AF-2

As necessidades de longo prazo da MB são a substituição e complementação do AF-1 por uma aeronave mais capaz e em maior número, aqui chamado de AF-2, capaz de enfrentar, pelo menos, a maioria das ameaças previsíveis, e substituir o A-12 por pelo menos um par de navios aeródromos de ataque médio (A-13 e A-14). A MB já decidiu dar baixa no AF-1 por volta de 2013.

O problema vai ser a disponibilidade de recursos. A MB teve que desativar o A-11 por falta de recursos financeiros e humanos para manter dois NAes.

Futuramente os AF-1 modernizados funcionariam como aeronaves de treinamento para o AF-2 e, pelo menos nos próximos 10 anos, como base de experiência para os sistemas de armas necessários no AF-2.

Analisando a capacidade do A-12 São Paulo equipado com um esquadrão de AF-1, é fácil perceber que ele não é capaz de realizar operações de larga escala sozinho contra todos os tipos de ameaça. A aviação de caça embarcada da MB é atualmente uma força de treinamento com possibilidade de evoluir para uma força de combate.

O projeto do A-13, se for um navio novo e não usado de 2ª mão, deve considerar a possibilidade de usar uma aeronave indeterminada que pode ser de pouso convencional (CTOL ou STOBAR) ou STOVL (decolagem curta e pouso vertical).

Projetar um navio apenas para receber aeronaves STOVL limita as opções de aeronaves, que no futuro será apenas o F-35B (JSF STOVL), enquanto um navio convencional aceita todos os tipos de aeronaves.
 
 
     Substituindo o AF-1

Os requisitos do AF-2 estarão ligados diretamente ao projeto A-13 (substituto do A-12). O tamanho e dimensões do A-13 determinarão os limites de tamanho e desempenho do AF-2 e o tipo de aeronave que poderá operar, ou seja, convencional ou STOVL .

A quantidade de aeronaves a serem adquiridas dependerá dos custos, mas deve ser pelo menos o suficiente para formar um esquadrão de 12-18 aeronaves operando embarcado em um NAe. Isso requer a aquisição do dobro de aeronaves (24-36 aeronaves) para incluir reserva, treinamento, manutenção/modernização e atrito.

Entre as opções de caças para substituir o AF-1, a MB terá futuramente a oportunidade de escolher entre aeronaves novas ou usadas.

Entre as aeronaves novas podemos citar:

- F/A-18E/F Super Hornet - É uma aeronave cara e que tem tamanho e peso incompatíveis com o São Paulo. Poderia ser adquirido em uma fase de transição até a entrada em serviço do A-13 e só realizaria toques e arremetidas no A-12 São Paulo. A Boeing saiu da concorrência do programa FX por não preencher os requisitos de preço de aquisição e operação pedida pela FAB. Os modelos anteriores tinham desempenho melhor que o modelo E/F, fora a capacidade de carga externa que pode pousar no NAe (bring back weight). A principal característica do Super Hornet era o parâmetro de "bring-back weight" sendo que os modelos F/A-18A/B/C/D só podiam pousar embarcados armados com mísseis ar-ar e tanques externos vazios. Isto não era problema década de 80 quando só usavam bombas burras e foguetes. A doutrina ditava que podiam ser lançadas em alvo secundário se o primário não fosse atingido, ou eram ejetadas por serem bem baratas. A doutrina atual de uso de munição guiada para evitar danos colaterais dificulta a dispensa das armas caso não sejam disparadas.

- Rafale-M - O novo caça francês é uma aeronave cara. Na concorrência para o Projeto FX da FAB cada aeronave foi cotada em US$130 milhões. O Rafale pode operar no A-12 em missões ar-ar com limitações no peso. Os Franceses calcularam que um par de Rafales era mais eficiente que toda a frota de F-8N Crusader que operavam (11 aeronaves). Quando a frota estiver completa a Marinha Francesa irá operar 60 Rafales para poder manter 36 embarcados no NAe Charles de Gaulle. O Rafale tem a desvantagem de não dobrar as asas e menos aeronaves podem ser estacionadas num convés ou hangar pequeno o que não é problema no novo NAe francês.
 
Rafale-M

- LCA-M – O LCA-M poderá ter uma versão embarcada do caça leve indiano LCA (Tejas). Pode ser adquirido junto com o as plantas do projeto no novo NAe indiano (projeto ADS). A Índia planeja adquirir 30 aeronaves, mas pode ser cancelado. O ADF será até preparado para operar o MiG-29K. O LCA-M pode operar em NAes a partir de 20 mil toneladas com rampa ski-jump. Decola a 180km/h numa ski-jump de 12 graus com peso de 12.300kg e pousa enganchado a 222km/h com peso de até 9.100kg. A versão terrestre deve entrar em operação em 2006. A Índia está desenvolvendo uma versão mais potente do turbofan Kaveri com TVC que dará capacidade de supercruzeiro para a aeronave.

- MiG-29K. Esta sendo desenvolvido para a Marinha indiana que pretende adquirir cerca de 50 aeronaves por US$ 1,5 bilhões. Dois protótipos estão sendo preparados e recebendo aviônicos ocidentais. Tem tamanho e peso compatíveis com o São Paulo sendo a melhor solução de baixo custo entre as aeronaves novas. O peso máximo de decolagem é de 22t e o normal é de 18,5t. O comprimento é de 14,1m com nariz dobrado e largura de 7,5m com asa dobrada. Decola em 110m com peso normal (18t) em uma rampa do tipo ski-jump. A aeronave oferecida atualmente (tipo 9-17K) é uma adaptação do MiG-29SMT (9-17) para operar embarcado e não uma versão do MiG-29K original (9-31). A aeronave tem asa maior e pode levar 5.240kg de combustível internamente. O tempo de patrulha a 50km do NAe é de 2 horas, o raio de ação em missões ar-ar de 850km e o raio de ação anti-navio equipado com 2 mísseis Kh-31 é de 1.150km com um tanque extra.

- Su-33/Su-33UB Flanker - É a versão embarcada do Flanker. Poderia ser adquirido em versões novas ou de 2ª mão já usadas pela marinha russa. O tamanho e peso são incompatíveis com o A-12 São Paulo. Sua aquisição determinaria as dimensões e peso do futuro A-13.

 

- J-15. A China colocou em operação uma versão do Su-33.

- F-35B CTOL ou F-35C STOVL . A aquisição do JSF depende de aprovação do governo americano e só estará disponível para exportação para aliados americanos fora da OTAN a partir de 2025. É uma aeronave de quinta geração e bem a frente das demais.

- Eurofighter naval. Os britânicos já estudaram a possibilidade de desenvolver uma versão navalizada do Eurofighter chamada Sea Typhoon para operar nos novos NAes britânicos (projeto CVF). É uma aeronave cara como o Rafale. Os britânicos escolheram a versão STOVL do F-35.

- YAK-130 ou M-346. É uma aeronave de treinamento de projeto ítalo-russa. Agora cada país tem um projeto próprio. A versão russa foi projetada desde o início para ter uma versão embarcada que será chamada de Yak-130K. A vida útil é de 30 mil horas. Foi citada pois a MB precisará de uma aeronave de treinamento para substituir os AF-1. O Yak-130 tem desempenho similar as primeiras versões do A-4. O Yak-130 foi escolhido para ser o futuro treinador russo. Cada aeronave deve custar US$8-10 milhões. A Aermacchi está investindo US$500 milhões na versão italiana M-346 que poderá estar em produção em 2007. A empresa pretende vender 600 aeronaves (24% do mercado previsto) nos próximos 30 anos a um preço unitário de US$15 milhões. A aeronave tem peso máximo de decolagem de 9.500kg, RCS de 1 metro quadrado e relação peso/potência de 0.5:1 a 0.97:1. A velocidade máxima é de Mach 0,92 e ângulo de ataque de 40º. A propulsão é por dois turbofans Honeywell/Fiat Avio F124-GA-200 com 2,835kg de empuxo cada. A aeronave pretende simular ao máximo o desempenho dos caças de última geração.


- MiG-AT. O MiG-AT é outra aeronave de treinamento russa que também terá uma versão navalizada. A Índia pretende comprar 66 aeronaves por US$ 10 milhões cada para sua Força Aérea. Assim como o Yak-130, o MiG-AT tem um sistema de controle de vôo por FBW que permite imitar as características de vôo de outra aeronave. O MiG-AT é menos capaz que o M-346 e não tem provisão para levar um radar internamente.



O FC-1/JT-17 Thunder chino-paquistanês está entrando em operação e poderá ter uma versão embarcada para operar no futuro NAe chinês que deve ficar pronto em 2015. É uma aeronave barata como o LCA-M.


Opções de caças usados que podem estar disponíveis futuramente:

- F/A-18A/B/C/D Hornet. Já foram testados e oferecidos para operar no Foch no passado. Já realizaram testes de decolagem de ski-jump em terra junto com o E-2 Hawkeye. A Espanha adquiriu 24 F/A-18A por US$ 300 milhões. A vida útil é de 6 mil horas operando embarcado e 15 mil operando em terra. Existem aeronaves F/A-18A estocadas nos EUA e a partir de 2008 os modelos F/A-18C/D da US Navy começam a ser substituídos pelo F-35 JSF. Os modelos A/B precisariam de uma modernização e os modelos F/A-18C/D  já estão no estado de arte. Os caças embarcados americanos são projetados para operarem embarcados por 15 anos. Os modelos A/B da US Navy foram usados por cerca de 10 anos. Os modelos F/A-18C/D  da US Navy já estão chegando no fim da vida útil (trap life) com disponibilidade de 50-80%. Os Hornet do USMC operam pouco embarcado e tem uma vida útil extra maior.

- F-4N/J/S Phanton II . É uma aeronave cara de operar e talvez não existam células disponíveis nos EUA. Eles são convertidos como alvo aéreo QF-4. Os EUA não autorizaram a remotorização dos F-4 modernizados por Israel pois iriam ter a mesma capacidade ofensiva do F-18 por um custo várias vezes menor. É uma aeronave pesada e terá dificuldade de operar no A-12 São Paulo. O peso de decolagem com os tanques internos cheios já ultrapassa as 20 toneladas que é o limite dos elevadores e catapulta do A-12. Não poderia ser usada em operações ofensivas e nem decolar com tanques extras para aumentar a autonomia. O último F-4S saiu de serviço do USMC em 1992. Outro problema é não possuir um canhão interno. Sua aquisição depende da autorização do Congresso Americano assim como a aquisição do F/A-18. A foto abaixo é do F-4M da Royal Navy.

- A-7E Corsair II. Tem alcance maior que o F/A-18 e AF-1 em operações de ataque mas tem limitações de velocidade. Não é uma plataforma ideal para interceptação por ser subsônico. Outro problema será a logística pois só o Brasil e a Tailândia irão operar a aeronave. 

- A-4M Skyhawk II - Neste caso a MB continuaria usando o AF-1 após adquirir aeronaves adicionais dos estoques americanos. A Nova Zelândia retirou de serviço seus A-4 modernizados (foto abaixo). Eles ainda estão a venda e são uma boa fonte de armas e aviônicos modernos no estado de arte.
 

- AV-8B Harrier II Plus do USMC. Com a entrada em serviço do JSF nos USMC, algumas aeronaves equipadas com o radar APG-65 podem estar disponíveis. Tem a vantagem de poder operar em qualquer tipo de NAe. O Harrier tem a grande desvantagem de ser caro de operar (US$5.300 contra US$3.800 do F/A-18C) e de manter (25 horas de manutenção por hora de vôo contra 5-12 do F/A-18C). O Motor leva 550 homens/hora para ser trocado contra 9 horas do Hornet.

- Sea Harrier FA2. A Royal Navy decidiu retirar de serviço cerca de 50 Sea Harrier em 2006 até a entrada em serviço do F-35B. A RN reconstruiu 33 aeronaves Sea Harrier FRS.1 entre 1988 a 1997 e 18 construídas novas e entregues entre 1995-1998. Entre os novos refinamentos incluem um novo motor Pegasus 106 e radar multifuncional Ferrant Blue Vixen. O radar Blue Vixen teve um desempenho tão bom que os FA.2 já foram chamados de mini-AWACS. Os Sea Harrier operam em NAes britânicos e Indianos com rampa ski-jump, mas podem operar em NAes sem esta rampa como acontece com os AV-8B do USMC. Estas aeronaves terão uma vida útil considerável quando desativadas e tem aviônicos modernos. Os 47 Sea Harrier sobreviventes poderiam servir de fonte de aviônicos modernos para uma modernização dos AF-1. Os primeiros 24 caças estarão disponíveis ainda em 2004. Durante a Guerra das Malvinas em 1982 a Royal Navy teve dificuldade de manter um par de caças Sea Harrier em CAP durante o dia durante o conflito mesmo contando com 28 aeronaves.

Os indianos tiveram problemas para escolher um míssil BVR para os seus Sea Harrier pois a aeronave tem limitações de peso durante o pouso em tempo quente. A Royal Navy tem o mesmo problema quando seus Sea harrier operam em regiões tropicais. A Marinha Indiana esta sendo obrigada a escolher um míssil leve. O MICA foi rejeitado por ser caro e o R-77 russo por ser pesado. Acabou escolhendo o Derby israelense.

- Harrier GR.7 da RAF. É uma aeronave de ataque e não existe justificativa de usá-la como interceptador a não ser que receba uma modernização do mesmo estilo do Sea Harrier e AV-8B Harrier II Plus. Devem ser retirados de serviço em 2015 com a entrada em serviço do F-35B JSF.

O Super Etandart não esta na lista por estar no fim da vida útil na Marinha Francesa (Aeronavale) que precisa de todos até 2011 quando serão todos substituídos pelo Rafale. Os Super Etandart também estão com limitações estruturais. Foram projetados para ter uma vida útil de 4.000 horas de vôo e estão sendo reformados para agüentar até 6.000 horas de vôo. 

O Super Etandart também tem limitação de cargas que podem ser carregadas durante o pouso. Durante o conflito em Kosovo ele teve que alijar 49 bombas guiadas a laser GBU-12 que não foram disparadas. Mísseis como o Exocet, ASMP e AS30L tem que ser alijados se não forem disparados.

Para resolver estes problemas o Super Etandart voa com bombas BANG/CBEMS de 125kg com kits Paveway para transformá-las em bombas guiadas a laser. Elas têm capacidade multi-missão podendo ser disparadas contra alvos reforçados ou explodir em fragmentos contra alvos leves. As bombas são guiadas por outra aeronave com casulo designador laser

Os Super Etandart argentinos são uma opção, mas a frota é muito pequena. A França comprou 71 e a Argentina 14. Os Super Etandart também só voam com tanques de 600 litros em missões ar-superfície pois com tanques de 1100 litros a carga de armas fica muito pequena.

REQUERIMENTOS

Como o AF-2 terá como missão principal a defesa aérea e interceptação, os requisitos de velocidade, aceleração, velocidade de subida e autonomia serão os requisitos principais.

Os caças que melhor se encaixam nestes requisitos são os supersônicos como o Su-33, F/A-18, Rafale, F-35, MiG-29K e LCA-M. A autonomia favorece as aeronaves maiores como o Su-33 e Rafale. Porém, os custos levariam a aquisição de uma aeronave menor como o LCA-M e MiG-29K e até mesmo a aquisição de uma aeronave de segunda mão.

Os custos de operação são proporcionais a idade, potência, número de motores e peso. O F-4 seria a mais cara de operar enquanto o AF-1 é o mais barato de todos. As aeronaves STOVL também são mais caras para operar que as aeronaves convencionais. Se os custos de operações forem estudados ao extremo a melhor opção seria uma aeronave baseada em terra cujo

No caso da aquisição de uma aeronave usada ela obviamente passaria por uma modernização para padronizar os aviônicos com o AF-1 modernizado.

A tabela 1 e 2 mostras os dados técnicos das aeronaves citadas. Foram considerados os dados críticos que podem ser limitadores como dimensões e peso que superam a capacidade do elevador e catapulta (em vermelho) do A-12 São Paulo. O elevador tem dimensões de 16 x 11 m e suporta 20 toneladas enquanto a catapulta pode lançar até 20 toneladas se não for alterada.

As aeronaves que tem limitações de peso podem ser armadas e reabastecidas no convôo. O elevador de popa permite que a aeronave seja posicionada com a cauda para fora sem limitações de tamanho. Algumas aeronaves podem ser posicionadas em diagonal no elevador da proa.

A limitação principal será o peso de decolagem. Para realizar missões ar-ar o caça deverá ter um peso máximo nesta configuração de 20 toneladas, a não ser que a catapulta seja alterada. Outro problema é o comprimento da catapulta. O Rafale só decola com peso máximo de 25 toneladas com a catapulta de 75 metros do Charles de Gaulle. O Rafale operava mais leve na catapulta de 50 metros do A-12.

Tabela 1. Aeronaves novas:
 

Rafale-M F/A-18E/F Su-33 LCA-M MiG-29K F-35 CTOL F-35 STOVL  M-346 MiG-AT
Peso vazio(t) 9,9 13,3 16,3 5,5 - 11,1 10 4,6 -
Peso ar-ar(t) 17,0 21,0 22,5 10,5 18,5 20,0 16,5 7,5 -
Peso máx (t) 24,5 29,9 30,0 12,5 22 27,2 22,7 9,5 7,8
Largura asa dobrada (m) 10,8 - - 8,2 7,5 9,1 10 9,7 10,1
Comp. (m) 15,3 18,3 21,9 13,2 14,1 14,3-15,5 14-15,5 11,5 12,0

 

Tabela 2. Aeronaves usadas.

 

F/A-18A F-4J A-7E A-4M Sea Harrier Harrier II
Peso vazio(t) 10,4 14 8,6 4,7 6,6 6,3
Peso ar-ar(t) 17,0 21,0 14,5 8,5 10,5 -
Peso máx (t) 22,3 26,3 19.0 12,4 11.8 14,1
Largura asa dobrada (m) 8,4 8,4 7,25 8,38 7,7 9,25
Comp. (m) 17,1 17.76 11,8 13,7 14,1/13,0 14,1

As aeronaves com grande razão peso x potência e os de decolagem vertical podem usar uma rampa tipo ski-jump. O F/A-18, Rafale, Su-33, MiG-29K e F-35A (CTOL) não precisariam da catapulta.

O gráfico abaixo mostra um possível cronograma de aquisição de caças da MB em relação à saída de serviço do A-12, que deve ser substituído após 2019, e entrada de serviço do seu substituto, aqui chamado de A-13, e que se supõe neste artigo que será uma unidade nova.

Os AF-1 devem operar até 2013 segundo a MB. O A-13 deve entrar em operação  após 2019 na época do A-12 sair de serviço. O substituto do AF-1, aqui chamado de AF-2, deve entrar em serviço antes do AF-1 sair de serviço. Como o A-13 deve ter o seu projeto iniciado 10 anos antes de entrar em operação, ao redor de 2005-2010, nesta data já deve estar determinado os tipos de aeronaves que o A-13 poderá operar.

As aeronaves STOVL não têm requisitos exigentes e são geralmente leves e pequenas. Uma aeronave grande e pesada como o Flanker irá exigir uma pista de pouso e elevadores grandes, assim como hangares altos e piso reforçado.

Os possíveis candidatos ao AF-2 como caça novos de fábrica já foram citados: F/A-18E/F, Rafale-M, F-35 JSF, LCA-M, MiG-29K e Su-33.

O Sea Harrier da RN já estarão disponíveis a partir de 2006. 

As opções de caças usados entrariam em serviço na mesma data que os caças novos, mas sairiam de serviço bem antes por terem uma vida útil menor. Supondo uma vida útil de 15 anos operando embarcado para os caças usados, o substituto do AF-2, chamado de AF-3 entraria em operação por volta de 2025-2030, podendo ser um caça novo ou usado.

O Su-33/Su-33KU e outros caças que tem limitações de operação no A-12 São Paulo como o Rafale-M e F/A-18E/F podem entrar em serviço mesmo sem operar embarcado. Um intervalo de cerca de 5 anos separaria sua entrada em operação e operações embarcadas no A-13. Neste período os pilotos poderiam se adaptar a nova aeronave e ainda assim manter a capacidade de pousos embarcados nos AF-1.

O Su-33K/KU, a melhor opção para um caça de defesa aérea, tem a vantagem do longo alcance para dar cobertura a frota que opera no Atlântico Sul sem necessitar de um NAe, que nem sempre estará disponível, e poder realizar operações independentes da frota neste teatro de operações. Se o A-13 for cancelado neste período, a MB continuaria tendo uma aeronave de caça capaz de apoiar a esquadra no Atlântico, apesar das limitações.

Os treinadores MiG-AT e Yak-130 / M-346 foram citados separadamente por serem aeronaves com capacidade de caça limitada. O Yak-130 tem desempenho na mesma categoria das primeiras versões do A-4. A MB possivelmente vai precisar de uma aeronave de treinamento embarcado e que também poderá operar em conjunto com o AF-2. Será um reforço em potencial para o Grupo Embarcado. O Boeing T-45A/C Goshawk não é recomendável pois não é capaz de levar cargas externas quando opera embarcado.

 


Em 2020 a MB poderá estar operando um NAe de ataque (A-13) equipado com um novo caça-bombardeiro embarcado (AF-2). Uma aeronave de treinamento poderá ser adquirida e talvez cumpra missões operacionais em complemento ao AF-2.  

É bom lembrar que um NAe é apenas uma base aérea móvel flutuante e o Grupo Aéreo Embarcado (GAE) é que determina sua função. A aeronave de combate será a plataforma determinante na configuração e função do GAE (Grupo Aéreo Embarcado).

Próxima parte: NAes

Atualizado em 29 de Julho de 2005


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