Força Ribeirinha Móvel




A idéia para criar um força ribeirinha no Delta do Mekong tinham três considerações:

- Tradição de operações ribeirinhas (Guerra Civil, México, YangTze e Segunda Guerra Mundial)
- Sucesso recente dos franceses na Indochina (Dinassaut)
- Situação no Delta que mostrava necessidade

Em 1966, o Vietcong intensificou as operações no Delta do Mekong após o inicio das operações de interdição marítima com a TF-115. O aumenta da ameaça resultou na combinação de forcas do US Army e US Navy. Em março foi iniciado o estabelecimento da Mekong Delta Mobile Afloat Force (MDMAF), também chamado TF-117, ou Mobile Riverine Force (MRF), para realizar operações de maior escala e apoiar as RAGs do Vietnã do Sul e a TF-116.

A MRF deveria apoiar tropas e artilharia com embarcações de desembarque, navios apoio e outras embarcações especialmente projetos. Seria uma força anfíbia autônoma completa, exceto as aeronaves.

O uso de tropas dos fuzileiros navais (Marines) eram os preferidos, mas não estavam disponíveis. Uma Brigada, inicialmente a 2a Brigada e depois a 3a Brigada, da 9a Divisão de Infantaria foi escolhida para ser a tropa da MRF.

A Brigada foi considerada a menor unidade que pode ser mantida de forma segura e econômica no Delta. Era grande o suficiente para se defender contra ataque pesado e ter forças para operações ofensivas.

A 9a DI foi ativada em 1966. Teve 24 semanas de treino,12 a menos que o normal, e nenhuma preparação ou treino em operações ribeirinhas antes de ser deslocada para o Delta. A 9a DI teria 7 batalhões de infantaria e um de infantaria mecanizada. Precisava de mais dois batalhões e foram adicionados mais dois batalhões australianos.

A MRF era usada para várias funções, mas era envolvida principalmente em transportar tropas e apoiar o movimento do 9o divisão no Delta do Mekong. A maioria das embarcações fazia isto o ano inteiro.

Os americanos estudaram as experiências francesas. As embarcações de desembarque adaptadas foram usados extensivamente. Planejaram não só o uso de embarcações pequenas, mas também o uso de embarcações maiores para residência e apoio que também devem se mover na costa e ser base móvel. Os navios de desembarque LST foram convertidos em quartéis flutuantes e poderiam ser base de um brigada. O conceito de flotilha fluvial ou força naval-exército flutuante tomou forma.

O requerimentos foram pedidos em 1966 para o uso de Self-Propelled Barracks (APB), LST, Large Covered Lighters (YFNB), Large Harbor Tugs (YTB), Landing Craft Repair (ARL), e Mine Countermeasures Support Ship (MCS). Os LCM-6 foram usados provisoriamente pois os LCM-8 eram poucos.

Ouve cortes na força de salvamento e apenas um YTB foi autorizado. Foram autorizados apenas dois APB para apoiar dois River Assault Group ao invés de quatro. A força de salvamento consistia de duas embarcações Heavy Lift Craft de 2.000 toneladas, 2 YTB para salvamento, 2 LCU e 3 docas secas flutuantes de 100 ton.

A MRF tinha três batalhões de infantaria, um batalhão de artilharia, e outras unidades de apoio. Estavam estacionadas em 5 APB e 2 LST que eram apoiados por dois rebocadores e duas embarcações de desembarque adaptadas para reparo.

Um batalhão de infantaria da 9a DI era baseada no LST USS Benewah e USS Colleton. Usavam o Rio Bassac ou Mekong como base móvel (Mobile Base). As tropas embarcavam no ATC das RAS (River Assault Squadron) para mobilidade tática até a área de combate. Cada RAS podia levar um batalhão reforçado.

Foram instalados convôo nos LST e outras barcaças e instalado mais armas para autodefesa. Um radar detetor  de morteiro dava alerta de ataque. Também foram usadas bases em terra.

O primeiro elemento da MRF chegou  em 7 de janeiro de 1967 com o LST-1169 USS Whitfield County. O treinamento da 2a Brigada da 9a DI foi feito inicialmente com embarcações do Vietnã do Sul (LCM-6). As bases móveis só podiam levar 2 dos 3 batalhões da brigada. Parte ficou em terra em Dong Tam.

Inicialmente foram aprovadas duas RAS em 1967 para operar em Dong Tam, protegendo a região próxima a Saigon. O River Assault Squadron (RAS) 9 foi seguido do RAS 11. A fase de construção foi entre julho de 1966 a janeiro de 1967.

As embarcações da TF-117 consistia inicialmente de 52 LCM-6 para transporte de tropas, 5 LCM-6 de Comando, 10 LCM-6  monitores, 32 ASPB, e 2 LCM-6 para reabastecimento. Estas embarcações eram dividias em RAS. As RAS eram divididas em dois River Assault Divions.


River Assault Flotilla One

Task Force 117
River Assault Squadron 9 River Assault Squadron 11
Task Group 117.1 Task Group 117.2
       
River Assault River Assault River Assault River Assault
Division 91 Division 92 Division 111 Division 112
       
13 ATC 13 ATC 13 ATC 13 ATC
3 Monitor 2 Monitor 3 Monitor 2 Monitor
1 CCB 1 CCB 1 CCB 1 CCB
8 ASPB 8 ASPB 8 ASPB 8 ASPB

1 Reabastecedor
1 Reabastecedor
       
Equipe EOD Equipe EOD


O primeiro a ser formado foi o RAS 9 com 4 APG, dois LST, 26 ATC, cinco monitor, 2 CCB, um reabastecedor e seis ASPB. As RAS foram redivididas em outubro com 5 RADs para RAS Alfa e 3 RADs para a RAS Bravo.

Em junho de 1968 a RAS 13 e 15 se juntaram a força protegendo o sul do IV Corpo junto com a marinha do Vietnã do Sul. No fim de 1968 as 4 RAS tinham 184 embarcações (Riverine Assault Craft), 4 navios quartéis, 3 de reparo, duas balsas quartel, 2 navio apoio, 2 de suprimento e vários navios de apoio somando no total uma força de assalto de 3.700 tripulantes ou tropas.



Duas Mobile Riverine Bases, de navios de apoio, foram colocadas nos rios principais para apoiar infantaria e embarcações. A base de Dong Tam em terra foi construídas do nada.

Os navios apoio formavam o River Support Squadron 7 (RSS-7) ou Task Group 117.3. O principal navio de apoio era o APG. O APB-35 Benewah e APB-36 Colleton chegaram em junho de 1967. Levava 800 tropas cada e apoiava as embarcações. Tinha convôo e ar condicionado. Em 1967 o Colleton recebeu um hospital de campanha.

Como só podiam levar dois batalhões, foram recebidos mais dois para suplementar (APB-39 e APB-40). Os APL reforçou com 660 tropas. O APL-26 em Dong Tam recebeu mais 175 beliches em barracas de lona no convés. Os PPB eram embarcações rebocadas.

O LST USS Askari (ARL-30) era usados para reparo das embarcações e equipamentos e LST-1156 para armazenamento em operações prolongadas.


O APB-36 USS Colleton era um dos dois APB da MRF. Era um LST convertidos. O APB desloca 4.080 toneladas carregado. Pode levar 200 tripulantes e 900 tropas. Tem um hospital de 60 leitos e raio X. O ar condicionado cobre quase todo o navio. Esta armado com dois canhões de 76mm singelos, 8 x 40mm (dois quádruplos), 8 x .50 HMG e 10 x.30 MMG. Os três pontões em torno do navio eram removidos quando mudava de ancoradouro. A noite o navio mudava de local algumas centenas de metros para atrapalhar a pontaria dos morteiros do Vietcong.


O LST de Vung Tau ficava na posição por 7 dias com suprimentos para 10. Trocava de guarda com outro. O SBP apoiava com suprimentos para 30 dias. O LCM-6 de reabastecimento podia levar 10 mil galões de combustível cada.


Durante guerra mais de 50 LST usados para apoiar a US Navy no Vietnã.

As operações era conduzidas por terra, mar e ar.  O componente aéreo era o HAL-3 e o VAL-4 que apoiavam a TF-116 e aeronaves da USAF, USMC e US Navy.


O Alpha era mais leve e rápido que monitor, porém menos blindados e armado. O ASPB eram conhecidos como contratorpedeiros do Delta devido a velocidade e armamento. A velocidade era quase irrelevante, pois acompanhava a formações a 6 nós.


O Monitor era o couraçado dos rios.


O ATC transportava tropas.


O CCB era o posto de comando.

Próxima Parte: Operações da TF-117


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