Boat Support Unit ONE
Desde a Guerra Civil Americana em 1862-1865, a US Navy atua com forma de defesa costeira e ribeirinha. Cem anos depois a US Navy estava fazendo o mesmo para defender o Vietnã do Sul. A presença convencional era na forma da 7a Frota com NAes, cruzadores, escoltas e navios anfíbios.
Em 1964, a guerra costeira no Vietnã foi iniciada com o uso de lanchas PTF de DaNang do Boat Support Units (SBU-1 depois MST-1). Entre 1964 a 1972 foram conduzidas operações secretas acima da zona desmilitarizada (DMZ).
Em 1961, o presidente JF Kennedy ordenou a criação de uma força anti-guerrilha para combater futuras ameaças. Já em 1961 a CIA operava na costa do Vietnã do Norte com juncos.
Os SEAL da US Navy foram criados em janeiro de 1962. Logo foi percebido a necessidade de uma embarcação de inserção própria, armada, de alta velocidade, para operar em águas rasas e na costa inimiga, inserindo, extraindo e apoiando equipes SEAL. Duas lanchas torpedeiros PTB foram usados provisoriamente (PT 810 e 811). Eram operados pelo Boat Support Units 1 e 2 (BSU-1 e 2), e passaram a se chamarem Coastal River Squadron 1 e 2 em 1971.
As PT foram transformados em PTF em 1962. A US Navy procurou projetos novos e o torpedeiro norueguês Nasty foi o melhor encontrado. Os dois primeiros foram o PTF-3 e 4 e a US Navy necessitava de 10-15 adicionais.
Foram avaliados varias embarcações como o Landing Craft Swimmer Recovery Vessel (LCSR); Coastal Patrol and Interdiction Craft (CPIC); Swimmer Delivery Vehicle, Auxiliary (LCU/ASDV), mini-submarinos e hidrófolios PCH-I.
O PTF foram usados para incursões no norte, mas também para segurança de porto e apoio logístico, além de simular ataques de torpedeiros contra a 7a Frota. Usavam o código "Nautilus" enquanto o código dos Seal era "Vega", do fuzileiros era "Romulus" e as forças especiais US Army era "Nimbus".
O inicio das operação foi em maio de 1964 e determinou o padrão que durou até 1971. As operações era comparável aos torpedeiros PT americanos e MTB britânico na Segunda Guerra Mundial além dos operadores do Amphibious Scouts and Raiders.
As missões incluíam ação direta, inserção e exfiltração de equipes Seal para reconhecimento, sequestrar prisioneiro, demolição, inserção e extração de agentes. As operações psicológicas incluíam raptar pescadores para saborear delicias do Vietnã do Sul e eram bem apreciadas pelo inimigo. Realizavam busca e resgate de pilotos abatidos e hidrografia, captura de juncos na interdição da costa do Vietnã do Norte e abordagem. As missões mais perigosas eram o bombardeamento da praia e ação direta contra embarcações militares do Vietnã do Norte. O PTF também operou no sul com o código "Dodge Mark".
A Special Task Force que operava acima do paralelo 17 era formada pela Maritime Patrol Force constituída de doze tripulações da Marinha do Vietnã do Sul e 11 PTF e 3 PCF em Luc Luong Hai Tuan e pela Special Maritime Force (Seal).
A área de operação era dividida em "Purple, Green, Blue, White, Yellow e Red". Atuavam a noite realizavam quatro missões "Mint, Cado, Loki e Special". "Mint" era a missão de capturar pescadores para doutrinação, destruir navios comunistas, e realizar propaganda com morteiro com panfletos nas vilas da praia.
O Vietnã do Norte reagiu com baterias costeiras e até aviação. Seis PTF foram afundados e mais um por outro PTF.
A primeira embarcação
Seal foi o PTF. Depois foram construídos outros projetos
dedicados.
PTF - Patrol Torpedo Fast
O PTF era o mais potente elemento de forças especiais navais. Após novembro de 1968, todas forças americanas foram proibidas de agir no Vietnã do Norte. A exceção era o pessoal do Grupo de Estudos Marítimos que continuo a realizar rapto, propaganda e interdição da pesca e indústria naval até 1972.
O PTF (Patrol Torpedo Fast), ou "Nasty", eram as embarcação mais potente do SOG. Produzido na Noruega, o primeiro ficou pronto em 1957. Deslocava 75 toneladas, tem 27 metros de comprimento, 8,1 metros de boca e 2,2 metros de calado. Era propulsado por dois Napier Deltic T18-37Kdiesel com 3.100 SHP quer permitia atingir uma velocidade de 46 nos em mar calmo.
Os 6.100 galões de combustível permitia um alcance de 860 milhas a 38 nós ou 1.050 milhas a 20 nós. A tripulação era de dois oficiais e 18-20 marinheiros, além de uma equipe Seal com 12 homens.
O PTF tinha baixo custo de aquisição e operação. Os EUA comprou 14 para uso no Vietnã e mais seis nos EUA para treinamento. Foram operados em DaNang pela marinha do Vietnã do Sul e suplementavam os PB americanos. Foram usados para bombardeio costeiro, operações secretas, incursões anfíbias contra pontos logísticos e interceptar e destruir traineiras para atrapalhar a pesca do Vietnã do Norte.
A baixa silhueta e assinatura acústica, magnética e IR ajudavam na sobrevivência. Os exaustores ficavam debaixo do casco para diminuir a assinatura infravermelha e a resistência da água. A construção de madeira significava baixa assinatura radar. A pintura cinza escura não reflete luz de fundo mesmo se iluminado por farol de busca.
Os PTF operavam sozinho, em pares ou pequeno grupos. O inimigo eram torpedeiros P-4 e P-6 armados 14,5mm, 23mm e 37mm que atacavam em múltiplos. Os PTF atacavam as bases das torpedeiras inimigas. A defesa do PTF era fugir.
O armamento era um canhão 40mm L/60 Bofors, dois canhões de 20mm Oerlikon ou Mk 16 Mod 5, um morteiro 81mm Mk 2 Mod 1 com uma metralhadora .50 AN/M-2HB coaxial.
O PTF levava 832 tiros do canhão Boford L60 40mm. Eram modelos M3 do exercito e não o Mk3 naval. O canhão da proa foi trocado por um morteiro de 81mm que era mais flexível por lançar munição iluminativa e ter menos recuo. O morteiro 81mm tinha 72 munições estocadas.
Os dois canhões Mk4 de 20mm Oerlikon foram substituídos pelo Mk16 Mod 5 e tinham 1920 estocados. O armamento era adicionado pelos fuzis M-16 e M-14, pistolas, escopetas, lança-granadas M-79, lança-foguetes LAW-66 e escopetas dos tripulantes.
O canhão sem recuo de 57mm dos Seal eram usados para bombardeio com alcance de 3,6km. O canhão sem recuo de 106mm foi testado no fim da guerra mas por pouco tempo por danificar a embarcação. Em 1971 foi instalado uma dupla de foguetes russos de 122mm de cada lado. A recarrega durava 15minutos e o alcance era de 10km.
Canhão de 20mm do PTF.
O morteiro 81mm Mk2 Mod 0 "piggyback" com metralhadora AN/M-2HB calibre 12,7mm com 100-400 tiros. O Mk2 foi projetado para o Patrol Boat para fogo leve indireto e direto contra alvos no mar e costa. Foi adotado pela USCG em 1962 nos WHEC. O morteiro pode disparar munição auto-explosivo, iluminativa e fumígena em fogo direto e indireto. Era efetiva para bombardeamento, cortina de fumaça e iluminar alvos noturnos. Era operado por um ou dois homens. O tripé é livre para apontar em elevação e azimute e pode ser disparado de posição fixa (pela boca ou camara). O morteiro tem zona NO FIRE, -30 a +71,5 graus elevação. Razão de tiro de 18 TPM a 45graus carregado pela boca ou 10 TPM pelo gatilho alcance em tiro direto é de 900m, e 3,6km em tiro indireto. Uma munição era o APERS anti-pessoal com 1.200 flechetes com alcance de 200m. O alcance efetivo da .50 era 1800m. O peso diminui o recuo da metralhadora que fica mais precisa.
PGH-2 Tucumcari. A TF-115 tinha dois hidrofólios PGH (Hydrofoil Gunboat) sem serviço. Eram armados com um canhão de 40mm L/60 Bofors e 4 metralhadoras .50 duplos, um morteiro de 81mm. Cruzava a 40 nós e era muito manobrável. Era ideal para patrulha costeira. O BSU-1 usou o PGH por seis meses. Foram considerados complexos e eram inadequados para mar agitado.
Próxima parte: TF-115
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