O Vietnã viu a
utilização intensa de UAVs
para reconhecimento e estas aeronaves receberam tratamento furtivo na época.
Eram derrubados por mísseis SAM e caças. Os Ryan Model 147B e 1964 costumavam tirar fotos de caça abaixo
deles.
Em 1959, a Ryan iniciou estudos
para usar
seus drones alvos para reconhecimento de longo alcance.
Concluíram que podiam
voar sobre a URSS se fossem lançados do mar de Barents com pouso na
Turquia. Seus drones Q-2 Firebee já tinha um RCS pequeno e com asas maiores
podia voar mais alto. Seria lançado pelos DC-130 Hercules ou com auxilio de foguetes RATO de
terra ou mar.
Logo ao apresentar a proposta a
USAF, um U-2
foi derrubado sobre a URSS e logo depois um RB-47 na fronteira
com a
URSS. Poucos dias depois, a Ryan recebeu um contrato para estudos
adicionais.
Estudos mostraram que o RCS podia ser reduzido com a instalação de uma tela na entrada de
ar,
pintura RAM e casulos de reconhecimento cobertos com RAM. Os testes de
vôo
foram iniciados em 1961.
A Ryan pretendia
construir
um drone novo para reconhecimento, o Modelo 136 Red Wagon, com asas
otimizadas
para vôo a grande altitude, motor na parte superior da fuselagem
e cauda dupla
inclinada para dentro. O projeto não teve apoio e logo foi
proposto outro drone
chamado de Lucy Lee que era um Firebee modificado para reconhecimento
de imagem
e eletrônica na fronteira com a URSS. Também foi cancelado
em 1962.
A tradição americana é iniciar uma proposta vantajosa com a última tecnologia. A idéia é logo rejeitada e depois voltam atrás com um solução mais modesta, geralmente uma modificação de um sistema já existente. Geralmente mostram ser mais efetivos que o esperado. Foi o que aconteceu com o programa de drone de reconhecimento. A USAF escolheu um Firebee com poucas modificações.
O
programa Big Safari era um programa de conversão de aeronaves
já existente para
reconhecimento e passou a trabalhar nos drones Firebee. O novo drone
foi
designado Modelo 147A e chamado Fire Fly. O alcance era de 2.000km e
voava a
16,8 km de altura.
O 147A era um Firebee com um novo
sistema de
guiamento consistindo de um programador de tempo, uma bússola giroscópica e um
altímetro. O Fire Fly voaria em uma certa direção
e altitude por um período de
tempo, e voltaria na mesma direção contrária. Era um
demonstrador e não levava
câmeras. O conceito foi validade em três vôos em
abril de 1962. O segundo 147A
tinha uma extensão na fuselagem para levar mais 258 litros de
combustível e
câmeras no nariz.. Foram realizados quatro testes com sucesso levaram a
construção de mais dois drones.
Os testes
mostraram que a
aeronave tinha baixo RCS e os interceptadores acabavam se interceptando e não o
drone. O
único
problema era o contrail. O programa "no-co" (no-contrail) tentou
resolver o problema injetando ácido clorosufido no exaustor para
criar partículas
de gelo menores e formar um contrail transparente.
Em um teste em 1962 contra cinco interceptadores F-106 resultou em
nenhum
contato radar, mesmo com as aeronaves sendo guiadas por um radar em
terra.
Acabaram detectando visualmente o drone seguindo a trilha de
condensação. Mesmo
assim foram disparados cinco mísseis AIM-4F Falcon sem sucesso.
A USAF comprou nove modelo 147B
com asas
maiores podendo voar a 19 km. Com a demora da entrega comprou sete 147C
que
eram o 147A operacional. Em julho de 1963, o Lightning Bug se tornou
operacional.
A primeira missão foi em 20
de agosto de
1964 voando na China depois de se lançado do DC-130 e retorno para
Taiwan com pouso por
pára-quedas. Foram cinco vôos neste ano. Os vôos
logo foram estendidos para
o Vietnã do Norte. Era lançado da base de Bien Hoa
no Vietnã do Sul.
Foram 20 missões em 1964. Um foi derrubado em 1964 e outros cinco em
1965. Sem perda de tripulantes não recebia muita atenção na imprensa.
Com o sucesso dos drones a USAF resolveu
melhorar a aeronave. O 147G
tinha motor mais potente e fuselagem mais comprida para aumentar o
combustível.
Foi recebido em julho de 1965 quando o U-2 deixou de voar sobre
espaço aéreo
defendido e foi fsubstituído pelos Lightning Bug. A primeira
missão do 147G
foi em outubro de 1965. O mau tempo atrapalhou muito e foi decidido
lançar uma
versão de baixa altitude chamado 147J. Mostrou ser bem mais
complicado de
desenvolver e com muitas perdas nos testes.
As características furtivas
mostraram ser
pouco efetivas e as versões de grande altitude foram
modernizadas. O 147H foi
modernizado no programa HIDE que incluía a
instalação de RAM. No programa HEMP
foi instalado um RWR e os alertas faziam a aeronave manobrar se fosse
iluminado por
um radar de caça, realizando curvas de 30 graus. O programa Rivet
Boucer instalou um ECM (HAT-RAC), cobertura nos jatos do motor e um novo no-con
melhorado. A capacidade de sobrevivência foi melhorada em
relação aos 147B e
147G que também voavam alto. O modelo 147T era ainda mais
potente e voava mais
alto.
No total, os 147 realizaram 3.435 vôos na Coréia do Norte, Vietnã do Norte e China. Um total de 578 drones foram construídos incluindo os que voavam baixo.
Um Firebee sendo carregado por um HH-3 pouco depois de pousar com
pára-quedas.
Os modelos 147 não tinham alcance para cobrir a região central da China onde ficavam as instalações nucleares e o U-2 era muito vulnerável aos SAMs. A Ryan mostrou seu estudo de drone avançado para USAF em 1966. A USAF abriu uma competição e a North American também mostrou um UAV. A Ryan foi escolhida em junho de 1966. O UAV foi chamado de Modelo 154 ou AQM-91A Firefly. A aparência lembrava o Modelo 136 Red Wagon. Foi chamado de Compass Arrow que também era o nome do programa
O Firefly tinha
motor na parte superior, coberto com tela, laterais
inclinadas e usava muitos materiais compostos. Podia ser equipado com
câmeras
fotográficas, infravermelho e equipamentos de inteligência
eletrônica.
O Firefly voava mais alto que o requerimento e tinha baixo RCS. Os
conflitos
com a China diminuíram e a tecnologia de satélite de
reconhecimento melhorou
levando a paralisação do programa em 1973. No total foram
construídos 28 UAVs
incluindo 20 de produção.
A versão melhorada Modelo 235 Compass Cope podia decolar e
pousar em pista
convencional. Competiu com o YQM-94 da Boeing. Era um demonstrador e
só voava
rádio controlado.
Além do Modelo 154, a USAF queria um UAV ainda mais sofisticado.
A Lockheed
desenvolvia o A-12 que voava a Mach 3 e após a derrubada do U-2
um drone
conceito baseado no A-12 foi proposto. O drone seria
lançado do A-12 e foi
chamado de Q-12 inicialmente. O programa foi iniciado em 1962. Foi
pensado em
usar o motor ramjet do míssil BOMARC, mas deveria operar
por mais tempo
pois o drone iria voar por pelo menos uma hora e meia.
O Q-12 não seria recuperado para diminuir os custos e peso.
Ejetaria o nariz
com as câmeras. Os testes mostraram um RCS bem baixo. O projeto não
interessou a CIA e
sim a USAF, mas passaram a cooperar em um programa lançado em
1963 para
desenvolvimento. Passou a ser chamar D-21 e a aeronave lançadora
de M-21
("M" para Mother e "D" para Daughter). O programa passou a
se chamar Tagboard.
O D-21 voou em dezembro de 1964. A separação do M-21
mostrou ser bem perigosa.
Foi sugerido o lançamento do B-52 com motor foguete acelerador.
No quarto vôo
o drone se chocou com o M-21 e passou a ser testado do B-52. O motor foguete
tinha
13,5 metros, pesava 6 toneladas e queimava por 90 segundos. O motor foi instalado
embaixo do drone.
A primeira missão foi em novembro de 1969 contra alvos na China, mas não foi recuperado. O segundo teste foi em dezembro de 1970 na China, mas a carga ejetada não abriu o pára-quedas. Na terceira missão em março de 1971 o pára-quedas abriu mas não conseguiu ser recuperado pelo helicóptero de resgate. No quarto vôo em março de 1971 aparentemente foi derrubado na volta. Em junho o programa foi cancelado.
Um Q-21 e um M-21 antes do
reabastecimento em vôo.
Outro UAV com capacidade furtiva
não intencional foi o MQM-105A Aquila bem mais
simples. Seria um RPV do US Army para espotagem de artilharia com
capacidade de designar alvos a laser e reconhecimento. Iniciou o
desenvolvimento na década de 1970 e voou em 1982. Era bem
simples no inicio,
mas os requerimento cresceu e ficou muito caro. Foi cancelado em 1987
devido
aos custos.
O B-2 foi projetado para atacar ICBM móveis dentro da URSS e
faria esta missão
junto com UAVs secretos. Os UAVs e as táticas nunca foram tornadas
públicas.
O UAV furtivo RQ-3A Dark Star era uma resposta para o requerimento Tier III da DARPA para um UAV LO-HAE (Low-Observable High-Altitude Endurance). O requerimento original era até maior e mais complexo. A Lockheed foi contratada em 1994 e se juntou a Boeing para desenvolver a aeronave. A aeronave teria autonomia de 12 horas a 20 mil metros voando dentro do território inimigo para reconhecimento com sensores como radar SLAR e eletroóticos. A velocidade foi sacrificada em favor da autonomia e voaria a 500 km/h. O Dark Star iria operar sobre território inimigo ao invés de entrar e sair rápido ou operar ao longo da fronteira como o U-2. As chances de detecção seria bem altas neste perfil de missão. O RCS tem padrão bilobular, com spikes concentrado nas bordas de ataque das asas e lateral. Um caça furtivo não quer mostrar um bom RCS ao alvo, mas faz sentido para quem fica voando de lado para o possível alvo. O corpo evita spike lateral ou obliquo com padrão fuzzball. O motor tem entrada de ar acima da fuselagem e o exaustor é alinhado com a borda de fuga das asas. Não se sabe como reduziram o RCS de uma grande antena do radar de busca lateral. Com atrasos no desenvolvimento, os custos foram aumentando. A USAF preferiu concentrar os recursos no RQ-4 menos ambicioso e que usa guerra eletrônica para se defender. A USAF reconheceu o uso de UAV furtivo em 2003 no Iraque. Suspeitasse que era o Dark Star ou uma versão maior.
RQ-3A Dark Star.
O X-36 era uma aeronave não tripulada para testar agilidade e
furtividade ao mesmo tempo para aeronaves de caça. Era uma
aeronave sem cauda e
usava vetoramento de empuxo para controle.
Helicópteros
Furtivos
As hélices de um helicóptero indicam que os helicópteros nunca
podem ser furtivos, mas os helicópteros sempre receberam alguma proteção
furtiva. As coberturas térmicas contra os mísseis SA-7 são um
exemplo que estava em uso no Vietnã. A
primeira medida foi voar muito baixo pois o míssil tinha dificuldade de trancar
em alvos voando muito baixo.
A diferença de furtividade entre os helicópteros e os
caças se relaciona com a
diferença de ambiente e a ameaça, e consequentemente, a
importância de diferentes
assinaturas. A assinatura radar domina as aeronaves. O barulho sempre
é o
principal indicador de um helicóptero se aproximando. A baixa
altitude, as
ameaças usam mais pontaria visual e térmica do por radar.
Os helicópteros quase sempre usam mascaramento do terreno para
se esconder de
radares em terra e no ar. Os radares de caça tem que conter o ruído de fundo
intenso. A hélice
produz um retorno radar que facilita o uso de mudança Doppler que
ajuda na
identificação da aeronave.
A assinatura acústica tem dois elementos: diminuição do barulho total e eliminação de padrões distintos de som.
O rotor principal cria a maior parte da assinatura na ponta por girar em alta velocidade. A assinatura acústica diminui com múltiplas hélices que giram mais devagar, diminuindo a freqüência do barulho, com a diminuição da velocidade da ponta. Voar mais lentamente é outra medida para diminuir a velocidade da ponta, geralmente a 180 km/h. O Comanche tem cinco pás no rotor, aumentam a freqüência do barulho tipo "pá-a-pá". O barulho final lembra um "vrum-vrum-vrum".
Uma técnica para diminuir o barulho das pontas é dobrar as pontas para cima e depois para baixo. O enflexamento primeiro é negativo e depois positivo nas pontas. Esses detalhes podem ser vistos no rotor do H169 da Airbus.
Rotor traseiro
contra-rotativo, em "X", fenestron
ou NOTAL são medidas para diminuir a assinatura sonora do rotor de cauda. O RAH-66 Comanche usa
um fenestron com oito
pás escondidas eliminando a interação entre as
ondas do rotor principal e
cauda. Cada pá está em um ângulo diferente com cada pá produzindo uma frequência
de som diferente que não se somam em uma única frequência com grande
energia.Também é possível usar supressão de
som ativa.
No fim da década de 1980, havia ameaça de lanchas rápidas do Irã
atacando navios mercantes no
Golfo Pérsico. A Bell modificou vários OH-58D com
proteção acústica. Em 1987,
receberam armas na forma de mísseis Hellfire, Stinger e foguetes
de 70mm. Um
sniper na cabine traseira equipado com arma com silenciador era usado
para
atingir tropas nas plataformas de petróleo abandonadas de onde
saiam os ataques.
O demonstrador Boeing 360 da
década de 1980
usava rotor de alta velocidade para diminuir o barulho. Um rotor com
alta
velocidade precisa de baixa velocidade de estol na raiz (para a
pá que recua
produzir sustentação) o que significa que é
teoricamente possível voar com
rotor de rotação reduzida em uma velocidade moderada
(cerca de 170 km/h),
diminuindo o barulho.
A maioria dos sistemas de
proteção IR
consiste de um supressor de calor nos escapes do motor e misturar os gases do
motor com ar frio.
No RAH-66 a proteção IR é bem elaborada, com os
gases desviados e apontados
para baixo em um escape vertical ao longo da cauda com grande área
de contato com ar de formato retangular.
A diferença de pressão suga ar na parte de cima do rotor
diminuindo a
superfície e o escapamento sem gastar energia.
Em 1993, um OH-58D foi testado com hélices para diminuir a
assinatura acústica e nova seção frontal para
diminuir o RCS frontal. O motor e
a transmissão foram resfriadas. Usava RAM em algumas partes da
estrutura e o
nariz tinha forma furtiva. Um total de 18 aeronaves foram modificadas.
O Kiowa
venceu a competição para ser o novo helicóptero de
reconhecimento do US Army no
programa ARH. O Kiowa teve bom desempenho como aeronave de
reconhecimento e
ataque no conflito recente no Iraque. Foi usado até o
nível de companhia onde
mostrou ser bom para cobrir a área não visualizada por
tropas em terra. Por outro lado,
podia denunciar uma incursão se fosse usado muito cedo.
A Denel
desenvolveu o Cirstel (Combined Infrared Suppression
and Tail Rotor), junto com a ARMSCOR e CSIR. O Cirstel é um
sistema antitorque,
sem rotor traseiro que mistura ar quente e frio e diminui a assinatura
IR. O
programa foi iniciado em 1987 e foi testada por 8 anos a partir de
1993. Foi
feito a partir da conversão de um Alouette III. A cauda foi
substituída por
outra sem rotor convencional. Usa efeito coanda com ar do motor permite
eliminar a
necessidade do rotor de cauda. O ar é misturado e diminui a
temperatura para
150 graus.
Possível configuração de uma versão furtiva
do H-60 Black Hawk. A aeronave caiu durante a operação que matou Bin Laden.
Apenas a cauda com formato furtivo não ficou destruída. A aeronave só pode
ser ouvida quando está exatamente acima do alvo.
Os piloto de Black Hawk patrulhando a fronteira com o México citam que
imigrantes ilegais ouvem o Black Hawk a cerca de 1,5 km e fogem.
LHX
Light Helicopter Experimental
Em 1981, o US Army iniciou estudos
de
conceitos de helicópteros de ataque/reconhecimento e uma variante
utilitária no
programa LHX. O LHX iniciaria uma família de helicópteros
com a possibilidade
de compra de 5.000 exemplares para substituir o AH-1 Cobra, OH-58 Kiowa,
UH-1H
Huey e OH-6 Cayuse. Em 1985, este número diminuiu para 2.096 com
modelo
utilitário para substituir o UH-1 sendo cancelado. A fase de
demonstração e
validação iniciou em junho de 1988.
A Boeing/Sikorsky LH First Team e a Bell/McDonnell Douglas LH Super Team participaram da concorrência. Em 1990, o requerimento diminuiu para 1.292 aeronaves com opção para mais 389. A Boeing/Sikorsky recebeu um contrato para construir quatro protótipos, depois diminuiu para dois, chamado YRAH-66 em abril de 1991.
Os
desenhos do LHX da década de 1980 mostravam a
incorporação de tecnologia
furtiva. Os requerimentos especificavam trem retrátil e
compartimento interno
de armas.
O
RAH-66 Comanche
foi o primeiro helicóptero projetado desde o inicio para ser
furtivo. O RCS é
diminuído com superfícies inclinadas, trem de pouso
retrátil, armas internas e
torreta que gira 180 graus para esconder o cano. O mais difícil foi esconder a
cabeça do rotor com várias combinações testadas
pois também tinha que ter de
fácil manutenção. As pás também
são tratadas para diminuir o RCS. Pensaram em
usar pás comuns em tempo de paz e furtivas para combate. Depois
foi decidido
usar uma pá única furtiva.
O RCS frontal é 360 vezes
menor que o do
AH-64 Apache, 250 vezes menor que o do OH-58D e 32 vezes menor que o do
mastro
do OH-58D e ainda menor que o RCS do míssil Hellfire. O Comanche
ainda pode
ser equipado com um asas para levar tanques extras e armas externas se o cenário
não tiver ameaças radar. O Comanche pode se aproximar 5 vezes mais de um radar
que o Apache, ou 4 vezes em relação ao OH-58D, podendo disparar um míssil
Hellfire sem ser detectado por um radar de curto alcance de um míssil SAM.
Os gases do motor são
direcionados para
baixo com ductos paralelo a cauda e não precisaria de interferidor IR. O rotor
de cinco pás e cauda de oito pás é oito vezes mais
silencioso que a do Apache.
Um rotor com muitas pás significa mais custos e complexidade
mecânica, mas
diminui o barulho de "uoop-uoop" para "uirr" que é mais difícil de distinguir de outros veículos e barulhos
naturais. As Forças Especiais
SOAR do US Army usa o AH/MH6 ao invés do OH-58D por isso. A
cauda tipo fantail
elimina a interação entre as ondas do rotor e cauda. O
rotor principal pode ter
modo "lento" de baixa velocidade para chegar mais perto em cerca de 40% que o Apache sem ser ouvido por sensor acústico.
O primeiro demonstrador do YRAH66
Comanche
voou em 1996. A fase de desenvolvimento foi atrasada com prioridade
dada ao
AH-64D Apache Longbow. O contrato de desenvolvimento dado em 2000 tinha
fundos
insuficientes e os testes foram mal feitos. A entrada em
operação foi mudada
para 2006 e o primeiro esquadrão ficaria operacional em 2008. Era planejado
um Block 1 de
198 aeronaves com 90% da capacidade total. O Block 2 iniciaria em 2013 com
o External Fuel and Armament Management System e mísseis ar-ar. O custo do Comanche passou
de US$ 39 milhões para US$ 59 milhões em 2003 sendo
esperada a comprar de 1.213
helicópteros por US$ 48 bilhões, mas passou para 650 por
US$ 38 bilhões para
priorizar outros projetos.
Era esperado um contrato de 13 aeronaves de produção em 2004, mas foi cancelado ainda neste ano em favor dos projetos UCAR e ARH. O UCAR foi cancelado e no fim de 2004 a General Atomics recebeu um contrato de US$ 214 milhões para desenvolvimento e projeto do programa Extended Range/Multi-Purpose (EF/MP) cujo contrato pode chegar a mais de um bilhão de dólares para compra de 11 sistemas de UAV Predator, cada um com 12 aeronaves. A entrada em operação deve ser em 2009. A aeronave será chamada de Warrior e deve levar dois Hellfire em cada asa, com opção de lançar Stinger, Viper Striker e APKWS. O drone será usada para ataque, reconhecimento e retransmissão de comunicações com capacidade de voar por 36 horas a 7 mil metros. O Predator competiu com o Northrop-Grumman Hunter II.
O RAH-66 recebeu um radar baseado no
APG-78
Longbow do Apache com antena de varredura ativa. Esperava que 1/3 da
frota
fosse equipado com o radar. O radar, sensores IR e ESM fariam o
Comanche ser
uma peça do sistema de inteligência, reconhecimento e
vigilância com capacidade de penetração no território inimigo.
Os motivos para o cancelamento do
Comanche
são relativamente simples de explicar. Os helicópteros de
reconhecimento
realizam uma missão perigosa. Os jatos usam a velocidade e
altitude para evitar
fogo de terra. Os helicópteros usam a sorte. Um
helicóptero de reconhecimento encontra
seus alvos ao se expor e por isto devem ser baratos. O US Army queria
que o
RAH-66 fosse invisível o que é impossível. A
tecnologia furtiva diminui a
imagem radar e isto é importante contra inimigos poderosos como
a URSS, mas que não
existem mais.
Estranho pensar
que um helicóptero irá se aproxima de um inimigo bem
camuflado e detectá-lo. Se
o inimigo não se move ou está escondido, o Comanche
terá que chegar a cerca de
100 metros para detectar visualmente. Inimigos espertos irão esperar o
helicóptero chegar bem
perto antes de atirar. Para
encontrar
guerrilheiros no Iraque é preciso voar direto sobre eles como era feito no
Vietnã. Os Apaches derrubados no Iraque e Afeganistão foram por
armas de pontaria
visual.
O Comanche seria mais silencioso e
com menos
assinatura IR. Foi armado para aumentar sua utilidade. O Apache
é mais efetivo
na missão de ataque por levar mais armamento e ter mais
blindagem. O
Comanche foi cancelado em 1996 por isso. Continuou como plataforma de
teste e
voltou a ser estudado para compra posteriormente.
Próxima
parte: Uso Operacional das Aeronaves Furtivas
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