ATF - Advanced Tactical
Fighter
Por volta de 1969-1970, antes do F-15, F-16 e A-10 entrarem em
serviço, a USAF
iniciou o estudo TAC-85 para saber como seriam seus sucessores. O
resultado
levou a um Conceito Operacional em 1971 chamado de ATF - Advanced Tactical Fighter. Nesta época, o
conceito era bem vago com
alguns pequenos estudos realizados no inicio da década. Em 1975, a USAF
pretendia
construir dois protótipos do ATF que voariam entre 1977 e 1981, mas
estava sem
recursos.
Em 1976, a USAF começou a considerar a
incorporação de tecnologia furtiva nos
projetos, após o sucesso do Have Blue, que reanimou o projeto.
Os estudos que levaram aos
requerimentos
do ATF incluem o ATEI sobre supercruzeiro, ou voar supersônico
sem usar o
pós-combustor, o ATASMA sobre o efeito de ataques contra as bases
aéreas aliadas, aeronaves
de pouso e decolagem curta (STOL) e aeronaves de longo alcance, e o ACEMA sobre
o efeito do alcance nas aeronaves de combate. Também foram realizados
estudos
comparando aeronaves pequenas de capacidade limitada contra aeronaves
grandes e
mais capazes.
A
capacidade de supercruzeiro seria importante no cenário europeu
pois pensava-se
que apenas os caças estacionados no Reino Unido e Benelux
poderiam sobreviver
no solo e teriam que ser rápidos para cruzar a distância
até a Alemanha. Também
teriam que ter capacidade STOL. O alcance teria que ser maior que o
do F-15 para
operar de bases mais distantes e seguras.
Já no Vietnam era
notado a necessidade
de um caça que pudesse decolar e operar no Vietnã do
Norte sem precisar de
reabastecimento em vôo. O raio de combate de 700km do F-4 era
inadequado e o
programa VFX (F-14) e FX (F-15) tinham requerimento de raio de
ação de 1.800km.
Os F-104 em missões de escolta no Vietnã tinham que voltar quando o
combustível acabava.
Os F-105 continuavam a missão e os MiGs estavam esperando longe do
alcance
dos F-104.
Os inimigos do futuro podem estudar outras guerra e saber que a
vitória precisa
da negação de bases no local. A USAF terá que
operar muito longe e o F-22A
pode fazer isso. O F-22A será um viabilizador de teatro,
protegendo
bombardeiros e aeronaves de apoio e destruindo bases de mísseis
SAM. Sua missão
é manter os céus limpos para as forças aliadas. Se
a regra de engajamento
forçar um combate aproximado, o F-22 tem manobrabilidade e
armas adequadas
(canhão e mísseis AIM-9X). O F-15 atualmente tem que
operar na zona sem
escapatória dos mísseis e não é furtivo. O
F-15 usa o desempenho e
contramedidas eletrônicas para conseguir superioridade
aérea em território
inimigo.
Em 1978, a USAF iniciou dois
projetos separados, o Enhanced
Tactical Fighter (ETF) e o Advanced Tactical Attack System (ATAS). O
ETF seria
um projeto de curto prazo, enquanto o ATAS seria um projeto em longo
prazo
concentrado em novas armas e tecnologias avançadas. A
ênfase foi na capacidade
de ataque ao solo, assumindo que os novos F-15 e F-16 seriam capazes de
superar
os caças russos. Quando surgiu a ameaça do MiG-29, MiG-31
e Su-27, a capacidade
ar-ar também passou a ser considerada. Em abril de 1980, o ETF
foi parado e o
ATAS se tornou o ATF com capacidade ar-ar e ar-solo e começou a
ser considerado
a capacidade STOL.
Um RFI (pedido de informações) foi lançado
ainda em 1981 para um ATF com
capacidade
ar-ar e ar-solo e desempenho para escapar das defesas dentro do
território
soviético para atacar caças e bases aéreas com
objetivo de conquistar a
superioridade aérea. Teria que ter furtividade e ter capacidade
de voar em
supercruzeiro. Com sensores furtivos e mísseis de longo
alcance/BVR teria
capacidade de ver primeiro e atirar primeiro. Foram chamadas a Boeing,
Fairchild, General Dynamics, Grumman, Lockheed,
McDonnell Douglas, Northrop, Rockwell e Vought.
Sete responderam em
1982.
No
inicio da década de 1980, a capacidade ar-solo parecia menos
urgente quando o
F-117A estava sendo desenvolvido. O F-111 deveria ser efetivo
até a década de
1990 e o F-15 e F-16 poderiam ter papel ar-solo. O resultado foi otimizar
o ATF
na arena ar-ar.
Em 1982,
a USAF tinha com prioridade anular a
força soviética modificando os caças atuais o que
levou ao F-15E. O próximo passo
era um caça mais avançado para substituir o F-15 e
superar o MiG-29 e Su-27.
Em 1982, foi
discutido
com os concorrentes os requerimentos de supercruzeiro, raio de 600-800
milhas e
operação em pista de 700 metros.
O RFP foi lançado em 1982 com entrada em serviço previsto para o meio da década de 1990. Em setembro de 1983, foram financiados estudos de conceitos de definição para a Boeing, General Dynamics, Lockheed, McDonnell Douglas, Northrop e Rockwell. Na mesma época foi iniciado o programa paralelo do motor do ATF chamado Joint Advanced Fighter Engine (JAFE).
Estudos do ATF da General Dynamics.
Os
requerimentos do ATF eram chamados de "três S´s" (Stealth,
Supercruise e STOL). Com estes requerimentos seria
possível
estimar o tamanho do ATF e desenvolver os motores. O requerimento era
um raio
de combate de 1.110 a 1.480km, ou maior que o raio de ação do F-15, e capacidade de supercruzeiro
de Mach 1.5. Em
termos de manobrabilidade deveria puxar 5 g´s a Mach 1 e 6 g´s a Mach 1.5
voando a 10 mil metros. A 3 mil metros deveria ter capacidade de giro
instantâneo de 9gs a Mach 0,9 e sustentar 2g a Mach 1.5 a 15 mil
metros.
O ATF
deveria operar em uma pista de 610 metros e
precisaria de um de reversor de empuxo. O limite foi depois aumentado
para 915 metros
para diminuir os custos. O custo seria de US$ 40
milhões com dólar
de 1985 com custo de ciclo de vida menor que o F-15. O peso seria de 27 toneladas no modo ar-ar e 36 toneladas
na
configuração de ataque ao solo. O campo de visão
dos sensores era de 120 graus
para cada lado do nariz. A supermanobrabilidade com o uso do vetoramento
de empuxo (TVC) e a fusão dos sensores também passaram a
fazer parte dos
requerimentos.
Em
1985, foi lançado um RFP (pedido de propostas) para o ATF com
entrada em
serviço no meio da década de 1990. O programa passou a ser
chamado de Senior Sky. Em 1986, foi decidido
realizar uma competição
de dois protótipos para uma fase de demonstração e
validação (DEM/VAL). As
empresas se uniram em equipes lideradas pela Lockheed/Boeing/General
Dynamics e
Northrop/McDonnell Douglas. Seriam construídos dois
protótipos, o YF-23A
"Black Widow II e o YF-22A "Lightning II". Cada equipe recebeu
um contrato de US$818 milhões para esta fase.
O YF-22 foi escolhido em abril de 1991. A Lockheed recebeu um contrato
de
desenvolvimento de US$10,9 bilhões que incluía o
desenvolvimento do motor.
Protótipo do YF-23.
A foto mostra a
diferença dos conceitos iniciais do ATF até chegar ao
protótipo YF-22 e o F-22A
operacional. Entre
as diferenças mais notáveis entre o YF-22 e o
F-22A
estão a entrada de ar
mais curta, a asa com
enflexamento maior e estabilizadores horizontais e verticais menores.
Suspeitasse que a manobrabilidade YF-22
com TVC superou a furtividade do YF-23
como o principal fator na decisão final. O YF-23 atingiu
supercruzeiro de Mach
1.43 e velocidade máxima de Mach 1.8. O YF-22 atingiu
supercruzeiro de Mach
1,58 com a turbina GE.
As discussões iniciais com as empresas logo mostraram que a
Lockheed tinha
muita vantagem no controle de assinatura radar. Seus estudos de análise
operacional
também mostrou como a furtividade era relevante e foram
decisivos na vitória.
Quando a Lockheed começo a criar as formas curvas do ATF teve
que deixar de
usar os software analíticos. A manobrabilidade e a velocidade
supersônica
melhorou e passaram a testar as formas no estande de radar da companhia
e o
desempenho foi bom.
A configuração passou rapidamente de facetado para curvas
suaves. A
configuração da fase de avaliação tinha
formas curvas e apenas o nariz era
facetado. Antes de 1985 eles não sabiam como fazer um radome
furtivo curvo. A
Lockheed tinha que conciliar furtividade, supercruzeiro e agilidade. A
furtividade influencia a forma e ângulos de todas as
superfícies externas,
armas e combustível internos. A fuselagem teria um grande volume
comparado com
uma aeronave convencional. A capacidade de supercruzeiro exigia pouco
arrasto,
ou uma fuselagem mais fina e asas e cauda pequenas, sendo
incompatível com
grande volumes. A agilidade precisa de uma asa grande e grandes superfícies de
controles que atrapalham o supercruzeiro e a furtividade. A melhor cauda para
uma aeronave furtiva é nenhuma, mas para o combate aéreo o ideal é uma cauda
grande para melhorar a estabilidade em grandes ângulos de ataque.
Melhores técnicas de modelagem e testes permitiram incorporar
superfícies curvas
no projeto. As superfícies e bordas são alinhadas, com
fendas cerradas,
alinhadas com a asa e a cauda. Todas as aberturas têm formas rombóides. As falhas
são projetadas para evitar ângulos de 90 graus ao se
moverem. O objetivo é
concentrar as reflexões em poucos ângulos.
O principal problema no projeto foram as aberturas e frestas na estrutura.
Painéis e buracos
de drenagem foram eliminados ou combinados, e os cerrados passaram a
ter menos
dentes.
Material RAM foi aplicado em poucos pontos como cavidades e
descontinuidades. As
bordas das asas e corpo tem RAM de banda larga. O radome é
seletivo a
freqüência e otimizado para modos ar-ar. Deverá ser
substituído por outro
radome quando o radar passar a ter modos ar-solo.
As entradas de ar têm geometria fixa para diminuir o tempo de
projeto, peso e
custos. Raramente o caça atinge alto Mach. O canopi é de
peça única. Tinha que
ter formas perfeitas não apenas no campo frontal mas em todos para usar a
mira no capacete JHMCS.
É coberto de duas folhas de policarbonato de 9,5mm cada, entre
um sanduíche de duas
folhas de vidro ótico, fundidos em autoclave em uma forma a 400
graus C. A
proteção é contra pássaros a uma velocidade
de 800km/h com o HUD dando proteção adicional.
A
furtividade do F-22A é dividida em 85%
pelas técnicas de forma furtiva e 15% com cobertura RAM. O RCS é citado como do
tamanho de uma bola de gude. O F-35 tem um RCS do tamanho de uma bola
de golfe
de metal que é melhor que o B-2 é metade do F-117.
O
combustível é desviado para resfriar o
calor dos sensores e as bordas das asas em velocidade
supersônica. O controle
de assinatura inclui o uso limitado dos sensores, potência dos
motores e a
abertura dos sensores.
O F-22A iria
permitir a USAF superar ameaças que não podiam
ser derrotadas pelo F-15. O F-22 tem formas convencionais, mas com
adaptações
para diminuir o RCS. As laterais e a cauda são inclinadas e com
alinhamento das
superfícies e bordas. As antenas estão escondidas na
borda de ataque das asas
ou cauda. O combustível dos tanques principais são
desviados para resfriar as bordas
de ataque.
O F-22A não tinha requerimento de peso e sim de desempenho. O
peso tinha
relação com custos. O peso máximo de decolagem no
modo ar-ar era previsto para
ser 22,5 toneladas, mas aumentou para 27 toneladas. Durante o projeto foi constatado que
não seria
possível preencher os requerimentos com este limite inicial.
A cauda de quatro superfícies foi escolhida por ser boa para
estabilidade e
controle em grandes ângulos de ataque. As superfícies
estabilizadoras foram
colocadas mais a frente para compensar os vórtices do corpo. A
horizontal está
bem para atrás. A asa tem ângulo de 42 graus e as
dimensões tinham que ser
compatíveis com um abrigo reforçado da OTAN.
O F-22A
tem capacidade de superagilidade com
o uso de vetoramento de empuxo (TVC) e pode voar a baixa velocidade sem
se
preocupar em estolar. A aeronave deve manter a capacidade de
manobra
mesmo se um motor falhar.
O TVC
adiciona apenas 13-22 kg a mais no motor. O TVC pode criar uma
deflexão de +/- 20 graus no jato do motor. Foi projetado para ser bidimensional
para diminuir a
assinatura radar e IR com as bordas alinhadas com outras bordas da
aeronave.
O motor
F-119 tem o mesmo tamanho do motor F-100
do F-15, mas com um razão de by-pass de 0,2 contra 0,7 do F-100.
A potência a
seco é o dobro do F-100PW200. O pós-combustor é
usado para acelerar e manobras supersônicas
sendo usado pouco e apenas em rajadas de dezenas de segundos.
A
USAF tinha um requerimento de voar 30 minutos em cada hora em
supercruzeiro, ou
3-6 vezes mais que a maioria dos caças são capazes de
fazer com o uso do
pós-combustor. Geralmente isto será feito em
território hostil e com uma
velocidade que varia de Mach 1,1 a 1,5 de acordo com a
situação tática. A
capacidade de supercruzeiro do F-22A foi confirmado em Mach 1,7 a 60
mil pés,
mas está limitado a 50 mil pés devido a roupa não
pressurizada. A velocidade
máxima é de Mach 2 devido a geometria fixa da entra de ar
e limite de aquecimento do canopi.
As vantagens táticas do supercruzeiro são várias.
Se o F-22 quer lutar o adversário
não pode fugir. Se o F-22 desengaja o inimigo não consegue
perseguir por muito tempo pois tem que ligar o PC e fica sem combustível mais
rápido. O F-22A poderá
voar ao redor de um inimigo mais lento para engajar por trás, e
entrar no
engajamento com uma grande energia. Junto com o voo a grande altitude altitude, a velocidade
irá diminuir
em muito o envelope dos mísseis SAM.
O F-22 tem o dobro do alcance do F-15C em velocidade subsônica.
Provavelmente o
calculo só considerou o combustível interno quando tem
menor arrasto. O alcance
de translado é de 3.330km com tanques externos. O combustível interno é
de 8.323kg com fração de combustível
de 0,28. O alcance pode ser estimado voando metade to tempo de um
missão de uma
hora em supercruzeiro (Mach 1,5) e o resto em Mach 0,9, o que daria um
raio de
ação de 700 km sem reabastecimento em vôo.
As
armas na arena ar-ar do F-22A será seis mísseis ar-ar de
médio alcance AIM-120C
AMRAAM, dois mísseis ar-ar de curto alcance AIM-9X Sidewinder e
um canhão
M-61A2 de 20mm com 480 tiros.
A capacidade ar-solo inicial será de duas JDAM de 450kg. Esta
capacidade foi
introduzida em 1994 com alterações no compartimento
interno de armas. O F-22A em
missões ar-solo terá maior capacidade de ataque e
penetração profunda, com
melhor capacidade de sobrevivência que o F-117, podendo operar de
dia.
O
F-22A recebeu a GBU39/40 SDB na versão block 20 em
2007, junto com modos
SAR no radar, melhor capacidade de contramedidas eletrônicas e o Link 16. O objetivo era usar no
Global Strike Task Force. O
block 30
entrou em operação em 2011 com radar de
arranjo lateral e
capacidade de supressão de defesas e novo terminal de
satélite. O block 40 deve
estar disponível após 2011 com capacidade de ataque
global definitiva. O JHMCS poderá ser substituído pelo modelo usado no F-35 JSF.
Se a
capacidade
furtiva não for necessária na missão, o F-22A pode levar
cargas externas em quatro
cabides com capacidade de 2.270kg cada um. Cada cabide pode levar um
tanque
extra de 2270 litros de combustível e um par de mísseis AMRAAM.
Algumas
fontes
citam que o F-22A já testou um casulo com duas JDAM de 450kg,
podendo voar com
seis JDAM, dois AMRAAM e dois AIM-9X em configuração de
ataque.
O F-22A tem 30 aberturas de
sensores para guerra eletrônica, comunicação,
identificação e alerta de
mísseis. A aeronave usa gerenciamento de emissões,
controlando a potência dos
sensores internos por computador para minimizar as emissões
eletrônicas. A limitação
automática da potência de transmissão do radar e
sistemas de comunicações está sempre no nível
mínimo em qualquer estágio do trânsito até a
área de combate. Em áreas de alta
ameaça a transmissão de rádio é inibida
automaticamente.
O radar APG-77 funciona com varredura eletrônica ativa. Cada
módulo pesa 15g e
tem 4W de potência. O sistema defensivos Sanders/General Electric
AN/ALR-94 RF
inclui quatro lançadores flare e chaff com cartuchos de
contramedidas de radar
ativos.
Cabine do F-22A com
os mostradores multifuncionais. A tela central mostra em azul o RCS em
um
gráfico polar de acordo com as ameaças. Assim o piloto
pode saber se está expondo
algum ângulo vulnerável da aeronave. Os círculos em branco é o
alcance provável dos radares inimigos e mostra que o F-22 deve estar fora do
alcance.
Uma das características das aeronaves furtivas de quarta geração como o F-22 e F-35 é a facilidade de manutenção da "bolha" furtiva. Em tempo de paz eles podem voar com estas capacidades degradadas para treinamento. Em tempo de paz o F-22 usa um aumentador de assinatura para controle de tráfego aérea que não é usado em operações ou testes.
A capacidade de manutenção tinha que ser
melhorada. O F-22A deve
diminuir a manutenção entre as saídas para 30
minutos. O F-22 tem 300 pontos de
acesso, alguns de acesso rápido e a maioria fica dentro do
compartimento de
armas, trem de pouco e cabina. Uma unidade de 24 aeronaves precisa de 8
vôos do
C-141 para deslocamento de 30 dias, contra 18 vôos para o F-15.
O apelido do
primeiro protótipo do F-22 passou de Lightning II para Raptor devido ao filme Jurrasic
Park. A USAF colocou o
prefixo
"A" no nome em setembro de 2002, passando para F/A-22, para
realçar a
capacidade multimissão. No fim de 2005, quando entrou em
operação, voltou a se chamar F-22A. A USAF sempre chamou seus caças com o
prefixo
"F", mesmo os que lançam bombas. A adição do "A"
era para
servir como propaganda da capacidade da aeronave devido as
ameaças de corte no
orçamento. O problema é que o F-22 é muito mais
flexível que a designação F/A e
poderia ser chamado de bombardeiro FB-22, F/E-22 de vigilância
eletrônica, F/EA-22
de ataque eletrônico e até RC-22 devido a capacidade de
reconhecimento
eletrônica.
A USAF estudou várias
variantes do F-22. Uma foi para supressão de defesas para
substituir os F-4G,
uma de reconhecimento RF-22 para substituir o RF-4C e um F-22B biposto
de
treinamento (cancelado em 1995). O EF-22 seria o substituto do EF-111 já
retirado de
serviço. Foi escolhido o F/A-18G Growler e o EB-52 (cancelado). As propostas
atuais são o bombardeiro
regional FB-22 e o X-44 de demonstrador de caça sem cauda.
Em 1986, a US Navy iniciou estudos de seu caça do futuro. Foi
instruída do
programa ATF e iniciado estudos de uma versão navalizada. Assim
nasceu o
programa Navy Advanced Tactical Fighter (NATF) que substituiria o
F-14.
Na época foi estudado a compra de 550 unidades. O NATF teria
trem de pouso
reforçado e asas dobráveis. O programa terminou em 1990
com a US Navy desenvolvendo
o F-14D Super Tomcat e o F/A-18E/F Super Hornet.
Durante a Guerra Fria, foi planejado a aquisição de 750
caças F-22 por US$ 40 bilhões,
que depois subiu para US$70 bilhões, para substituir a frota de F-15 com
entrada em operação
em 1994. A diminuição da ameaça na Europa, o
aumento da vida útil do F-15 e a diminuição
do orçamento total diminui a encomendas e atrasou a entrada em
operação. Este
número foi logo reajustado para 648 por US$ 64 bilhões em
1991 e baixou para
442 também por US$ 64 bilhões em 1993.
O presidente Clinton diminuiu o número para 339 por US$ 64
bilhões em 1997
devido aos cortes no orçamento e não considerava as necessidades
operacionais. Foi
calculado um esquadrão de 24 caças F-22 para cada uma das
10 Forças Expedicionárias
Aéreas. Com as aeronaves de treino, atrito e
manutenção a USAF precisaria de
415 caças. Em
2003, o programa F-22 foi reestruturado em 277 caças
que era o que poderia ser
comprado com os US$ 43 bilhões disponíveis.
A USAF está estudando novas missões para a aeronave para
evitar mais cortes e
até aumentar as encomendas. O F-22A poderá ser usado para
destruir alvos
móveis. A USAF considera o mínimo necessário como
sendo pelo menos 381 F-22. Em
2006, o planejamento quadrienal recomendava a compra de 180 F-22A
além de
2.500 F-35 JSF. Um F-22A de US$113 milhões era considerado
melhor do que comprar
dois F-15 de US$ 75 milhões para cumprir a mesma missão. A USAF
acabou comprando 187 F-22 com o último entrando em operação em 2012.
Uma aeronave como o F-22 só será necessário se
inimigo tiver caça no nível do
F-15 como Su-27 e MiG-29 ou outros caças de quarta
geração como o Gripen,
Rafale e Eurofighter. O F-22A só é realmente
necessário em apenas 5% dos
cenários ou missões. Na maioria dos cenário
poderá operar com armas e
combustível externo como uma aeronave convencional.
Próxima
parte: Programa Joint Strike Fighter
2006
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