Flotilha da Amazônia


A presença da MB na Amazônia é antiga. Em 1728, ainda sob controle da Coroa Portuguesa, foi criada a Divisão Naval do Norte, com sede em Belém. A MB criou, em 1868, a Flotilha do Amazonas (FlotAm), com sede em Manaus, para substituir a antiga Divisão Naval do Norte. Em 1968, foi estabelecido o Comando Naval de Manaus. Em 1974 esse Comando foi desativado e em 1975 foi criado o Grupamento Naval do Norte, sediado em Belém, no Estado do Pará. Em 1994 foi criado o Comando Naval da Amazônia Ocidental (CNAO).

Para patrulhar cerca de 20 mil km de rios navegáveis na Amazônia a Marinha conta com apenas 1,7 mil homens, 8 navios fluviais e 16 lanchas rápidas na vastidão da Amazônia Ocidental.

A força é composta de cinco Navios-Patrulha Fluvial (ou NaPaFlu) e dois Navios de Assistência Hospitalar (NAsH). Está prevista a construção de mais cinco Navios-Patrulha Fluviais (NPaFlu) de menor porte e menor calado do que o dos atuais navios classe “Roraima” com capacidade de operar helicópteros, dois NaPaFlu de menor porte, mais um NAsH, um navio-hidrográfico, um Navio de Transporte de Tropas Fluvial e 20 Lanchas-Patrulha Fluvial.

Os novos NaPaFlu deverão ser armados com um canhão Oerlikon de 20 mm, metralhadoras de 12,7 mm ou 7,62 mm e um morteiro de 81 mm. Serão equipadas com Lancha de Ação Rápida (LAR).

O Grupamento de Fuzileiros Navais de Manaus será transformado em Batalhão de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib). Deverá contar com cerca de 900 homens e com o apoio de um Centro de Adestramento de Operações Ribeirinhas  (CADOR). 

A Marinha iniciou em 2001 a substituição de seus armamentos individuais. O fuzil de assalto FAL e a metralhadora MAG, ambos de calibre 7,62 mm, foram subsituidos pelos novo fuzil M16A2 e carabina M-4 e pela metralhadora MINIMI, de calibre 5,56 mm.

O DAEFlotAM foi transformado no 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3) e estuda-se dotá-lo com pelo menos quatro helicópteros de maior porte, como os Super Puma/Cougar. Em Belém será instalado outro Esquadrão.

A MB instalou vários depósitos e tanques de óleo diesel e querosene de aviação em várias localidades estratégicas ao longo das calhas dos principais rios. Com  recursos do Programa Calha Norte foram construídos uma série de balsas para armazenamento e transporte de combustível, com capacidade para 200 mil litros de diesel, que podem ser rebocadas e fundeadas em locais estratégicos.


Operação RIBEIREX, entre os dias 15 e 31 de outubro de 2001, com a participação de uma embarcação civil, de nome Manoel Monteiro, quando foram transportados cerca de 200 militares do CFN e do Exército Brasileiro.

Durante a operação Ribeirex Amazonas-I/97, o Navio-Desembarque Doca (NDD) Rio de Janeiro, subordinado ao 1º Esquadrão de Navios Anfíbios da Esquadra, transportou embarcações de desembarque de carga geral (EDCG), carros-lagarta anfíbios (CLANF), helicópteros UH-14 Super Puma e UH-12 Esquilo; e de tropa do 2º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais – Batalhão Humaitá, do Rio de Janeiro. Os  CLANF operaram com correntes de 4 nós.


Base do CNAO.


Raposo Teixeira no Rio Negro.
O rio é ponto capital na Amazônia, sendo a única via de transporte fora ar.  A mobilidade por terra é lenta (500 metros por hora). Os outros pontos capitais são cidades, as raras estradas, clareiras, aeródromos e cotas.


Corveta Angostura do 4.o Distrito Naval. As corvetas tem quatro metros de calado mas vão em qualquer época do ano, a Tabatinga e podem dominar a confluência do Iça com o Amazonas. As corvetas foram retiradas de serviço.


Flotilha de Mato Grosso

A Flotilha de Mato Grosso foi criada em 20 de outubro de 1876 e está sediada no Complexo Naval de Landário. O Pantanal, com cerca de 150.000 km², ocupa uma parcela dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na “fronteira” do Brasil com a Bolívia e o Paraguai.

É composta pelo Monitor Parnaiba, Navio Transporte de Tropa " Paraguassú ", Navio de Apoio Logístico Fluvial " Potengi ", Aviso de Transporte Fluvial " Piraim ", Navios de Patrulha " Piratini ", " Pirajá ", " Penedo " e " Poti ". O Grupo de Embarcações de Patrulha e Desembarque (GrEPD) tem 8 Embarcações de Desembarque de Viatura e Pessoal e uma Lancha-Patrulha.

Calha Norte

O plano do Exército é ter na região 25 mil soldados até 2006, com a transferência de unidades que hoje se localizam em pontos que perderam importância estratégica. Por exemplo, duas das brigadas de infantaria que hoje servem na Amazônia estavam localizadas, originalmente, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.


Calha Norte



Artilharia do Exército foi testada na praia dos rios e em barcaças rebocadas.


O Exército também opera suas próprias embarcações como esta Embarcação-base de pelotão.



O Exército também opera suas próprias embarcações como lanchas rápidas chamadas de "voadeiras". A dourtina do EB prevê o uso de embarcações de patrulha de esquadra, grupo e pelotão.


Base Logística do EB.


A AVEX (Aviação do Exército) está presente na Amazônia com um esquadrão em Manaus.


Os Panteras podem ser usados em operações ribeirinhas.


AT-27 Tucano da FAB apoiando uma operação ribeirinha.


O AT-27 Tucano será substituído pelo A-29 Super Tucano.

Próxima Parte: Embarcações Fluviais da Marinha do Brasil


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