MBDA Mistral

Autoria de Pedro Ledoux e Fábio Castro



Em 1977 um grupo tecnológico formado por uma junta de apoio de dirigentes franceses e a delegação da DGA (Diretoria Geral de Armamento) começou um estudo sobre diferentes sistemas de mísseis de defesa de ponto e canhões de curto alcance com a finalidade de preencher os requerimentos de um sistema de defesa aérea de baixo altitude (Very Low-Level Air Defence - VLLAD).

Em 1979 os estudos foram reduzidos para a aquisição de um míssil de terceira geração conhecido como Sol-Air-Tres Courte Portee (SATCP, surface-to-air very short range). O SATCP é um míssil superfície-ar portátil ou MANPADS (Man-portable Air Defence System).

Um programa operacional foi estabelecido neste ano pela Direction des Engins/Delegation Generale pour l'Armement (Divisão de mísseis da diretoria de aquisição de armas francesa) para desenvolver uma arma comum para os três serviços.

Em março de 1980 as propostas feitas por cinco firmas foram examinadas. Estas foram limitadas pelos projetos propostos pela Matra, Aerospatiale e TDA (antiga Thomson Brandt). Em setembro deste ano estudos adicionais do aspecto técnico e de praticidade fizeram com que a Matra fosse nomeada a empresa vencedora que seria responsável pelo desenvolvimento e produção dos SATCP com o nome de Mistral. O lançador portátil se chama Mistral MANPADS.

A Matra se tornou a Matra BAE Dynamics, que agora se chama MBDA. A MBDA é uma compania formada pela união das atividades de mísseis e produção de mísseis da Matra BAE Dynamicas, Aerospatiale Matra (EADS) e Alenia Marconi Systems.

As principais empresas subcontratadas foram a Societe Anonyme de Telecommunications (SAT, homing head), Societe Europeenne de Propulsion (motor foguete), Societe Nationale des Poudres et Explosifs (propelente sólido), SAFT (bateria térmica) e Manurhin (tubo de lançamento, ogiva e dispositivo de segurança).

Os testes de lançamento começaram em 1983 e o último dos 37 disparos programados foi em 1988. Os primeiros sistemas produzidos foram entregues para a Força Aérea Francesa e Exército Francês no ano de 1988 para avaliação.


Em janeiro de 1990 o Mistral se encontrava operacional nas três forças francesas. O Exército francês usa o Mistral MANPADS a nível de Corpo de Exército para defesa aérea de regimentos.

Cada regimento tem várias baterias com 4-6 seções, e cada seção com seis lançadores e um sistema de comando e alerta. A Força Aérea Francesa usa o Mistral para defender suas bases aéreas. Durante a Guerra do Golfo, a defesa aérea da divisão Daguet foi feita pelo Mistral.


DESCRIÇÃO

O Mistral é um míssil superfície-ar portátil (MANPAD - Man-portable Air Defence System) guiado por IR, usado para a defesa aérea de curto alcance. Pode ser disparado de navios, helicópteros e de lançadores individuais. Os alvos podem ser aviões, mísseis cruise anti-navio, UAV e helicópteros.


O sistema é transportado por duas pessoas (lançador individual) no qual um carrega o míssil (20kg) e o outro a unidade de tiro (24kg) podendo está pronto para atirar em 1 minuto.


A unidade de tiro tem um assento e uma unidade de controle de tiro. Uma garrafa de suprimento de ar comprimido (visível na foto acima) inicia o giroscópio e é usado como refrigerador ao sensor infravermelho.


O míssil e o container são instalados em um tripé, ligados com uma unidade de bateria/refrigerador, mira e eletrônicos de disparo. A bateria/refrigerador alimentam o míssil antes do lançamento com energia e resfria o sensor IR antes do disparo. Podem funcionar por 45 segundos e depois são trocados.


Um visor telescópico é usado para adquirir os alvos e pode ter capacidade IFF (identification, friend or foe) com a adição de uma antena (foto). O visor é instalado no lançador que o operador aponta para o alvo durante a fase de aquisição. O míssil é disparado quando o artilheiro vê uma luz no lançador que dá o sinal de que o míssil está travado no alvo.


O sistema pode ser equipado com visor térmico noturno, podendo ser o SAGEM MATIS ou o Thales Optronics MITS 2. A SAGEM recebeu um contrato em fevereiro de 2002 para fornecer o MITS 2 para a Força Aérea Francesa.

 
O alvo também pode ser designado pelo comandante, usando informações passadas por rede de rádio, através de observadores em locais diferentes; visualmente, pelo comandante da unidade, usando um binóculos; e pelo atirador usando o sistema de pontaria AIDA que mostra dados transmitidos por rádio a partir do posto de coordenação.


O tempo de engajamento a partir da iniciação da sequência de disparo até o lançamento do míssil é de menos de cinco segundos sem designação prévia de alvo e cerca de três segundos se existe alerta.


Uma vez que o alvo é designado em azimute, o atirador adquire o alvo em elevação e inicia o rastreio do alvo. Um retículo de pontaria é mostrado continuamente. Quando o atirador aperta o gatilho, o booster acelera o míssil até 40m/s. O booster apaga antes de deixar o tubo para evitar que queime o atirador.


Em menos de 4 segundos quando o míssil está a 15 metros do lançador e o motor de sustentação é ligado. O míssil acelera até Mach 2,5 em
9 segundos de queima. O alcance do míssil é de 6km com o teto operacional de 3000m. O controle de vôo é exercido pelos canards localizados na região frontal.

O tempo de vôo é de no máximo 14 segundos. Após o disparo o tubo é descartado e um novo pode ser instalado em aproximadamente 10 segundos.


O míssil fica em um tubo de 96mm de diâmetro e 1778 mm de comprimento (com o míssil). Ele é feito de fibra de vidro seca impregnada com a resina epóxi. A ICSA é responsável pelo tubo, tanto a parte mecânica quanto a eletrônica, usando tecnologias de ligação para facilitar verificações posteriores.


Para armazenamento o Mistral fica dentro de um container maior junto com outros acessórios.


As principais funções do tubo são: guiar o míssil na fase de lançamento; container logístico-tático que protege o míssil da umidade, areia, etc; interface eletro-mecânica para a operação correta do míssil; posicionar e fixar o míssil antes do lançamento; conexão com a estação de tiro; tornar seguro o transporte e armazenamento.


O Mistral é equipado com um motor foguete movido a propelente sólido de dois estágios que foi desenvolvido pela Societe Europeenne de Propulsion (SEP) baseada em Paris, o qual usa os carregadores de propelente da Societe Nationale des Poudres (SNPE).

O míssil usa uma ogiva de 3kg com explosivo de auto-fragmentado carregado com pequenas bolas de tungstênio que tem grande poder de penetração. A ogiva é acionada por uma espoleta de proximidade a laser e um sistema de autodestruição por tempo. É fabricada pela Manufacture de Machines du Haut Rhin SA baseada em Mulhouse na França.
 

O Mistral possui um sensor IR que opera em banda de 3 a 5 microns com detector Arsenato de índio com processamento digital que permite que uma aeronave a jato sem pós-combustor seja adquirido a um distância de 6.000m, ou um helicóptero de baixa assinatura IR a aproximadamente 4000m. O campo de visão é de +/-38 graus com trancamento antes do lançamento (LOBL).

Este sensor usa tecnologias derivadas do míssil Magic 2. Foi desenvolvido pela SAT, atual SAGEM, em Paris. O detetor fica em um um domo piramidal hexagonal feito de fluoreto de magnésio, moldado para reduzir arrasto aerodinâmico. Isto aumenta a capacidade de manobrabilidade do Mistral consideravelmente durante fase terminal do vôo.


O Mistral não foi usado em combate, mas cerca de 1500 mísseis já foram disparados em condições operacionais (testes) com um índice de acerto de 93%.

Mais de 16.000 mísseis foram encomendados desde 1989 por 37 forças armadas de 25 países. A versão comercializada atualmente é o Mistral 2. Apenas o Exército Francês comprou 125 lançadores e 1.600 mísseis.

Em 1996 foi o exército da Nova Zelândia comprou o Mistral MANPADS devido a um requerimento para um sistema de defesa aérea de baixo altitude. As entregas foram feitas no fim de 1997. O valor do contrato foi de U$ 22,75 milhões, incluindo 12 lançadores, 23 mísseis, simulador de treino e suporte logístico. A unidade equipada foi a tropa G, da 43a bateria de defesa aérea com cinco lançadores. Os restantes estão na reserva.

Em abril de 1997 um contrato no valor de US$ 100 milhões foi assinado entre o ministério de defesa da Hungria e MBDA para adquirir o Mistral 2 (45 lançadores ATLAS em caminhões UNIMOG, 9 MCP e mais de 400 mísseis). As entregas terminaram em junho de 2001.

Na Hungria o Mistral substituiu os mísseis Strela. O Stinger foi retirado da concorrência pois o governo americano não queria liberar todos os manuais necessários. O fato do RBS-70 com guiagem a laser semi-ativa ser o preferido e não ter sido comprado levou a suspeitas de corrupção. Outra fonte cita a vantagem dos "off-sets" franceses como o motivo da escolha do Mistral. De 15 disparos de testes do Mistral húngaro, 12 acertaram o alvo.

O usuário mais recente é a Marinha do Chile que adquiriu dois lançadors SADRAL para a Fragata Lynch (PFG 07).

O Chipre usa o Mistral em caminhões Alamo adaptados localmente. Também adquiriu 2 Simbad em 1999 para sues dois barcos de patrulha costeira Esterel 32.

O fato de ser montado em pedestal torna questionável a designação MANPADS, que é dada a mísseis já prontos no lançador como o Stinger e Strela. Por outro lado, os Mistral tem capacidades de C2 e IFF consideradas superiores aos outros.

VERSÕES

O míssil Mistral deu origem a uma família de lançadores que usa o mesmo projétil para aplicações terrestres, navais e aéreas.


O ALBI é um lançador duplo do Mistral 2 comercializado desde o ano 2000. O primeiro comprador foi o Sultanato de Omã. O posto de tiro é instalado em uma torre retrátil, montada em um blindado ou veículo leve. O sistema encomendado pelo Omã é instalado no VBL (vista interior). O sistema pode usar um atirador ou ser apontado por uma camera térmica.


O lançador duplo ATLAS (Affût Terrestre Léger Anti-Saturation ) foi projetado para ser usado pela infantaria ou em veículos para proteger tropas e pontos vitais. Quando montado em veículo pode ser desmontado e configurado rapidamente para uso em terra. Foi adquirido pelo Abu Dabi, Bélgica, Chipre e Hungria. O lançador duplo diminui os problemas de engajar mais e um alvo em um curto espaço de tempo.


O SANTAL é um lançador para veículos blindados com seis mísseis.


Versão designada ATAM ou Air-Air Tres Courte Portee - AATCP (ar-ar de alcance muito curto) foi
feito para ser instalada em helicópteros. O ATAM sua dois tubos mais uma caixa eletrônica que serve para a designação de alvos, com o peso total de 70kg. O sistema completo com dois lançadores e caixas pretas internas pesam menos de 200kg.


O Exército Francês comprou o ATAM para equipar os seus AS-342M Gazelle que usa a mira estabilizada TH-200 para apontar a arma.

O sistema também já foi testado no Boeing AH-64 Apache e irá equipar a versão francesa do Tigre. O ATAM foi integrado no helicóptero de ataque sul africano Rooivalk em 1998.

O sistema ATAM definitivo entrou em serviço no Exército Francês em junho de 1996. Em 1997 três esquadrões de Gazelles equipados com ATAM estavam operacionais e em algumas unidades adicionais. O ATAM também irá equipar os Tiger franceses.

O envelope ar-ar vai do solo até 5.000 metros de altura em distâncias de 600 a 5.500 metros e pode ser disparados de velocidade de até 350km/h.


A sequência de disparo, da aquisição do alvo, trancamento do sensor e disparo leva apenas quatro segundos.


A espoleta laser é usada contra alvos voando alto e a espoleta de impacto contra alvos voando muito baixo onde obstáculos (árvores por exemplo) podem acionar a espoleta. A espoleta é selecionada antes do disparo.


O ATAM também pode engajar jatos rápidos. A capacidade "dispare-e-esqueça" facilita o uso da arma.

O ATAM pode ser integrado a qualquer tipo de helicóptero dando capacidade de auto-defesa ou escolta para outras helicópteros, ou forças em terra, como deslocamento de tropas e comboios.


O Mistral também tem versão para uso naval.


O SIMBAD é uma versão leve navalizada bem simples com lançador duplo operado manualmente. Foi concebido para ser utilizada por vários tipos de navios pequenos e de apoio par
a proporciona-los um certo grau de autonomia em sua autodefesa. O SIMBAD pesa 250kg e pode disparar os dois mísseis em dez segundos.

A sua performance pode ser melhorada com informações provindas do COC ou com a introdução de uma câmera térmica. O lançador é totalmente autônomo e não precisa de fonte de energia externa. O SIMBAD pode ser instalado em qualquer embarcação em curto espaço de tempo (em até 48horas).

 


O SADRAL (Système d'AutoDéfense Rapprochée Anti-aérienne Légère) é um lançador com seis mísseis e pesa 1.500kg para uso em navios de qualquer tamanho.


O SADRAL é designado tanto para ser o sistema de defesa aérea principal (embarcações menores) quanto secundário (embarcações maiores). Tem eficiência tanto de dia quanto de noite com o uso de uma câmera térmica Murene da SAGEM e uma camera de TV. Pode ser integrado ao sistema de combate dos navios para receber a designação de alvo de forma automática. Qualquer informação de radar ou sensores optrônicos é suficiente para ativar uma sequência de tiro. Com um designador de alvos 3D a sequência de tiro pode ser totalmente automática. Também pode ser usado de forma autônoma quando necessário. Na marinha francesa usa o sensor VIGY 105 da SAGEM para designar alvos de forma autônoma.

Esta versão foi adotada pela Abu Dabi, Emirados Árabes Unidos, Finlândia, França, Qatar, e Tailândia. O SADRAL é equipado com uma camera térmica e é controlado remotamente pelo COC do navio. A França usa o SADRAL no NAe Charles de Gaulle como última linha de defesa e será usado nas duras fragatas Classe Forbin (programa Horizon).



O TETRAL é um laçador quádruplo naval operado remotamente que pesa 600kg. É uma opção mais barata que o SADRAL.

O Mistral também é um dos mísseis opcionais do lançador quadruplo da Radamec Defense Systems.

O Mistral agora é parte da família de mísseis antiaéreos da MBDA que inclui o VL MICA e o Aster para alcance muito curto, curto e médio respectivamente.


MISTRAL COORDINATION POST (MCP)

O Mistral foi concebido pelos franceses para ser um íten do sistema de defesa aérea aproximado. Ele faz parte de um sistema maior de comando e vigilância. O centro de comando mais próximo do Mistral é o MCP.

O Mistral Coordination Post (MCP) é um posto de comando que permite coordenação das unidades de tiro de dia ou a noite, controlando até 11 lançadores MANPADS, ALBI ou ATLAS.


O MCP pode ser instalado em um blindado como o Panhard VBL 4 x 4 ou veículos leves e caminhões como o UNIMOG 1350 (acima).

O MCP foi projetado para usar o Mistral MANPADS ou ATLAS para defender áreas de retaguarda de infantaria, artilharia ou pontos vitais. O sistema evita que o mesmo alvo seja engajado por vários lançadores, maximizando o sistema. O MCP também evita que o míssil seja disparado fora do alcance e contra alvos amigos.


Tela de coordenação e planejamento do MCP.

O MCP consiste de um radar 2D SHORAD da Oerlikon Contraves com IFF e sistema de comando e controle com dois operadores que permite receber indicação de alvos de outras fontes externas. O radar tem alcance de 17km contra alvos a média altitude e 28km contra alvos a baixa altitude. Até 200 alvos podem ser rastreados simultaneamente. O MCP foi vendido para a Hungria.

Outro sistema de Comando e Controle usados com o Mistral é o Mygale da Thales. O Mygale é um sistema de defesa aérea de curto alcance com lançadores Aspic e estação de controle de tiro com um radar TRS.2630 Griffon 2D da Thales. O Aspic é um lançador quadruplo montado em pedestal e equipado com camera de TV. Também pode ser equipado com camera térmica, telemetro laser e IFF. O Aspic pode lançar mísseis Mistral e Stinger. O Mygale pode controlar até 8 Aspic.

O Exército Francês escolheu o Samantha, uma variante do Mygale, que usa o blindado Panhard Light Armoured Vehicle com mastro telescópcio, radar Griffon e um sistema de Comando e Controle.

O Guardia da Matra e Boeing, usa o Mistral e um veículo HMMWV com subsistemas comuns ao Avenger.

O sistema de defesa aérea Blazer da Thales/General Dynamics é baseado no blindado Piranha com torreta Blazer. A torreta tem um radar de busca Gerfaut da Thales, mísseis Mistral, e cameras de TV e térmica e um canhão GE GAU-12 de 25 mm tipo Gattling com alcance de 2,5km.

O Mistral na Marinha do Brasil


Em setembro de 1994 a 
Marinha do Brasil adquiriu dois lançadores Simbad para o NAe A-11 Minas Gerais (foto acima) para substituir 10 canhões Boford L/60 de 40mm em dois reparos quádruplos Mk 2 e um duplo Mk 1. Estes canhões eram controlados pelo sistema de direção de tiro Mk 63 (GFCS) através de dois radares de direção de tiro SPG-34 instalados nos reparos quádruplos. O Simbad entrou em operação em 1996. Não se sabe o destino dos Simbad após a retirada de serviço do Minas Gerais. É possível que sejam instalados no NAe São Paulo ou nos Navios de Desembarque-Doca Rio de Janeiro e Ceará.

O Mistral também concorreu com o Sea Wolf e Aspide/Albatroz para equipar o programa MODFRAG substituindo os mísseis Sea Cat.
O Barak, Crotale e Standard ofereceram propostas mas foram eliminados na primeira eliminatória.

O Mistral lançado do Simbad foi considerado vencedor na proposta da Vosper Thornychroft e também foi escolhido para equipar o A-11 Minas Gerais e o CFN. A Vosper acabou sendo desclassificada e numa segunda avaliação foi escolhido o consórcio DSND Consub passou a ser o vencedor com o míssil Aspide 2000/Albatroz.  O Mistral poderia ter se tornado o míssil padrão dos navios da MB.


O A-12 São Paulo já usou o Mistral. Quando estava em uso na França ele era equipado com dois lançadores SADRAL e um lançador de mísseis Crotale. Os mísseis foram retirados antes do navio ser entregue a MB.


Simbad no A-11 Minas Gerais e desenho esquemático do Simbad.


O Corpo de Fuzileiros Navais também usa o Mistral para defesa de cabeça de ponto. A unidade de tiro é apoiada por um radar Ericsson Giraffe 50AT montado num veículo Hagglunds Bv206 recebido em 1989. O Mistral e o Giraffe fazem parte da Bateria  Antiaérea do CFN (BiAAé), sendo que o Mistral equipa um pelotão. O CFN usa veículos 4x4 Toyota Bandeirante para delocar a estação de tiro e o pessoal.





Testes do Mistral da MB contra um drone rádio controlado Snipe de fabricação britânica. A MB recebeu o Mistral em 1996.


Especificações (Mistral 2)

Míssil de 2 estágios, baixa altitude.
Comprimento: (míssil) 1,86 m
                          (container): 2 m
Diâmetro: (míssil) 0,0925 m
Envergadura: 0,2 m
Peso: (míssil) 19 kg
           (container) 24 kg
Temperatura de uso: -46°C a +71°C
Umidade de até 95%
Propulsão: motor foguete sólido ejetor com motor foguete sólido para sustentação
Guiagem: passiva de imagem infravermelha e meio curso por navegação proporcional
Controles acionados por energia elétrica
Ogiva: 3 kg HE fragmentada (1 kg HE) com espoleta de contato e proximidade
Velocidade máxima: Mach 2,7
Alcance máximo efetivo: 5.000-6.000 metros dependendo do alvo
Alcance mínimo: 300 m
Altitude máxima: 3.000 m
Altitude mínima: 5 m

Usuários:

Abu Dabi  (Força Aérea)  ATLAS e  (Marinha)  SADRAL
Arábia Saudita (Defesa Aérea) MANPADS
Áustria  (Exército)  MANPADS
Bélgica (Exército)  MANPADS  e (Força Aérea)  ATLAS
Brasil (Marinha) MANPADS e SIMBAD
Brunei  (Exército)  MANPADS
Chile  (Exército)  MANPADS  e (Força Aérea)  MANPADS/Aspic
Chipre  (Exército)  MANPADS e ATLAS; (Marinha)  SIMBAD
Coréia do Sul  (Exército)  MANPADS; (Força Aérea)  MANPADS; (Marinha) MANPADS
Espanha  (Exército)  MANPADS e (Fuzileiros) MANPADS
Finlândia (Marinha) SADRAL modificado
França (Exército) MANPADS e ATAM; (Força Aérea) MANPADS e Aspic; (Marinha)  SADRAL e SIMBAD
Hungria  (Exército)  ATLAS + MCP
Indonésia  (Marinha)  SIMBAD
Noruega (Marinha)  SIMBAD
Nova Zelândia  (Exército)  MANPADS
Paquistão  (Força Aérea)  MANPADS  e (Marinha)  MANPADS
Qatar  (Exército) MANPADS  e (Marinha)  SADRAL
Singapura  (Força Aérea)  MANPADS  e (Marinha)  SIMBAD
Tailândia (Marinha)  SADRAL

Atualizado em 02/06/2003


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