COMBATE AO LONGO DO RACH BA RAI

John Albright
Haroldo C. Netto -Tradutor

O murmúrio das vozes e o raspar das armas de encontro ao casco de aço do navio atravessaram a noite úmida, quando os homens do 39 Batalhão do 609 de Infantaria Passaram do USS Colleton para as embarcações de desembarque que os esperavam ao lado.  Eram 3 horas da madrugada do dia 15 de setembro de 1967. Minutos após se ajeitarem nos barcos, a maioria dos homens dormia.  Na véspera, eles tinham voltado tarde da noite de uma operação de três dias, durante a qual, em dura batalha que durara o dia inteiro, nove de seus companheiros haviam perdido a vida, assim como sessenta inimigos. Houvera tempo para limpar o armamento, tomar um banho, comer uma refeição quente e receber a nova ordem de operações, mas não sobrara tempo para dormir e descansar da fadiga não se apossara daqueles infantes após dias de luta contra os vietcongues e a lama do Delta do Mekonq.

Três dias antes, a Brigada Ribeirinha Móvel do Coronel Bert A. David, ou seja, a 2a Brigada da 9a Divisão de Infantaria, e a força que lhe correspondia na Marinha, a Força Tarefa 117, tinham se deslocado para descobrir e destruir os batalhões 514 e 263, respectivamente da Força Local e da Força Principal vietcongue. Quando finalmente encontraram o inimigo, a batalha que se seguiu apenas o enfraqueceu, e não foi Possível destruí-lo.  Os batalhões vietcongues romperam o contato e fugiram.

(*) (Nota do T,) Não há organização correspondente em nossa Exército,

Assim, quando os relatórios de informações chegaram ao comando da Brigada Ribeirinha, na tarde de 14 de setembro, localizaram o inimigo na Zona Secreta Cam Soii, ao longo do rio Rach Ba Rai, o Coronel David resolveu atacar Rapidamente ele mandou que as unidades que estavam no campo se recolhessem às respectivas bases, a fim de preparar um assalto a ser realizado na manhã seguinte.  Para o 39/609 isso significava um retorno ao USS Colleton, ancorado no largo rio Mekong, perto do acampamento da base da Forca Ribeirinha Móvel, em Dong Tam.

O Coronel David planejava emboscar os vietcongues nas posições que estariam ocupando ao longo do rio Rach Ba Rai, um curso de água estreito, que, vindo do norte, se lançar no Mekong.  Dez quilômetros ao norte de sua confluência com o Mekong, o Rach Ba Rai faz uma curva acentuada para oeste por uns dois quilômetros, quando retorna ao sentido norte-sul.  Esta curva do rio contorna um saliente de terra voltado para oeste, banhado pelo rio dos dois lados.  Era ai que o inimigo tinha sido visto.

Ao norte da curva o Coronel David planejava dispor o 30/609 como força de bloqueio, mas, para chegar lá, o batalhão, embarcado em botes da Força Móvel Ribeirinha, teria que passar pela possível posição inimiga.  Ao sul da curva, o Coronel David pensava em pôr outra força de bloqueio, o 39 Batalhão do 47a de Infantaria.  Esse batalhão, também em barcos da Força Ribeirinha, seguiria a unidade l (39/60). Juntas, as duas unidades cerrariam sobre o inimigo, vindas do norte e do sul.  Uma vez que estivessem em terra, levadas por embarcações de desembarque especialmente modificadas e conhecidas como embarcações blindadas de transporte de tropa (ATC), as guarnições da Marinha usariam os barcos vazios como força de bloqueio.  Os monitores, barcos armados com canhões de 20 e 4Omm, além de morteiros de 81mm para tiro direto, reforçariam o comboio.

Enquanto essas forças ao norte, sul e oeste formavam uma bigorna, o 5o Batalhão do 609 de Infantaria, avançando por terra em viaturas blindadas de transporte de tropa M113, atuaria o martelo.  Outras forças poderiam ser aerotransportadas para a área do combate, se necessário.  Uma vez que as tropas inimigas estivessem dentro da armadilha, o Coronel David planejava destruí-Ias com ataques aéreos e as três baterias de artilharia da brigada.  Os dois batalhões de infantaria e o mecanizado poderiam se aproximar depois e completar a missão.  Os vietcongues que escapassem das patrulhas da Marinha pelo rio podiam ser interceptados pelos homens do 449 Batalhão de Rangers dos suI-vietnamitas, atuando independentemente a oeste da rio.


USS Benewah.

O comandante do 30/609, Tenente-Coronel Mercer M. Doty, planejava ter duas de suas companhias em terra desde o inicio, a Companhia B na Praia Branca Um e a Companhia A 1.000 metros a oeste, na Praia Branca Dois.  As duas unidades deveriam desembarcar às 08.00h. A Companhia C (do 59/600 mas sob o comando de Doty) ficaria nos barcos, como reserva da brigada.  Navegando em três ATC, cada companhia seria reforçada por um grupo de engenharia, um acréscimo bem-vindo já que todas as companhias estavam com claros em seus efetivos.

As 04.15h o comboio naval que transportava o 39/60 deslocou-se pelo rio Mekong, precedido por três ATC vazias que faziam a varredura de minas.  Um monitor liderava cada um dos três grupos de ATC.  Intercalados na coluna havia um barco de apoio de saúde dotado com uma pista para pouso de helicópteros e um outro de comando e comunicações.  Este, que era um monitor apenas sem o morteiro 81, transportava o estado-maior do coronel Doty.

Quanto a Doty, seguiu sobrevoando o comboio em seu helicóptero de comando e controle.  Ao seu lado tinha o Capitão Wavne Jordan, observador e oficial de ligação da artilharia. O Capitão-de-Corveta F.E. ("Dusty") Rhodes da Marinha dos Estados Unidos, comandava os barcos.  Atrás do 39/6O9 seguia o 39/47 basicamente na mesma formacção.


Embarcação Blindada de Transporte de Tropas (ATC).

Enquanto os barcos singravam ó rápido rio Mekong, deixando esteiras de espuma, a maioria dos homens dormia, enquanto a tripulação da Marinha guarnecia o armamento.  A rede rádio do batalhão transmitia comunicações de rotina e mensagens de planejamento e coordenação de última hora.  Entre estas, a decisão de desencadear uma barragem de preparação sobre a Praia Branca Dois, às 07.30 h, após ao que, se seguira a outra de cinco minutos na Praia Branca Um.  Com apenas três baterias de artilharia disponíveis, não era possível bater as duas praias simultaneamente com fogos eficazes.

As sete horas, o comboio entrou no Rach Ba Rai e subiu seu estreito canal rumo norte.  Sem os capacetes, as jaquetas abertas, alguns homens iam deitados no convés destinado ao transporte da tropa, dormindo; outros, encostados aqui e ali, repousavam, fumando e conversando em voz baixa.  Cedendo ao palpite de que seus homens deveriam estar alertas, um comandante de pelotão da companhia B acordou seu grupo de tiro no instante em que o comboio entrava no pequeno afluente do Mekong.  Distanciados uns 50 metros uns dos outros, os barcos seguiam em coluna por um, deslocando-se a cerca de 12km por hora através da neblina da manhã que se iniciava.  Passando por uma curva fechada, apropriadamente chamada de "Focinho do Snoopy", sem incidente, eles chegaram ao ponto onde o Rach Ba Rai vira para oeste e começaram a passar pelas Praias Vermelhas, que seriam assaltadas pela força de bloqueio sul.


Um Monitor e um CCB lado a lado.

O primeiro aviso de que alguma coisa podia estar errada veio pouco antes das 07.3Oh. Rajadas de armas portáteis do inimigo levantaram pequenas colunas de espuma na água, quando os barcos da frente se aproximaram do saliente que era o objetivo (mapa 9).

Foi então que, precisamente às 07.30h, o barulho de um foguete anticarro RPG-2 rompeu a calma da manhã, sendo imediatamente seguido por outro estrondo igual.  A embarcação blindada T-91-4, que estava servindo de caça-minas na frente do comboio, sacudiu violentamente com o choque de dois foguetes que explodiram em sua proa, a estibordo.  Os rádios dos barcos transmitiriam sua mensagem: "Fomos minados." Outra embarcação informou sobre tiros de canhão sem recuo.  Segundos mais tarde, ambas as margens do rio de trinta metros de largura pareciam entrar em erupção, tantos eram os tiros disparados.  No meio da barulheira, destacava-se o inconfundível barulho de serra do fuzil de assalto AK-47 e o staccato das metralhadoras.

Os rádios dos barcos encheram-se de vida com as mensagens.  Um monitor informou, nervosamente: "Fui atingido!  Bati numa mina!" Logo outra voz se fez ouvir, identificando corretamente o barulho das armas: "Alguém disparou um foguete!" Tiros de canhão sem recuo e foguetes, tanto o RPG-2 quanto o mais moderno e mortífero RPG-7, atingiam os caça-minas, monitores e ATC cheias de soldados.  O matraquear de dúzias de metralhadoras da Marinha veio se juntar ao barulho do fogo inimigo, e, à medida que os barcos iam entrando na emboscada, um após o outro, a barulheira aumentava, com os tiros dos canhões automáticos de 20 e 40mm e dos morteiros 81mm disparando à queima-roupa.  A fumaça misturou-se à neblina da manhã até ficar densa como um pesado nevoeiro.

No primeiro minuto de combate, a outra ATC que estava servindo como caça-minas, a T-91-1, foi atingida por um RPG-2.  Nos sete minutos seguintes outros quatro foguetes feriram oito homens de sua tripulação.  No entanto, mesmo tendo recebido ordens de passar para a retaguarda, o barco permaneceu no combate.

A rede rádio da Marinha transmitiu uma mensagem do comandante Rhodes: "Atirem com todas as armas." Os barcos que tinham evitado de atirar com suas metralhadoras .50 puseram-nas em ação.  Com sua cadência peculiar, as .5O entraram na batalha.

Com o prosseguimento do combate, o fogo das metralhadoras vietcongues continuava a atingir os cascos das embarcações, com alguns tiros sendo disparados de posições fortificados situadas a menos de meio metro da linha de água.  Apesar de toda a reação dos barcos, foguetes anticarro e projetéis de sem recuo também continuavam a chover sobre o comboio, disparados de casamatas lamacentas situadas em ambas as margens do rio.  O fogo mais pesado vinha de leste, de uma área onde os relatórios de informações tinham dito que estavam os vietcongues.  Despejando uma série de tiros explosivos de 4Omm na fresta de uma fortificação na margem leste, um artilheiro da Marinha despedaçou sua parte superior e silenciou-a.  Embora a maioria das posições inimigas estivesses menos de cinco metros da áqua e formasse uma zona de ataque de 1.500    metros de comprimento, poucos soldados americanos viram mais do que o clarão das armas do inimigo.

A medida que a coluna de embarcações entrava mais fundo na cilada, crescia a intensidade do combate.  Alguns barcos diminuram a veiocirdade, outros aumentavam, mas todos atiravam com cada arma disponível, As guarnições atiravam, recarregavam e atiravam de nove, o mas rápido quê podiam.

Poucos minutos após o poessoal da Marinha ter se engajado na luta, foi a vez do pessoal do Exército, com seus lançadores de granadas M-79, metralhadoras M-60 e fuzis M-16.  Os homens pulavam, rastejavam ou corriam para suas posições de tiro, enquanto os oficiais e sargentos providenciavam para que os atiradores de metralhadora e M-79 ficassem com as melhores posições.


Mapa 9 - Emboscada no Rach Ba Rai.

No primeiro lance da luta, muitas das armas da Marinha foram momentaneamente silenciadas, suas tripulações feridas ou mortas.  Agindo em alguns casos por ordem dos oficiais de suas companhias, mas, na maior parte das vezes por sua iniciativa, os infantes assumiram as armas desguarnecidas de modo que poucas ficaram sem atirar por muito tempo, apesar das baixas aumentarem constantemente.

Comandando o 39o Pelotão da Companhia B do 34/600, o Tenente Peter M. Rogers viu seis dos seus homens abatidos nos primeiros segundos.  Muitos dos marinheiros do barco de Rogers foram atingidos, mas os soldados rapidamente tomaram seus lugares.  Quando o comandante da companhia, Capitão Wiibert Davis, pegou uma metralhadora da Marinha para atirar, um de seus sargentos foi substituí-lo, só para levar uma bala inimiga no peito.  Quando o Sargento caiu no convés, um outro homem pegou rapidamente sua arma.

Correndo do convés principal para a torre de tiro, em busca de uma visão melhor das posições inimigas, o Capitão Gregg R. Orth, comandante da Companhia A, assumiu o comando de uma metralhadora desguarnecida e abriu fogo.  Quando a arma engasgou, voltou correndo para o convés, achou um metralhador e mandou que fosse consertá-la.  Neste mesmo instante notou que as duas metralhadoras da proa, arribas da Marinha, tinham deixado de atirar. Presumindo que também tivessem dado pane, mandou que dois homens da companhia A as removessem e substituíssem por duas M-60 da Companhia.

O Sargento John L. White, da Companhia B, descobrindo um homem em cima de uma árvore, virou-se para um atirador próximo gritando: "Olha lá um cara de tocaia." O atirador disparou uma longa rajada comn sua M-60, incendiando a tal árvore.  Em seguida, quando os dois homens examinavam o terreno em busca de outros alvos, foram derrubados pelo sopro de um foguete, mas em segundos já estavam de pé e atirando de novo.

Tão rápido e continuado era o fogo das armas americanas que pelo menos duas M-60 ficaram com os canos em brasa.  Para ajudar os atiradores de M-79, outros soldados se ajoelharam na proa, abrindo os cofres de munição.  Em uma das embarcações três M-79 dispararam 3 cofres de munição em vinte minutos.

Com apenas pausas esporádicas a batalha prosseguia. Tiro após tiro batia nos transportes de tropa e nos monitores.  Os barcos guinaram à direita e à esquerda no estreito canal, alguns manobrando para se colocar em posição, outros temporariamente fora de controle quando seus timoneiros eram feridos. O sopro de uma explosão de foguete derrubou o comandante de um barco, atirando-o sob uma metralhadora SO.  Mesmo atônito, ele conseguiu voltar logo para o leme, mas o barco já tinha adernado perigosamente.

   
De dentro de um ATC durante uma emboscada.


Três minutos após o início da luta, o monitor T-11-3 foi atingido por dois RPG-2, um deles na cabine de pilotagem o que danificou o mecanismo do leme.  O comandante do monitor conseguiu encostá-lo na margem e, ali, seus homens trabalharam freneticamente para reparar o estrago. O trabalho foi executado depressa e em pouco o T-11-3 mergulhava de novo na correnteza.

Na mesma hora em que o monitor foi atingido, o barco de comando e comunicações teve o reparo do seu canhão de 40mm de bombordo alvejado por dois foguetes anticarro.  Mesmo não tendo causado avarias, esses dois impactos serviram para que o estado-maior do batalhão tivesse pleno contato com a natureza da situação.  Pouco depois, novo tiro deixava o comandante Rhodes alguns segundos inconsciente.

Nos transportes de tropa, a impressão que se tinha era de que os vietcongues estavam tentando atingir a armação que sustentava coberta de lona do compartimento onde viajavam os soldados, fazendo cair uma chuva de fragmentos nos homens amontoados embaixo.  A maior parte dos tiros disparados desse modo passava sem perigo sobre os barcos, pois atingir aquele alvo exigia uma excelente precisão no tiro ou uma sorte incrível.  Os poucos foguetes que atingiram a estrutura de suporte da coberta feriram inúmeros soldados, em um dos casos matando um e ferindo quase todos os homens de um pelotão da Companhia B.

Mesmo com todo aquele violento fogo do inimigo, os rádios da Marinha e do Exército continuaram operando.  Em meio a mensagens pedindo o barco de socorro médico e transmitindo perguntas sobre se não haveria tropa amiga em terra (os homens temiam atirar em sua própria tropa), relatos fragmentários da batalha passavam para o barco de comando e comunicações e daí para o QG da Brigada.

A notícia da emboscada chegou ao Major Johnnie H. Corns, oficial de operações da Brigada que monitorava o progresso do comboio, cerca de três minutos após o início do combate.  O oficial dizia que dois barcos estavam pegando fogo.  Com a concordância do comandante da Brigada, Coronel David, o Major Corns mandou que o 39/479 de Infantaria se preparasse para assumir a missão da unidade do Coronel Doty desembarcar nas Praias Brancas Um e Dois.

Sobrevoando a área do combate em seu helicóptero, o comandante do 34/600, Coronel Doty, também ouviu os primeiros relatos da luta.  Sua primeira reação foi a amarga satisfação de saber que pelo menos o inimigo estava onde se esperava que estivesse.  O que, acreditava Doty, tornava mais importante prosseguir com os pianos, passar pelo "corredor polonês" e desembarcar os homens nas Praias Brancas Um e Dois.

Oficiais de artilharia sobrevoando a região em aeronaves de observação pediram fogo sobre as posições vietcongues minutos depois do primeiro tiro alvejar o caça-minas que seguia na testa do comboio.  Duas baterias de obuses 105mm, B e C do 39 Grupo do 34o de Artilharia, atiraram de posições ao sul do local da batalha, enquanto a Bateria A do lo/27a reforçou seus fogos de uma posição a nordeste.  Embora tivesse reduzido o volume de fogo do inimigo, três baterias não eram capazes de fazer face a todos os tiros desfechados numa extensão de 1.500 metros.  Os 105 podiam ser eficazes contra abrigos e posições de tiro comuns, mas o impacto direto de uma granada de 155mm era necessário para silenciar uma arma instalada em uma casamata.

As 07.35h o monitor T-11-3 foi atingido por 2 RPG-2.  O primeiro acabou com o canhão principal, o 40mm instalado na torre de tiro matando seu atirador e ferindo dois outros homens, todos da Marinha.  O segundo feriu mais três tripulantes.  Dois minutos depois um terceiro foguete anticarro entrava no poço do morteiro 81, ferindo dois fuzileiros e um marinheiro, mas, mesmo assim, o monitor continuou na briga.

Nem sempre os impactos diretos dos RPG-2 causavam muitos danos.  Cada um dos barcos transportando os pelotões da Companhia C do Capitão Richard E. Botelho, por exemplo, foi atingido pelo menos por um foguete, mas nenhum tripulante ou soldado de infantaria foi atingido.  Botelho ficou feliz por os vietcongues serem péssimos atiradores.  Poucas dos milhares de balas inimigas perfuraram a blindagem dos barcos.  Por outro lado, poucos tiros americanos conseguiram penetrar nas fortificações inimigas.  As granadas de morteiro 81 e os tiros de alto explosivo dos canhões de 40mm da Marinha só destruíam posições fortificados quando passavam pelas suas esteiras de tiro.  No entanto, mesmo que ineficazes para liquidar o inimigo, ambos os lados sustentavam o fogo, pois quem reduzisse o volume daria oportunidade ao outro para atirar com mais precisão e para pôr em ação todas as suas armas. Algumas das posições inimigas estavam tão próximas da linha de água que as armas da Marinha não conseguiam abaixar o bastante para atirar nelas.  Só quando os homens conseguiam pegar os vietcongues pulando de dentro dos abrigos ou de trás de montes de terra é que podiam enfrentá-los efetivamente.


Vista Aérea da Área da Batalha do Hach Ba Rai

De cinco a dez minutos após o início da emboscada, cessou o deslocamento para a frente do comboio.  Mas os barcos continuaram a andar para trás e para a frente, ultrapassando-se continuamente, alguns ficando no meio do rio, outros investindo contra as margens e se desviando, com as metralhadoras e as armas pesadas em ação o tempo todo.  Um barco passou pelo monitor T-11-3 quando este se encontrava danificado, provavelmente tentando protegê-lo.  Assim que ultrapassou o monitor, esse barco estremeceu sob o impacto de quatro ou cinco foguetes, sem, contudo, parar de atirar.  Outro monitor perdeu o controle, raspou na margem direita mas logo retomava à correnteza e à luta.

O Coronel Doty ainda estava convencido de que seus homens conseguiriam romper a emboscada e desembarcar de acordo com o plano original.  O rio estava cheio de barcos ziguezagueando, era fustigado por tiros vindos de todos os lados e ainda por cima não tinha largura suficiente para permitir a passagem do 30/479 enquanto estivesse acontecendo aquele combate.

Enquanfo o Coronei Doty observava, uma embarcação conseguiu escapar da zona de alvo e seguir na direção das Praias Brancas.  Entusiasmado, o Coronel ordenou que seu S/3, o Major Richard H. Sharp, "mandasse a tropa seguir".  Vendo o barco de Davis rumar velozmente para a praia, o Coronel Doty resolveu acompanhá-lo do seu helicóptero.  Nesta hora o barco foi atingido por um foguete na baleeira presa em seu convés.  O barquinho despedaçou-se, mas seu motor de popa elevou-se a grande altura, e, com Doty acompanhando sua trajetória, mergulhou ruidosamente nas águas do rio.

Quando o S-3 retransmitiu a ordem do Coronel Doty para o Capitão Davis, comandante da Companhia líder, ele respondeu: "Positivo, tenho agora um elemento na praia, aguardando o resto." Apesar de toda a intensidade do fogo inimigo, a embarcação de Davis, com o grupo de comando da Companhia B e um pelotão a bordo, conseguira passar.

O restante dos barcos, contudo, permanecia engajado no combate.  As 07.45h o monitor T-11-3 levou um disparo de RPG-2 a bombordo que penetrou totalmente a blindagem da barco e foi ferir um homem.  Mais ou menos à mesma hora, a ATC 11 1-6 foi sacudida pelo impacto de dois, tiros anticarro mas ninguém foi ferido e o barco continuou, inquebrantável.  Um terceiro tiro atingiu a SO um minuto depois, matando um marinheiro e ferindo outros cinco.  Neste ponto, o comandante Rhodes decidiu que o fogo estava violento demais e que o perigo representado pelas minas que pudessem encontrar agora que os monitores que faziam as vezes de caça-minas estavam parcialmente incapacitados era demasiado grande para justificar continuarem com aquela tentativa de passar pelo "corredor polonês".  Na verdade, as NGA de operações ribeirinhas da Marinha exigem que os transportes de tropa sejam precedidos por caça-minas.  Mais que isso, Rhodes precisava urgentemente de recompletamentos para suas baixas. As 07.5Oh, vinte minutos após o início da batalha, ele ordenou que todos os barcos retomassem, devendo se reunir à jusante, nas proximidades dás Praias Vermelhas, do lado sul da curva.

A retirada, sob fogo intenso, começou imediatamente.  Todo esse tempo a artilharia continuou a bombardear o inimigo, assim como os barcos a atirar, enquanto estavam dentro do alcance. Quatro A37 da Forca Aérea designados pelo plano original para atacar as Praias Brancas, entraram em cena para jogar bombas e napalm nas posições vietcongues.  O inimigo também continuou a atirar, e, em um caso, dois foguetes passaram tão perto das antenas RC292 do barco de comunicações e comando que suas aletas cortaram os fios delas.

Uma por uma, as embarcações fugiram da zona de alvo e rumaram para a Praia Vermelha Dois.  Lá, o barco de saúde funcionou como um verdadeiro (má para todos os comandantes, preocupados em conseguir socorro médico para os seus feridos.

Até que o comandante da força naval ordenasse a retirada, o Coronel Doty e seu S-3 tinham continuado a instar com o restante da Companhia B para passar pela emboscada e se juntar ao Capitão Davis e seu pelotão na Praia Branca Um.  As O8.O2h, quando Doty tomou conhecimento da ordem de retirada, não teve outra escolha senão obedecer, e mandou que Davis e seu pessoal embarcassem de novo e passassem pela emboscada em sentido inverso.

Engajados pelo inimigo instalado na praia, Davis e o pelotão começaram a recuar em pequenos paços de poucos metros, Intensificando os tiros, conseguiram chegar em grupos de dois e três a bordo da ATC 111-6.  Quando estavam todos lá, Davis chamou o S-3 do batalhão e informou laconicamente: "Vamos voltar agora." Erguendo a rampa de desembarque, o comandante do barco retornou para o meio do rio, fez uma curva lenta, e, acelerando ao máximo os monitores, gritou para Davis: "Vou levar você de volta, Capitão!" Com a correnteza a seu favor, a embarcação disparou no meio do corredor polonês, um barco solitário com cerca de trinta homens, tentando passar de novo pelo fogo dos vietcongues.






Operações de desembarque.


Foguetes e balas choveram sobre o barco, mas inacreditavelmente, apenas um impacto teve consequências.  A embarcação estava a meio caminho para sair da emboscada, quando um foguete atingiu sua .50. Um marinheiro caiu, instantaneamente morto, e quatro de seus companheiros foram feridos.  Mas daí em diante o transporte de tropas prosseguiu em segurança até à zona de reunião da Praia Vermelha.

O Capitão James H. B ledsoe, S-4 do batalhão, que se deslocara com o grupo de comando para a Praia Vermelha, organizava o ressuprimento e a evacuação dos feridos.  O disparo ocasional de um atirador de tocaia se fazia ouvir, sem contudo causar baixas.  Os barcos iam, um após o outro, transferindo os poucos mortos e muitos feridos para o barco de saúde, onde o capelão do batalhão, Capitão James D. Hohnson e o médico, Capitão Charles Hughes, assistiam os feridos.  Pequenos incêndios lavravam em duas embarcações, um em uma caixa de equipamento, e outro numa baleeira.  Outros barcos se aproximaram para ajudar as tripulações que lutavam contra o fogo, Graças aos esforços de Bledsoe, às 08.44h os helicópteros de evacuação médica começaram a pousar no convés do barco de saúde para levar os feridos mais graves para o hospital da base em Dong Tam.  Dos inúmeros feridos, só vinte e quatro precisaram ser evacuados.

Embarcações transportando pelotões da mesma Companhia começaram a se reunir.  Comandantes de pelotão se amontoavam nos postos de comando das Companhias para fazer relatórios para os seus comandantes, enquanto os homens trabalhavam na redistribuição de munição, na troca dos canos danificados das armas e nos pedidos à base Ribeirinha Móvel dos suprimentos que deveriam ser trazidos de helicóptero.  Comunicando-se com o quartel-general da Marinha, o comandante Rhodes pediu dois caça-minas e um monitor da força-tarefa que transportava o 3a/47a detido a poucos quilômetros rio abaixo a fim de substituir suas embarcações mais severamente danificados.  Todos os seus monitores e caça-minas, informou Rhodes, tinham sido, atingidos,

Com sua tropa fora da emboscada e se reorganizando, sem problemas, o Coronel Doty foi reabastecer o helicóptero em uma base de apoio de fogo próxima.  No solo, ele conferenciou com o General-de-Brigada William B. Fulton, um dos assistentes do comandante da 99 Divisão de Infantaria.  Desembarcar nas Praias Brancas, disse Fulton, era o elemento mais crítico do plano.  O Coronel Doty mostrou-se confiante de que os barcos com seus homens a bordo poderiam passar pelos vietcongues e desembarcar.

Levantando vôo novamente, Doty recomendou pelo rádio ao comandante da Brigada que o batalhão tentasse passar mais uma vez.  O Coronel David concordou e mandou que Doty fizesse a tentativa assim que a força-tarefa da Marinha estivesse pronta.

O ressuprirnento dos barcos e dos homens prosseguia rapidamente.  Os barcos trouxeram também recompletamentos para grande parte das baixas da Marinha, de sorte que logo o efetivo das tripulações podia ser considerado praticamente completo.

Para esta segunda tentativa o Coronel Doty mandou que a Companhia C do Capitão Botelho substituísse a B do Davis, que, como vanguarda, fora a mais atingida da primeira vez.  A Companhia B passaria a ser a força de reação rápida da Brigada.  Para aprontar a nova operação chegou também uma equipe de fogos leves composta por dois helicópteros armados Huey. Doty providenciou para que a artilharia começasse a atirar assim que a força-tarefa se avizinhasse da curva sul da zona da emboscada, conduzindo depois seus fogos para ambas as margens do rio logo à frente das embarcações, quando o comboio tomasse o rumo norte.  Soldados e marinheiros iriam efetuar um "reconhecimento pelo fogo" contra as margens, mas, tendo em vista que tropas americanas estavam se deslocando para atacar o inimigo por leste, os canhões de 20 e 4Omm e as .50 seriam usados apenas contra a margem oeste.

Pouco depois das 10:00h teve início a segunda tentativa de passar pela força inimiga.  Desta vez não existia o elemento surpresa para nenhum dos lados; a questão seria resolvida na base do poder de fogo coisa de que os americanos dispunham, agora, consideravelmente mais que os vietcongues. Além das três baterias de artilharia, havia agora os dois helicópteros armados e os jatos.  Esperava-se que a combinação de seus fogos impedisse o inimigo de engajar efetivamente as embarcações que iriam passar à sua frente.

O comboio entrou na zona de emboscada com todas as armas atirando, além dos fogos dos helicópteros e da artilharia.  No entanto, mais uma vez o inimigo atirou e o combate espalhou-se por toda a linha da emboscada.  Se algum vietcongue tivesse retraído, não transparecia no volume de fogo, idêntico ao de antes.  Disparados de casamatas cobertas de terra, os tiros das armas pesadas caíam sobre os barcos, mas eles continuavam subindo o rio.  Como na vez anterior, um dos caça-minas da frente foi o primeiro a ser atingido: o T-91-3 levou dois foguetes, um no leme e outro a SO.  Depois uma ATC foi atingida, com cinco elementos da nova tripulação feridos.  De novo uma baleeira que estava na parte superior do barco pegou fogo.  Quanto ao outro caça-minas, embora atingido sete vezes por foguetes, teve apenas três homens de sua tripulação feridos.


Huey pousando no barco de apoio de saúde

Foguetes, após foguetes, passavam a centímetros sobre os compartimentos de tropa das ATC, com os soldados ali aglomerados, certos de que os atiradores vietcongues tentavam de novo fazer explodir os foguetes de modo que espalhassem fragmentos mortais sobre eles.  E, denovo, em uma oportunidade, os vietcongues conseguiram o que queriam.  Um foguete detonou de encontro à cobertura de estibordo da ATC T-11-10, fragmentando-se sobre os homens.  Dois marinheiros e dezoito soldados ficaram feridos.  Milagrosamente, só um soldado morreu.  De um único golpe, praticamente todo o 3o Pelotão da Companhia A foi tirado da ação, só cinco de seus' homens desembarcaram para combater na praia.

Os primeiros barcos chegaram à Praia Branca Dois, e logo suas tripulações os dirigiram de encontro à barranca lamacenta, Quando as rampas forem baixadas, os homens das Companhias A e C se lançaram velozmente para a terra firme, no que logo foram seguidos pela Companhia B, liberada de seu papel de reserva pelo comandante da Brigada.

Mal os soldados desembarcaram e correram alguns metros, e os tiros dos vietcongues começaram a cair, reforçados em alguns pontos pelo fogo das armas 'automáticas.  A tropa respondeu, confiando, principalmente, nos lançadores de granada M-79 com tiros de metralha.  Quando os homens se lançaram ao solo, as granadas da artilharia começaram a cair à sua frente, parando apenas quando três caças F-100 apareceram para bombardear e jogar napalm a uma pequena distância à frente deles.  Houve uma segunda passagem dos F-100, despejando mais bombas e acionando os canhões de 20mm, e assim que os jatos completaram o ataque, a artilharia recomeçou a atirar.

Enquanto isso, os três comandantes de Companhia usavam o rádio para determinar o número de baixas sofridas, As Companhias B e C tinham passado com apenas alguns homens ligeiramente feridos.  Como a Companhia A, que fora a mais duramente atingi-da, tivera dezoito baixas em um único pelotão, o Capitão Orth manifestou suas dúvidas quanto às possibilidades que tinha para cumprir a missão, ao que o Coronel Doty respondeu: "Você não tem muita escolha, vai ter que continuar." Orth concordou.: "Tudo bem, já estamos partindo."

No momento, o maior problema com que os soldados se defrontavam, em terra, era a falta de visibilidade.  Eles não podiam ver nem o inimigo que ocasionalmente atirava sobre eles, nem muitos de seus próprios companheiros, pois logo após deixarem a margem do rio foram engolidos por uma densa mata.  A folhagem densa prejudicava também o apoio de fogo pelos barcos da Marinha, que tinham ficado com a missão de patrulhar o rio e ajudá-los; seus artilheiros não conseguiam ver o pessoal do Exército.  E mais: embora as Companhias estivessem a cerca de 150 metros uma da outra, passou-se uma hora até que as três conseguissem estabelecer contacto físico. Enquanto isso, foram preparadas zonas de lançamento para facilitar o ressuprimento pelo ar e a evacuação de feridos.


O barulho dos canhões era ensurdecedor de dentro das embarcações.


Do seu helicóptero, o Coronel Doty observava o tiro de artilharia, coordenava os ataques aéreos e ajudava as Companhias a efetuarem contacto.  Por volta do meio-dia, quando as Companhias por fim tinham conseguido se ligar, ele recebeu uma mensagem do quartel-general da Brigada ordenando uma mudança na missão.  Em vez de servir como forra de bloqueio com o 50/609 se deslocando por terra, a leste, o 39/6O9 tomaria o rumo sul, com o 39/479, após desembarcar nas Praias Vermelhas, seguindo para o norte.  A missão do 50/609 de se deslocar por terra no sentido leste-oeste permanecia, mas o batalhão teria a companhia do 20/609, a ser trazido de helicóptero.  Os quatro batalhões pressionariam o inimigo por três lados.

A cerca de 200 metros de distância do rio, os homens finalmente encontraram terreno limpo a Companhia C, à esquerda, viu-se frente a um campo de capim alto e cana-de-açúcar, e a Companhia A, à direita, a uma plantação de arroz seca.  No entanto, sair de dentro do mato tinha suas desvantagens, pois o inimigo imediatamente varreu o terreno com tiros de fuzis e metralhadoras.  Quando os homens se deitaram procurando abrigar-se, poucos tinham qualquer ideia de onde os vietcongues poderiam estar escondidos.  A maioria se satisfez em suspender seus tiros, enquanto os observadores avançados que acompanhavam os comandantes das companhias pediam apoio de fogo.  A artilharia fez seu trabalho, e quando os tiros cessaram, os homens tornaram a progredir. Embora alguns deles, pertencentes às Companhias A e B já pudessem agora se ver, a Companhia C continuava fora das vistas.

Passando por uma cerca de madeira que, momentos antes, abrigara o inimigo, o observador avançado da Companhia A viu três vietcongues correndo para dentro de umas cabanas ('gaiolas' como os homens as chamavam).  Um infante alvejou as cabanas com seu M-79 e o observador pediu fogos de artilharia.

Mais ou menos nessa mesma hora, o soldado David H. Hersh-berger, atirador de metralhadora da Companhia A, localizou um vietcongue, colocou sua pesada arma no ombro e derrubou-o com uma rajada curta.  Quando um outro soldado se levantou de um salto e correu na direção do companheiro abatido, Hershber-ger gritou "Ainda tem outro!", arrancou um M-14 de um atirador treinado para fazer tiros de precisão e abateu o segundo vietcongue com um tiro de cerca de 250 metros.

Lentamente, durante quase todo o resto da tarde, o deslocamento para o sul foi progredindo.  De tempos em tempos, o fogo inimigo aumentava bruscamente, forçando a infantaria a se abrigar, mas os ataques aéreos, a artilharia e a determinação dos soldados de seguirem avançando, faziam com que continuassem.  Mesmo assim o batalhão ainda estava a 500 metros da Praia Branca Dois quando chegou o fim da tarde.  As 17:00h, quando o Coronel Doty informou à Brigada que suas Companhias estavam fortemente engatadas, o Coronel David achou melhor correr o risco de deixar os vietcongues escaparem do que fazer a tropa passar a noite desorganizada.  Assim, determinou ao Coronel Doty que rompesse o contato e recuasse para uma posição defensiva onde pudesse passar a noite.  Deixando patrulhas à retaguarda para cobrir sua retirada, as Companhias recuaram para uma posição próxima da Praia Branca Dois, eliminando, no processo, os atiradores esparsos que encontraram.

No final da tarde as Companhias tinham se articulado em uma posição defensiva semicircular, com o rio e os barcos da Marinha nas costas.  O Capitão Davis, que era o comandante de Companhia mais antigo, assumiu o comando da posição.  Quando anoiteceu cessaram até mesmo os tiros esporádicos. O comando ficou 50 por cento alerta, a área era constantemente iluminada por engenhos pirotécnicos e um helicóptero que a sobrevoava e a artilharia atiraram nas posições onde se suspeitava que estivesse o inimigo.  Os vietcongues, contudo, não tentaram penetrar na posição, e, na manhã seguinte, ficou patente a causa de sua atitude.  O interesse deles em fugir era maior do que em combater.

Que muitos vietcongues tiveram êxito em fugir ficou bem claro quando as patrulhas dos diferentes batalhões, progredindo entre raros tiros de fuzil, estabeleceram contato. No resto da manhã os homens examinaram aproximadamente 250 casamatas inimigas, descobrindo 79 corpos, vitimas dos tiros da infantaria, dos ataques aéreos e das granadas de artilharia. Pode-se presumir que um número muito maior de vietcongues tivesse sido ferido.  As forcas americanas, dos quatro batalhões e da Marinha, tiveram um total de 7 mortos, embora a luta tivesse cobrado o tributo de 123 feridos.  Muitos, contudo, não precisaram ser evacuados.  Quatro soldados inimigos foram presos e um rendeu-se pelo programa Chieu Hoí ("Braços Abertos"), usando um salvo-conduto que apanhou no chão.

Do primeiro tiro da emboscada em diante, o combate fora quase continuo e, quase todo o tempo, violento.  Ambos os lados tinham sofrido, com o 263o Batalhão Vietcongue da Força Principal tendo ficado, de longe, com a pior parte.  No entanto, muito embora tivesse retraído meio arrasado, não fora, em absoluto, destruído. O 39/609 e o 2631o  Batalhão Vietcongue ainda iriam se encontrar novamente.

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