CONTRAMEDIDAS ELETRÔNICAS - CME

Contramedidas eletrônicas (CME) envolvem todas as técnicas destinadas a negar ao inimigo dados específicos de aquisição de alvo. Algumas destas técnicas são mecânicas como Chaff e Soids, mas eles terão a mesma classificação neste capítulo.

Os sensores são os principais alvos das CME seguidos das comunicações, pois são uma ameaça imediata e é direcionado diretamente contra as forças amigas. Por isso a ênfase do capítulo será no uso contra estes sensores.

Os sensores contra os quais as CME podem ser usadas incluem detectores passivos de longo alcance; navios em piquete de alerta radar; aeronaves de alerta antecipado (AEW); radar alerta de longo alcance; radares terrestres de controle de interceptação (GCI); radares de caças interceptadores; mísseis guiados por radar ou IR; equipamentos de rádio ou radares de navegação; equipamentos eletrônicos de bombardeio; sistemas de identificação amigo-inimigo (IFF); radares de seguimento/acompanhamento do terreno; artilharia anti-aérea (AAA); radares de controle de tiro; mísseis terra-ar (SAM).

O melhor meio para combater estas ameaças depende da situação tática. As CME podem ser classificadas em ofensivas ou defensivas. As CMEs ofensivas envolvem o uso de interferidores para apoiar operações de ataque que impedem que o inimigo determine a composição da força de ataque e engaje elementos específicos com fogo de contra-bateria. Isto nega a aquisição de alvos por um ataque de aeronaves equipadas com mísseis até que a plataforma de bloqueio seja destruída. Um oponente seguro atacará de várias direções, complicando o esforço de defesa aérea inimigo com chamarizes e corredores de chaff.

As CMEs defensivas incluem o emprego de aumentadores de blip, chaff, soids e interferência dos sensores de busca dos mísseis. Similarmente, chaff e soids são empregados para dar um alvo maior e mais atrativo para os sistemas de busca dos mísseis que os alvos reais. Eliminar um míssil através de qualquer uma destas contramedidas é denominado uma "soft kill", como sendo oposto a "hard kill" que é a interceptação e destruição física do míssil.

Um sistema de Guerra Eletrônica aerotransportado tem vários modos - pulso, CW, ruído, transponder e repetidor. O ruído é o mais antigo e menos eficiente. Eles são feitos de módulos que podem ser configurados de acordo com a ameaça. Podem ser internos ou externos. Dão cobertura de 360 graus apesar da área de maior interesse ser de 20 graus para cada lado em relação à direção da aeronave.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EFETIVIDADE DA CME

O objetivo das CME é interferir com a operação dos sensores das defesas aéreas inimigas levando a incertezas para o inimigo.

Os sistemas de CME não precisam prevenir completamente o rastreamento para ser efetivo. Atrasar o rastreamento e forçar a atrasos nas decisões pode ser suficiente no caso de armas muito velozes como as aeronaves.

Existem dois tipos de CME, a interferência e a dissimulação. Com eles é possível:

1. Irradiar ativamente para interferir com radares;
2. Mudar as propriedades eletrônicas do meio entre a plataforma (navio/aeronave) e o radar;
3. Mudar as propriedades refletivas da plataforma.

Tabela Técnicas de CME por classe e tipo
Classe
Interferência
 
Dissimulação
Irradiadores Ativos
- Geradores de alvos falsos de ruído de ponto
- Barragem de irradiação
- Bloqueadores de barragem por varredura
Modificadores do Meio
- Chaff ou corredores randômicos de chaff
- Rajadas de chaff
- Características da plataforma
Modificadores de Reflexão
- RAM(Radar absorbing Materials) material absorvente de radar
- Aumentadores de reflexão (Echo enhancers)
- Refletores de canto

O termo jamming (bloqueio ou interferência) se refere originalmente ao processo de aplicar energia suficiente para mascarar o sinal refletido do alvo do radar ou de transmissores de comunicações com o objetivo de quebrar a coerência de sinais e assim o desempenho do equipamento.

Com o avanço da técnica envolvendo a estrutura dos sinais refletidos do alvo foram desenvolvidas bloqueadores de engodo/despistamento/dissimulação (deceptive jamming). De acordo com a técnica moderna, os sistemas interferidos não são bloqueados ou interferidos mas enganados pois os sistemas de GE modernos dependem da duplicação e retransmissão de um sinal no formato do original  que engana através de retornos falsos e idênticos que substitui o formato do pulso original.

O jamming pode ser aplicado em todo o espectro de frequência eletromagnético.

Transmissores

A eficiência dos transmissores de CME (interferidores) dependem, entre outras coisas, da potência de saída, perdas na linha de transmissão, ganho da antena na direção do radar vítima de a largura de banda do transmissor. No lado do receptor contam a largura de banda, o ganho da antena e o RCS do alvo. Para ser efetiva, a CME deve ser capaz de emitir com potência suficiente na banda da vítima para mascarar seu sinal (interferir) ou simular um engodo realisticamente.

Para satisfazer estes requerimentos, as maiorias das CMEs são projetadas para operarem com versatilidade. Quando uma CME é usada contra um míssil, radar ou comunicação, ou contra alguns desses meios agrupados em frequência próxima, o transmissor pode concentrar sua força de saída em um espectro estreito (banda estreita). Por outro lado, se o transmissor deve operar contra vários meios em frequências distantes, deve espalhar sua força de saída em um espectro correspondente.

Burnthrough

É a distância em que a força do sinal se torna igual ou maior que o sinal de CME. Este fenômeno ocorre em todos os radares em alguma distância. Para entender o processo é só pensar em duas pessoas conversando próximo a um barulho. Elas podem aumentar a voz para “burnthrough” a interferência ou se afastar.

INTERFERÊNCIA DE RUÍDO

Uma forma de prevenir um receptor de radar (ou qualquer outro) de funcionar corretamente é saturá-lo com "ruído". Ruído é um sinal randomizado e é similar ao sinal do radar. Um sinal de radar ou eco é uma sequência periódica de pulsos.

Uma grande linha de alvos gera uma cadeia contínua de pulsos indesejáveis no receptor (ruído). Desde que o tempo e a distância seja a mesma do radar, estes ruídos não precisam ser fisicamente removidos do alvo mas podem ser gerados dentro dele. Isto é conhecido como interferência de ruído - enviando um eco de radar de alvo falso randômico de alta razão.

Como o interferidor deve transmitir continuamente enquanto o radar transmite energia em pulsos, o interferidor requer uma potência maior. O peso dos sistemas necessários para conseguir uma potência maior causa maior impacto em aeronaves do que em navios.

Quando a antena de radar é apontada para o interferidor, o radar vê sinais em todos os alcances. O efeito em um mostrador é criar um linha constante na azimute do interferidor. Esta linha, chamada estrobo, indica ao operador que um interferidor está presente naquela azimute, mas não fornece o alcance. Então, o interferidor tem a desvantagem de mostrar sua direção ao inimigo mas não permite saber sua distância ou posição.

Existem três modos de gerar sinais de interferências. Na interferência de ponto (spot jammer) toda a potência do interferidor é concentrada em uma banda muito estreita, de preferência idêntica a do radar alvo.

Interferência de barragem (barraje jammer) e de varredura (sweep jammer) espalham a energia numa banda maior que o sinal de radar. Então, interferência de ponto é geralmente direcionada contra um radar específico e requer um receptor panorâmico para contrapor o sinal interferidor contra o sinal de radar. As outras duas técnicas podem ser usadas contra vários radares e requerem apenas que seja informado que há outros radares.

A diferença entre interferência de barragem e varredura está na técnica de modulação e tamanho da banda de frequência coberta. Interferência de barragem sempre usa um sinal de amplitude modulada cobrindo 10% da banda de freqüência (geralmente no centro). Interferência de varredura sempre usa um sinal de frequência modulada e a frequência de varredura é varrida para frente e para trás em toda a banda.

É quase impossível contrapor exatamente uma frequência de interferência contra a irradiada pelo radar; porém, é necessário alargar a banda de ruído até ser maior que a do radar. A interferência de barreira tem uma banda larga para cobrir todos os radares com frequência naquela banda, enquanto a interferência de ponto tenta contrapor uma frequência em particular o mais próximo possível.

Mas este alargamento da banda de interferência requer uma potência maior que a contraposta, pois a potência que importa para um radar é a potência que é aceita pelo receptor. Este fator é geralmente descontado para especificar o a densidade de força espectral que um interferidor deve ter para interferir num radar. A densidade de potência é a potência contida em um espectro saída de interferência dividida pela banda.

Como as aeronaves tem limitações na potência fornecida aos interferidores, é vantajoso ás defesas aéreas usarem as mais diferentes frequências em seus radares que forem possíveis. Este conceito é chamado diversidade de frequência e força os invasores a levar o maior número de interferidores de ponto ou espalhar suas potências de interferências de barragem e varredura para cobrir o maior número de radares.

A diversidade de frequência também eliminará a interferência mútua entre as força integradas durante operações de larga escala. A habilidade de um único radar mudar de frequência para conter um interferidor de ponto é chamada agilidade de frequência.


Spot Jamming concentra a maior parte da interferência em uma freqüência. É útil para interferência controlada de forma precisa e efetiva de uma freqüência desejada. Pode ser usada em uma banda de freqüência sem interferir em outras. 


Barraje Jamming espalha a energia transmitida em uma grande banda de freqüência afetando todas as bandas. Como a energia transmitida é espalhada em uma grande banda, a Interferência de barreira não satura uma única freqüência. Sua vantagem é que não é preciso ter muita informação sobre a ameaça a ser interferida. Usa desvantagem é que gasta muita energia, interfere em bandas que não estão sendo usadas e até nas próprias freqüências.


Sweep jamming é caraterizado pela rápida mudança da freqüência do interferidor pela banda de freqüência. É similar a barrage jammer ao cobrir uma grande banda de freqüência. Também é similar a spot jammer ao concentrar uma grande energia em uma única freqüência, porém por um curto período de tempo. Durante a varredura todas as bandas recebem a mesma interferência. Os receptores sempre levam algum tempo para recuperar  de uma interferência.


Tela de radar mostrando estrobos radiais após ser atacado por um interferidor de ruído.


Exemplo de uma ECM ativa descartável, o Seagnat.

CONTRA-MEDIDAS DE DESPISTAMENTO

Outra forma de CME ativa são as CM de despistamento (DECM - Deceptive ECM). Em contraste com a interferência de ruídos, a dissimulação tenta imitar o eco de radar para que o radar responda como se estivesse recebendo um eco de outra aeronave ou navio.

Para um radar direcionar um sistema de controle de fogo corretamente, deve ser capaz de medir a distância, a direção e a elevação do alvo corretamente. Se algum desses dados estiver incorreto, a localização do alvo será informada incorretamente. A CME de dissimulação são geralmente fornecidas por repetidores e transponders e às vezes por interferidores repetidores.

Na teoria, os repetidores operam de modo bem simples, mas sua implementação requer circuitos sofisticados. Basicamente, o sinal é recebido, atrasado, ampliado, modulado e retransmitido ao radar emissor.

Os transponder diferem ligeiramente por emitir uma gravação armazenada do sinal após ser acionado pelo radar emissor. O sinal transmitido tenta repetir as características do sinal da forma mais precisa possível.

O atraso pode ser empregado mas não é usada a amplificação. A potência requerida para a o engodo é menor que a interferência por ruído, desde que o repetidor emite sua energia em pulsos similares aos pulsos de radar. Sistemas de dissimulação podem ter limitações quanto ao número de radares cujos pulsos tem que ser processados e como um sistema RWR ele tem que decidir qual representa a maior ameaça e modo de operação para decidir qual técnica usar. O sistema de Guerra Eletrônica pode ser desligado momentaneamente, a intervalos regulares, para permitir ao receptor a monitorização da transmissão inimiga e avaliar o efeito da interferência. Este processo é chamado gerenciamento de potência.

Medição de Distância

O transmissor de um radar em funcionamento envia um sinal de alta energia que é refletido ao radar se atinge um objeto. A energia refletida por um objeto depende do tamanho físico e refletividade, os dois parâmetros que determina a seção transversal ao radar(radar cross section -  RCS) de um objeto. Quando o RCS do menor objeto que um radar quer rastrear e o máximo alcance em que o rastreio é necessário é conhecido, a sensitividade do receptor e a potência do transmissor podem ser determinadas.

Um radar determina a distância de um objeto ao calcular o tempo de vôo (a velocidade da luz) de um pulso transmitido. Para um TTR, o alcance máximo e a resolução de distância são determinados pela arma associada com o radar. Estes fatores interagem da seguinte forma: o transmissor deve enviar pulso de modo que o máximo de potência retorne ao receptor, mas não pode enviar pulso mais rápido que um retorno do mesmo desde o alvo no alcance máximo da arma e a largura de pulso deve localizar o alvo com precisão.

Um exemplo. Uma arma tem alcance de 25km de alcance máximo e raio letal de 50 metros. O pulso viaja cerca de 300m por microsegundos então o tempo até o alvo é de 500 microsegundos e a largura de pulso deve ser de 0,6 microsegundos ou menos. Então o radar não pode enviar pulsos mais que 2.000 vezes por segundo.

Rastreio de Distância

Os radares estão sempre recebe ruído e os radares de rastreamento contornam este problema permanecendo na escuta apenas enquanto aguardam algum eco. Uma vez selecionado um alvo, este é posicionado na faixa central do intervalo de uma janela (box, gate), cuja largura é suficiente para permitir os efeitos de variações em alcance, resultantes da velocidade do alvo. A posição da janela é reajustada para manter o pulso centrado em torno do objeto visado de acordo com sua posição futura calculada. Isto se chama controlar o portão.

Um radar de acompanhamento de alvos (TTR) recebe informações de distâncias iniciais de um radar assistente como será visto depois. Receber uma razão de sinais de ruído pode ser melhorado ao "abrir" os circuitos de entrada do receptor quando o eco do alvo é esperado. Isto é chamado de "portão de distância" (range gate) e o período enquanto o receptor está aberto tem o mesmo nome.

Ao usar dois portões de distâncias adjacentes. Quando o retorno se torna igual aos dois portões, o radar pode medir o portão de alcance e a mudança de direção. Com estes dados, o computador do radar pode rastrear automaticamente o movimento do alvo. Isto é conhecido como rastreio de portão de distância. O rastreio automático de distância é conseguido ao se igualar o retorno do alvo em dois portões de distância diferentes durante o movimento do alvo.

Despistamento de Distância

Se um repetidor estiver retransmitindo o pulso recebido assim que recebe, ele deve reforçar o eco de retorno para ajudar a frustrar o radar. Mas se o pulso recebido puder ser separado e transmitido após um curto intervalo, o radar deve receber primeiro o pulso fraco natural de retorno seguido por um pulso idêntico e mais forte. Se um  repetidor transmitir uma série de pulsos fora do compasso, idênticos ao pulso do radar, ele poderá produzir uma série de alvos falsos, cada um num alcance diferente.

Nos radares de rastreamento automático, o primeiro passo no processo de trancamento num alvo seria é designar um alvo de interesse pelo operador com o posicionamento de um "portão"(gate) no alvo no mostrador de radar. Ao fazê-lo, o receptor de radar estará desligado até a hora em que um eco de retorno for esperado no alcance aproximado do alvo designado, mas considerando a velocidade do alvo.

Isto permite que o repetidor de dissimulação operar no modo "range-gate" (RGPO - Range gate pull-off) ou modo de quebra de rastreamento. Inicialmente, o repetidor simplesmente repete o pulso de radar recebido sem qualquer atraso, para permitir o controle de ganho automático do radar ajustar ao sinal estranho, que é assumido como o alvo designado.

A resposta inicial da CME é retornar uma réplica quase instantânea do sinal do radar que é mais forte que o eco de retorno. O sinal falso é aceito pelo receptor e o seu circuito de ganho automático se ajusta para o retorno mais forte, suprimindo o eco verdadeiro. Neste ponto, o portão de distância foi capturado. Após mais retornos de sinais do alvo, seu sistema CME aumenta progressivamente o atraso da resposta, causando o deslocamento do portão de rastreio do eco do alvo real.

Este processo dura cerca de 5-6 segundos, após o qual o sistema CME para de transmitir informações falsas. Esta pausa faz o radar começar uma numa busca de distância para readquirir o alvo que, devido a dissimulação RGPO, irá provavelmente ser consideravelmente deslocada da posição original detectada pelo radar enganado.

Entre o desvio e o tempo necessário para a reaquisição do alvo o radar esta recebendo informações falsas ou nulas e sua habilidade de rastreio será consideravelmente degradada. Perda de informações, mesmo por 5 segundos, pode ser suficiente para prevenir um engajamento por míssil ou canhão. O ciclo RPGO é repetido quantas vezes forem necessário, mas a taxa de desvios tem ser escolhida cuidadosamente para manter-se dentro da capacidade do loop de rastreio do radar para seguir a aceleração aparente do alvo.

Do mesmo modo, o alvo pode ser manipulado para aparecer em uma distância menor ao atrasar o pulso recebido o suficiente para que possa ser retransmitido antes de receber o próximo pulso de radar. Então o pulso de dissimulação chegará no radar antes do pulso real, produzindo um alvo falso à curta distância.

Esta distância falsa do alvo pode causar erros significativos de pontaria e guiamento para armas anti-aéreas e mísseis que requerem guiamento por radares no solo.

O ajuste mais simples que o radar de rastreio pode usar é mudar para o modo manual de operação. Este corretivo é efetivo pois um operador observando um vídeo de radar pode ver o pulso de cobertura movendo-se para longe do retorno da aeronave e pode novamente rastrear a aeronave. É por causa desta característica que as técnicas de dissimulação são menos eficientes contra radares antigos operados manualmente. Um operador treinado  pode aprender rapidamente como identificar os efeitos da dissimulação. Por outro lado, mesmo que o rastreio manual contenha o repetidor, ele nunca é tão sensível quanto o automático. Então, a perda de distância da arma irá aumentar e também aumenta a probabilidade de uma aeronave sobreviver contra defesas aéreas.

Despistamento de alcance. O desenho simplificado mostra como um alvo espúrio é mostrado como ele deveria aparecer numa tela de radar de vigilância.

Se o radar pulsa no dobro da razão do exemplo acima, um alvo a 70km deve refletir pulsos em 500microsegundos e dois alvos devem aparecer - um a 35km e outro a 70km - então as informações do alvo não são confiáveis. Isto é a forma mais comum de CME - para cada pulso de radar, enviam um ou mais pulsos do alvo levando o transmissor para complicar os dados de distância. Se a razão de repetição de pulso (PRR) do CME for selecionado corretamente, o radar ira "ver" e mostrar uma cadeia de alvos de forma radial do radar até além do alvo verdadeiro.  


Exemplo de interferência de distância. O alvo esta gerando um pulso em serie cujo PRF está selecionado para fornecer um retorno de alvo falso em todas as soluções de distâncias do radar, negando as informações de distância.

Despistadores de Velocidade

Assim como o RGPO, é possível interferir com o processo de informação de velocidade dos radares de controle de fogo, interceptação e alerta. Esta técnica é chamada de VGPO (Velocity gate pull-off) e um sistema de CME que o explora irá amplificar uma réplica do sinal do radar de iluminação e retransmiti-lo. Ele faz isso com pouca ou nenhuma mudança na frequência, para garantir que o sinal falso seja aceito pelo circuito de filtro Doppler do radar vítima como um retorno válido.

O filtro dos radares Doppler tem banda muito estreita, entre 10 a 100 Hz, e um sinal de dissimulação apropriadamente selecionado, mais forte que o eco, irá capturar facilmente o filtro Doppler e o portão de velocidade. Se a resposta RF do sistema CME for progressivamente mudada numa razão realística ele desviará o portão de velocidade para longe do alvo real. O critério de dissimulação da frequência deve bater com os limites de aceleração do loop de velocidade do radar pelas mesmas razões do RGPO.

A razão de mudança na frequência de desvio passa a ser progressivamente aumentada de acordo com a capacidade conhecida do radar até a troca de frequência alcançar sua mudança Doppler máxima aceitável. Neste ponto o radar vítima esta processando informações totalmente falsas sobre a velocidade do alvo e quando o CME para de transmitir retornos de alvo falso, ocorrerá a perda do rastreio. A reaquisição do alvo real irá levar tempo, durante o qual o alvo estará deslocado de sua posição real. Numa aeronave de combate a velocidade será suficiente para impedir o processo de rastreio.

Pode-se perceber que num radar que emprega o portão de distância e de velocidade é imperativo que os meios CME usem técnicas de despistamento de velocidade e distância apropriadas. Isto pode prevenir que o radar detecte qualquer inconsistência entre taxa de distância derivada do circuito de rastreio de distância enganado e a velocidade aparente do alvo derivada da mudança Doppler falsa injetada.

Despistamento de radares CW

Engodos de radares CW (continuous wave - onda contínua) tem o mesmo princípio dos despistamento de velocidade (ou de radares Pulso Doppler). O engodo do Doppler CW necessita que o repetidor retransmita o sinal CW com mudanças de Doppler falsas, aumentando gradualmente a magnitude para causar a quebra da velocidade de rastreio. Isto causará erros na solução do controle de fogo e, devido a perda do portão de velocidade, pode resultar na perda do rastreio do alvo quando o repetidor é desligado.

Os radares Doppler CW e PD foram desenvolvidos para rastrear aeronaves em alta velocidade, vôo baixo e com retorno de radar do solo. O retorno-eco destes radares que permitem que o alvo seja rastreado na mudança do Doppler devido a velocidade do alvo.

Medida de Ângulo

- Largura do Feixe. Um radar determina informações de ângulo pelo uso de um conjunto de antena para focar o sinal transmitido em um feixe bem definido. Devido a propriedade da reciprocidade da antena, os sinais serão recebidos da mesma área definida pelo feixe transmitido - um transmissor direcional é um receptor direcional. Quando a antena foca um feixe, ele produz um lobo principal e vários lóbulos laterais. Quanto mais direcional a antena, maior o número de lobos laterais.

O lobo principal é proporcional ao ângulo e comprimento de onda do transmissor e inversamente proporcional ao fator geométrico determinado pelo forma física e tamanho da antena. Numa dada frequência, quanto maior a antena, menor será o lobo lateral. Isto define todo o tamanho do lobo principal onde a distribuição da energia tem um máximo no centro e cai a zero nas bordas. O ponto onde a potência cai a 0,707 do máximo é conhecido como  ponto de meia-potência e o tamanho angular do feixe entre estes pois pontos de meia-potência define a largura de feixe do radar.

Esta definição é sempre compreendida quando se discute os parâmetros do radar, mas a diferença entre toda a largura do feixe e a largura de pulso definida é importante em GE. Fora da largura de feixe definida a potência cai rapidamente até os limites de toda a largura de pulso.

- Polarização. O feixe de radar também pode ser polarizado. A polarização é a orientação física nos campos E e H que existem na energia eletromagnética. Para melhor eficiência, a antena do transmissor e receptor devem ter a mesma polarização.

Rastreio de Ângulo

Quando um radar tenta localizar um alvo (varre um pequeno setor de todo seu envelope de rastreio) o alvo recebe um grande número de pulsos, cada um de uma orientação levemente diferente da antena. O computador do radar avalia cada pulso e gera um ponto de potência onde o ponto máximo é chamado de centróide de potência. A precisão do radar é uma medida de sua habilidade para localizar o centróide de potência e alinhar a antena para que o centróide seja o centro da antena. Rastreio de Ângulo Automático é efetuado ao manter a potência do centróide centrado no eixo da antena com o movimento do alvo.

Para rastrear o centróide de potência, o radar deve "olhar" nos ângulos da antena onde não tem retorno do alvo - deve olhar para onde não está o alvo. Esta olhada também é chamada de varredura e pode ser a mesma varredura usada para adquirir (localizar) o alvo como nos radares TWS. Note que isto implica que o melhor rastreio a largura de feixe deve ser maior que o alvo para que não tenha nenhum alvo nas adjacências do feixe. Se o alvo é maior que a largura do feixe do radar, a potência de retorno será a mesma em várias orientações da antena de modo que o centróide de potência seja maior em ângulo e degrade a precisão do rastreio. Se o alvo é muito maior que a largura do feixe, o centróide de potência será tão largo que o radar não será capaz de rastrear mas "caminhará" sobre o alvo devido à olhada de varredura nos pontos de maiores retornos (efeito de brilho).

Resolução é a habilidade de distinguir alvos múltiplos. Quando um computador gera um pico de potência, qualquer pulso cujo valor é menor que 0,707 da potência do centróide é assumido como sendo de outra largura de feixe devido a definição da largura de feixe.

Contudo, para distinguir dois alvo deve haver um ponto de retorno entre os dois onde a potência de retorno é diminuída ao ponto de meia potência. Isto, por definição, é a separação igual a largura de feixe do radar. A célula de resolução do radar, então, é o volume sólido descrito por uma largura de feixe e o alcance de resolução; alvos múltiplos com uma célula de resolução aparece como um alvo cujo centróide de potência está localizado entre todos os alvos para a precisão do radar.

Alguns sistemas de radar usam transmissores emissores volumosos de feixe separados para rastreio de elevação (El) e azimute (Az). Este esquema permite que o sistema rastreie um centróide de potência enquanto varre (TWS) seu setor de aquisição. A resolução de um sistema de feixe duplo é sempre dado na interseção da menor dimensão de cada feixe, mas isto não deve ser confundido com a célula de resolução.

Para um sistema TWS de feixe duplo, cada transmissor tem uma célula de resolução onde o centróide de potência do alvo ou alvos serão localizados dentro de uma largura de feixe. Esta diferença entre a resolução do computador e a resolução podem ser importantes nas táticas de CME. Os dois feixes, devido as diferentes orientações físicas, podem receber diferentes quantidades de interferências. Desde que todo radar precise de três coordenadas para um rastreio acurado.

Interferência de Ângulo

Devido a natureza direcional da antena receptora, a interferência de ângulo de alvos levando transmissores de ruído não é possível desde que o interferidor sirva apenas para intensificar o alvo como um beacon de microondas. Interferência de lóbulos laterais é possível para transmissores não levados no alvo se estes transmissores tem potência suficiente para superar a atenuação de lóbulos laterais projetados dentro da antena.

Por exemplo, se o lóbulo lateral tem 16 dB abaixo do "main-bang", o interferidor deve ser capaz de retornar 16 dB de potência além da retornada normalmente. Lóbulos laterais são espaçadas na banda de feixe, mas desde que o computador e o display estejam sincronizados com a antena, a interferência de lóbulo lateral cria alvos falsos no lobo principal do radar. Se a penetração do lobo lateral tiver sucesso, a interferência de alcance pode ser feita por ruídos como já discutido.

Um alvo muito refletivo (grande RCS) pode causar retornos de lóbulos laterais no feixe principal do radar. Isto é, se o retorno do alvo quando for iluminado por lóbulos laterais podem superar atenuações de lobos laterais, o radar irá "ver" alvos falsos devido a sincronização necessária que o radar precisará. Este efeito faz o alvo aparecer maior do que realmente é. Nuvens de chaff também podem criar interferência de lóbulo lateral.

Um efeito secundário causado por alvos falsos é chamado Feixe Alargado Efetivo. Neste caso, a porção do alvo com largura de feixe completo mas fora do ponto de meia potência definida retorna potência para a antena que iguala ou excede o retorno de meia potência. O radar, devido à obrigação de dar conta, deve creditar isto para uma orientação adjacente da antena com o efeito sendo como um feixe de dois graus definido com tendo 3-4 graus de resolução.

As CME de despistamento também podem criar interferência de ângulo com um transmissor de CME aerotransportado. Quando o TTR varre um alvo durante o rastreio, o retorno do alvo irá modular em uma frequência de varredura. As DECM determinam o padrão de varredura no alvo e transmite um sinal estranho de modulação oposta. Isto levará o radar a rastrear na direção errada de uma largura de feixe. O radar irá então ver um alvo na segunda largura de feixe, mas o rastreio foi provavelmente quebrado e deve ser readquirido. Os sistemas de DECM são muito mais complexos que os interferidores de ruído.

A interferência de ângulo também pode ser realizada por táticas de vôo. Se a formação de aeronaves manter a separação de uma largura de ângulo, o radar irá "ver" um grande alvo que aparece no display como um alvo tão grande como a largura de banda que a formação ocupa. Isto é particularmente efetivo contra sistemas que usam rastreio separados Az e El e tem computadores combinado de rastreio pois o computador deve examinar todas as combinações de retornos Az e El para obter uma combinação.

Se a aeronave individual manobra na sua largura de feixe "determinada", seu centróide de potência será constantemente mudado, se encontrando e separando de modo que a correlação Az-El será dificultada. Quando a aeronave leva interferidores de ruído, o alvo agrupado se torna bidimensional e a precisão do rastreio automático do alvo é degradada. Esta "interferência cooperativa/camarada" pode ser mantida até o ponto em que todo o indicador de display do radar sofra um  "branqueamento". Por exemplo, em um radar de 2 graus com um display de 16 graus, 8 aeronaves em separações de 2 graus com o interferidor de ruído irá preencher todo o display com interferência de ruído (alvos falsos). Contudo, o centróide da potência de interferência pode ser localizado na aeronave alvo de modo que o rastreio, particularmente o rastreio manual, ainda seja possível.

Sistemas de radar e comando-controle (C2) podem ser confundidos ao gerar um alvo com direção e elevação incorretos. Para se conseguir isso, o meio de engodo deve fazer o radar indicar a presença de um alvo na mesma hora que outro quando o radar estiver na direção e elevação do alvo. Há dois meios de se conseguir isso:

. Engodo de ângulo de lóbulo lateral/Interferência de Ganho Inverso
Em primeiro lugar, o lóbulo lateral no padrão de irradiação da antena deve ser evidente para a unidade de CME. Um pulso de alvo falso é então transmitido enquanto a CME está na azimute do lóbulo do radar vítima. Os circuitos do radar são projetados para registrar a posição angular do alvo apenas no lóbulo principal e assim mostrar imagens do alvo com um erro angular igual ao deslocamento angular entre o lóbulo principal e o lóbulo lateral envolvido. Esta técnica pode ser aplicada a qualquer radar com supressão ou cancelamento ineficaz  de lóbulo lateral. Ao combinar este método com o engodo de distância, vários alvos falsos em distâncias e direções diferentes são gerados, causando confusão em toda a busca de volume do radar vítima e com muito menor potência que a interferência de ruído.

Outra característica explorada pelos projetistas de GE é o fato que a antena de radar também é capaz de detectar sinais que chegam de outras direções além da apontada pelo radar. Estes sinais são detectados com os lobos laterais do sinal principal, e bastante indesejáveis, mas inevitáveis pelos produzidos no processo de transmissão e gerando todos ao redor da antena. Desde que os lobos laterais  levam todos os parâmetros do feixe principal, embora de pequena intensidade e potência, o projetista de GE pode explorar estas fraquezas ao injetar sinais de alvos falsos no receptor de radar. A técnica de dissimulação de ganho inverso é um bom exemplo destas explorações e um radar de vigilância é uma vítima ideal para demonstrá-la.

O radar trabalho no princípio que a direção real do alvo é aquela na qual a força do sinal detectado é a maior. Para enganar um radar de vigilância pela exploração pela técnica de ganho inverso, um sinal falso é transmitido logo após ou antes estar se posicionando diretamente no alvo e enquanto esta interferindo estiver na banda do radar. Quando o alvo estiver nesta posição, será enviado reflexos para o sistema ameaçado, mas como  ele não está mais no centro do feixe, estes reflexos são menos intensos que antes. O radar, então, relaciona estes retornos como não sendo representativos da direção real do alvo, de acordo com os princípios já mencionados, desde que eles sejam muito fracos.

Pela injeção de seu próprio sinal réplica falso no momento certo, o sistema CME pode enganar o circuito de processamento automático do radar a "pensar" que o alvo está agora no centro do feixe. Através da transmissão de um sinal de alvo falso muito forte quando a antena esta se posicionando para longe da aeronave alvo, seu interferidor pode inserir estes sinais através dos lobos laterais e criar a ilusão que agora esta naquela direção. O centro deste retorno está deslocado em vários graus da direção do alvo original. Desde que a potência do sistema CME tenha de ser ajustada para ser inversamente proporcional a força do sinal recebido pelo transmissor de radar, a técnica é conhecida com  dissimulação de ganho inverso.

. Despistamento de circuito de rastreio de ângulo
Radares de rastreio único, como os que empregam monopulso, varredura cônica, COSRO, LORO e rastreia-enquanto-varre (Track-While-Scan - TWS) ou radares de rastreio ativo podem ser enganados ao fazer com que seus circuitos sensíveis ao ângulo direcionem em uma direção que não seja a que corrigiria o erro do ângulo em dado momento. Ao fazê-lo, a unidade CME irá causar erros na solução do controle de fogo e induzir a um erro considerável e/ou atraso no emprego das armas.

As vezes é utilizado o uso de um equipamento específico construído para cada técnica de rastreio de ângulo. Por exemplo, a varredura cônica inversa é efetiva apenas contra os rastreadores de varredura cônica e não funciona com outros meios acima. Para todos os métodos de rastreio de ângulo, a CME deve ter conhecimento das técnicas de varredura e rastreio empregadas pelo radar vitima. Para a varredura cônica e radares de mudança de lóbulo, é necessário obter os dados com receptores MAGE. Radares monopulso, CORSO, LORO, TWS e rastreio ativo não relevam nada a um operador de MAGE em relação ao seu método de rastreio. Contudo, outros meios de informação são necessários para construir os meios de  dissimulação e como empregá-los contra estes sistemas. Simplificando, dois métodos podem ser usados contra estes sistemas:

. Cegagem. Um ruído ou amostra do pulso do radar vítima é amplificado e retransmitido de vários pontos bastante separados da CME de uma forma randômica, causando um aumento do movimento normal do ponto da CME que o radar rastreia. Para rastreio sensível e solução acurada do problema de controle de fogo, o radar deve rastrear o centróide do alvo. O resultado desta técnica é um erro excessivo de rastreio.

. Estrabismo. Duas localizações bastante espaçadas na CME são selecionadas( como a proa e popa, o nariz e cauda ou as pontas da asa de uma aeronave) e instalado um transponder interconectado. Cada par destas localizações normal a direção do radar da vítima recebe o pulso e acionam o transponder no lado oposto da unidade, cada um transmitindo uma cópia do pulso radar vítima com uma mudança de fase de 180 graus. O resultado é o inverso do sinal de um medida de erro angular no radar vítima. Isto faz o mecanismo do radar posicionar em uma direção errada. No caso dos radares TWS ou rastreio ativo, esta técnica pode resultar em erros de posicionamento de portões de rastreio em azimute e elevação; podem prevenir um rastreio preciso ou causar problemas na aquisição, rastreio e mudança de direção do portão.

Se o uso da técnica de dissimulação de distância e direção estiverem combinadas, é possível gerar um grande número de alvos falsos que se comportam de forma idêntica ao alvo verdadeiro, mantendo o rastreio e as manobras de forma realística. Quando usadas em um cenário de GE bem planejado é possível sobrecarregar completamente a capacidade de processamento do radar. O indicador de posição plana do radar de vigilância pode ser quase "branqueado" do mesmo modo que a interferência de ruído, mas o efeito é conseguido pela geração de marcadores de alvos falsos, que se unem numa tempestade contínua de alvos falsos.

Despistamento de Varredura Cônica

Certos tipos de radares de rastreio são vulneráveis a uma técnica que é similar a dissimulação de ganho inverso. O método mais comum de manter a antena de rastreio apontada diretamente para o alvo é a varredura cônica, que envolve a rotação da antena para um volume de varredura no espaço ao redor do alvo.

Quando a linha central da antena aponta diretamente para o alvo, ele ilumina o alvo igualmente em todos os pontos no padrão da antena. Se, contudo, um erro de pontaria ocorre, devido a movimentação do alvo, o feixe retornará um sinal forte na posição de varredura. Sinais fortes variam de uma frequência igual a da razão de varredura cônica. Ao notar a magnitude e cronometragem desta variação, o processamento de sinais pode estabelecer a direção e magnitude o erro de pontaria, e retornar ao circuito que podem gerar um comando de mudança para dirigir a antena ao centro para manter o rastreio.

A técnica de despistamento contra a varredura cônica se baseia em ELINT para determinar a razão de o tipo de padrão de varredura, desde estes sejam vitais para o projetista de GE na criação de sinais falsos modulados na frequência apropriada. Uma vez recebido pelo radar vítima, o sinal falso será aceito como um erro de pontaria verdadeiro e um comando de movimentação falso será aplicado a antena, defletindo-a do alvo real e causando a perda do travamento.

A técnica é mais complexa contra radares de busca semi-ativa em mísseis ar-ar e SAM. O alvo é iluminado pelo radar da aeronave ou navio lançadora e o míssil se guia pela energia refletida pelo alvo, o que sua antena faz e a varredura cônica passiva. Erros de pontaria são detectados do mesmo modo que os radares de rastreio ativos, embora "ao contrário" e a cabeça de busca do míssil gera comando de movimentação do mesmo modo dos sistemas ativos. Circuitos de feedback no míssil fornecem comandos de correção para os controles aerodinâmicos do míssil para manter o buscador "olhando" diretamente para o alvo. Interferência de despistamento efetiva de radares de busca semi-ativa requer que a razão de busca da antena seja obtido por meios ilícitos ou de equipamento capturado. Se isto não for possível, o interferidor terá que varrer uma banda na frequência desejada e afetará a cabeça de busca intermitentemente e menos efetivamente.

O AIM-7E/F é um exemplo de mísseis que usa o sistema de varredura cônica.

CME de Reflexão no Solo

Esta técnica envolve a irradiação de um sinal de interferência em direção a superfície por uma aeronave voando a baixa altitude. Ao fazer isto, uma imagem do sinal de interferência será formada na superfície, com o ganho máximo da antena sendo aplicado na direção do feixe refletido. O engodo é aumentado pelo uso de pequeno ganho na direção do radio direto para o radar alvo, induzindo o radar a rastrear a imagem refletida ao invés da aeronave. Esta técnica pode ser efetiva contra sistemas SAMs semi-ativos ao interferir com os circuitos de controle da cabeça de busca e oferecer uma proteção útil para aeronaves de ataque em vôo a baixa altitude ou a bombardeiros capazes de aplicar uma transmissão de interferência de grande potência.

No caso de mísseis "sea skimmer" o próprio reflexo do feixe do radar que reflete na água pode estar tão próximo do feixe real que o radar detectaria dois alvos que pode levar o sistema a visar os dois em rápida sucessão.

A aeronave esta irradiando um poderoso sinal de interferência na superfície e um sinal de baixo ganho idêntico na direto na radar vítima. O radar é enganado ao rastrear a imagem com sinal mais forte, ao invés do retorno direto mais fraco.


 

Voltar ao Sistemas de Armas


2000-2009 ©Sistemas de Armas


     Opinião

  FórumDê a sua opinião sobre os assuntos mostrados no Sistemas de Armas
  Assine a lista para receber informações sobre atualizações e participar das discussões enviando um e-mail
  em branco para sistemasarmas-subscribe@yahoogrupos.com.br