Notícias de 2002


Notícias de Janeiro
de 2002

A Avibrás assinou contratos com a Sukhoi, Rosoboronexport e KnAAPO para a produção do Su-35 no país para participar do Projeto FX. O acordo inclui transferência de tecnologia, adaptação aos requisitos da FAB e integração de armamentos. O contrato inclui direito de vendas para outros países da América Latina. A Avibrás se tornou outro produtor dos caças Sukhoi, sendo o único fora da Rússia.

Um caça AF-1A do Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1) disparou os três primeiros mísseis ar-ar Sidewinder AIM-9H da Marinha do Brasil nos dias 6 e 7 de dezembro de 2001. Os testes foram realizados na Barreira do Inferno com apoio da FAB. A MB recebeu 217 mísseis junto com os 23 A-4 do Kuwait. Os mísseis foram revisados e revitalizados  pelo Centro de Análises de Sistemas Navais e MECTRON.

O Japão escolheu o Boeing 767 para ser a aeronave de reabastecimento aéreo das suas forças de defesa. Foram adquiridas uma aeronave com mais três opcionais a um custo de US$ 216 milhões cada com entregas até 2005. O Japão já usa quatro 767 na versão AWACS.

O Japão irá projetar uma aeronave de transporte e patrulha marítima (C-X/MP-X) para substituir seus Kawasaki C-1, C-130 e P-3. Cerca de 40 C-X e 80 MP-X serão produzidos. Uma aeronave de passageiro também poderá ser desenvolvida no projeto.

A Polônia poderá receber os 23 MiG-29 alemães de graça. Os poloneses usam 22 MiG-29 atualmente e as novas aeronaves serão usadas pela marinha complementando seus MiG-21 em operação de apoio tático as operações navais.

Como reação aos atentados de Setembro, a França colocou 10 aeronaves em alerta para defesa do território. As aeronaves estão em cinco bases em alerta de dois minutos. Aeronaves de caça em treino estão voando com os canhões armados para participarem em possíveis chamadas.

A empresa Russa Samara esta  oferecendo um sistema de defesa a laser para equipar aeronaves civis e militares. O laser pode interferir ou suprimir a cabeça de busca IR de mísseis ar-ar ou superfície-ar. O casulo é equipado com um laser a gás com um sistema de aquisição e rastreio multi-direcional a infravermelho. O sistema alerta o lançamento de um míssil e rastreia a ameaça até atingi-la com um pulso de laser modulado que pode danifica-lo em até 1,5 segundos. O casulo pode disparar um número ilimitado de pulsos. O casulo foi testado contra mísseis montados em outras aeronaves. O laser só precisa de 5kW de potência e pode ser instalado na maioria das aeronaves.

Um grupo formado pela Northrop-Grumman, BAe Systems, Lockheed Martin e Thales iniciaram estudos para produzir o UAV Watchkeeper para o Exército Britânico. O UAV deve estar operacional em 2007 e competirá com o RQ-4A Global Hawk para missões de vigilância de grandes áreas.

A McDonnell Douglas recebeu um contrato de US$ 480 mil para fornecer 11.332 kits de bombas JDAM para a USAF e US Navy.

A Raytheon-Lockheed Martin assinou contrato para fornecer o míssil anti-carro Javelin para a Lituânia e Jordânia. O contrato com a Lituânia inclui 18 lançadores e 75 mísseis por US$10 milhões. O contrato com a Jordânia inclui 30 lançadores e mais de 110 mísseis.

As corvetas israelenses Saar-5+ devem ser armadas com 16 mísseis de ataque naval (Advanced Naval Attack Missile - ANAM) e 16 mísseis de defesa de próxima geração. O ANAM se baseia no míssil anti-navio Gabriel. Israel pretende comprar 3 a 5 corvetas Saar-5 melhoradas nos próximos 10 anos.

A Rússia assinou contrato para fornecer dois contratorpedeiros da classe Sovremenny para a China num valor de US$ 1,5 bilhões. A China já recebeu dois navios semelhantes em 1999 e 2000.

A aquisição de um segundo NAe esta sendo colocado em dúvida após o anúncio que a prioridade da marinha francesa na programação de 2003-2008 será a aquisição de fragatas armadas com mísseis cruise (foto abaixo) e submarinos de ataque. A fragata multifunção deve entrar em serviço em 2008 e substituirá as fragatas d'Estienne D'Orves and Georges Leygues. Nove fragatas serão configuradas para ataque terrestre e oito para guerra anti-submarina. Um armamento que esta sendo estudado é uma versão do SCALP/EG com alcance de 500km.

O Canadá recebeu o segundo submarino Upholder alugado da RN que se chamará HMS Unicorn.

O blindado Piranha III foi escolhido para equipar os fuzileiros navais espanhóis. Dezoito veículos foram adquiridos com entregas previstas para 2003.

A Malásia adquiriu 211 blindados de infantaria ACV-IFV da Turquia por US$ 278 milhões. As primeiras entregas devem ocorrer em 2002.






Notícias de Fevereiro de 2002

Seguindo o uso do AC-130 no Afeganistão, a USAF acelerou o estudo do seu sucessor chamado AC(X) e vai adquirir mais 8 aeronaves AC-130.

O Canadá pretende gastar cerca de US$10 bilhões para substituir os caças CF-18 por volta de 2020. A frota terá cerca de 30 anos e o candidato mais provável será o F-35 JSF.  Os CF-18 estão sendo modernizados a um custo de US$ 2 bilhões para operar até 2020.

A Holanda escolheu o F-35 JSF para substituir seus 138 caças F-16. Os outros concorrentes eram o Eurofighter Typhoon e o Rafale. Por volta de 2010 serão adquiridos 85 aeronaves por cerca de US$ 4,8 bilhões.

O Sultanato de Omã assinou um contrato para a aquisição de 16 helicópteros navais Super Lynx.

Em 2004 a India irá iniciar a produção do Su-30MKI. O contrato de US$4,16 bilhões inclui a fabricação de aviônicos e motores. Serão produzidos 12 aeronaves por ano entre 2004 e 2017.

A China esta equipando seus caças Su-30 com mísseis cruise antinavio do tipo C-801 para aumentar a capacidade antinavio. O C-801 é equivalente ao Exocet francês.

A China pretende adquirir mais 20 Su-30 além dos 80 já adquiridos da KnAAPO. En 2002 serão entregues quatro Il-78 Midas e quatro A-50 AWACS.

A Malásia cancelou a aquisição de aeronaves de caça adicionais para sua força aérea. Sua força de caças foi considerada mais do que adequada para proteger seu espaço aéreo. Sua força aérea tem uma frota de 17 MiG-29, oito F-18 e 18 Hawk. É um número maior que o da Tailândia (28 F-16) e Indonésia (10 F-16). Os candidatos eram o Su-30 e F/A-18E/F.

Singapura lançou um RFI para o F/A-18E/F, F-15, Rafale, Typhoon, F-16 e Su-35 para substituir seus A-4S. A short list de 3 aeronaves será lançada em 12-18 meses com a seleção em 2004.

Singapura selecionou o AS-532C Cougar, NH-90 e o S-70B Seahawk para um possível contrato de oito aeronaves para equipar seis fragatas La Fayette. O Lynx, SH-2G e EH-101 foram eliminados.

Os F-14 Tomcat da US Navy realizaram missões tipo "swing-role" durante as fases iniciais da operação "Enduring Freedom" sobre o Afeganistão. Agindo como um multiplicador de força para os meios limitados na ação, o F-14 realizou ataques de precisão contra alvos pré-planejados. Além disso, voou missões de defesa aérea ofensiva, controle aéreo avançado, reconhecimento armado coordenado, reconhecimento tático e escolta de caça para lançamento de cargas humanitárias, geralmente combinando algumas tarefas em uma única missão. O F-14 levava uma carga de bombas guiadas a laser GBU-12, designadores LANTIRN, dois tanques externos e um míssil ar-ar AIM-54C+ Phoenix. O F-14 pode ter usado novas capacidades como o data link de UHF Fast Tactical Imagery para transmitir imagens e o casulo de reconhecimento TARPS digitalizado com data link para enviar dados.

A US Navy esta revendo seus requerimentos de veículos aéreos não tripulados (UAV). Foi delineado três níveis de operações: um tático, um média altitude e autonomia (MAE) e um de grande altitude e autonomia (HAE). O tático será conduzido pelo RQ-8A Fire Scout (VTUAV), mas será adquirido apenas três sistemas (nove aeronaves) ao invés de 23 como planejado(11 para o USMC). O MAE será baseado no UCAV-N e poderá ser adquirido em 2005. O programa UCAV-N e Multi-Role Endurance (MRE) podem ser unidos. Desenhos preliminares mostraram que serão veículos similares. O X-47 da Northrop Grumman terá um raio de ação de 1.500 milhas a 40 mil pés em uma missão de ataque com 900kg de carga. Ele pode permanecer 9h a uma distância de 900 milhas da base, levando um radar SAR/GMTI com alcance de 60 milhas e se deslocar a uma distância de 4.000-5.000 milhas. O conceito da Lockheed de um MRE naval (foto) terá 80% do tamanho de um F-18. O UAV terá um peso de decolagem de 11.750kg incluindo 770kg de carga e cruzará a 375 milhas/hora a 40 mil pés. Poderá permanecer por 14,5 horas a uma distância de 200milhas, ou 12 horas a 600 milhas, e conduzir missões de ida e volta a 2.660 milhas. A US Navy também esta pensando em adquirir quatro RQ-4 Global Hawk baseado em terra para coleta de informações, vigilância, reconhecimento e talvez patrulha marítima.

O casulo de navegação e designação de alvos AN/ASQ-228 (ATFLIR) Advanced Targeting FLIR irá entrar em operação nos F/A-18E do esquadrão VFA-115 a bordo do NAe USS Abraham Lincoln em junho de 2002. O casulo faz parte da aquisição inicial de 15 sistemas. Serão adquiridos 574 casulos até 2014 para equipar os F/A-18C/D/E/F. Os requerimentos eram de identificação e lançamento de armas a mais de 20 mil pés e precisão de geo-referência suficiente para lançar armas como a JDAM e JSOW.
O ATFLIR irá substituir o casulos FLIR para pontaria AN/AAS-38A/B , o FLIR de navegação AN/AAR-50 e o designador a laser/câmera de ataque  AN/ASQ-173. Na foto abaixo o casulo esta mostrando imagens de Sant Louis a 40km de distância.

A USAF esta iniciando os estudos do programa MEDUSA ( Multi-Function Electro-Optics for Defense of US Aircraft ) que poderá durar quatro anos. O programa de num sistema de auto-proteção para aeronaves de caça para se defender de futuras ameaças terrestres e aéreas guiadas por IR/EO com capacidade ofensiva adicional.
    O MEDUSA irá empregar um conjunto de sensores que terão tarefas como alerta de aproximação de mísseis, imagem de alta resolução e coleta de dados que são realizadas por sistemas individuais atualmente. Seis antenas de grande campo de visão darão cobertura esférica. O sistema de auto-proteção terá três camadas de defesa: detecção de ameaças de mísseis antes da aeronave entrar no envelope da mesma, derrotar sensores de aquisição eletro-óticos de sistemas de controle de tiro e derrotar sistemas de guiamento após o lançamento das armas. A capacidade atual de lançar despistadores será a quarta linha de defesa.

O US Army esta desenvolvendo um radar multi-missão (Multi-Mission Radar (MMR)) capaz de realizar quatro tipos de missões: vigilância de defesa aérea, aquisição e classificação de alvos de contra-bateria, controle de disparo de armas superfície-ar e controle de tráfego aéreo. O MMR deverá ser instalado em um HMMWV e no seu trailer podendo ser transportado no C-130.
Os requisitos são de detectar 600 objetos simultaneamente em velocidades de 60-1.500m/s, manobrando a mais de 6G's a distância de 1-130km e em altitudes de pelo menos 15km.

A MBDA espera receber fundos para testar o míssil cruise Scalp Naval. O míssil dará as futuras fragatas multifuncionais francesas (FMM) e SSNs da classe Barracuda uma capacidade de ataque de precisão a mais de 400km contra alvos estratégicos. O Scalp Naval será baseado no Scapl EG/Storm Shadow lançado do ar e que será lançado de tubos de torpedos e lançadores verticais. Os requerimentos são de alcance de 400-600km, capacidade de participar de operações de coalizão, perfis de missão e sobrevivência compatíveis com o Scalp EG/ Storm Shadow. O desenvolvimento deve iniciar em 2006 com entrada em serviço em 2011 na FMM e 2013 no Barracuda. Cerca de 250 mísseis devem ser adquiridos por US$ 691 milhões. A fuselagem será alterada para caber num tubo de torpedo de 533mm. O míssil também será lançado do lançador vertical SYLVER já usado pelo Aster.

O ministério da defesa britânico poderá adquirir 300 mísseis cruise Tactical Tomahawk (TacTom) para complementar seus 65 TLAM para missões de coerção pela marinha britânica. Os futuros submarinos da classe Astute britânicos poderão ter lançadores verticais para os mísseis. Outra plataforma que poderá usar o míssil são os contratorpedeiros Type 45, usando o lançador vertical Mk41 ou o Sylver a partir do quarto navio. O canhão na proa também poderá ser trocado um lançador de 16 células. O Tactical Tomahawk (TacTom) também poderá ser operado pela RAF para complementar os 900 mísseis cruise Storm Shadow que fará parte do programa FOAS (Future Offensive Air Capability).

O hovercraft grego HS Ithaki (L-181) realizou testes de carga e descarga com sucesso. O L-181 é o segundo hovercraft da classe Zubr entregue de uma encomenda de quatro.

A US Navy esta desenvolvendo um demonstrador de tecnologia para um veículo de superfície não tripulado (USV) chamado Spartan Scout System. O Spartam Scout irá combater ameaças assimétricas ao distribuir o sistema de combate no campo de batalha, principalmente em áreas litorâneas. Entre as tarefas incluem guerra anti-submarina, ataque contra alvos em terra, evitamento de minas, proteção de tropas/forças e retransmissão de comunicação. Os módulos do Spartam Scout podem ser instalados em botes infláveis (RHIB). Os RHIB já são transportados por navios de superfície e navios de assalto. Um RHIB de 7m pode operar por 8h a uma distância de até 150 milhas. O Spartam Scout montado em RHIB será barato e pode ser descartável ao operar de forma autônoma. Entre os sensores inclui FLIR, radares de busca de superfície e navegação por GPS.  O módulo ASW pode acomodar dois torpedos MK54, 20 sonobóias e uma variante do AN/AQS-22 Airborne Low Frequency Sonar (ALFS). O módulo de proteção de força inclui um canhão Mk99 e mísseis Stinger. O US Army esta estudando uma versão armada com o Hellfire. O USV poderia patrulhar um rio e designar alvos para serem atacados pelo veículo ou outras forças.

A Marinha Indiana irá alugar dois submarinos nucleares russos da classe Project-971 (código Bars (Leopardo)) na Rússia e Shchuka-B/Akula na OTAN), o  K-152 Nerpa e o K-337 Kuguar. O Nerpa esta copleto em 30% e pode ficar pronto até 2003. O Kuguar está completo em 70% e pode ficar pronto em 2005. O contrato é de cinco anos e pode custar até US$ 5 bilhões. Os submarinos são armados com oito tubos de torpedos e podem levar 28 torpedos ou mísseis. O indianos provavelmente irão usar o míssil cruise Klub-S com alcance de 300km já em uso pelos seus submarinos.  Os indianos já alugaram um submarino russo da classe Skate em 1988 por três anos.

A empresa Lacroix Defense francesa mostrou o armamento para guerra urbana Samourai. O sistema consiste um lançador de ombro com capacidade de ser usado em locais fechados. A família de munição pesa 600g cada com alcance de 600m e inclui projéteis de demolição, abertura de brechas, fumaça/luminosa, fumaça e treinamento. A munição pode vir em calibres de 40mm, 60mm e 3 polegadas.

A Denel está adaptando o obuseiro G-7 LEO (Lightweight Experimental Ordnance) de 105mm para ser um componente do Future Combat Systems (FCS) do US Army. O armamento tem um alcance de 24 km e pode chegar a 30 km com munição base-bleed ERFB  (extended-range full-bore) ou 35km com projéteis assistidos VLAP. A letalidade chega a ser equivalente a um projetil NATO L15 de 155mm contra alvos leves. O desenho abaixo é de um blindado Rooikat 8x8 com uma torre multifunção com o canhão G7.

O consórcio Iveco FIAT e Oto Melara assinou um contrato de 200 mlhões de Euros para o fornecimento de 62 blindados Centauro VRC-105 para o Exército Espanhol. Os blindados irão substituir os AMX-30Em2. As entregas serão entre 2002-2007.



Notícias de Março  de 2002

No dia 28 de maio o Presidente Fernando Henrique Cardoso deve reunir o Conselho Nacional de Defesa para a decisão final do Programa FX. A FAB irá testar as aeronaves concorrentes nos próximos meses para uma comparação. O comandante da aeronáutica entregará ao ministro da defesa um relatório técnico e econômico sobre os concorrentes.

Oficiais do Exército Brasileiro viajaram para os EUA para vistoriar um lote de cerca de 150 carros de combate M-1 Abrams oferecidos por um preço quase simbólico pelo governo americano. Os blindados são do primeiro lote fabricado entre 1980-85 e armados com um canhão de 105mm e blindagem inferior aos modelos atuais. O sistema de pontaria é superior ao TTS do M-60 usado pelo EB. Os blindados foram considerados capazes de atuar em cenários na Região Sul do país.

Os EUA estão mudando sua postura de emprego de armas nucleares. Os novos planos incluem a introdução de armas nucleares táticas com capacidade de penetração para destruição de bunker bem protegidos. Estão sendo planejadas três novas plataformas para operar as novas bombas. Uma baseada em terra que entrará em operação por volta de 2020, outra naval que iniciará as operações em 2030 e um novo bombardeiro previsto para 2040. As ameaças incluem o Iraque, Líbia e Coréia do Norte. Um alvo também citado é a China em caso de conflito com Taiwan.

Os EUA esta estudando a aquisição de mísseis russos Vympel R-77 (AA-12 Adder) para equipar caças F-15 e F/A-18 de exportação. A legislação americana não permite a instalação de armamentos importados em suas aeronaves, mesmo que usadas por outros países. A solução é importar os mísseis e revendê-los para os usuários. A encomenda pode chegar a 18.000 mísseis.

Em dezembro de 2001 foi completada um estudo de análise de alternativa para uma nova aeronave de ataque eletrônico para as forças armadas americanas. A nova aeronave irá substituir os EA-6B Prowler. Foram estudadas 27 alternativas que poderá entrar em operação em 2010.
    O estudo iniciou em 1999 e estudou áreas como necessidades operacionais, ameaças, tecnologias, plataformas e custos. O estudo consideraram plataformas baseadas em terrestres e navios, pilotadas ou não ou combinações. O menor custo foi de uma aeronave nova para grande altitude. Uma alternativa seria o Global Hawk. A aeronave poderá ser um UAV novo pois o RQ-4 seria deficiente em alguns setores para a missão como a velocidade. Uma aeronave de caça também seria necessária em alguns cenários e que também poderá ser um UAV como o X-45 ou o EF-18.
    Entre as plataformas estudadas estavam aeronaves furtivas como o B-2, F-22 e F-35. Outras plataformas eram multimotores e grandes como o Boeing 737, 757, B-52 e B-1B. O F-15 e F-16 também foram estudados assim como o Gulfstream V e o A-6 modificado com novos motores (EA-6C).

O Reino Unido pretende retirar de serviço seus Sea Harrier FA.2 até 2004-06 para economizar fundos para duas fragatas Type 45. Os pilotos da Marinha irão voar nos Harrier GR.7 da RAF que serão modernizados para o padrão GR.9. Os Harrier da RAF já operam nos NAes da Royal Navy junto com os Sea Harrier. Os motivos são os altos custos de operação da aeronave e dificuldade de operar em tempo quente. Uma consequência será a diminuição da capacidade de defesa aérea pois o Harrier da RAF é uma aeronave de ataque e não tem o sofisticado radar e mísseis de longo alcance do Sea Harrier.

A Austrália lançou um pedido de informações para fabricantes de caças como parte do Projeto Air 6000 - New Aerospace Combat Capability. O objetivo é obter informações sobre novas capacidades de combate aéreo e possíveis meios que irão substituir a frota de F/A-18A/B Hornet e R/F-111C/G a partir de 2012. As informações incluem sugestões sobre configuração de forças, possíveis variações, custos e informações de cada fase da proposta. O objetivo não é substituir por uma frota com o mesmo número e inclui opções alternativas como mísseis cruise lançados de aeronaves de transporte e navios, além de aeronaves não tripuladas (UAV).

Na primeira fase do Projeto FX da Coréia do Sul os concorrentes (F-15K, Rafale, Eurofighter e Su-35) atingiram pontuação com diferença de apenas 3% em favor dos dois primeiros. Foram estudadas custos durante a vida útil (35.33%), desempenho em missões (34,55%), adaptação as operações da Força Aérea Sul Coreana (18,13%) e transferência de tecnologia e termos do contrato (11,99%).

Taiwan esta estudando a aquisição de caças F-22 e F-35 para as futuras necessidades de defesa aérea do país. A superioridade aérea poderá ser desbalanceada em 2005 devido a operação em massa de caças Su-30 e Su-27 pela China. A entrada de operação completa de uma nova geração de caças poderá levar 15 anos. A capacidade também será estendida para áreas como alerta aéreo antecipado, reabastecimento em vôo, guerra eletrônica, gerenciamento automático de batalha, produção de caças e treinamento.

Taiwan planeja alugar pelo menos 30 caças AV-8B Harrier II dos USMC. O objetivo é ter capacidade de manter uma frota de caças capazes de operar de bases aérea cujas pistas de pouso seriam colocadas fora de operação por mísseis cruise chineses. China tem, atualmente, 300 mísseis balísticos apontados para Taiwan e este número poderá chegar a 800 em 2006. O Esquadrão 35 em Chingchuankang na região central de Taiwan deve ser o primeiro a operar a aeronave. Taiwan já tentou adquirir esta aeronave há 10 anos atrás sem sucesso. O número de aeronaves alugadas pode chegar a 100.

Uma imagem do caça Chinês Jian-10 (J-10) esta rodando pela internet. É a imagem mais clara da aeronave até agora. A configuração é similar ao Lavi israelense. O novo caça de 4a geração irá substituir os caças Jian-6 e Jian-7 e será construído em grande quantidade. Será usado pela força aérea e marinha local. A turbina é a mesma usada pelo Su-27 (AF-31). Os chineses adquiriram 54 motores AL-31F da Rússia o que sugere a construção de até 50 caças. Suspeita-se que existam seis protótipos voando. O novo caça poderá ser mostrado oficialmente no show aéreo de Zhuhai em novembro. A aeronave usa sistemas russos, israelenses e chineses.

O Paquistão está estudando a possibilidade de adquirir 32 caças franceses Mirage 2005-5. A proposta de compra de 32 Mirage 2000-5 em 1995 era de US$4 bilhões.

O PAK-FA, o novo caça de 5ª geração em estudo na Rússia, está usando a designação Advanced Tactical Aircraft (ATA). A Sukhoi pretende construir quatro protótipos do ATA por US$1.5 bilhões. A pretensão é construir 500 caças para a Rússia e cerca de 1.000 aeronaves para o mercado externo. O caça será concorrente direto do F-35 custando cerca de US$10 milhões de dólares a menos.

O primeiro caça Su-30KN, uma versão modernizada do Su-27, foi entregue para a Força Aérea Russa. Foi a primeira modernização sofrida pela aeronave desde que entrou em serviço na Força Aérea Russa em 1982 e inclui capacidade de ataque terrestre. A modernização esta sendo realizada em três estágios. A primeira é focada na modernização da capacidade ar-ar com pequena capacidade ar-superfície. O sistema de controle de tiro recebeu novo software e um radar N-001 Myetsh (Espada) compatível com o míssil R-77. A aeronave será capaz de engajar dois alvos simultaneamente com o novo míssil. Todas as aeronaves receberão o casulo de interferência eletrônica Sorbtsya nas pontas das asas. A capacidade ar-superfície inclui a capacidade de levar seis mísseis guiados por TV Kh-29T e seis bombas guiadas por TV KAB-500Kr.
    Na segunda fase o caça receberá uma antena de varredura eletrônica Pero (Pai). O alcance do radar será melhorado em 20-25% e a aeronave poderá atacar seis alvos simultaneamente com o R-77. A resolução contra alvos terrestres será de 20m. O IRST terá capacidade ar-superficie com a adição de um designador laser para mísseis guiados a laser. Nesta fase a aeronave poderá levar seis mísseis Kh-31A antinavio ou Kh-31P anti-radar.
    Na terceira fase o radar será substituído por um Phazotron Zhuk-27 (abelha)/Sokol(falcão) que terá capacidade SAR. Um designador laser Sapsan será instalado.

O Japão está estudando um futuro caça de combate aéreo. As informações vieram de um computador roubado de um escritório da Mitsubishi. O computador tinha um programa para projetar caças a jato. O novo caça usaria novas tecnologias como radares que detectam aviões e mísseis em todas as direções. O novo caça seria o sucessor dos F-15J da força de defesa aérea japonesa e seria complementado pelo F-2 como caça de apoio.

DARPA iniciou o programa Robotic Rotary Wingman (R2W) para desenvolver tecnologias que permitam que UAVs operam em colaboração com helicópteros. O US Army solicitou estudos para um sistema de evitamento de obstáculos para os UAVs operarem a baixa altitude e velocidade acima de 200 milhas por hora.

Devido a grande necessidade de UAVs, principalmente no Afeganistão, a USAF propôs a conversão rápida de aeronaves Cessna O-2A em UAVs a um custo bem mais baixo e que comprar UAVs novos. A empresa Aurora Flight Sciences já converteu um protótipo de O-2A para drone. O O-2A também pode carregar até 6 Hellfire se comparados com o Predator. Mais de 20 O-2 estão armazenadas no ARMAC.

A Naval Air Warfare Center Weapons Division da US Navy planeja realizar um programa de um míssil anti-radiação de alta velocidade (High-Speed Anti-Radiation Demonstration (HSAD,), em apoio as futuras capacidades de atingir alvos com premência de tempo. O objetivo é obter um míssil com maior alcance e velocidade que o AGM-88 Harm. O novo míssil deve ser compatível com as aeronave em uso, alcance de 180km, tempo de vôo 80% maior que o HARM, capacidade de controle da velocidade terminal e custo de menor que US$235 mil cada.

A India está alterando seus requisitos para a construção de um novo NAe Air Defence Ship (ADS). O ADS deslocaria 24 mil toneladas de acordo com o contrato assinado em 1999 com o estaleiro Cochin. A nova proposta é de um NAe de 37.500 toneladas que entrará em serviço em 2011. A Marinha Indiana tem um requerimento de manter dois NAes em operação. Atualmente ela só opera o INS Viraat (ex HMS Hermes) e está estudando a aquisição do Admiral Gorshkov.

O Exército Grego recebeu 98 lançadores de mísseis anti-carro Kornet-E da Rússia além de 1.100 mísseis. O contrato de US$95 milhões foi assinado com a Rosoboronexport.

A Finlândia esta estudando a aquisição de 100 carros de combate Leopard do exército alemão por US$435 mil cada. A compra incluem peças de reposição, munição e equipamentos de treinamento que podem elevar os custos a US$87 milhões.


Notícias de Maio de 2002

O Congresso americano foi notificado de uma possível venda de 12 F-16C/D Block 50/52 para o Brasil a um custo de US$909 milhões. A compra inclui 48 mísseis AMRAAM (mais 4 de treino), radares APG-68(V)9, dois motores sobressalentes (F100-PW-229 ou F110-GE-129), 14 pares de casulos LANTIRN de navegação e designação de alvos e oito casulos de guerra eletrônica AN/ALQ-131

Foi noticiado que a FAB esta estudando, junto com a compra de aeronaves novas, o leasing de 12 caças KFIR C-10 de Israel num valor de US$91,6 milhões por 10 anos, para substituir os Mirage III de Anápolis. O motivo foi o alto custo das proposta de orçamento de aeronaves novas (12 aeronaves):  Mirage 2000Br (mais de US$ 1 bilhão), F-16C ( US$ 909 milhões), JAS-39 Gripen ( US$ 950 milhões), Su-35 ( US$ 800 milhões) e MiG-29 (US$ 750 milhões).

A FAB adquiriu 15 caças F-5E da Suíça por US$120 milhões. As aeronaves serão adaptadas para o modelo F-5F por uma empresa suíça e depois modernizados para o padrão F-5BR. As aeronaves irão substituir os Xavante do 1/14 grupo de aviação, agora sediado em Natal, na tarefa de treinamento de líder de esquadrilha.

O governo americano irá reduzir suas armas nucleares para 1700-2200 ogivas nos próximos 10 anos comparado com 6000 ogivas atuais. A mudança faz parte da transição da "tríade" de capacidade da Guerra Fria - ICBM, SLBM e bombardeiros - para uma capacidade de ataque nuclear e convencional, defesa de mísseis e "infra-estrutura responsiva". A redução será iniciada com a retirada do ICBM Peacekeeper e quatro submarinos Trident em 2002 e a operação da frota de B-1 apenas em ataque convencional.

A Sukhoi foi a empresa russa escolhida para ser a líder do projeto PAK-FA. As rivais Mig e Yakolev irão contribuir no projeto do novo caça de quinta geração. O primeiro protótipo deverá voar em 2006 se não houver problemas com fundos estimados em pelo menos US$1,5 bilhões.

A US Navy e USMC podem diminuir o número de aeronaves F-35 (1.089) e F/A-18E/F (548) que serão encomendadas. O números podem ser reduzidos para 680 e 460 respectivamente. O número de esquadrões reduzidos de 64 para 59, assim como o número de aeronaves será reduzido de 12-16 para 10 aeronaves.

A US Navy lançou oficialmente o programa MMR (Multi-mission Maritime Aircraft) para substituir seus P-3C Orion e EP-3E Aries. A proposta inclui sistemas de armas completos com aeronaves e sistemas de arquitetura aberta, que pode incluir aeronaves não tripuladas.

Entre as aeronaves participantes estão o Boeing 737-700/900, o Airbus A-319/320/321, o Lockheed Orion 21, o BAe systems MR-4/Nimrod, o Gulfstream V, entre outros. A US Navy pretende adquirir uma variante de busca e ataque (SA) e uma de vigilância e inteligência (SI). O custo total pode chegar a US$3 bilhões para 150-200 SA e 20-25 SI. O primeiro esquadrão deve estar operacional em 2014.

A India esta negociando com os Russos a fabricação de peças de reposição para aeronaves militares para o mercado mundial. O objetivo é resolver o problema de obtenção de peça de reposição que acompanha vários países usuários de armas russas.

A Rússia ofereceu a venda de uma fábrica completa do MiG-21 para a Índia incluindo peças de reposição. O governo indiano também esta estudando a retirada de serviço do MiG-21 ao invés de modernizar suas aeronaves (foto abaixo do "Spotter").

A empresa indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL) esta investindo US$650 milhões para poder produzir140 caças Su-30MKI sob licença entre 2004-2017. Deste total, US$ 500 milhão serão gastos para compra de maquinário, equipamentos e assistência técnica. Outros US$ 286 foram gastos para licença de produção. A HAL terá 100% de transferência de tecnologia da aeronave.

A India também planeja comprar mais 50 Su-30MKI diretamente da Rússia por US$ 30 milhões cada.

O Boeing F-15K foi escolhido para o programa F-X da Coréia do Sul. Ele concorria com o Rafale na última fase da concorrência. O Su-35 tinha o preço mais baixo, o F-15K tinha a maior interoperacionalidade (com o F-16, formando dupla Hi-LO) e o Rafale era o melhor em transferência de tecnologia e subcontratos para indústria local. O contrato de US$ 4,5 bilhões incluem 40 aeronaves a serem entregues entre 2005-2009, 88 motores (US$350 milhões), mísseis SLAM-ER, JDAM, AIM-120 e AIM-9X, JHMCS, radar APG-63(V)1, além de transferência de tecnologia que poderá ser usada para projetar um caça local em 2015.

A China paralisou o desenvolvimento do seu novo caça J-10. O motivo foi a falta de confiança no motor AL-31FP russo. Os chineses esperam projetar um motor para o caça chamado WPS-12.  Os chineses confirmam a existência de seis protótipos. O fabricante não tem esperança de vender o caça devido aos problemas com o motor e a preferência da força aérea pelo Su-30MKK (J-11). O valor de mercado do J-10 é estimado em US$ 10 milhões.

Israel adquiriu mais 24 helicópteros Blackhawk por US$ 211,8 milhões. Os novos helicópteros irão se juntar aos 15 encomendados em 1998 e já entregues.

O Governo da República Checa adquiriu 3 aeronaves de transporte AN-70 a serem entregues a partir de 2005. O preço será descontado de dividas Russas com a República Checa. A Rússia planeja adquirir 164 aeronaves até 2018 com a primeira entrega em 2004 e a Ucrânia planeja 65 aeronaves.

A USAF esta ser chamando o RQ-1B Predador capaz de disparar mísseis Hellfire de MQ-1B. O Predador B, propulsado por turbofan, se chamará MQ-9A.

A empresa russa Antey entregou os últimos sistemas de defesa aérea Tor-M1 para a Grécia. O contrato de US$300 milhões incluía 10 sistemas (31 lançadores e 8 postos de comando). O contrato inclui opção para mais 19 sistemas.

O governo holandês esta estudando a possibilidade de adquirir mísseis cruise Tomahawk para equipar suas fragatas LCF. A França, Alemanha e Itália são outros países da OTAN que também estão estudando a aquisição de mísseis cruise para equipar navios ou submarinos. Na OTAN, apenas os EUA e Reino Unido usam o Tomahawk a partir de navios.

A Espanha adquiriu 31 mísseis AIM-120 AMRAAM dos EUA, mais 8 mísseis de treino e material de apoio a um custo de US$19 milhões. Os mísseis irão equipar os EF-18 Hornet.

A primeira corveta multimissão russa Projeto 20380 foi lançada em 21 de dezembro de 2001. A  entrega deve ser em 2005. A Marinha Russa adquiriu 10 navios.

Cada corveta desloca 1900 toneladas com 100m de comprimento e 13 de largura. A velocidade máxima é de 27kt e alcance de 4000nm. O navio foi projetado como um "caçador patrulheiro" podendo operar contra instalações em terra, navios de superfície e submarinos. Um canhão A-190 de 100mm dará apoio de fogo contra alvos no litoral. O projeto é modular com vida útil de 30 anos. O navio tem formas furtivas e esta equipado com lançadores verticais para mísseis Novator 3M54 Club ou NPO 3M55 Oniks/Yahont. Também pode levar lançadores quadruplos do Zveda-Strela 3M24 Uran. O convôo pode levar helicópteros de até 13 toneladas como o Kamov Ka-27. A defesa aproximada é feita por um sistema Kashtam-ME com um canhão de 30 mm e mísseis SA-19. A propulsão pode ser do tipo CODAG ou CODOG. A versão de exportação é chamada DK 1900.

O governo australiano esta fazendo um estudo para a instalação do Standard SM-2 nas fragatas Adelaide. O motivo é a retirada dos três contratorpedeiros classe Perth que deixarão as Adelaide como os únicos navios de defesa aérea na Marinha Australiana. Os planos de aquisição de navios de defesa aérea prevê a entrada em serviço em 2013.

O cancelamento da modernização das fragatas Anzac e da aquisição dos contratorpedeiros Kidd americanos deixou as Adelaide equipadas com o Standard SM-1 como os únicos navios de defesa aérea.

Os SM-1 são antigos e estão se tornando cada vez menos capazes contra as novas ameaças. os mísseis australianos devem sair da validade em 2005. O estudo inclui a possibilidade instalação do Standard SM-2 Block IIIA e troca do lançador Mk-13 pelo lançador duplo Mk-26.

O Governo britânico aumentou o número de fragatas Type 45 encomendadas de 3 para 6 a um custo total de US$6,1 bilhões.

A empresa israelense IMI ganhou um contrato de US$688 milhões para modernizar 170 carros de combate M-60 da Tuquia. Este primeiro lote pode se juntar a outros num valor total de até US$ 2 bilhões.


 

Notícias de Junho de 2002

    O relatório final da FAB sobre o Programa FX ainda não foi entregue ao Conselho Nacional de Defesa como estava previsto para o dia 28 de maio. A decisão deveria ser tomada até 15 de junho. Não existe data prevista para a decisão final que deve ser tomada até o fim do ano.
    As proposta dos concorrentes com ajustes finais foram entregues no dia 20 de maio à FAB após reunião durante 10 dias com membros do CTA e COPAC para ajustes finais.
    Nas últimas propostas o F-16 diminuiu o valor da proposta em US$100 milhões (US$800 milhões). A Lockheed Martin está a procura de parceiros no Brasil como Avibrás e Varig.
    O Flanker também teve os custo diminuído em US$100 milhões (US$700 milhões). A proposta inclui US$220 milhões em peças de reposição para 12 anos de operação. Avibras terá um centro manutenção aeronave e turbinas. Entre as novas propostas inclui a possibilidade de participar de um projeto de caça (PAK-FA) junto com Índia e a fabricação de peças e armas no Brasil. A proposta também inclui outras tecnologias de interesse como ajuda no Programa Espacial Brasileiro. O CTA e a Embraer poderão usar os túneis de vento hipersônicos (velocidades superiores a seis vezes a velocidade do som), supersônicos e transônicos do Instituto de Aerodinâmica de Moscou de graça. Os Su-35 seriam fornecidos numa configuração compatível com a utilização de armas de origem russa e também ocidental. O Su-35 será totalmente compatível para operar dentro do sistema de defesa aeroespacial brasileiro como o SIVAM.
    O Mirage terá o primeiro lote importado com nacionalização a partir do segundo lote (por volta de 2015). A Embraer participaria nas vendas para o mercado Sul Americano. O Mirage tem a proposta mais cara.
    A proposta do JAS-39 Gripen inclui participar do projeto do míssil Meteor e a construção de uma fábrica de peças para a Airbus aqui no Brasil.
    A análise técnica mostrou que o Su-35 é o mais completo. Ficou em primeiro lugar na análise técnica, seguido Mirage e com o F-16 em terceiro lugar. O Gripen foi desclassificado devido ao curto alcance e o MiG-29 por absolecência. O caça americano deve ter restrições devido a transferencia de tecnologia e armamentos.

    A DARPA esta desenvolvendo o Programa Quiet Supersonic Platform (QSP). Duas companhias serão escolhidas para desenvolver o projeto.
    O objetivo é um bombardeiro supersônico de longo alcance com grande carga e eficiência. O projeto faz parte do programa FSA (Future Strike Aircraft) e deve ser necessário bem antes de 2030 para equipar a força de bombardeiros americanos.
    O objetivo de desempenho é velocidade de Mach 2.4, carga de armas de 9t e alcance de 11.100km com um peso máximo de decolagem de 45t. Comparado com o B-2 e B-52 o QSP será 3 vezes mais rápido, com alcance semelhante e com metade da carga, mas com 1/4 do peso máximo
    A aeronave deverá cruzar supersônico sem estrondo sônico perceptível no solo. O objetivo é evitar problemas com países amigos ou neutros sobrevoados durante a rota. Diminuir a velocidade pode reduzir alcance.
    Outra vantagem é o tempo de reação. Para cruzar 13 mil km será necessário quatro horas contra quinze voando subsônico.
    A capacidade de sobrevivência é aumentada pela combinação de  velocidade, altitude e furtividade para operar de dia contra as piores defesas como o caça F-22. Isto elimina a ameaça de mísseis SAM e caças em busca visual. Também diminui o alcance dos mísseis SAM e AAM. Um ataque por trás é praticamente impossível. É possível até deixar de ser furtivo para diminuir custos.
    A velocidade também aumenta a energia das armas que podem ser lançadas de logo alcance e aumentar a capacidade de sobrevivência.
    O primeiro estudo de bombardeiro supersônico americano foi o B-58 Hustler da década de 50. Ele foi substituído pelo projeto B-70 Valkiria. Na década de 60 a ameaça dos mísseis SAM levaram a conclusão que a sobrevivência de bombardeiros seria voar baixo. Isto cancelou o projeto RS-71. A experiência do F-111 e Tornado mostraram o contrário pois tiveram altas perdas.     Já o SR-71 voava rotineiramente a grande altitude e altíssima velocidade sendo engajado mais de 1000 vezes entre 1968 e 1990 sem perdas. O experiência do MiG-25 também contraria esta teoria.
    A idéia voltou com o ATF (F-22). O problema de pontaria a grande altitude a velocidade supersônica agora foi resoltida com radares SAR, datalinks e armas guiadas por GPS.
    As fotos abaixo são das proposta da Northrop Grumman, Boeing (asa em tesoura) e Lockheed Martin.



    A Lockheed Martin mostrou a USAF uma versão modificada do F-22 Raptor na configuração de bombardeiro. A aeronave terá asa delta, fuselagem maior e com maior carga e alcance. A versão será chamada de FB-22. O FB-22 também seria uma resposta de curto prazo ao QSP.
    O objetivo é operar em cenários como o Afeganistão, sem bases aéreas próximas, mas com ameaça aéreas e mísseis SAM de alta intensidade. Outro motivo é a o fato da frota de bombardeiros americanos estarem muito velhas. A compra de mas bombardeiros B-2 também foi cogitada.
    O FB-22 terá asa delta de 65 graus de enflechamento com largura de 14m. A cauda não terá empenagem vertical. A fuselagem será aumentada e paiol de bombas também podendo levar duas JDAM em tandem além do AMRAAM nos paióis laterais. O custo de desenvolvimento é de cerca de US$5-10 bilhões, bem menos que o JSF.

    A USAF planeja converter quatro C-130H Hercules para a versão canhoneira AC-130U Spectre. O primeiro será entregue 18 meses após a assinatura do contrato, previsto para 2003, com entrega final de todos em 30 meses.

    Um B-1B Lancer atingiu com sucesso três alvos diferentes em 20 segundos numa única passada. O teste fazia parte de um upgrade do software da aeronave. Foi a primeira vez que uma aeronave da USAF disparou armas múltiplas contra alvos múltiplos separados, com lançamento automático, em uma única passada. Foram lançadas uma bomba Mk-84 de 907kg, uma Mk-82 de 250kg e uma CBU-89, cada uma atingindo alvos separados em 3km. Um ataque semelhante precisariam de três passadas ou três aeronaves para cumprir a missão de modo normal.

    O Senado Checo vetou o plano de aquisição de 24 caças JAS-30 Gripen. As aeronaves custariam US$1,57 bilhões mais US$ 216 para o armamento.

    O X-45A voou em 22 maio por 14 minutos na base de Edwards na Califórnia atingindo uma velocidade de 195kts e 7.500pés (foto abaixo).
    A Boeing também esta desenvolvendo a versão X-45B. Este novo UCAV da Boeing será maior e mais pesado que o X-45A. O X-45B será 24% maior, com comprimento aumentado em 11% (9m). A largura será aumentada de 10,3m para 13,4m com aumenta da área alar em 63%. O peso vazio será 31% maior que os 3,6t do X-45A e peso máximo de 8,6t. Os compartimentos de bombas serão aumentados tendo 4,26m comprimento por 67cm largura e 43cm de altura. A aeronave poderá levar 12 SDB ou duas JDAM de 450kg. A vida útil é de 4000h podendo ser aumentada. A propulsão será o turbofan F-404.
    Três X-45B devem voar em 2005 com 14 aeronaves para testes operacionais em 2008. O X-45B será mais para uma aeronave operacional do que um demonstrador de tecnologia como o X-45A. O UCAV deverá voar em uma formação de quatro aeronaves controladas por um único operador. Os sensores planejados incluem um radar de abertura sintética (SAR) com resolução de 30cm e um ESM.
    Na Boeing o X-45B é conhecida como UOS-04L enquanto o X-45A é conhecido como UOS-04H (foto abaixo).

    A DARPA e o US Army estão iniciando o programa Unmanned Combat Armed Rotorcraft (UCAR) de uma aeronave de asa rotativa não tripulada de combate aéreo. O programa custará US$500 milhões nos próximos 6 anos. O projeto é conhecido como Robotic Rotary Wingman (R2W) e tem como objetivo desenvolver e demonstrar a capacidade de uma helicóptero não tripulado de realizar reconhecimento armado e ataque contra alvos camuflados e ocultos.
    A Lockheed Martin foi escolhida como contratante principal. As companhias interessadas foram a Bell Helicopter, Boeing, Northrop Grumman's Integrated Systems Sector, Raytheon e Sikorsky Aircraft.
    Também relacionado com o programa estão sensores para evitamento de obstáculos (terreno, fios e outras aeronaves) e identificação de alvos a 6-10km, sistema de comando e controle, interação robô-homem, lançamento de armas e configuração. O lançamento da munição BAT do UAV Hunter também faz parte do projeto.

    A US Navy esta estudando um substituto para os mísseis Penguim para equipar seus MH-60S. Cerca de 300 mísseis poderão ser adquiridos com entregas até 2012. Os alvos incluem navios pequenos e médios próximos ao litoral. Controle "man-in-the-loop" antes e depois do lançamento é um requisito. Entre os candidatos estão uma versão do Delilah da IMI israelense, uma versão do LOCAAS da Lockheed Martin americana, uma variante do Brimstone da Boeing e o Marte Mk2 e Polyphem da MBDA.

    A CATIC chinesa esta desenvolvendo o míssil guiado por radar ativo SD-10 (Relâmpago 10) de longo alcance (BVR). O míssil já esta na fase final de testes sendo testado no caça J8-II. O míssil estará disponível para exportação. Irá equipar o novo caça J-10 (foto abaixo). O projeto tem apoio da Rússia e é chamado projeto 129 ou R129 e esta associado com a aquisição do Vympel R-77 (AA-12 Adder). A designação local é PL-12. O míssil usa tecnologia do R-77 como uma versão do radar Agat 9B-1348 do R-77. A configuração é diferente com 4 canard no meio corpo e 4 barbatanas em delta na cauda similar ao Sparrow e AMRAAM. O diâmetro é de 200mm e comprimento 3,7m.

    A Rosoboroneksport assinou contrato para venda de dois sistemas de mísseis navais S-300F de defesa aérea de longo alcance para a Marinha Chinesa. O contrato de US$200 milhões será para equipar dois cruzadores de cerca de 10 mil toneladas em construção.

    A Marinha Alemã assinou contrato de 45 milhões de Euros para compra de 10 sistema de mísseis antiaéreos RAM para equipar suas corvetas K-130. O RAM Block 1 será usado como defesa de mísseis anti-navios. O míssil usa cabeça de busca passiva IR e de rádio frequencia no modo "dispare-e-esqueça". O alvo é designado pelo COC do navio. O míssil já realizou 180 testes incluindo mísseis Harpoon, Exocet e alvos supersônicos (Mach 2.5). O míssil também pode ser disparado contra aeronaves, helicópteros, UAVs e alvos de superfície.
    O míssil suéco RBS-15 Mk3 também foi escolhido com míssil anti-navio da corveta.

    A Marinha Israelense tem planos de desenvolver novos mísseis para suas Corvetas Saar 5+. Um será uma versão de ataque terrestre do Gabriel chamado Gabriel V Advanced Surface Attack Missile (ASAM) com alcance de mais de 200km. O Gabriel V será lançado a partir dos lançadores verticais do Barak já instalados nas Saar 5 e poderá ser disparado dos submarinos Dolphin. Outro será uma versão melhorada do Barak antiaéreo chamado Next-Generation Defence Missile (NGDM) ou Barak 2.

    A empresa Kollmorgen, em colaboração com a Electric Boat, esta estudando a possibilidade de instalar o canhão M242 Chain Gun de 25mm num dos oito mastros UMM (Universal Modular Mast) do submarino Virginia.
    A arma e a munição será armazenada verticalmente no mastro e elevada para operação no hemisfério superior. As missões incluem auto-defesa e/ou engajamento de alvos de superfície/helicópteros. O canhão será operado pelo mesmo console do Mastro AN/BVS-1.

    A GIAT francesa esta oferecendo o obuseiro Caesar para o US Army como uma alternativa barata no lugar do Crusader (cancelado) e do obus rebocado leve XM-777 de 155mm. O Caesar tem um alcance de 42km e pode ser transportado pelo C-130 tendo a mesma mobilidade do Abrams e Bradley. O Caesar não tem as dificuldades de transporte dos obuseiros blindados e nem a falta de mobilidade dos obuseiros rebocados. O único argumento contrário é a intenção do Pentágono em usar armas guiadas.
    O Caesar pesa 18t, desloca a até 100km/h na estrada ou 50km/h em terreno rural e tem cadência de tiro de 3 tpm. O obuseiro também é barato custando US$2 milhões cada. Se adquirido irá equipar seis brigadas IBCT.


 

Notícias de Agosto de 2002

    A FAB entregou ao governo os resultados da avaliação técnica do programa FX BR com os seguintes resultados de acordo com os critérios da FAB: em primeiro ficou o Sukhoi Su-35/Su-35UB e em segundo o Saab/BAe JAS-39 Gripen Block III; o Lockheed Martin F-16C/D-50/52+ ficou em terceiro, preenchendo também os requisitos técnicos da FAB, mas com ressalva política; o Dassault Mirage 2000-5 Mk 2BR e RSK MiG-29SMT ficaram em quarta e quinta colocação respectivamente, mas não preencheram os principais requisitos técnicos da FAB.
    Os requisitos priorizam operações ar-ar em qualquer tempo, com capacidade ar-solo secundária. A configuração básica (aviônicos e armas) determinará as contrapartidas tecnológicas que incluem investimentos, transferência de tecnologia, suporte técnico e cooperação de treinamento para ter autonomia de apoio logístico, produção de sub-compontentes e equipamentos na indústria brasileira.
    Um resumo de documentos reservados da Aeronáutica mostra que a transferência de tecnologias de equipamentos do caça a ser adquirido poderá garantir que uma proposta tenha sua pontuação multiplicada por até dez vezes. O multiplicador mais baixo é a oferta de compra de produtos brasileiros, sejam eles quais forem. O multiplicador atribuído a esse tipo de oferta é um.
    Entre as contrapartidas comerciais, a Sukhoi (Su-35) ofereceu comprar US$ 1,4 bilhão em gêneros agrícolas brasileiros. A Saab (Gripen) ira comercializar US$ 2,1 bilhões em produtos brasileiros de alta tecnologia, mas inclui produtos com muitos componentes importados e com saldo positivo bem menor. A RSK (MiG-29) ofereceu uma contrapartida comercial de US$ 1 bilhão. A proposta do Embraer (Mirage 2000) e da Lockheed (F-16) não incluem contrapartidas comerciais. A proposta do F-16 foi a única a não abrir a totalidade dos códigos fontes dos programas do computador de bordo.
    Com o relatório já entregue só falta marcar reunião com FHC para decisão final com Conselho Nacional de Segurança para a decisão final que incluirá os aspectos políticos que deve ocorrer em agosto. Entre os lobistas estão os pilotos da FAB que escolheram o Flanker. Existe o risco do contrato só ser assinado no próximo governo com interferência na decisão pelo próximo governo pois muitos concorrentes estão bancando campanhas políticas de candidatos e partidos.
    A FAB esta estudando com os possíveis fornecedores a entrega antecipada em caso de atraso na assinatura do contrato. O primeiro lote de 12 a 24 aeronaves será 48 meses após a assinatura do contrato. Os lotes adicionais podem chegar a um total aproximado de 108 aeronaves.
    A FAB também aceitou uma proposta de leasing de caças 12 caças Kfir C-10 israelense devido a possíveis atrasos na entrega que provavelmente serão após a retirada de serviço dos Mirage III antes de 2005/2006. O custo é de US$91,6 milhões por 48 meses. O Kfir tem a vantagem de ser de fácil transição por ter características de pilotagem bem parecidas com o Mirage III e por isso 4 Mirage IIID bipostos serão mantidos para treinamento. A foto abaixo é do Kfir C-7 do Equador. Os Kfir C-10 tem a mesma configuração externa e com aviônicos mais atuais.


    A FAB adquiriu um lote inicial de 152 rádios aerotransportado VHF/UHF (30-400MHz) Rohde & Schwarz M3AR (Serie 6000), com mais 46 opções. Os rádios serão instalados nos 76 A-29/AT-29 da FAB. O rádio modular controlado por software pesa menos de 4kg e pode aceitar os modos de contra-contramedidas HaveQuick (americano), SATURN (britânico), SECOS (escolhido pela FAB) e UHF DAMA para comunicação de satélites, além de modos VHF de datalink de tráfego aéreo (25/8,3kHz) e VHF AM e FM apenas com instalação de software. O rádio muda de frequência a 200hops/segundo (SECOS 1) ou 500hops/s (SECOS 2) e 8,5hop/s na banda HF (se disponível). A transferência de dados é de 64kbits/s ou maior para retransmissão de dados e vídeo na faixa VHF/UHF e 5,4kbps (9,6kbps por pouco tempo) na banda HF (não usado).
    Os rádios fazem parte da família de rádios multibanda e multifrequência programáveis da família M3XR e inclui versões navais M3SR/Série 4400 e terrestre M3TR desenvolvidos desde 1997. A versão aérea também equipa os caças JAS-39 Gripen lote II e III. Com modem externo podem ter interface com o Link 4 (STANAG 5504), Link 11 (STANAG 5511), Link 16 e Link 22 (STANAG 5522). A versão terrestre pode ser programada com as contra-contramedidas Bowman, PR4G ou SINCGARS se estiverem disponíveis para operações de coalisão.

    Os candidatos para o programa Multi-mission Maritime Aircraft (MMA), que irá substituir os P-3 e EP-3 da US Navy são o Nimrod MRA.4 da BAe Systems, o 737-700 da Boeing (foto abaixo) e o Orion 21 da Lockheed. As aeronaves terão uma versão de busca e ataque (SA) e outra de inteligência e vigilância (SI). O inicio de operação deve ser entre 2010 e 2012.
    A versão SA irá realizar missões de guerra de superfície e anti-submarina, em alto mar e litoral, e inteligência, vigilância e reconhecimento (sempre armado). A capacidade de armas será de 4.500kg.


    A Áustria decidiu adquirir 24 caças Eurofighter Typhoon por 1,179 bilhões de Euros com entrega a partir de 2005. O caça concorria com o Gripen que custaria 2,17 bilhões de Euros para a mesma quantidade. Os EUA ofereceram 30 F-16A/B usados por cerca de US$ 1 bilhão.
   
    A USAF escolheu uma versão alongada do AGM-158 JASSM (chamado JASSM-ER) como seu novo míssil de longo alcance ao invés de converter os mísseis nucleares AGM-86B com ogiva convencional. O alcance deve ser de pelo menos 900km e equipará os  B-2, B-52H e F-16.

    A USAF testou uma variante da JDAM baseada numa bomba Mk82 de 227kg. A arma foi lançada de um F-16 a 7.000m de altura e acertando direto no alvo após voar quase 10km. A nova bomba irá armar o B-2 e os caças F-16 e F/A-18.

    A empresa CATIC chinesa está desenvolvendo um novo míssil ar-ar de curto alcance guidado infra-vermelhor chamado PL-9(foto abaixo). O sensor será de um FPA de InSb com 64x64 ou 128x128 elementos, com varredura linear e "staring array", nas bandas 3-5 microns e 8-12 microns. O novo míssil irá equipar os caças J-8 e J-10.
    A capacidade é maior que PL-8 (cópia chinesa do Python III).  Segundo a CATIC, a versão operacional PL-9C tem o dobro de alcance de detecção frontal em relação ao PL-9 de desenvolvimento, chegando a 8km, com tempo de trancamento menor que 0,3 segundos. O alcance máximo em lançamento frontal é de 22km. A capacidade off-boresight é de +/- 30 graus, com razão de rastreio de 28 graus por segundo. O míssil é classificado em terceira geração com processador digital de sinais e IRCCM melhorada. O PL-9 também terá versão SAM no sistema DK-9C que usará 4 mísseis num lançador com rodas, integrado em outros sistemas de defesa aérea. O alcance efetivo é de 8-10 km.
    Os programas de mísseis PL-7 de curto alcance e PL-10 de longo alcance com guiamento SARH foram terminados. Os esforços atuais estão direcionados para o SD-10 de alcance de 80 km com radar ativo e o PL-9.
    A CATIC também esta desenvolvendo o míssil ar-ar TY-90 lançado de helicópteros com alcance de 6km e ira equipar os helicópteros Z-9 (Dauphin) e o novo helicóptero de ataque Z-11.


    O Kuwait anunciou a intenção de adquirir 80 mísseis AMRAAM por US$60 milhões para equipar seus caças F/A-18 Hornet.

    A Thales Airborne Systems e a MBDA se juntaram para a produção dos sensores radar ativo dos mísseis MICA, ASTER e Meteor. O Meteor também irá usar o radar, datalink e espoleta do MICA. A previsão é produzir mais de 6.000 sensores.

    Um radar além do horizonte (OTH) Nostradamus  desenvolvido pela ONERA francesa estacionado a 100km de Paris mostrou ser capaz de localizar aeronaves voando baixo sobre o Mar Mediterrâneo entre Bizerte, Tunísia e Sardenha (1.400km). O radar tem 288 antenas emissoras e receptoras num padrão em estrela com três braços espaçados regularmente. O sinal de baixa frequência (3-30MHz) reflete na ionosfera em altitudes entre 100 e 300km criando um espelho gigante virtual que pode iluminar um quadrilátero de 500km de lado.
    Dependendo da frequência e do ângulo de emissão, a energia do radar reflete em diferentes camadas da ionosferas, podendo detectar alvos entre 800 e 3.000km. Um supercomputador coordena as antenas para o sinal cobrir 360 graus. O sistema opera no modo de detecção Doppler, sendo que quanto mais rápido o alvo, mais fácil será a detecção.
   Entre as futuras modernizações inclui a capacidade de detectar navios e icebergs. O radar tem   capacidade de detectar qualquer alvo furtivo.

    O radar é relativamente barato por usar componentes comerciais. Entre as vantagens citadas pelos franceses em relação aos radares OTH americanos e australianos, é ser um sistema monoestático, com receptor e transmissor na mesma antena, e poder cobrir 360 graus.

    A Força Aérea Norueguesa modificou um treinador básico Saab MFI-17 com um FLIR Star Safire II e datalink para operar de modo similar a um UAV, embora com um piloto a bordo. Isto possibilita a operação de um UAV sem os problemas associados em voar um UAV`(aeronave não tripulada) em áreas controladas de tráfego aéreo. O "UAV" já foi testado no exercício Strong Resolve da OTAN em março.  O objetivo é adquirir experiência no uso de UAVs para futuras aquisições.

    O Comando de Operações Especiais Americano (USSOCOM), o USMC e o FBI estão avaliando candidatos para um lança-granadas (Enhanced Grenade Launcher Module - EGLM) para substituir o M-203 de 40mm. O EGLM pode incluir disparo noturno.
    O EGLM deve resolver os problemas do M-203, principalmente quando usado por muito tempo, como degradação da pontaria, incapacidade de disparar munição maior que 138mm, pouco confiáveis no mar, areia e barro, treinamento demorado e munição antiga e imprecisa.

    O submarino nuclear americano SSN-23 USS Jimmy Carter será usado para testar tecnologias avançadas na área de operações especiais, vigilância tática e guerra de minas. O submarino será 30,5 metros mais comprido que os outros dois submarinos da classe Seawolf com uma interface multiuso no meio do casco. O submarino será entregue em 2004.

    A empresa alemã Diehl VA Systeme mostrou na ILA 2002 suas propostas para luta antiterrorismo. Entre eles estão o um sistema de defesa aérea de ponto chamada OSTAL equipada com o míssil ar-ar IRIS-T ou Sidewinder; um sistema de proteção FLASH contra mísseis guiados por IR para defender aeronaves civis e militares; um sistema de georeferência chamado GEP (geographical envelope protection) para evitar que uma aeronave entre numa zona proibida podendo tomar o controle da aeronave; um blindado AWiSS preparado para proteger uma zona entre 10-30m ao redor do veículo; uma arma portátil anti-bunker com alcance de até 600m chamada Bunkerfaust; um sistema de microondas de alta potência (HPM) para proteção de objetos e pessoal, resgate de reféns, danificação de alarmes ou sistema de comando e controle; e também geradores de pulsos eletromagnéticos para armas.


Notícias de Setembro de 2002

    Devido a questões políticas a decisão final do Projeto FX só deve ocorrer após as eleições. O presidente Fernando Henrique deve conversar com candidatos sobre o assunto para evitar problemas futuros.
    Entre as novidades do projeto, o Su-35 foi oferecido com prazo de entrega de 33 meses e não os 48 pedidos pelo edital. Com isso eliminamos  o vazio de 2 anos para entre a entrega e a desativação dos Mirage III. Com isso a proposta de leasing do Kfir se tornaria desnecessária.
    A proposta americana inclui ajuda militar e sem Off-sets. Caso o F-16 seja escolhido haveria a transferência gratuita do seguinte material militar: 130 tanques M-1 Abrams e veículos de socorro especializados; um número ainda indefinido de blindados M-2 Bradley; 32 obuseiros autopropulsados M-109 para equipar mais um grupo de artilharia; material de comunicações; quatro fragatas FFG-7 armadas com os mísseis Harpoon e Standard SM-2; Dois NDD; 16 caças F-16ADF com entrega em menos de um ano e armados com o AIM-9L Sidewinder; 6 C-130H e 2 KC-135. Também existe a possibilidade de substituir, no futuro, os F-5 com versões mais antigas do F-16C/D, bastando a compra de um pacote de modernização de meia vida e suporte técnico da Lockheed. Também foi proposto uma reforma na catapulta do A-12 São Paulo para permitir o lançamento dos F/A-18C/D Hornet, que estarão disponíveis em grande número daqui há 2 anos. O Exército está gostando da idéia que poderá incluir os helicópteros AH-1 Cobra. Os equipamentos também só poderão ser usados para defesa e dentro do território nacional. Os AMRAAM deverão ser vendidos, mas não serão entregues. Os EUA só liberam os mísseis caso achem recomendável. Com os F-16 viriam apenas 4 mísseis de treinamento equipados apenas com o radar.

    A USAF voltou a estudar cortes na compra de novos caças. O número de F-35 poderá ser reduzido para liberar verbas para o F-22. Algumas facções a USAF ainda pretendem adquirir 762 F-22 e formar 2 esquadrões em cada força expedicionária aérea (AEF), que incluiria uma versão de bombardeio de longo alcance FB-22. Com a eliminação de 500 F-35, uma AEF teria três e não dois esquadrões de JSF.
    Considerando o exemplo do B-52 no Afeganistão, O FB-22 poderia dar apoio aproximado em profundidade contra um inimigo com defesas aéreas ativas. A velocidade de cruzeiro do F-22 foi confirmada como sendo Mach 1,7 e a velocidade máxima de Mach 2.0. A altitude operacional aumentou de 50 mil pés para 60 míl pés. O raio de combate não foi anunciado, mas leva 8.323kg de combustível interno.

    A China encomendou em agosto um novo lote de 38 caças Su-30MKK no valor de US$1,6 bilhões. As aeronaves devem ser entregues entre 2004 e 2005. A China já adquiriu mais dois lotes de 38 caças em 1999 e já entregues sem atrasos, e outro para entregas em 2002-2003. O novo lote terá radares da Phazotron-NIIR. O Su-30MKK tem várias melhorias do Su-35.

    O Congresso Americano autorizou a venda de 18 caças F/A-18F para a Malásia por US$1,483 milhões. O F/A-18F esta concorrendo com o Su-30MK e o MiG-29M2 MRCA. O contrato inclui 3 motores F414-GE-400 adicionais, peças de reposição, equipamentos de teste e apoio e treinamento.

     A Índia lançou um requerimento para a aquisição de cerca de 125 caças monopostos multifuncionais para substituir seus MiG-21. Apesar de estarem sendo modernizados, apenas quatro foram entregues e as perdas estão sendo muito altas. O desenvolvimento do LCA também esta lento. Devem participar o Mirage 2000-5, o JAS-39C Gripen, o MiG-29M2 e o Su-35. O resultado da concorrência deve ser rápido e inclui entrega rápida da aeronave.

    Detalhes da proposta americana de venda de 48 caças F-16C/D Block 50/52 para a Polônia foram reveladas. Custará US$4,049 milhões e inclui radares APG-68(V)9, 22 casulos Pantera, 48 tanques conformais, 8 sistemas de treinamento de combate autônomo, 48 miras no capacete JHMCS, 48 terminais Link 16, 48 casulos de contramedidas, 20 óculos de visão noturna, quatro sistemas IFF  AN/APX113, oito rádios AN/ARC-210 com padrão Have Quick II, e um motor sobressalente. O armamento inclui 178 AIM-9X, 280 mísseis JSOW e 214 GBU-22/24. Os outros concorrentes são o Mirage 2000-5 Mk2 e o JAS-39C Gripen. O F-16 é considerado o favorito, porém os outro concorrentes tem a melhor opção de off-sets.

    A RAF nomeou oficialmente o Eurofigher como Typhoon. O nome só era usado para as versões de exportação. A EADS também anunciou que o Eurofighter terá capacidade de conter mísseis balísticos na fase de lançamento com o uso de mísseis Meteor.

    A turbina francesa SNECMA M88 foi eliminada do processo de seleção do motor do treinador supersônico Mako. Os outros concorrentes são a GE F-414 e a Eurojet EJ200. A decisão final será tomada ano que vem. O futuro do Mako agora depende do contrato de 150 aeronaves para o programa Eurojet Europeu em 2003 para se tornar viável. O primeiro protótipo do Mako deve voar em 2009 com entregas em 2010.

    A Rússia esta negociando a venda do helicóptero de alerta antecipado Ka-31 baseado em terra para três ou quatro países. A variante para operar no campo de batalha já foi testada na Chechênia. O helicóptero irá ser usado como alerta antecipado baseado em terra e designação de alvos. Não se sabe se irá designar alvos aéreos para aeronaves ou para baterias de mísseis antiaéreos.
    A Índia irá receber em setembro seus primeiros Ka-31. Nove foram comprados por US$200 milhões e deve comprar mais 12. Os helicópteros irão operar no NAe Admiral Gorskhkov e também pode operar nas fragatas Talwar (Krivak).

    O T-50 Gonden Eagle da Coréia do Sul realizou o primeiro vôo em 20 de agosto. O T-50 será usado para Lead-in Fighter Trainer e poderá ser usado como aeronave de combate leve. O desenvolvimento foi iniciado em 1997 com ajuda da Lockheed Martin americana e deve continuar até 2005. A produção será iniciada em 2003 com entrega em 2005.


    A Suíça confirmou a aquisição do AIM-9X para seus F/A-18A/B por US$30 milhões. O míssil também foi escolhido para o F-15K da Coréia do Sul.

    A Índia esta modernizando 30 baterias de mísseis SA-3B Pechora e 8 baterias de mísseis SA-8B Osa-AKM do exército. O alcance do Pechora será aumentado e poderá ser usado como anti-míssil.

    A Alemanha adquiriu 600 mísseis Taurus KEPD 350 por US$560 milhões incluindo apoio logístico. O míssil irá equipar os Tornados IDS e Eurofighter da Luftwaffe. As entregas serão iniciadas em 2004 e continuarão por cinco anos.

    A USAF esta considerando uma versão de longo alcance da Wind Corrected Munitions Dispenser (WCMD) após ser usada com sucesso na operação Enduring Freedom no Afeganistão. A ER-WCMD será equipada com receptor GPS e um kit para aumentar o alcance. O alcance será aumentado para 35-70km após lançamento a Mach 0.85 e 9 mil metros.
    A arma deverá ser lançada do F-16 e do B-52. Os planos atuais são de fabricar 31 mil WCMD: 22 mil CBU-103 com munição CEM; 5 mil CBU-104 com minas Gator; e 4 mil CBU-105 com munição SFW. Elas devem ser complementados com 3 mil JSOW armados com submunição CEM e mais 3 mil com SFW num total de 96 mil dispersadores: 92 mil CBU-87 com CEM e 4 mil CBU89 com Gator.

    A Marinha Espanhola adquiriu o UAV de decolagem vertical Fire Scout para equipar suas fragatas F-100. O Fire Scout irá realizar missões de designação de alvos para armas de precisão em operações de ataque terrestre.

    A Rosoboronexport mostrou o novo laser de interferência KBDA na ILA 2002. O casulo poderá equipar aeronaves civis e militares de todos os tipos contra mísseis superfície-ar e ar-ar guiados por IR. Os sistemas também podem ser instalados internamente. O objetivo é ter a capacidade de 90% de probabilidade de detectar um míssil hostil, e 80% de capacidade de interferir no sensor IR; e um alcance de detecção/supressão de 10-20km contra AAM e 5-10km contra mísseis SAM.  O laser pesará 300kg e será usado para "cegar" o sensor IR do míssil.

     O tamanho do novo porta aviões britânico CVF já aumentou da proposta original de 35-40 mil toneladas para 50-60 mil toneladas e 340 metros de comprimento. O mesmo tamanho dos super porta-aviões americanos. O CVF levará 48 FJCBA (Future Joint Combat Aircraft) que será uma versão do F-35 e 4 MASC (Maritime Airborne Surveillance and Control) que substituirá os Sea King AEW. O NAe também poderá levar seis Merlin HM.1. O custo total do programa será de 7 bilhões de libras, mais 10 bilhões de libras para a ala embarcados, por 50 anos.

    A US Navy comprou o último LHD classe Wasp por US$1,37 bilhões. Apesar da US Navy só pretender adquirir 8 LHDs, um contrato de US$ 10 milhões foi entregue ao estaleiro para um possível LHD-9 chamado John Young. A US Navy estuda um programa LHA(R) para substituir os Tarawa e incluem mais LHDs. O LHD-8 usa a mesma configuração dos outros LHDs, mas com duas turbinas a gás de 35 mil Hps ao invés de propulsão a vapor.

    A estratégia de aquisição de subsistemas do projeto Sous-Marin d'Attaque du Futur (submarino da ataque nuclear) da classe Barracuda será aberto a concorrência internacional pela França. Os seis submarinos irão substituir os SSN da classe Rubis e Amethyste entre 2012 e 2022.  O custo total deverá chegar a EUR 5 bilhões (US$4,7 bilhões).
    O deslocamento deverá ser de 4.100 toneladas e a velocidade máxima de 25milhas por hora, numa profundidade maior que 350 metros. A tripulação será de 60, contra 75 tripulantes da classe Rubis, devido a automação dos sistemas. O Barracuda será armado com quatro tubos de torpedos de 533mm, com espaço para 18 armas. O armamento inclui o novo torpedo pesado, uma versão melhorada do SM-39 Exocet e o novo míssil cruise Scapl Naval de ataque terrestre. O Barracuda também poderá lançar minas e levar um destacamento de forças especiais.
    A propulsão nuclear será derivada do reator pressurizado a água K15 do SSBN Le Triomphant e do Charles de Gaulle. O projeto será novo com propulsão elétrica para cruzeiro e turbo-mecânico para alta velocidade. A produção será iniciada em 2005 e os testes em 2011. As unidades subsequentes irão entrar em serviço a cada dois anos.

    A Marinha Argentina voltou a estudar a possibilidade de ter capacidade de operar embarcado. No Plano Apolo, a Argentina pretende adquirir um NAe com 15-20 mil toneladas na próxima década e de um ANTA (Avion Naval Tactico Argentino), que será um avião de combate com capacidade semelhante ao F-35 STOVL.
    A Argentina está sem NAe desde 1988 após o Veintecinco de Mayo iniciar uma modernização de US$200 milhões que nunca terminou devido aos cortes no orçamento. A Argentina também pensou em adquirir o Clemenceau da França, mas não conseguiu.
    A MB ofereceu o A-12 Minas Gerais por US$2 milhões para treinamento, mas a Argentina não aceitou pois não podia operar com caças em peso máximo.
    Desde 1998 a MB vem treinando pilotos na US Navy e na Marinha Argentina (metade para cada). A MB pretende enviar todos para serem treinados na Argentina devido ao baixo custo e por terem demonstrado melhor rendimento em relação ao que se formaram nos EUA. Em compensação os pilotos Argentinos treinam no NAe brasileiro como ocorreu na operação ARAEX 2002.

    A Lockheed Martin esta se associando a GKN para tentar equipar as novas fragatas Type 45 britânicas com o lançador vertical Mk41. Os primeiros seis navios serão equipados com 48 lançadores verticais Sylver A50 armados com o PAAMS (Aster 15 e Aster 30). Como os britânicos anunciaram a intenção de equipar os navios com o Tomahawk, a Lockheed esta estudando a proposta do Mk41, pois o navio tem espaço adicional na frente dos lançadores Sylver para mais dois conjuntos de 8 células. O Mk41 também é candidato para equipar os navios do programa Future Surface Combatant (FSC).

    O senado italiano aprovou um programa de US$5,2 bilhões para compra de 10 fragatas New Generation Frigates (NGFs) entre 2008 e 2018. As NFG terão duas configurações - 4 de guerra anti-submarina (ASW) e 6 de uso geral/ataque terrestre. Os navios irão substituir as 2 Lupo e 8 Maestrale construídas entre 1977 e 1985.
    Os requerimentos de missão da NGF incluem presença, vigilância e gerenciamento/prevenção de crise em tempo de paz; e controle marítimo e apoio a tropas no solo em tempo de guerra.
    O Projeto 123, um estudo preliminar, concebido como um casco de 5 mil toneladas, 135 metros de comprimento e velocidade máxima de 27 nós e um alcance de cruzeiro de 6 mil milhas a 18 nós. O projeto irá usar propulsão elétrica e será bastante automatizado para ter uma tripulação de apenas 120.
    As duas versões serão equipados como o SAAMIT baseado no radar EMPAR e mísseis Aster 15 e um canhão de 127mm. Dois canhões de 76mm com munição guiada serão responsáveis pela defesa aproximada. A versão ASW terá um sonar de profundidade variável e rebocado, junto com oito mísseis MILAS. Também esta sendo considerado uma versão de lançamento vertical do míssil anti-navio Teseo compatível com o lançador do Aster 15 e que terá capacidade de ataque terrestre costeiro. O míssil Scalp naval é considerado para missões de ataque em profundidade.



     A US Navy esta iniciando a fabricação do navio experimental Littoral Surface Craft-Experimental (LSC-X). O navio deverá estar em operação em 2004. O LSC-X terá uma pequena tripulação, será capaz de atingir velocidades de 50 nós e atuar em profundidades de 3 metros ou menos. O navio terá entre 750 e 1000t e custará entre US$40-80 milhões.
    O navio será inicialmente um projeto avançado de catamarã experimental e poderá ser adicionado tecnologias tipo "lifting bodies".
    O LSC terá carga modular para várias missões como guerra de minas costeira, guerra anti-submarina no litoral e águas rasas e guerra de superfície contra pequenas ameaças. Também irá operar veículos não tripulados de superfície como o demonstrador de tecnologia SPARTAN. O LSC também será experimentado em operações especiais. Um LSC operacional poderá ter 2.500 toneladas.



    O protótipo do Veículo de Apoio de Combate de Tanques (TSCV), ou BMPT, baseado no chassi do T-72M1 está operacional e liberado para exportação. A função do TSCV será operações de armas combinadas para destruição e neutralização de poder de fogo que ameace blindados, destruição de blindados e demolição de casamatas em quaisquer condições. 
    O BMPT (Object 199) é armado com um canhão 2A42 de 30mm com 600 tiros, quatro mísseis anti-tanque Kornet, lança-granadas AGS30 e metralhadoras de 7,62mm. O blindado é equipado com uma torre com comandante e atirador e mais dois tripulantes no lado do motorista que operam lança-granadas ou metralhadoras. O armamento diverso permite bater qualquer alvo em qualquer terreno. O peso de 47 toneladas equivale a 32 toneladas do chassi, 5 toneladas da torre e mais 10 toneladas de blindagem adicional. O peso maior foi compensado com a instalação do novo motor V92S2 de 736kW.


    O US Army esta estudando formas de melhorar a letalidade e capacidade de sobrevivência do M-1A1 Abrams em combate em localidades. O Abrams seria essencial para destruir posições de tiros e  fortificações, abrir brechas em paredes e agir como blindagem móvel para tropas de infantaria. A cobertura de infantaria para blindados também é considerada essencial.
    Será adicionado blindagem fora do arco frontal como topo da torre, motor, traseira e saias laterais, incluindo grade do exaustor. Entre as propostas incluem barras espaçadas 66mm para proteger de foguetes RPG-7.
    Também será instalado sistemas múltiplos e redundantes de aquisição. O sistema de aquisição incluirá 16 cameras CCD distribuídas ao redor do veículo, com detector de movimentos. Outra proposta inclui um mastro que pode ser estendido até 6m acima do chão. O sensor na torre seria um sistema de imagem térmica e intensificador de imagem que alimentaria um visor no capacete e designador laser. O sistema de busca daria posição automática de posições de snipers.
    O sistema de defesas será em camadas e incluiriam as armas já existentes e várias propostas de torretas controladas. O objetivo do estudo é formar um conceito e não um modelo de desenvolvimento.

 

Notícias de Novembro de 2002

    No dia 31 de novembro o Conselho de Defesa Nacional anunciou que o consórcio espanhol EADS-CASA venceu a concorrência para o fornecimento de novos aviões de transporte e para a modernização de aviões de patrulha marítima da Força Aérea Brasileira (FAB) no valor de US$326 milhões para modernizar sete aeronaves P-3 e US$ 270 milhões para a compra de 12 aeronaves C-295.
    Foram analisados  parâmetros técnicos/industriais (parâmetros de desempenho, características dos equipamentos, configuração de serviços, métodos de produção e de certificação, planos de qualificação, gerenciamento), logísticos (suportabilidade, confiabilidade), comerciais (custos, condições) e de "off-set" (compensação comercial). Foram estudados cento e vinte volumes de informações técnicas, produziram-se mais de um mil e quinhentos documentos oficiais e empregadas na ordem de cinqüenta e quatro mil homens/hora de nível superior. O acordo de offset (compensação) será de cerca de US$ 1 bilhão. A FAB priorizou a transferência de tecnologia pois o número de aviões previsto nos contratos não viabiliza economicamente a instalação de uma fábrica no País.

    A VEM (Varig Engenharia e Manutenção)propôs à FAB a compra de 18 caças F-16 holandeses por US120 milhões a substituir provisoriamente os Mirage III a partir de 2005. Esta proposta irá competir com a proposta israelense da IAI (Israel Aircraft Industries) que ofereceu o leasing de 12 caças Kfir C-10 por US$91 milhões por cinco canos.
    Já os russos fizeram uma proposta de venda de 12 caças Sukhoi Su-27SK por US$190 milhões pagos em cinco anos para a FAB. Após três anos a FAB poderá deduzir o valor pago (buy back) como crédito para a compra dos Su-35 que concorre no Projeto FX. A desvalorização pode chegar a 50% com um custo de US$ 90 milhões e mais vantajosa que a oferta Holandesa e Israelense. Os 12 caças serão entregues 60 dias após assinatura do contrato.

    Uma proposta de aquisição foi feita pela Força Aérea colombiana pra a compra de 24 turbohélices de ataque para substituir os Cessna A-37B e Rockwell OV-10A Broncos por US$234 milhões. O objetivo é ampliar o número de bases capazes de operar aeronaves de ataque restritos a 25 aeroportos capazes de operar os A-37. Devem concorrer o Embraer EMB-314 Super Tucano, KAI KO-1 coreano, Pilatus PC-21 e o Raytheon T-6A.

    A Dassault ofereceu uma proposta de fabricação e exportação do caça Mirage 2000-5 para a Índia. O negócio pode chegar a US$7 bilhões para fabricação de 100 caças. Os 10 primeiros seriam montados na França e os restantes na Hindustan Aeronautics Ldt (HAL) indiana.

    A  Dassault afirma que o custo de cada Mirage 2000-5 oferecido para a FX da Polônia é de US$40 milhões o mesmo do F-16 oferecido também para Grécia, Taiwan e Egito, e não 60% mais caro como citado na imprensa.

    A USAF comprou mais 60 aeronaves de transporte C-17A Globmaster por US$ 9,7 bilhões atingindo uma encomenda total de 180 aeronave do tipo. 89 C-17A já foram entregues. Os último da encomenda inicial de 120 aeronaves será entregue em 2004, com mais 15 por ano no resto contrato. A USAF planeja adquirir um total de 222 aeronaves.

    A China esta desenvolvendo uma nova versão multifuncional do caça J-11 (Su-27 local sob licença) originalmente otimizado para defesa aérea e construído na China desde 1996 com 20 já produzidos de um total de 200 planejados, sendo que nem todos serão necessários. A nova versão terá aviônicos locais e irá usar o novo míssil ar-ar de longo alcance Project 129 e irá usar armas de precisão. A China também planeja comprar 30 caças Su-30MK2 que será uma variante do Su-30MKK já usado pela China, mas otimizados para ataque naval. A China já com comprou 80 Su-30MKK.

    A Indonésia está novamente tentando adquirir o caça russo Sukhoi Su-30 para ser seu novo  caça de patrulha de longo alcance para defender seu extenso território. A Indonésia encomendou 24 Su-30KI em 1997, mas cancelou a compra após a crise em  19989, embora o pagamento envolvesse a troca por óleos vegetais, café e borracha.

    A Rússia está oferecendo do YAK-130 como para ser a nova aeronave de treinamento da Índia no lugar do MiG-AT. A Rússia também propôs a fabricação local da aeronave.

    A encomenda de 18 Eurofighter feita pela Áustria foi cancelada  para economizar fundos para reconstrução do país depois das inundações do verão. Os russos aproveitaram a oportunidade para oferecer 20 MiG-29M2 e 6 MiG-29M2 em troca de dívidas russas com o governo austríaco e que seriam pagos pelo governo russo.

    O Governo da Republica Checa também confirmou o cancelamento da encomenda de 24 caças JAS-39 Gripen devido as enchentes do último verão europeu e está em busca de leasing de caças de segunda mão.

        A Lockheed Martine e a Boeing receberam contratos para desenvolver estudos de CAD para a nova aeronave de patrulha que substituirá o P-3C Orion da US Navy. A seleção indica que a BAE Systems e a EADS estão fora da concorrência.

        O nome do caça F-22 foi mudado para F/A-22 para enfatizar sua capacidade multimissão e possíveis capacidades do Raptor. O Raptor terá outras missões, especialmente contra os futuros mísseis superfície-ar. Projetado originalmente como caça de superioridade aérea, a falta de inimigo com capacidade similar desde o fim da Guerra Fria fez o número de aeronaves planejadas caírem de 648 para 295 e podem chegar a 180. A USAF está estudando novas missões para a aeronave para evitar mais cortes e até aumentar as encomendas. O F/A-22 poderá ser usado para destruir alvos móveis e pretende adquirir pele menos 381 F/A-22. Recentemente o Raptor voou com cargas externas que podem ser usadas para translado ou em cenários de baixa ameaça como Afeganistão.



    O JSF foi oficialmente designado F-35 sendo o modelo da USAF, USMC (STOVL) e da US Navy chamados F-35A, F-35B e F-35C respectivamente. O número veio pela primeira vez da designação do demonstrador de tecnologia X-35, e não segue a sequência de numeração dos caças que terminou no YF-23. Também não segue a numeração de caças na marinha que parou no F/A-18 e na dos fuzileiros que parou no AV-8. O F-35B STOVL também não terá o sufixo "V" para usado em aeronaves do tipo. O apelido também não foi escolhido. A Lockheed prefere os que tem conotação astronômica como Starfighter. A USAF constuma selecionar nomes de pássaros como Eagle, Falcon e Raptor e os fuzileiros escolhe nomes de gatos, insetos, pássaros e piratas. Entre as propostas estão Bumblebee, Defender, Gryphon e Butterfly.

    A Austrália se juntou ao programa F-35 JSF como parceiro nível 3, investindo US$168 milhões em 10 anos. O F-35 provavelmente será o escolhido para substituir os F/A-18 a partir de 2012 através do projeto Air 6000 e possivelmente os F-111 a partir de 2020. A RAAF considera o F-35 como sento uma geração a frente do Eurofighter Typhoon e Rafale.

    A RAF selecionou a versão STOVL do F-35 no programa Future Joint Combat Aircraft (FJCA) que irá equipar seu novo NAe CVF. Um total de 150  F-35B serão adquiridos pela RAF e RN para substituir os Harrier GR7/9 e Sea Harrier FA2. O custo total deve chegar a  US15 bilhões durante a vida útil da aeronave para desenvolvimento e operação. O CVF terá rampa ski jump, mas poderá receber catapultas e cabos de parada para operar aeronave convencionais em conjunto com outros países. O E-2C poderá ser retirado do projeto Maritime Airborne Surveillance and Control (MASC) que substituirá os Sea King AEW por usar catapultas e cabos de parada.   

    A RAF liberou detalhes da futura operação do caça Eurofighter Typhoon. A RAF irá receber 232 aeronaves. Um total de 24 irá equipar uma unidade de conversão operacional (OCU). Sete esquadrões com 15 aeronaves cada irão operar a aeronave na linha de frente, sendo quatro para defesa aérea, dois multifunção e um ofensivo. Quatro caças ficarão estacionados nas ilhas Malvinas/Falklands a partir de 2009. Nove aeronaves ficarão na reserva e com mais um caça de reserva em cada esquadrão operacional e dois na OCU. Um total de 84 aeronaves ficara em rotação, armazenados, reserva de atrito, manutenção, modernização ou para distribuir horas de vôo.

         A Boeing reveleu em 18 de outubro o demonstrador de tecnologia "Bird of Prey" para desenvolver tecnologias furtivas e tecnologias de projeto, desenvolvimento e produção de aeronaves. O projeto secreto durou de 1992 até 1999. Foi revelado pois as tecnologias e capacidades já se tornaram padrão da indústria. O projeto particular da Boeing custou US$ 67 milhões. Foi a primeira aeronave a usar grandes peças de estrutura composta e foi projetado com realidade virtual 3D.
    A aeronave subsônica voou 38 vezes a partir de 1996. É propulsado por um turbofan Pratt & Whitney JT15D-5C com 12,9 kN (2900 lbs) de potência e atingiu a velocidade operacional de 480km/h e a altitude máxima de 20 mil pés. O comprimento é de 14,3 m e a largura 7,0 m com um peso máximo de decolagem de 3355 kg. O projeto X-45 UCAV da Boeing é um dos resultados direto da experiência Bird of Pray.


    A MBDA iniciou o desenvolvimento de uma versão de maior alcance do míssil mar-mar MM-40 Exocet. O novo sistema de propulsão por turbofan irá dobrar o alcance para até 180km, e otimizara a assinatura IR e radar. O sistema de navegação será melhorado para operar próximo ao litoral. O MM-40 block 3 poderá ser integrado em plataformas que já usam MM-40 e em lançadores verticais. O míssil terá grande agilidade em manobras evasivas no fim do engajamento e o software de planejamento de missão irá aumentar as chances de penetrar defesas.   

    A marinha finlandesa escolheu o míssil superfície-ar sul africano Umkhonto-IR  para equipar seus seis navios do projeto Esquadrão 2000. O Umkhonto combina capacidade multialvo e lançamento vertical. O Umkhonto também irá equipar as corvetas Meko 2000 da África do Sul para defesa antí-míssil e contra ataque aéreo. O míssil pode dar cobertura de 360 graus ao redor da plataforma  e voa de forma autônoma até alvo. Até 8 mísseis podem ser lançados simultaneamente contra alvos diferentes. O míssil tem 3 m de comprimento, pesa 125kg e atinge 8km em 16 segundos.

    A empresa Eurosam realizou o primeiro disparo de qualificação do míssil antiaéreo terrestre SAMP/T (Sol-Air Moyenne Portée Terrestre – Médio alcance, baseado em terra, superfície-ar) em 11 de outubro. O SAMP/T é composto de um sistema de controle de disparo, lançadores verticais e o míssil ASTER 30. O sistema tem capacidade contra mísseis balísticos de teatro (alcance de 600km) para defesa de campo de batalha e pontos estratégicos contra todo tipo de ameaça aérea.

    A França confirmou intenção de desenvolver o míssil cruise Scalp naval para a sua marinha. O míssil será derivado do Storm Shadow e será usado para ataque em profundidade. Será instalado em lançadores verticais nas futuras fragatas FMM fragata e nos tubos de torpedos do seis submarinos Barracuda. A produção deve ser iniciada em 2005.

    Sistema de mísseis Spike foi selecionado pela Polônia para ser seu míssil anti-carro padrão. O contrato é de US$250 milhões em 10 anos. O Spike já foi escolhido pela Finlândia, Holanda e Singapura. Esta competindo em contratos semelhantes na Austrália, Canadá e Reino Unido.

    A BGT está considerando seriamente o desenvolvimento de uma variante lançada do solo do IRIS-T. Um motor mais potente poderá ser instalado junto com um datalink aumentando o comprimento de 2.929mm para 3.139mm e o peso de 88kg para 106kg. O nariz terá uma cobertura para proteger o sensor durante o lançamento. O míssil poderá ser uma arma secundária de outros sistemas como o Patriot PAC-3, NASAMS (Noruega) ou o MEADS. O MEADS terá uma arma secundária e o IRIS-T está concorrendo com o LFK NG. Outras aplicações poderão ser o OSTAL para defesa contra terrorismo, defesa de tropas equipando o novo blindado multifuncional em desenvolvimento pela GTK para a Alemanha, Holanda e Reino Unido (seis mísseis por veículo) e defesa de navios. Com o datalink o IRIS-T poderá atingir alvos a 15km de distância e até mais com um foguete adicional de aceleração (booster). O míssil será lançado verticalmente com trancamento após lançamento (LOAL), baseado na trajetória predita do alvo, com dados fornecidos por sensores externos.

    Os helicópteros Mi-14PL "Haze-A" poloneses serão equipados com o míssil anti-navio Penguim Mk.2 Mod.7. Um único míssil será levado no compartimento de armas.

    O Reino Unido selecionou a variante de decolagem curta e pouso vertical (STOV/L) do F-35 para equipar seu novo NAe CVF. O CVF também  irá apoiar a nova aeronave AEW do programa MASC ( Maritime Airborne Surveillance and Control) que irá substituir os Sea King AEW. Os requisitos são de 50 mil toneladas ou mais, tripulação de 600, com ala aérea de até 1400 e propulsão convencional Integrated Full Electric Propulsion (IFEP). A configuração abaixo é da proposta da BAe Systems para o CVF.


    A França anunciou que pretende construir um segundo NAe entregue em 2005 para completar o Charles de Gaulle. Um segundo NAe será necessário pois o CdG só estará operacional em no máximo 60% do tempo. Ele gasta 70 dias por ano no cais para manutenção de rotina e a cada 7,5 anos troca combustível nuclear numa operação que chega a durar 15 meses. Esta sendo estudada uma cooperação no projeto CVF britânico. O CFV não terá catapultas e cabos de parada, mas terá provisão para futuras modernizações. Outra opção será o desenvolvimento de um projeto convencional ou um segundo NAe nuclear similar ao Charles de Gaulle. A última opção é a mais cara de todas. Um novo modelo baseado no CdG custaria 2,3 bilhões de Euros contra 11 bilhões do CdG. Um NAe convencional custaria mais barato. Os fundos para o segundo NAe foi confirmado no plano de defesa francês de 2003-2008. Quando os dois estiverem operacionais, um será equipado com caças e o outro será usado para treinamento ou operações anfíbias com helicópteros do exército.
    Durante o primeiro semestre do ano o CdG realizou manobras de testes com suas novas aeronaves. O esquadrão Flottille 12F equipada com o Rafale voou missões operacionais pela primeira vez no Afeganistão. O esquadrão estava equipado com dois pilotos que vieram do Mirage C e dois do Mirage D com treinamento de ataque em qualquer tempo e vôo a baixa altitude. Outros três pilotos foram convertidos diretos dos Super Etandard e treinados em missões ar-ar. Outros dois pilotos são da Arme d'lair (Força Aérea Francesa). Mais três pilotos estão em treino no Mirage 2000C e se juntarão ao esquadrão futuramente. O esquadrão terá 16 pilotos para 10 aeronaves.
    Durante os testes o Rafale padrão F1 (missões ar-ar e sem o canhão) disparou um míssil Magic 2 e um MICA EM para validação dos sistemas. Realizou combate aéreo aproximado contra os F-14 e F/A-18E da US Navy e AV-8B do USMC, Espanha e Itália, italia vencendo a maioria. O Rafale foi testado em cenários de combate a longa distância e de guerra eletrônica. Em um cenário três Rafales inteceptaram 12 Super Etandart. Cinco caças tiveram que voar da França para o Oceano Indico para se juntar a operação. Os vôo duraram sete horas com três reabastecimentos em vôos nos KC-135F. Nas missões operacionais o Rafale voava com um tanque de 1.250 litros. A missão durava cerca de uma hora. Com três tanques extras a missão durava entre 2-3 horas.
    A catapulta de 75m do CdG mostrou a capacidade de lançar caças pesando até 25 toneladas. O Rafale tem controle automático até 15 segundos após catapultado com controle manual parcial a partir de 6 segundos. Durante o pouso os pilotos apontavam para o cabo do meio. Os outros são para dar mais segurança. Os outros NAes usam pelo menos quatro cabos de parada. Durante o pouso a aeronave é apontada para o cabo com o vetor velocidade do  HUD ou com referência dos "faróis de sinalização". Os dois sistemas são usados simultaneamente pois sem rádio só o farol permite dar aviso de cancelamento de pouso (wave-off).
    O Rafale também operou com parte dos 52 Super Etandart modernizados. A França que manter um total de quatro E-2C para manter cobertura constante de vigilância aérea da frota. É necessário pelo menos dois para ter esta capacidade. Os outros são para treino e reserva. O tempo de para reabastecer e troca de pilotos dos E-2C com motores ligados é de 10 minutos com decolagem logo a seguir. O Dauphin mostrou ser pequeno para levar toda a tripulação do E-2C em caso de queda e por isso o CdG será equipado com o Puma/Super Puma da ALAT ou Sea King da marinha alemã (Marineflieger).

    A empresa MAUSER alemã está estudando o uso de canhões automáticos leves para proteção de submarinos. Desde a Segunda Guerra Mundial que os submarinos não tem requerimento de proteção contra aeronaves ou ataque terrorista, pois a melhor defesa era ficar submerso por longo período. Missões em tempo de paz de vigilância de águas internacionais e territoriais e abordagem de navios de carga em tempo de paz também estão sendo feitas por submarinos. Nas entradas de portos ou canais ou quando estão parados em portos estarão na superfície por longos períodos. Um submarino é bem mais fácil de afundar que um contratorpedeiro como o USS Cole. Acima da água os submarinos são virtualmente indefesos.
    As armas necessárias em caso de engajamento devem ter uma probabilidade de acerto alto, pequeno efeito e pequeno dano colateral. Uma solução de baixo custo poderá ser um canhão em container pressurizado elevado do casco e operado internamente do COC.
O objetivo é engajar alvos ágeis no mar e ar (barcos rápidos e aeronaves) em alcance de até 3.000 metros. A arma também deve ser capaz de neutralizar alvos em terra.
    A MAUSER está investigando a integração em submarinos do canhão MGL-27 que entrará em serviço na marinha alemã em 2003. O MGL-27 pesa 150kg e tem altura de 1,5m. O sistema será encapsulado quando submerso. Outra opção é o canhão sem recuo RMK 30 que irá equipar o helicóptero Tiger a partir de 2008. Os canhões normais atingem uma grande probabilidade de acerto com a dispersão de uma rajada (+/-  20 tiros). Um canhão sem recuo é bem mais preciso e pode atingir um alvo difícil (aeronave) com uma rajada menor (+/- 3 tiros) e com um paiol menor para diminuir espaço e peso. Um canhão, plataforma, container de 40 tiros terá 50cm de altura e 200kg, podendo ser elevado. O sistema de pontaria também terá que ser adequado para aproveitar a precisão. Um sistema manual é usado como back-up e para atacar alvos de pouco contrastes como botes de borracha.

    A Marinha Holandesa deslocou o submarino HrMs Zeeleeuw classe Walrus para o Mar do Caribe em missão de vigilância contra o tráfico de drogas. O submarino estava engajado no GT 4.4 em detecção, rastreio e informação de movimento de navios suspeitos (incluindo as lanchas rápidas chamadas "go-fast") na costa da Colômbia e Venezuela desde maio, usando o sonares passivos, periscópio e MAGE. O submarino atuou em conjunto com os P-3C Orion e navios da Marinha Holandesa.

    A Suécia avaliou o morteiro finlandês Advanced MOrtar System (AMOS) a bordo da lancha rápida CB-90H do estaleiro Dockstavarvet como parte do projeto Splitterskyddad 120mm Granatkastare. O AMOS é um morteiro geminado usado em blindados da empresa Patria. Apesar de complicado de disparar em águas turbulentas, o AMOS é ideal para apoio de fogo no fiordes e águas próximas a praia, com alcance de 10km. O AMOS também pode engajar alvos diretamente e operar de forma autônoma.


    A Marinha Espanhola decidiu não instalar um sistema de defesa aproximado (close-in weapon system - CIWS) nas novas fragatas F-100, apesar do estaleiro Izar ter deixado espaço para instalação futura. A justificativa é que um CIWS é uma arma psicológica, pois quando o alvo está no alcance já é tarde. A munição de 20mm não é garantia que irá destruir a ogiva. A defesa será baseada no míssil ESSM considerado capaz de engajar alvos a carta distancia.

    A Malásia adquiriu dois submarinos classe Scorpene da DCN francesa que entrarão em serviço em 2007 e 2008. O segundo será fabricado na Espanha.

    A Marinha Grega adquiriu dois submarinos alemães Type 214 por US$695 milhões, que se juntarão a encomenda original de três submarinos, e irá modernizar seus três submarinos Type 209/1200 por  EUR826 milhões incluindo o sistema AIP PEM da Siemens, mastros optrônicos, radar, ESM, comunicações e despistadores de torpedos.

    A Denel está desenvolvendo o obuseiro T-5 de 155mm montado em um caminhão. O novo canhão, baseado no G-5, foi desenvolvido em conjunto com a BEML da Índia. Entre as vantagens com os competidores como capacidade de tiro direto, arco de tiro de 80 graus com capacidade de tiro lateral em emergência e facilidade de entrar e sair de bateria.

    A Barrett Firearmas está desenvolvendo um lança-granadas semi-automático para o US Army que dispara cartuchos calibre 25x58mm do projeto Objective Crew Served Weapon (OCSW) que podendo ser disparado por um soldado. O CEO da empresa Ronnie Barrett, observou que o cartucho do lança granadas AGS-17 poderia ser disparado no fuzil M-82A1 de calibre .50, mas a munição do OCSW mostrou ser ideal.
    As forças especiais americanas já estavam procurando um método para destruir alvos blindados leves como veículos, estruturas de comunicação, armas e aeronaves no solo. Geralmente usavam o M-82A1, mas uma ogiva explosiva teria balística terminal melhor.
    A munição 25X59Bmm da OCSW foi escolhida não só pelo tamanho, mas também por representar a menor relação entre letalidade e capacidade de ser lançada por uma arma portátil, ao contrário da OCSW montada em solo ou veículo. O cartucho foi planejado para ser primariamente antipessoal, mas pode ser usado como antimaterial. O tempo de vôo é pouco menor que a .50 a 2000 metros de distância, enquanto não tem degradação final de efeito, enquanto a .50 depende da energia para efeito. A munição de 25mm pode levar carga HE ou carga oca, com espoleta inteligente opcional. O cartucho do 20mm da OICW foi estudado mas é menos potente.  A arma não tem um sistema de pontaria sofisticado como o da OCSW, mas foi intencional par acelerar desenvolvimento e reduzir custos.  O protótipo foi construído em dois meses. Pesa 14kg, tem um comprimento de 1,166 mm, leva 4 cartuchos no magazine e o alcance efetivo é de 2 quilômetros.
    A nova arma se chamará Payload Rifle e pode ser convertido a partir do M82A1 com kit especial. O coice é bem maior que .50 e lembra o disparo de uma escopeta, mas estão sendo estudados modos de reduzi-lo pois não foi aceito pelo US Army. O freio de boca foi redesenhado e é mais efetivo.


    O ministério da defesa alemã decidiu que o novo veículo de combate de infantaria (VCI) que irá substituir os Marder no Exército Alemão será necessário antes de 2004 e que a proposta do VCI modular  'Schutzenpanzer 3' (SPz 3) Panther da Krauss-Maffei Wegmann (KMW) e Rheinmetall não preenchem os requisitos. A proposta do SPz 3 custará US$285 milhões para entrega de 400 blindados iniciando em 2008. As empresas acham que o governo esta realmente procurando uma modernização para o Marder ou procura candidatos estrangeiros como o BMP-3, VC-90, Ulan e Warrior. Entre os requisitos do Panther esta o transporte pelo A-400M, peso básico de 32 toneladas com blindagem passiva reconfiguravel que poderá aumentar o peso para até 43t. O motor é o MTU HPD de 800kW. A torreta está equipada com o um canhão de 30 ou 35mm e armamento secundário. A tripulação é de 9 homens: motorista, comandante, operador de armas e seis infantes.
    A proteção a distância de mísseis anticarro é o MUSS consistindo de um sistema de alerta de mísseis (MAWS) e alerta laser (LWR) com lançador de fumaça, flares e granadas chaff, e contramedidas ativas optrônicas e eletróticas como interferidor IR e repetidor laser.
    Um possível parceiro poderá ser a Holanda com um requerimento de 200 VCI por EUR 828 milhões armado com um canhão de 35mm e entranda em serviço em 2007.

    O US Army esta procurando um sucessor para o obuseiro Crusader (programa cancelado) chamado Objective Force Indirect Fire (OFIF). O OFIF deverá ser um sistema capaz de ser transportado pelo C-130 com alcance de 2-50km.
 


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