar
dois
lançadores de mísseis.
O F-22A tem quatro cabides para levar
tanques de 2.270 litros e dois AMRAAM em cada.
São usados para deslocamentos a longas distâncias e
Patrulha Aéreas de Combate (PAC)
quando as defesas
inimigas foram enfraquecidas. Os cabides externos permitem diminuir o trabalho das
aeronaves
de reabastecimento em vôo e de carga. Os tanques externos tem a
vantagem de
poderem ser aliados antes de um combate.
O
compartimento interno de armas limita a flexibilidade de
opções e armas que
podem ser escolhidas, assim como a quantidade e
configuração das armas.
Um compartimento interno de armas não é fácil de instalar em aeronaves pequenas. Os protótipos do XST, Have Blue e Bird of Pray não tinham compartimento interno de armas. Por isso, as aeronaves furtivas tendem a ser relativamente grandes.
Um
projeto de
aeronave furtiva leve forçaria o uso de armas externas,
obrigatoriamente
furtivas, ou seria um interceptador armados com poucos mísseis.
Isto levou a
levou ao projeto de armas menores como SDB e adaptações
como a versão de asas
cortadas do AMRAAM (AIM-120C).
Uma
outra opção é usar casulos
furtivos. O
projeto FB-22 americano inclui o uso de um casulo externo de armas com
formas
furtivas e a capacidade de levar armas furtivas externamente como o
míssil
cruise JASSM. Os
navios de guerra já usam casulos de armas há muito tempo.
Um
sistema semelhante já foi usado no B-58 Hustler na década
de 1950. O
casulo de armas MB-1C do B-58 tinha 17,4 metros de comprimento e 1,5
metros de diâmetro.
Pesava 16,325kg carregado. Levava a bomba nuclear W38Y1-1 e
combustível. A bomba
ficava adaptada na fuselagem e coberta por um tanque ejetável
menor. Um tanque
maior cobria o arranjo menor. Os tanques eram alijados para diminuir o
arrasto
depois do combustível acabar.
A Lockheed está
desenvolvendo um casulo furtivo capaz de levar duas bombas JDAM de
900kg para
equipar o F-22A e o FB-22. No caso do FB-22 também será
levado armas furtivas
externamente. O formato exato do casulo não é conhecido.
O cabide externo deve
ter configuração furtiva, tem que ter as falhas seladas
com pintura RAM e deve
ser ejetado após o uso.
Lançador múltiplo da SBD
com quatro bombas instalado em um F-15E. O lançador múltiplo permite que
quatro bombas SDB sejam levadas no compartimento interno do F-22 e F-35.
Cada aeronave passa a ter capacidade de atacar oito alvos em uma missão
contra dois alvos do F-117. A USAF planeja modernizar os B-2 para levarem
192 bombas SDB.
kits
de conversão de bombas guiadas balísticas em bombas
plantadoras como o Slingshot e Diamond Back são um método
de aumentar o alcance sem usar propulsão adicional. A foto acima
mostra uma
JDAM com um kit Slingshot.
As técnicas
da forma furtiva se forem usadas em armas furtivas tem que seguir o
alinhamento superfície da
aeronave se for levada externamente. Isto é complicado se for
usada por várias
plataformas que tem regras de alinhamento diferentes. As armas levadas
internamente devem ter asas dobráveis ou curtas como
a versão AIM-120C5 do
AMRAAM.
O disparo da arma
não deve comprometer a furtividade da aeronave
com
assinatura visual (fumaça ou luz do motor) ou radar com abertura
das portas do
compartimento de armas e pelo RCS da arma não furtiva, mas nesta
hora a missão
já está cumprida e o inimigo vai tomar conhecimento da
aeronave furtiva de
qualquer maneira. Uma aeronave em fuga é muito mais
difícil de interceptar e
atacar.
Os mísseis
têm assinatura visual pequena por serem
pequenos e a fumaça
do rastro do motor é que pode criar problemas. As armas devem
evitar ter
motor foguete que tem assinatura visual, IR e radar momentâneo
muito
grande. De preferência, devem ser armas planadoras ou
balísticas.
Caso seja
impulsionada por foguete é desejável que a
ignição seja longe ou
atrasada. Os mísseis ar-ar tem motor de grande energia e tem que
ligar rápido.
O acionamento do motor foguete adiciona brilho e fumaça a assinatura visual. A
assinatura IR é
perceptível a longa distância e emite por um tempo
considerável. Depois de
ligado, o míssil mantém a assinatura IR com o calor
cinético e a estrutura
aquecida pelo motor. De certa forma o alvo deverá se preocupar
em fugir e não em
contra-atacar, mas outros caças podem estar por perto.
Pouco pode ser feito
hoje com a tecnologia para diminuir a assinatura IR
dos
mísseis ar-ar. Caso tenha que disparar uma arma com foguete os
problemas podem
ser diminuídos se a arma tiver uma grande velocidade para dar
pouco
tempo de reação ao inimigo. Para aumentar a velocidade
é necessário aumentar
ainda mais a assinatura, mas é um problema que não tem
como piorar. O motor
ramjet é uma forma de criar um míssil de alta energia e o
alcance adicional
pode ser uma proteção extra. Se lançado a uma
distância menor o inimigo terá
poucas chances de fugir com manobras. A USAF estuda um míssil
ar-ar com alcance de 150-200km para equipar o F-22A. Outro tipo de
arma que precisa de grande
energia são os mísseis anti-radiação como o
AGM-88 HARM.
O sistema de
guiamento das armas de uma aeronave furtiva devem ser
preferencialmente passivos ou de baixa probabilidade de
interceptação (LPI). O
F-117 usa sensores térmicos para adquirir o alvo e só
liga o laser nos 8-10
segundos finais antes do impacto. Os sensores GPS/INS, IR e TV
são bons
para armas de queda livre ou planadoras. O F-117 está sendo
equipado com bombas guiadas
por GPS/INS JDAM e WMCS. A aeronave não irá usar o laser
para guiar as armas, mas
pode usar o FLIR e o laser para determinar ou conferir as coordenadas do alvo.
Os sensores passivos
têm limitação de alcance e os
mísseis ar-ar de
longo alcance precisam de um radar ativo, mas que liga por pouco tempo
e dá
pouco tempo de alerta e não precisa ser furtivo. Existem
mísseis ar-ar de longo
alcance com sensores passivos como os sensores IR já existentes
em alguns
mísseis (MICA, R-27 e R-77) e anti-radar (R-27 e R-77).
Os mísseis
ar-ar de médio alcance precisam de um caça com radar
ativo para detectar, engajar
e atualizar a posição do alvo. Um radar LPI é o
ideal, mas ainda pode denunciar
a presença ou posição da aeronave
lançadora. Uma tática é um caça sendo usado
como lançador e que voa mais próximo do alvo e outro para
iluminar o alvo de uma distância maior.
As armas que trancam no alvo antes do lançamento precisam ficar expostas
fora do compartimento interno por um tempo que pode ser longo para uma
aeronave furtiva. O ASRAAM
que irá
equipar os F-35 britânicos é a única arma com modo
LOBL prevista para a
aeronave. O F-22A usa o AIM-9X com modo
LOBL.
Mísseis Furtivos
Mísseis com requisitos de baixa assinatura existem desde a
década de 1960. A North American modificou o míssil cruise supersônico
AGM-28 Hound Dog para
diminuir o RCS após estudo que mostraram que o míssil era
vulnerável a vários
sites de mísseis SAM que deveria destruir. A Boeing colocou
técnicas furtivas
no seu míssil AGM-69 SRAM no fim da década de 1960. O SRAM
foi usado pelos B-52 e
B-1 até 1990. O programa tinha requerimento de baixo RCS desde a
concepção.
No inicio década de 1970, era esperado que a URSS teria
contramedidas
contra os mísseis cruise. O AGM-86 ALCM e o Tomahawk tiveram medidas para diminuir
assinatura
radar e IR.
Com pequenas
modificações foi possível diminuir em muito o RCS
do AGM-86. O AGM-86 CALCM Block I tem ogiva convencional de 1.360kg.
Foram
convertidos 140 mísseis nucleares até 1994 com alguns
usados no Golfo em 1991.
O block 1A foi equipado com GPS em 163 mísseis. Depois da
operação Desert Fox
foi iniciado a conversão de mais 95 mísseis block I. O
Block II está disponível
desde 2002 com a munição penetradora BROACH. A
ameaça dos mísseis S-300 levou ao
programa Have Rust para instalar ECM nos mísseis cruise
americanos. Este
programa ainda tem detalhes secretos.
O projeto Senior Prom era outro programa de míssil cruise
furtivo da época. Foi
iniciado no fim da década de 1970 após o Have Blue validar
o conceito de usar
formas facetadas para criar uma aeronave com baixo RCS. Era uma
tecnologia
considerada promissora. A Lockheed recebeu um contrato de US$ 24
milhões em
1977. O projeto ainda é secreto e algumas
informações estão disponíveis. O
míssil seria lançado do B-52 e teria perfil de
vôo baixo, apesar de ter um
alcance bem maior se voasse a média ou grande altitude. A
propulsão é por motor
turbofan único. O míssil não foi comprado e era
considerado grande para ser
levado no B-1B. A General Dynamics também desenvolveu um
míssil cruise furtivo
no projeto Teal Dawn que chegou a ser testado em vôo. O projeto
ainda é
secreto.
No fim decada de 1980,
foram realizados testes com vários protótipos do Senior
Prom lançados de um DC-130. Foram 13 vôos e todos com
sucesso. O míssil não
detectado pelo radar SPS-13 usado nos testes. A forma do míssil era similar ao Have Blue.
As asas provavelmente seriam dobradas para poder ser levado internamente. Foram
vários modelos incluindo com barbatana ventral. A entrada de ar instalada na parte de baixo
sugere que
pode voar baixo para se esconder dos radares.
Uma arma prevista para o B-2 seria
o míssil cruise furtivo AGM-137
Tri-Service Stand-off Attack Missile (TSSAM). O projeto foi cancelado e o B-2
ficou banguelo. A USAF logo cancelou o AGM-131 SRAM II em 1994 e o
bombardeiro passou
a ser armado apenas com bombas burras. As bombas guiadas GAM,
predecessor das JDAM, foram
usadas
provisoriamente.
Em 1982,
a USAF iniciou um programa
de um novo míssil
cruise lançado do ar de nova geração.
Estudos da USAF de mísseis cruise furtivos mostrou que o AGM-86
seria
facilmente detectado pelos sistemas de defesa aérea do futuro. O ACM (Advanced
Cruise Missile) era um dos projetos que se seguiu após o sucesso
do Have blue
junto com o ATF e ATB. O ACM usaria tecnologia furtiva e estudos
já estavam
sendo feitos a respeito da diminuição do RCS com
métodos de forma nos mísseis
desde 1977 no projeto Senior Prom. A Boeing, a Lockheed e a General Dynamicas eram
os concorrentes, com a última sendo a escolhida em 1983. O
míssil foi designado
AGM-129.
O preço unitário sugerido era de US$3 milhões ou um custo total de US$ 7 bilhões incluindo o projeto e desenvolvimento. O míssil deveria ter um RCS menor que o ALCM, com mais precisão, voaria mais baixo em uma velocidade subsônica e com alcance maior de 3.700km, ou 1.600km a mais que o ALCM, para poder voar ao redor das defesas ao invés de entre elas. O míssil atacaria alvos mais bem defendidos e ameaças futuras. Deveria estar operacional em 1991.
Inicialmente
era planejado a compra de 3.418 ACM, mas a encomenda foi logo
reduzido
para 1.499 e depois 1.000. O míssil voou em 1985 com a primeira
entrega em
1990. A produção foi encerrada com 463
mísseis em 1992 com a última entrega
em 1993 devido aos tratados de redução de armas e o fim
da URSS. Foi planejado
para equipar o B-52, B-1 e B-2, mas apenas 48 bombardeiros B-52H foram
adaptados
para uso levando 12 em cabides nas asas e oito internamente. Uma
proposta de uma
versão
convencional AGM-129B não foi aceita em 1998.
O AGM-129 tem forma
furtiva
que inclui asa e barbatanas enflexadas para frente, entrada de ar tipo
flush e exaustor
plano. É guiado por acompanhamento de terreno (TERCOM) com
precisão de 30-90
metros. Provavelmente deve ter recebido um GPS para melhorar a
precisão. O
míssil está equipado com uma ogiva W80 de 5-150kt
semelhante a usada pelo
AGM-86. Tem 6,4
m de
comprimento, 3,1m de envergadura e diâmetro de 70,5 cm e pesa
cerca de 1250kg.
É propulsado por um motor Williams International
F112-WR-100 com 732lb.
No fim da década de 1990, a USAF iniciou estudos de um
míssil cruise com alcance
de 1.800km chamado LRCM (Long Range Cruise Missile). O projeto
não passou da
fase de estudos. Os estoques de AGM-86 convencionais estavam acabando e
a USAF
precisava de um novo míssil cruise. Poderia ser até a
abertura da linha de produção do AGM-86.
A bomba planadora AGM-154 JSOW (Joint Stand-Off Weapon) foi projetada
para
equipar os caças da US Navy. O alcance é de 27km a baixa
altitude ou 74km a
grande altitude. Foi projetada para atacar baterias de mísseis
SAM e bases aéreas.
A arma tem formas furtivas e conceito modular, podendo receber
vários tipos de
sensores, munição unitária ou múltipla e
propulsão adicional. A JSOW pode ser
usada como arma de supressão de defesa do B-2 com o sistema DMS
localizando os
radares inimigos.
Os europeus estão
atrasados em relação aos americanos no projeto de
aeronaves furtivas, mas não
no uso da furtividade no projeto de mísseis. O Matra/BAe
Dynamics Apache/Scalp EG
já está em
operação e tem formas furtivas. Outros exemplos
são o Taurus alemão. Os russos
citam que os mísseis cruise Raduga Kh-101 e Kh-102 que
irão substituir o Kh-55
tem tecnologia furtiva e provavelmente na forma de cobertura RAM.
O novo míssil
cruise furtivo da USAF é o AGM-158 JASSM (Joint
Air-to-Surface Standoff Missile). O míssil é
relativamente pequeno e compatível
com o B-52H, F-16C/D, F/A-18E/F, F-15E, F-117, B-1B, B-2, P-3C e S-3B.
O míssil
pesa 1.020kg, tem alcance de 370km e está armado com uma ogiva
de 454kg. O
lançador de armas do F-117 desce
por gravidade. O compartimento pode levar tanques internos extras para
deslocamento a longa distância.
Guerra
a Distância
A
furtividade permite chegar
próximo do
alvo usando armas já em produção, mas a aeronave
poderá ser detectada na fase final. Se
não estiver
equipada com armas guiadas a aeronave vai ter que se aproximar e passar
pelo alvo.
As armas de longo alcance podem cobrir a distância que sobra
até o alvo. Como são
caras, uma aeronave furtiva permite se aproximar mais um pouco e pode
lançar a
arma que vai até o alvo planando ou no modo balístico.
Os mísseis cruise são ideais no inicio de uma campanha contra alvos muito bem defendidos, mas são caros para serem usados em operações de paz. Devido ao seu custo, compensa investir em furtividade para garantir que passem pelas defesas.
Mísseis
de longo alcance são um complemento e/ou
substitutos para as
aeronaves furtivas. Enquanto a USAF usava os F-117 durante a
noite durante a
Guerra do Golfo, a US Navy usava o Tomahawk durante o dia pois o F-117
não foi
projetado para voar de dia.
O B-2
dispara suas JDAM no alcance
máximo de
24km e foge do alvo. O inimigo pode pensar que a aeronave segue o
trajeto da
bomba e passa por cima do alvo. A velocidade ajuda e a aeronave pode
acelerar
um pouco antes para disparar de mais longe, manobrar e fugir.
O F-22A pode se aproximar a cerca de 25 km
de um
sistema S-300 russo sem ser detectado. É o alcance máximo
de uma
bomba JDAM de 1.000
libras. A JSOW e o JASSM têm alcance suficiente para serem
disparados de uma
distância bem maior, mas não podem ser levados internamente
no F-22A. Se forem
levadas externamente podem denunciar o caça a uma
distância maior.
Um míssil
anti-radiação mais simples e menor que o HARM pode ser
necessário nestas
missões pois a aeronave pode chegar mais perto que os
caças convencionais.
Existe
os que defendem que uma
aeronave não
precisa ser furtiva para ser efetiva. A furtividade é mais
necessária no inicio
de um conflito quando as defesas aéreas inimigas estão
intactas. Com a maioria
das aeronaves com furtividade frontal e com uma pequena frota
totalmente furtiva
apoiados por interferidores de longa distância, uma força
aérea pode realizar a
maioria das missões e tarefas.
O F-117
não é
desejável para uso em cerca de 90% das
missões. Outras aeronaves podem levar mais bombas, outras armas e
sensores, com
mais alcance ou
com melhor pontaria. O que o diferencia é a capacidade única
de
sobrevivência contra
defesas intensas. Ainda não é versátil como os
caças-bombardeiros atuais.
A US Navy
não se preocupa
com a furtividade do F/A-18 Super Hornet. O RCS frontal é
suficientemente baixo
para o combate aéreo a longa distância e os alvos em terra
bem protegidos podem
ser atingidos com precisão e segurança com o
míssil AGM-84H SLAM-ER. Agora a US
Navy irá receber o F-35.
Armas
convencionais de longo
alcance
lançadas de aeronaves são idéias novas baseadas em
velhos princípios. Matar um
mamute com uma flecha é mais seguro que cravar uma lança
nas suas entranhas. Manusear uma balista é menos perigoso que
tentar derrubar uma
muralha com um
bate estaca. Nos dois casos, o ataque é feito fora do alcance
das melhores
defesas inimigas.
Atualizado em 08 de Novembro de 2005
2000-2005
©Sistemas de Armas
Opinião |
Fórum - Dê a sua
opinião sobre os assuntos mostrados no Sistemas de Armas
Assine a lista para receber informações sobre
atualizações e participar das discussões enviando
um email
em branco para sistemasarmas-subscribe@yahoogrupos.com.br