DINASSAUT - A Experiência Francesa na Indochina


Durante a Segunda Guerra Mundial o Japão ocupou grande parte das colônias européias  do Sudeste Asiático.

A colônia francesa da Indochina, depois chamada de Vietnã,  foi dividida ao meio pelo paralelo 16 segundo a Conferência de Potsdan de julho de 1945. As tropas japonesas ao norte do paralelo se entregaram ao  exército chinês de Chiang Kaishek e as tropas ao sul se renderam a tropas inglesas.  Os movimentos nacionalistas, contrários a colonização estrangeira, logo iniciaram suas ações.

No dia 2 de setembro  de 1945, dia da vitória, tropas nacionalistas vietnamitas (Vietminh) de Ho Chi Minh tomavam Hanói e proclamaram a república Democrática do Vietnã do Norte. Também iniciaram a luta no sul. Os ingleses logo iniciaram o contra-ataque e retomaram o território.

As tropas britânicas deixaram o Vietnã em março de 1946, passando a França a retomar o seu papel de colonizador. Assim iniciou uma longa história de lutas coloniais no país.

A França usou as águas do Delta do Mekong e Rio Vermelho para conquistar a Indochina no século XIX. Agora teve que voltou após a Segunda Guerra Mundial e acabou tendo que lutar um guerra colonial para controlar o pais entre 1946 e 1954. Inicialmente os franceses usaram táticas militares convencionais  e operações ribeirinhas improvisadas, mas nos próximos nove anos desenvolveu uma grande força ribeirinha.

A luta principal foi no norte, em Tonkin, no delta formado delos rios Vermelho, Negro e Claro que eram estradas naturais. No Sul, na Cochinchina, o conflito foi no Delta do Mekong, Bassac, Dong Nai, Saigon e Vain Co onde vários rios eram conectados por canais estreitos. A maior parte do trafego era por rios (estimado em 90%). As estradas eram geralmente cortadas pelo inimigo. Isto fez o uso dos rios ser uma opção bem atrativa. Estas características dificultavam o uso de forças convencionais.


Rios da Indochina.

Uma abordagem estudada era usar tropas aerotransportada e uso de pára-quedistas. A quantidade estava limitada a dois batalhões e por isto não era a melhor resposta.

Desde o inicio da campanha foram organizadas unidades ribeirinhas usando embarcações americana e outros navios produzidos localmente e deixadas pelos japoneses. Inicialmente foram formadas flotilhas nas cidades ocupadas após o fim da Guerra. Estas embarcações foram modificadas e blindadas e eram agrupadas em flotilhas a partir de 1946 e foi feito a divisão entre forças do exercito e marinha.

Em 1947, as forças navais tornaram-se grupos de combate anfíbio, e organizados em "Divisions navales d'assaut" ou Dinassaut que desenvolveram táticas e equipamentos para guerra ribeirinha.
As unidades ribeirinhas, ou de águas marrons, foram usadas para transporte, logística, escoltas e combate, em vários tipos de embaraços e organizações.

Entre 1947 a 1949 foram formadas 10 Dinassaut. Cada Dinassaut operava as seguintes embarcações:

- Navio de comando comando e apoio de fogo - 1 LCI ou LSSL
- Transporte - 1 LCT
- Transporte - 2 LCM
- Patrulha e apoio -  4 LCVP (dois de cada ou LCA)
- Patrulha e ligação - 1 LCVP ou LCA

As Dinassaut também usava outros embarcações como patrulheiros de portos.

A flotilha pode transportar e desembarcar uma força do tamanho de batalhão, dar apoio de fogo e controle de águas vicinais. Também realizava patrulha, incursões e apoio. As tropas embarcadas tiveram treinamento extra para operações ribeirinhas.

  Força ribeirinha entre 1946 a 1953
(1953 inclui força da Marinha do Vietnã)
Tipo 12/46 10/47 6/48 12/48 6/49 12/50 12/51 12/52 12/53
LCT Mk.4
4
4
6
9
9
10
11
13
13
LCT (6)
4
5
5
5
5
4
4
4
3
LCI
6
9
9
9
10
10
9
7
4
LSIL
-
-
-
-
-
3
3-5
4-5
11
LCG
-
-
-
1
1
1
1
1
1
LSSL
-
-
-
-
-
6
6
6
6
LCM Monitor
-
-
-
-
-
-
2
9
14
LCM Comando
-
-
-
-
-
-
 -
8
5
LCM 3 & LCM 6
28
28
29
38
37
51
82
78
91
LCM Mk.1
8-10
?
?
?
-
-
-
-
-
LCVP & EA (após 1950)
32
32
34
46
28
91
89
90
88
LCA
26
23
21
21
20
13
2
-
-
LCS(M)
2
2
-
-
-
-
-
-
-
VP
8
8
11
11
13
16
17
17
19
MFV
6
5
6
6
6
6
6
-
-
YTL
-
-
-
-
-
-
-
14
14
Balsa blindada
6
5
6
4
4
2
2
1
-
Junco armado
5
2
2
2
1
-
-
-
-


Um comboio francês típico no Vietnã no Norte. As operações era comandadas pela marinha com a flotilha deslocando em coluna. Os varredores de minas iam na frente, seguidas das embarcações de apoio de fogo. As embarcações de transporte iam no meio e as de comando no final. O grupo de abertura era composto de um 1 LCM Monitor (guia), seguido de três seções de varredores (6 embarcações), um varredor de reposição, um navio de apoio ( 1 LSIL), embarcações de transporte( 1-2 LSM),  um navio de apoio no centro do comboio, uma embarcação de comando e apoio (1 LSIL ou LSSL  - comandante da força).

Quando há apenas um navio de apoio, ele lidera e é o centro de comando. Quando há dois navios de apoio, o navio de comando fica na retaguarda, quando há três, o navio de comando fica no meio. O navio de comando da frente pode ser um LSSL, um LCT armado ou uma seção de dois LCM Monitor. As vezes as embarcações de transporte ficam em duas colunas.


Esquema de Desembarque.

Quando atacada, a flotilha tenta forçar passagem com "bola de fogo", ou o maior volume possível de fogo direto na posição inimiga. Em caso de suspeita de emboscada, é feito assalto direto na posição inimiga, mas eram raros.

Também era realizado bombardeiro de preparação de desembarque. Depois de segurar a posição é desembarcado o resto das tropas. A força naval protege os flancos, dava apoio de fogo, e patrulha próximo da área de operação para segurança. Algumas embarcações eram usadas para apoio logístico.

As estatísticas mostraram que perdas de navios ancorados eram maiores que em movimento. Os ataques do Vietminh eram planejados. Usavam mergulhadores, minas, artilharia e morteiros, e as vezes desembarque. As contramedidas eram redes, atiravam em tudo que flutuava, patrulhas, ataques com granadas irregulares contra água e luzes na entrada de ancoradouros.

Os ataques de morteiro e artilharia eram efetivos, e retiravam as forças para evitar novos ataque. As vezes mudavam de ancoradouro aleatoriamente para evitar ataque planejados.

As embarcações ribeirinhas eram raramente empregada em operações costeiras por terem pior condições marinheiras e levarem menos carga devido a blindagem extra.

No fim da campanha o Vietminh concentrou forças, as flotilha se mostraram inadequada e foram organizadas forças tarefas de varias flotilhas, reforçadas por transporte de tropas adicionais.

Após o conflito um estudo concluiu que o material era adequado, mas precisada de armas melhores. As técnicas também eram adequadas, mas as embarcações eram vulneráveis na defesa de base e susceptíveis as minas. A relação de baixas era boa no exército e marinha. A pratica mostrou que era necessário agrupar as mesmas tropas com a mesma divisão naval. As tropas eram muito dispersas ao invés de concentrar.

As Dinassaut nunca conseguiram surpresa tática devido a sua exposição. As embarcações eram muito visíveis e barulhentas, mas conseguiam surpresa estratégica. O Vietminh fazia emboscadas nos rios ou detonava minas.

Em 1950, os franceses iniciaram o treinamento da Marinha do Vietnã do Sul. Em 1954 já tinham quatro Dinassauts que depois foram chamados River Assalt Groups (RAG), mais três caça-minas e três LCU.


Embarcações Ribeirinhas Francesas

LCT Mk.4 (Landing Craft Tank, Mark 4)

O LCT Mk.4 era uma embarcação de desembarque grande de construção britânica. Era o burro de carga das forças ribeirinhas e usada constantemente, principalmente em Tonkin. Também chamada de LCT alongado como oposto ao LCT-6 encurtado americano. Transportava tropas, veículos e suprimentos nas operações principais ou material de construção para postos avançados. Era armado com dois canhões Oerlikon 20mm aumentado para um Boford 40mm,  três canhões de 20mm e um morteiro 81mm. No fim da guerra o LCT 9069 já estava armado com dois canhões de 75mm, dois de 40mm, dois de 20mm, 2 metralhadoras .50 e um morteiro de 120mm.

Dados Técnicos

Deslocamento : 250 
toneladas
Comprimento : 51,1 m
Largura : 11,8 m
Calado : 1,5 m
Propulsão : 2 Paxmann-Ricardo 500 hp diesel
Velocidade : 8 knots
Alcance cruzeiro : 1100 nm a 8 knots
Tripulação : 16
Armamento : ver texto
Capacidade: um batalhão de infantaria, nove carros de combate médios, doze caminhões ou 350 t de material

LCT (6) (Landing Craft Tank, Mark 6)



O LCT (6) era usado para transporte operacional e logístico na Cochinchina e Camboja. Era chamados também de LCT curto. Cinco eram usados como oficina.

Deslocamento: 140 
toneladas
Comprimento : 36,7 m
Boca : 9,75 m
Calado : 1,20 m
Propulsão : 3 Gray Marine 8V 71 diesel
Velocidade : 8 knots
Alcance cruzeiro : 700 nm a 7 knots
Tripulação : 13
Armamento :  2 x 20mm Oerlikons, 2x .303mm , 2 Bren LMG e um morteiro 81mm
Capacidade : cinco carros de combate médios, nove caminhões ou 150 ton carga


LCT Atelier 9091


LCI (Landing Craft Infantry)

O LCI transportaria a segunda onda de tropas para terra durante uma operação anfíbia. O armamento e rádios foram melhorados para operar nas Dinassauts. Foi substituído pelos LSIL em 1951.

Também havia as variantes LCI(G) para canhoneira, LCI(M) para morteiro, e LCI(R) para lança-foguete e LC(FF) navio comando.

Deslocamento : 380 
toneladas
Comprimento : 48,3 m
Largura : 7,1 m
Calado : 1,8 m
Propulsão : 8 Gray Marine 8V 71 diesel
Velocidade : 14 knots
Alcance : 4000nm a 12 knots
Tripulação : 29
Armamento : 1 canhão 75mm, 1 canhão 40mm Bofors, 2 canhões 20mm Oerlikons, 2 metralhadoras 12.7mm, 2 metralhadoras 7.62mm e um morteiro 81mm
Capacidade : 180 tropas (250 por curto período)






LSIL (Landing Ship Infantry, Large)

 

O LSIL era um LCI melhorado. A rampa lateral foi trocada por uma grande porta na proa. O armamento era diferente e usava rádios mais modernos. Foi instalado blindagem na ponte e no canhão de 76mm. As instalações também eram melhores.

Deslocamento : 380 
toneladas
Comprimento : 48,9 m
Largura : 7,2 m
Calado: 1,8 m
Propulsão: 8x Gray Marine 8V 71 diesel 2000hp
Velocidade : 16 knots
Alcance : 8000nm a 12 knots
Tripulação: 3 oficiais e 55 marinheiros
Armamento : 1 canhão de 76mm, 1 canhão de 40mm Bofors, 2 canhões de 20mm Oerlikons, 2 metralhadoras 12.7mm , 1 morteiro 120mm e 2 de 81mm
Capacidade : 200 tropas (250 por curto período)

 


LCG (Landing Craft, Gun)

 

Era a versão de apoio de fogo do LCT Mk IV com artilharia pesada para apoio as tropas, mas era menos versátil que o LSSL. Um único LCG foi usado na Cochinchina ( LCG 111 ou L9059 na OTAN)

Deslocamento : 270 
toneladas
Comprimento : 47,08 m
Largura : 6,91 m
Calado : 1,68 m
Propulsão : 2 Paxmann-Ricardo 500 hp diesel
Velocidade: 13.5 knots
Tripulação: 2 oficiais, 25 marinheiros
Armamento : 2 canhões de 88mm, 2 canhões de 20mm Oerlikons, 2 metralhadoras de 12.7mm, 2 lança-granadas e um morteiro de 120mm
Blindagem : convés 25mm e ponte 50mm


LSSL (Landing Ship Support, Large)



O LSSL foi projetado no fim da Segunda Guerra Mundial para dar apoio de fogo e antiaéreo nas operações de desembarque. Foi chamados de couraçados ribeirinhos por ser o navio mais poderoso. Era usado em incursões ou patrulhas solitárias, cooperava com as Dinassauts em algumas operações para apoio de fogo pesado e Comando. Os seis navios usados pela frança eram o Arbalète, Arquebuse, Hallebarde, Javeline  , Pertuisane e Rapière. A segunda serie Framée, Etendard e Oriflamme foram entregues entre 1953 e 1954. Tinha um canhão de 76mm no lugar do canhão de 40mm e dois lançadores de foguetes. Foram depois passados para a Marinha do Vietnã e US Navy. Os LSSL tinham radar para navegar a noite e em nevoeiro, detectar outras embarcações e minas.

Deslocamento : 390
toneladas
Comprimento : 48,7 m
Largura : 7,2 m
Calado : 1,8 m
Propulsão: 8 Gray Marine 8V 71 diesel, 1320 hp total
Velocidade: 16 knots
Alcance : 5000 nm a 12 knots
Tripulação : 3 oficiais e 55 marinheiros
Armamento: 1 canhão de 76mm, 4 canhões de 40mm Bofors duplos, 4 canhões de 20mm Oerlikons, 2 metralhadoras 7.62mm e dois morteiros de 81mm
 

LSSL nas cores da Marinha do Vietnã do Sul.   

LCM

O LCM foi projetado para levar tropas mecanizadas mas pode transportar até blindados de 30 toneladas. O LCM-6 foi usado na Normandia. O LCM-3 era menor (menos 1,8 metros) e mais leve e com novo motor

Em 1950 havia 51 operacionais. Foram padronizados em 1951 como LCM blindado. Eram usados para transporte, desembarque, apoio de fogo, patrulha ofensiva e defensiva. Também podia ser o posto de comando provisório do comandante da Dinassaut em rios estreitos.

LCM 6



O LCM-6 era a embarcação padrão em 1950 para levar tropas ( 4 levam um batalhão). Estava equipado com armamento pesadas e boa proteção. As instalações eram inadequadas para operações de longa duração. Também era chamados de LCM longo ou LCM pesado.

Deslocamento : 52 
toneladas
Comprimento : 17,2 m
Largura : 4,28 m
Calado : 1,4 m
Propulsão : 2 x Gray Marine 64HN9 diesel, 330 hp total
Velocidade : 8 knots
Alcance : 140nm at 8 knots
Armamento típico : 3x 20mm Oerlikon, 2x 12.7mm, 2LG
Capacidade : 125 tropas, um carro de combate médio, um caminhão ou 30 toneladas de carga
 


LCM antes e após modernização com nova blindagem e armamentos.


LCM 3



O LCM-3 era o burro de carga da Dinassaut. Era usado para transporte, patrulha ou qualquer outro tipo de qualquer missão dada para uma embarcação. A proteção era limitada inicialmente a sacos de areia e das metralhados 7,62mm. Em 1950 foi padronizado com blindagem e armas mais poderosa. Era chamado de LCM curto ou LCM leve.

Deslocamento : 30 
toneladas
Comprimento : 15,23 m
Largura: 4,28 m
Calado : 1,25 m
Propulsão : 2x Gray Marine 64HN9 diesel, 330 hp total
Velocidade : 8 knots
Alcance : 140nm a 8 knots
Armamento (final) : 1x 20mm Oerlikon traseiro, 2x 12.7mm, 2 LG
Capacidade : 100 tropas, um tanque leve ou 16 toneladas de material


LCM Monitor



Os LCM Monitor eram convertidos de LCM com armas adicionais e sem a rampa de proa. Eram equipados com as torretas dos blindados Coventry com canhão de 40mm e um morteiro a meia nau. Foi equipado com um observatório telescópico no mastro para ver sobre os diques, porém logo removido por ser vulnerável. Foi usado principalmente em Tomkin. Os Monitores eram blindados (proteção de 12-15mm) mas tiveram muitas baixas.

Os dois primeiros monitores entraram em operação em 1951. A torre tem pontos cegos e era ruim para designar alvos por telefone.

Deslocamento : 47 toneladas
Comprimento : 17,26 m
Largura : 4,28 m
Calado : 1,22 m
Propulsão : 2x Gray Marine 64HN9 diesel, 330 hp total
Velocidade : 8 knots
Alcance : 140 nm a 8 knots
Armamento : 1 x 40mm e 1x 20mm frontal, 1x 20mm traseiro, 1x 12.7mm, 4 lança-granadas, um morteiro 81mm
Blindagem : máxima 15mm


LCM Monitor já com nas cores da Marinha do Vietnã do Sul.

 
LCM Comando

 

O LCM de comando tinha adaptação semelhante ao LCM Monitor. Substituiu o LCI e LSIL usados como comando em áreas inacessíveis as embarcações maiores. As armas eram limitadas para autodefesa e apoio indireto.

Deslocamento : 55 
toneladas
Comprimento : 20 m
Largura : 4,.28 m
Calado : 1,22 m
Propulsão : 2x Gray Marine 64HN9 diesel, 330 hp total
Velocidade : 8 knots
Alcance : 140 nm a 8 knots
Armamento : 2x 20mm , 4 lança-granadas, um morteiro 81mm



LCA (Landing Craft Assault)



Os LCA eram usados pelos britânicos para levar tropas até a praia durante os desembarque. A França recebeu os LCA dos estoques da Royal Navy e uso para patrulha e assalto até 1951. Tinham boa blindagem e eram silenciosos, porem lentos e de curto alcance. Eram armados com uma metralhadora .50 e duas Lewis. Receberam lona para proteger os tripulantes do sol, chuva e granadas. Os LCA operavam em postos ao longo dos rios.

Deslocamento : 9 
toneladas
Comprimento : 12,55 m
Largura : 3,.1 m
Calado : 0.7 m
Propulsão : 2x Ford V8, 65 hp cada
Velocidade : 8 knots
Alcance : 144 nm a 8 knots
Tripulação : 6
Capacidade : 25 tropas

 

LCVP (Landing Craft Vehicle Personnel)  



O LCVP era equivalente americano do LCA, porém mais leve. Parece maior, mas era feito de madeira. Leva um Jeep facilmente. Era usado para patrulha e apoio de fogo, e depois como varredor de minas. Tinha placas de blindagem local e um canhão Oerlikon de 20mm, 3 metralhadoras 7,62mm e dois lança-granadas. A rampa foi cortada para não obstruir o canhão. O canhão também atrapalhava a passagem. O calado era grande, eram lentos e barulhento para patrulha, e apertado para longas patrulhas. A missão exigia que fossem discretos. Em 1950 havia 150 LCVP operando. Foram reconstruídos como EA (Engin d'Assaut).

Deslocamento : 7 
toneladas
Comprimento : 10,97 m
Largura: 3,18 m
Calado : 0,90 - 1,15 m
Propulsão : 1 x Gray Marine 64HN9 diesel, 225 hp
Velocidade : 7 knots
Tripulação : 6
Capacidade : 10 tropas


EA (Engin d'Assaut - Embarcação de Assalto)
 

 

Os EA eram copias francesa do LCVP com a vantagem de serem totalmente de aço. Eram mais pesado e lentos por usar a mesma propulsão. Também tinham o mesmo armamento do LCVP, com configuração diferente e canhão alemão MG 151 mais confiavel. Eram usados para patrulha, emboscadas e varredura de minas.

Deslocamento : 10 
toneladas
Comprimento : 10,75 m
Largura : 3,23 m
Calado : 0,95 - 1.15 m
Propulsão : 1x Gray Marine 64HN9 diesel, 225 hp
Velocidade : 7 knots
Tripulação : 6
Capacidade : 10 tropas


EA em operação.

LCS(M) (Landing Craft Support, Mortar) 


A França usou dois LCA com um morteiro de 81mm e duas metralhadoras 7,62mm duplas. 


VP (Vedette de Port)

As VP não faziam parte da Dinassauts, mas recebeu armas e blindagem adicionais para patrulhas sozinho ou escoltar nos rios. Tinham boa combinação de armas, proteção, comunicação e boas condições de habitação. O calado restringiu o uso nos rios.

Deslocamento : 50 toneladas
Comprimento : 21,95 m
Largura : 4,65 m
Calado : 1,80 m
Propulsão : 2x 300 hp diesel
Velocidade : 12 knots
Alcance : 2200 nm at 10 knots
Tripulação : 1 oficial e 7 marinheiros
Armamento : 1x 20mm Oerlikons, 2x12.7mm e um morteiro 60mm

A França também usou outras embarcações adaptadas como juntos e barcaças, mas em menor número.


Embarcação de patrulha fluvial da marinha francesa.


Outras Plataformas

Além da Marinha, o Exercito francês também usou forças de transporte, engenharia e blindados nas operações ribeirinhas. Enquanto a marinha reclamava de falta de tropas para defender as bases, o exército reclamava de falta de embarcações.

A força de transporte do exercito já tinha historia de usar transporte ribeirinho. Foram usadas 50 carros anfíbios DUKW adquiridas o US Army e Filipinas em 1948 com pouca utilidade. Depois recebeu alguns LCM em 1951 e formou um pelotão. Cada pelotão tinha 8 LCM, cada um tripulado por um oficial e 8 soldados. Foram divididos em três em Tonkin, um em Hue, e três em Saigon e outro Phnom Penh Camboja. Os pelotões eram usados para transporte de tropas e material e as vezes de unidades de combate.

A Engenharia usava pontões para cruzar rios e unidades especializada de embarcações blindadas nas operações de combate. Também eram responsáveis pela manutenção de portos e outras instalações.

A força blindada era usada para reconhecimento. As patrulha eram usados independentemente, mas podiam atuar junto com as Dinassuts e comboios. As tropas blindados desenvolveram o Crab (M-29 Weasel), o LVT (as vezes com canhão de 40mm) e o LVT(A) com canhão de 75mm. Foram usados nos Delta e forneceram torretas para os LCM Monitor.


O M-29C "Crabe" (Weasel) foi transformado em blindado anfíbio. Pesava 2,5 toneladas e não era blindado. O armamento era leve e as vezes levava morteiros de 60mm e canhões sem recuo de 57 ou 75mm. Navegada a 3,5knots na água.


O LVT-4 "Alligator" (Water Buffalo) pesava 16 toneladas e podia levar 30 soldados equipados ou 3 toneladas de carga. A blindagem era de 7-12mm e o armamento era leve. Navegava a 5,4knots na agua.
 

O LVT(A)-4 podia levar um canhão M-8 de 75mm em uma torreta aberta.


O exército francês usou vários modelos de embarcações leves para patrulha fluvial.


Próxima parte: TF-116 - River Patrol Force



Voltar ao Sistemas de Armas



2003 ©Sistemas de Armas

Site criado e mantido por Fábio Castro

     Opinião

  FórumDê a sua opinião sobre os assuntos mostrados no Sistemas de Armas
  Assine a lista para receber informações sobre atualizações e participar das discussões enviando um email
  em branco para sistemasarmas-subscribe@yahoogrupos.com.br