Notícias de 2003

Notícias de Janeiro de 2003

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que pretende adiar a decisão sobre o Projeto FX para 2004. O objetivo seria utilizar os recursos de US$760 milhões, que virão de empréstimos internacionais e devem demorar 2 anos para serem aprovados, no programa de combate à fome. Também pretende reexaminar as propostas dos concorrentes.

    O consórcio Avibras/Rosoboronexport e a Boeing foram classificadas para a fase final da licitação do programa CHX, avaliado em US$ 140 milhões, para fornecer quatro helicópteros pesados para a FAB. O grupo Avibras oferece a aeronave Mil Mi-26 por US$42 milhões novas com aviônicos ocidentais ou US$32 milhões com aviônicos russos. A Boeing participa com o helicóptero CH-47D Chinook por US$42 milhões. Os dois concorrentes também ofereceram aeronaves usadas por US$20 milhões.
    Outras ofertas foram da Erickson Air-Crane com o CH-54 modernizado, a IAI Malat com o CH-53D modernizado e recondicionado, a Ukrspetsexport ucraniana com o Mi-26 novo e reformado e a Sikorsky com o CH-53E. As três primeiras foram desclassificadas e a última desistiu de participar.

    O ministério da Defesa anunciou que a EADS CASA venceu os contratos para fornecer 12 aeronaves C-295M para o projeto CLX por US$270 milhões e modernizar o sete aeronaves P-3A/B Orion da FAB por US$326 milhões. Os contratos devem ser assinados em 2004.

    A EMBRAER assinou contrato para venda de 12 caças AMX-T para a Força Aérea Venezuelana por US$225 milhões. Os AMX-T irão substituir os T-2 Buckeye. As entregas serão em 2005. A FAV tem opção para um segundo lote de 12 aeronaves.

    A Colômbia cancelou um plano de compra de aviões de apoio aproximado que gerou uma disputa diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O Brasil iria participar com o EMB-314 Super Tucano num contrato de mais de US$234 milhões para compra de 24 aeronaves com recursos oriundos da assistência americana. A Colômbia resolveu modernizar seus A-37 Dragonfly e OV-10 Bronco.

    A Aermacchi esta investindo US$500 milhões no programa M-346 que poderá estar em produção em 2007. A empresa pretende vender 600 aeronaves (24% do mercado previsto) nos próximos 30 anos a um preço unitário de US$15 milhões. A aeronave também deverá participar do programa Eurotrainer como um dos concorrentes. A aeronave tem peso máximo de decolagem de 9.500kg, RCS de 1 metro quadrado e relação peso/potência de 0.5:1 a 0.97:1. A velocidade máxima é de Mach 0,92 e ângulo de ataque de 40º. A propulsão é por dois turbofans Honeywell/Fiat Avio F124-GA-200 com 2,835kg de empuxo cada. A aeronave pretende simular ao máximo o desempenho dos caças de última geração.

        O Reino Unido escolheu o F-35B STOVL para substituir seus Harrier GR.7/9 e Sea Harrier FA.2 no programa JCA (Joint Combat Aircraft). O F-35B será a primeira versão do JSF a entrar em operação. O Reino Unido escolheu a versão STOVL do JSF para aproveitar a experiência que tem com a operação de aeronaves STOVL em mar e terra.
    O F-35B irá operar no NAe CVF que terá rampa ski-jamp mas poderá receber catapulta se necessário. O CVF tem requerimento de um convôo bem grande pois os NAes da classe Invencible só podem receber 10 Harrier de uma vez só, apesar de poder levar um máximo de 24 Sea Harrier ou 20 Harrier. A rampa ski-jump irá limitar a escolha do substituto do Sea King AEW eliminando o E-2C Hawkeye e sobrando helicóptero Merlin e o V-22 Ospray. O fabricante do CVF será escolhido em 2003 entre a Thales
(ver foto abaixo) e a BAe Systems.
    A RN poderá retirar de serviço 6 escoltas e 4 caça-minas para liberar recursos para o CVF. O Sea Harrier será retirado serviço em 2006, apesar da entrada em serviço do F-35B em 2012, para economizar recursos.
    F-35C poderá concorrer no programa FOAS para substituir o Tornado GR.4 nas missões de ataque e formar uma força ainda maior. De 150 aeronaves para o programa JCA, 60-90 são realmente necessários e o resto poderá ser para o programa FOAS. O FOAS também compreenderá mísseis cruise e e aeronaves UCAV. O Eurofighter concorrerá com o F-35. O FOAS entrará em serviço em 2017.



    A proposta de equipar os F-16 Chilenos com os mísseis israelenses Derby e Python 4 poderá custar US$6 milhões a mais por aeronaves. O Chile também planeja adquirir mais 22 F-16A/B usados para substitui os Mirage 5. Devem entrar em operação em 4 anos com 12 aeronaves e mais 10 em 2008.

    A Índia recebeu os 10 primeiros caças Sukhoi Su-30MKI encomendados em 1996. A Índia já tinha recebido 18 Su-30K que serão modernizados para o novo modelo. A Hindustan também irá acelerar a produção local do Flanker e terminará em 10 anos ao invés de 13.
    Uma variante do Su-30 com aviônicos da Thales está concorrendo com o F/A-18E/F para a Malásia. Existem rumores que a Malásia poderá comprar os dois caças.
        A Índia está estudando a aquisição do Rafale M ao invés do MiG-29K para equipar o NAe Admiral Gorshkov. O Rafale terá que usar catapulta ao invés da rampa ski-jump. Além do Amd Gorshkov, a India pretende fabricar o ADS que deverá ter deslocamento de 37 mil toneladas e não 25 mil como planejado inicialmente. A construção deve ser iniciada em 2003 e levará 8-10 anos. A Índia também está interessada em adquirir seis esquadrões de Mirage 2000-5.

    Os EUA aprovou a venda de 6 balões cativos equipados com radar para vigilância aérea para o Paquistão por US$155 milhões. Os balões irão vigiar o espaço aéreo e as fronteiras do país. O Paquistão também planeja adquirir aeronaves de alerta antecipado como E-3 ou UAVs.


    A US Navy anunciou que o EA-18G Growler é seu preferido para substituir o EA-6B Prowler e planeja adquirir um lote inicial de 65 aeronaves. Os 122 Prowler atuais são usado para ataque eletrônico e deverão voar até 2015. A necessidade é de 100 a 180 novas aeronaves para a US Navy e USMC além da USAF que também é apoiada pelo Prowler. A USAF só usa o EC-130 Compass Calll para interferência de comunicações após a retirada do EF-111 Raven. A USAF também esta estudando o uso de UCAVs para a missão. O USMC também não irá usar o F/A-18E/F e por isto não deverá operar o EF-18G. A A US Navy já usa o F/A-18E/F que deverá ser beneficiado por sistemas atuais como o radar APG-79 AESA, casulo de radar SAR SHARP, o casulo ATFLIR, o míssil SLAM-ER e o sistema defensivo AIWES. A aeronave será integrada com casulos AN/ALQ-99 e receptores AN/ALQ-218 nas pontas das asas já usados nos EA-6B.  A Boeing já iniciou os testes iniciais e o primeiro esquadrão poderá estar operacional em 2009.

    A Polônia escolheu o F-16C/D como seu FX. Um total de 48 aeronaves serão adquiridas por U$3,8 bilhões. As aeronaves serão células Block 52 equipados com motor P&W F100-PW-229 (mais 7 motores de reserva), radar Grumman APG-68(V)9 (6 de reserva). A encomenda inclui 384 mísseis AIM-120C AMRAAM (mais 6 mísseis de treinamento), 384 mísseis AIM-9M2 Sidewinders(mais 24 mísseis de treinamento), 178 mísseis AIM-9X Sidewinders (mais24 de treinamento), 816 mísseis AGM-65G Maverick (mais65 de treinamento), 232 kits de bombas guiadas por satélite JDAM (Joint Direct Attack Munition), 280 mísseis AGM-154A/C JSOW (Joint Stand Off Weapons), 215 bombas Mk-82, 920 Mk-83, 232 Mk-84 e 140 CBU-97 WCMD (wind Correct Munition Dispeensers) e  232 bombas guiadas a laser GBU-16, além de cartuchos para o canhão Vulcan.
    Os aviônicos incluem rádios AN/ARC 210 com modos SINGCAR e Have Quick II, casulos de guerra eletrônica AN/ALQ-31, tanques conformais, 48 miras no capacete JHMCS e 48 módulos de datalink TADIL/JTIS/Link 16,
    O sistema defensivo é o AN/ALQ-211(V)4 Advanced Integrated Electronic Warfare Suite (AIDEWS), derivado do Integrated Radio Frequency Countermeasures (SIRFC) que será integrado também nos F-16 do Chile e Oman. O AIDEWS consiste de um Advanced Threat Radar Warning Receiver (ATRWR), Advanced Threat Radar Jammer (ATRJ), e um  Advanced Airborne Radio Frequency Expendables (AARFE). O sistema é mais capaz que o padrão da USAF.
    A proposta francesa era do Mirage 2000-5 com o radar RDY7 com alcance ar-ar maior (130km contra 110km do AN/APG-68(V)9) e outras capacidades similares. O míssil BVR seria o MICA. As armas ar-superfície incluíam o SCALP e AASM, e seriam menos versáteis e completos que a proposta americana. O sistema defensivo será o ICMS Mk3, com RWR, interferidor ABD 2000, dispersadores chaff/flare Spirale com MAWS DDM opcional. Os sistemas defensivos são comparáveis aos americanos.
    O Gripen seria equipado com o radar Ericsson PS-05/A com alcance menor e menos modos ar-superfície que os outros concorrentes. O sistema de guerra eletrônica consistem no sistema EWS-39 com RWR e dispersador de chaff/flare e interferidor em cabide. As armas disponíveis seriam poucas, mas seria expandida futuramente como as Paveway III, AGM-65 Maverick e AIM-120C que estarão disponíveis em 2005. O Gripen não foi ainda aceito como padrão da OTAN, mas é compatível com os padrões da OTAN. As propostas de valores eram similares com diferença de 10%.
    A Polônia pretende adquirir 12 aeronaves inicialmente e 32 após dois anos. Também poderá ser um número intermediário de 24 aeronaves.

    A USAF adquiriu hangares transportáveis para poder operar aeronaves B-2 fora dos EUA. O hangear pode resistir a temperaturas extremas, suporta 18kg de neve por metro quadrado e ventos de 200km/h. Pode ser desmontado e levado em 23 containers.


    A Ericsson está negociando a venda do radar Giraffe AMB com alcance de 100km com sistema de comando integrado para defesa territorial. A Força Aérea Francesa, que comprou quatro radares para defesa de base em 2001, também estuda o uso do sistema para defender eventos com alto risco de ataque terrorista. O radar irá dar alerta antecipado e vetorar interceptadores como helicópteros ou outros meios. Um helicóptero poderia ser armado com metralhadoras ou snipers para interceptar helicópteros, aeronaves leves ou ultraleve e UAVS que tentem penetrar o espaço aéreo protegido. A França também usa o Tucano nestas missões. O radar não será ligado a sistemas de mísseis ou canhões para defesa aérea. A regra de engajamento nestes cenários não permite o disparo contra aeronaves voando sobre uma cidade só por ter entrado na área restrita.

    A Lockheed recebeu um contrato de US$163 milhões pra fornecer o sistema Tiger Eye para o F-15K da Coréia do Norte. O sistema tem capacidade de designação de alvos, seguimento de terreno e IRST. O sistema inclui um casulo com camera térmica e radar de seguimento de terreno, outro com câmera térmica para designação de alvos e outro casulo com IRST de longo alcance.

    A BAe System Avionics está promovendo o radar Sea Spray 7000E como sendo o primeiro radar de varredura eletrônica para helicóptero. O radar também pode equipar UAVs e aeronaves de patrulha marítima leves. O sistema é 25% mais leve que os equivalentes de varredura mecânica e tem desempenho bem melhor.

    Um radar passivo multiestático experimental que usa as transmissões eletromagnéticas criadas pelas redes de telefonia celular foi testada pela empresa britânica Roke Manor Research. Chamado CELLphone raDAR (CELLDAR), o sistema esta sendo proposto para converter meios de detecção, seguimento e identificação de alvos móveis em terra, ar e mar. O sistema explora frequências associadas com telefones móveis (GSM 900, 1800 e 1900) e futuras (G3).
    O CELLDAR pode detectar veículos ou helicópteros se movendo atrás de árvores e pequenos objetos marítimos como periscópios. O sistema também pode detectar aeronaves com tecnologia furtiva contra radares mono-estáticos e bi-estáticos. Para defesa aérea um receptor phased array pode tomar forma de uma estrutura inflável, ou ser integrada a uma rede camuflada. Para uso em AEW passivo pode ser integrada a estrutura de uma aeronave cisterna ou AWACS. Outras aplicações incluem vigilância costeira, reconhecimento de campo de batalha, coleta de inteligência, segurança de perímetro e guerra litorânea. O sistema também pode ser apoiado por outro sistema de sensor acústico para auxiliar na detecção e identificação do alvo.
    No experimento inicial o sistema usada 2 telefones GSM, duas antenas e um PC e pode detectar alvos móveis a 10-15km e aeronaves a 100km.
    A empresa pertencente a Siemens que assinou acordo com a BAe Systems para outros desenvolvimento do CELLDAR que oferece grande desempenho, longo alcance e baixo custo. O sistema tem similaridades com o Silent Sentry da Lockheed que explora sinais de TV e rádio FM-VHF. Os dois sistemas poderão até ser combinados. A Royal Navy tem planos de  usar um sistema passivo ou não cooperativo da Thales a bordo de um de seus submarinos nucleares para guerra no litoral.



     A Raytheon está propondo a modernização de mísseis AGM-65 Maverick com alcance estendido e capacidade de trancamento após disparo. O míssil poderá usar um motor turbjato e guiagem de meio curso com GPS/INS. O objetivo é criar uma arma de apoio aproximado de longo alcance com capacidade "man-in-the-loop". O míssil poderá ser disparado de grande altitude com alcance de 30-40km. A empresa está desenvolvendo um datalink chamado Low Cost Weapon Datalink (LCWDL) que poderá transmitir imagens de vídeo (30Hz) e permitir que 20 mísseis sejam operados simultaneamente na mesma area geográfica. O custo da modernização será de US$50 a 75 mil. Com um turbojato o alcance será de mais de 55km lançado de um helicóptero a baixa altitude.

    A State Kiev Design Boureau SKDB Luch ucraniana anunciou que está desenvolvendo um novo míssil ar-ar de última geração. Acredita-se que seja uma continuação do desenvolvimento do K-30 da Vympel que seria o sucessor do R-73. A aparência externa e dimensões são similares ao R-73 e o peso é de cerca de 95kg com configuração semelhante ao MICA francês e um sistema de TVC similar ao R-73.

          A Rafael anunciou que está desenvolvendo o míssil Python 5 para combate ar-ar aproximado. Algumas fontes citam que é uma versão melhorada do Python 4 enquanto outras sugerem que será uma  configuração diferente menor e parecida com o ASRAAM e A-Dart pois a configuração do Python 4 não é compatível com aeronaves furtivas.

    O míssil de cruzeiro Taurus KEPD 350 voou pela quinta vem em novembro no campo de teste de Overberg na África do Sul durante os testes de validação. O míssil estava na configuração final com testes em condições quase operacionais. O míssil foi disparado de um Tornado a 4.500m de altura e atingiu o alvo com precisão.


    A Raytheon irá fornecer 100 lanchas tipo Small Unit Riverine Craft (SURC) para o USMC por US$30 milhões. O SURC pode levar 13 tropas e será usado em operações ribeirinhas.


    A França e a Itália pretendem substituir suas fragatas com um programa conjunto. Os dois países devem construir 27 fragatas multifuncionais num custo total de US$15 bilhões. A Itália irá substituir 8 fragatas Maestrale e 4 Lupo com 10 fragatas novas. A França irá produzir 17 novas fragatas com primeira entrega em 2008.
    Todas as 27 fragatas irão ser armadas com o Aster 15 em lançadores verticais Sylver. Os navios franceses irão receber o míssil cruise SCALP Naval. A Itália irá usar um míssil diferente pois pretende ter capacidade anti-navio também no mesmo míssil. As fotos abaixo são do programa FMM francês.
 

    A DCN francesa anunciou que seta desenvolvendo um sistema de defesa antiaérea para submarinos que poderá ser lançado de submarinos submersos.

    O estaleiro Blohm + Voss revelou um projeto futuristico das nova MEKO, camadas MEKO D (foto abaixo) e MEKO X. A MEKO D (para lembrar a forma em delta do casco) é uma fragata multifuncional de 3.500 toneladas, 116m de comprimento e 19,6 metros de largura. A propulsão é por sistema CODLAG. A tripulação é de cerca de 78 com mais 15 adicionais.
    A MEKO X é um navio muti-função de 8.000 toneladas, com 151 metros de comprimento e 15,8 de boca. Entre as novidades estão dois elevadores para baixar helicópteros no hangar que fica abaixo do convôo. O alcance é de 6000 milhas ou autonomia de 45 dias. O navio pode levar um total de 96 lançadores de mísseis verticais (VLS) para o ESSM, Standart, Tomahawk, Aster, ASROC e Polyphem, com  mais dois lançadores de 16 VLS para o VL MICA ou equivalente na proa e popa. Também existe espaço para dois lançadores de mísseis RAM.


    O Chile adquiriu a fragata britânica HMS Sheffiel da classe Type 22 Batch 2 por US45 milhões. O navio tem pelo menos 14 anos de vida útil adicionais. O custo inclui plataforma, reparos, peças de reposição, munição e treinamento. Por ser um navio usado, o negócio não inclui "off-sets".

    A proposta de venda de quatro contratorpedeiros classe Kidd para Taiwan foi anunciada pelo Congresso Americano. O custo dos quatro navios será de US$875 milhões e inclui 248 mísseis Standard SM-2 Block IIIA e 32 Harpon Block II, apoio logístico e treinamento. Os navios irão substituir as fragatas Knox e Perry também compradas dos EUA. Os navios devem entrar em serviço em 2005.

    O Exército Australiano está refinando o programa Indirect Fire Weapons Systems (IFWS). O programa inclui as armas atuais e futuras da artilharia australiana. Em 10 anos o exército pretende substituir os obuseiro L-118 Ligthgun de 105mm e o M198 de 155mm com os projetos Land 17 Phase 6 e Land 18 Phase 2 respectivamente. Os dois programas irão adotar sistemas comuns. Outras capacidades serão consideradas como Comando e Controle, comunicação e logística e não inclui a substituição 1x1 das armas.
    O novo sistema não deverá ter configuração rebocada por ser vulnerável a fogo de contra bateria. O calibre de 105mm também está sendo considerado no fim do limite técnico de melhorias comparado com o de 155mm. Porém ele ainda é ideal para tropas de deslocamento rápido.
    O Exército provavelmente irá padronizar o calibre 155/52 devido ao maior alcance, letalidade e variedade de munição. O novo sistema será auto-propulsado, provavelmente montado num caminhão e/ou blindado leve. Os sistemas de morteiro de 120mm também estão sendo estudados com o projeto Land 135 Light Armoured Mortar System (LAMS) para um projeto de morteiro de 120mm montado no ASLAV-PC 8x8 para as tropas de cavalaria que deverá entrar em serviço em 2006.

    A Polônia anunciou que o Patria AMV 8x8 foi selecionado para ser seu novo blindado de transporte. Cerca de 690 blindados poderão ser adquiridos por 1 bilhão de Euros com entregas entre 2004 e 2013 com produção local gradativa.




Notícias Março de 2003


    A revista Flight International na edição de 7-13 de janeiro confirmou que a FAB tenha decidido que o vencedor do programa FX seria o Sukhoi Su-35 Flanker. A Dassault reagiu fazendo uma nova oferta com a inconrporação de tecnologias do Rafale no Mirage 2000BR como  o uso do computador de missão do Rafale, o IRST OSF e o sistema defensivo Spectra.

    A África do Sul ofereceu novamente o caça Cheetah como caça provisório para a FAB, desta vez para o governo Lula. A proposta é de venda de várias aeronaves por US$70 milhões, mais a compra de produtos brasileiros pelo mesmo valor.

    A FAB abriu nova licitação para adquirir 16 caças F-5 de segunda mão. A compra de um lote da Suíça foi cancelado devido ao pequeno número de caças biposto. O orçamento desta concorrência é de US$120 milhões e novos caças serão usados para substituir os Xavante para treinamento avançado.

    A Rússia bateu um novo recorde de vendas de armas em 2002 atingindo US$4,3 bilhões. A maior parte se deve a venda do Sukhoi Su-27/30. Os helicópteros Mil também foram uma compra popular. A Rosoboronexport pretende manter o valor em 2003 principalmente com a venda do  NAe Admiral Gorshkov e MiG-29K para India.

    A empresa Time Domain está produzindo o sistema RadarVision que permite que tropas vejam através de parede. O sistema emite milhões de pulsos por segundo contra objetos sólidos, permitindo penetrar múltiplas paredes. O sistema pesa quatro quilos e tem alcance de 10 metros.

    A Grécia assinou um contrato de US$297 milhões para a aquisição de 12 aeronaves cargueiras C-27J Spartan. O C-27J já esta em uso na força aérea italiana.

    A Irlanda comprou oito Pilatus PC-9M para treinamento avançado. O PC-9M concorreu com o Super Tucano e com o Raytheon T-6A.

    Novos detalhes sobre o programa FX polonês mostraram os motivos da proposta americana ser considerada "a mais compreensível e a melhor".
    O programa foi avaliado por 23 membros com um sistema de pontuação (a FAB usou um sistema semelhante com 70 membros). Desta pontuação, 45 eram para o melhor preço, 20 para a capacidade operacional, 20 para satisfação de requerimentos técnicos e operacionais e 15 pontos para offsets. A proposta inclui 22 elementos: 36 monopostos e 12 bipostos, casulos, peças extras, simuladores, equipamento individual do piloto e treinamento para tripulantes de solo, de logística e pilotos. Os requerimentos também considera alcance, capacidade REVO, numero de cabides e numero de aeronaves em uso pela OTAN.
    Rumores indicam que o F-16 conquistou 96 pontos, seguido do Gripen com 93 pontos e o Mirage 2000-5 MkII em terceiro.
    O custo de 48 F-16 com armas e componentes logísticos e manutenção saiu por US$3.478,936. O custo total do financiamento é de US$4,7 bilhões. O pagamento da maior parte será entre 2011 e 2015. A diferença das propostas de preço era de 10%.
     A proposta de offsets foi estimada em US$9,8 bilhões, mas a revisão da proposta mostrou que era de US$6.0 bilhões. A SAAB/BAe oferecu 7,7 bilhões de Euros (4,6 bilhões de acordo com os poloneses) e a Dassault 3,8 bilhões de Euros ( 2,1 bilhões de Euros de acordo com os poloneses) sendo que não preenchia 100% do valor do contrato em offsets.
    Entrega de 12 F-16D bipostos será iniciada em junho de 2006. Todos 36 monopostos serão entregues até 2008 para substitui os MiG-21. O F-16 será o estado de arte com o radar APG-68(V)4, mísseis AIM-9X e AIM-120C5, casulos Pantera e mísseis JDAM e JSOW.  Os motores serão produzidos na WSK PZL Rzeszów. 
 

    O Iêmen assinou contrato para comprar 14 MiG-29 por US$435 milhões. O Iêmen comprou 15 MiG-29 ainda em 2002.

    A Índia deve entrar no programa PAK-FA russo para um caça de quinta geração. O programa deve custar ao todo entre US$5-6 bilhões.

    A Sikorsky revelou que um conceito de helicóptero de carga capaz de levar o dobro da carga do CH-53E, mas será menor que o UH-60 Black Hawk. A aeronave irá participar do programa Advanced Manoeuvre Transport (AMT) que deverá ser capaz de transportar o Future Combat Systems (FCS) do US Army a longas distâncias.
    O conceito será similar ao CH-64 com rotor coaxial e hélice de 39,6 metros de diâmetro. A fuselagem será plana e terá uma versão sem piloto. A propulsão será de 3 motores com peso máximo de 62t e vazio de 24t.  O requisito é levar um blindado FCS de 20t a 1850km, comparado com o alcance de 93km do CH-53E levando 14,5t.
    O AMT irá substituir o CH-47F do US Army e talvez o CH-53E do USMC. A Bell esta promovendo o Quad Tiltrotor (QTR) com teconologias do V-22 Osprey. A Boeing Phantom Works está desenvolvendo o Advanced Theatre Transport (ATT) com capacidade de pouso e decolagem muito curto com asa parcialmente móvel. O ATT e QTR tem estruturas e tamanho muito maior que o conceito da Sikorsky.

     A Boeing está estudando uma aeronave de transporte gigante chamada Pelican Ultra. A fuselagem terá um compartimento de carga de 17 x 70 metros e altura de 6 metros. A aeronave será capaz de levar 850 toneladas de carga a 5 mil quilômetros ou a metade a 18 mil quilômetros. A aeronave irá cruzar a 400km/h numa altitude muito baixa voando sobre o mar para aproveitar o efeito solo. Em terra irá voar a 700km/h a 7 mil metros com alcance reduzido para 10 mil quilômetros. A envergadura da aeronave é de mais de 160 metros e por isto a asa irá dobrar para operar em aeroportos.

 

    A Índia anunciou que irá comprar uma aeronave AEW. O Phalcon da IAI instalado no IL-76 o ERJ-145 equipado com o radar Erieye sueco foram apresentados como concorrentes.

    A China comunista revelou que está desenvolvendo um caça furtivo pesado chamado J-12. A China tem planos ambiciosos de ser uma potência asiática e está adotando uma nova doutrina que enfatiza operações combinadas ar-terra. A força aérea irá assegurar a superioridade aérea e levar a guerra para dentro do território inimigo com armas de precisão e plataformas furtivas. A composição da força aérea será similar a USAF com o J-12 equivalente ao F/A-22 e o J-10 equivalente ao F-35, enquanto o J-13 (Su-30MKK) será similar ao F-15E. O J-12 deve voar em 2006 com alcance de 3.500km e capacidade de supercruzeiro.

    O Irã mostrou sua nova aeronave de ataque Shafaq que usa tecnologia furtiva. A aeronave foi desenvolvida junto com a Rússia. O peso vazio é 4361Kg e 6900Kg carregado. O comprimento é de 10,84m, a envergadura de 10,45m, a altura 4,26m. A velocidade máxima é 1150Km/h e o teto de 16780m. O motor é o RD-331 sem pós-combustão com 4200kg de empuxo. A capacidade de armamento é de cerca de 2000kg com seis cabides subalares e um na fuselagem.


    A Lockheed Martin está estudando a padronização de uma asa grande nas versões convencionais naval e terrestre do F-35, formando um híbrido F-35A/C, resultando em um maior alcance. A RAF está interessada nesta versão.

    A RAF vai modificar alguns Tornados F.3 de defesa aérea para supressão de defesas (SEAD) com o uso de mísseis ALARM. Uma lição do conflito de Kosovo foi a falta de meios SEAD. A RAF usa o Tornado GR.1 armado com ALARM, mas sem capacidade de detecção e localização adequada. Um sistema de localização de emissões será instalado no F.3.

    O ministério da defesa britânico selecionou o míssil Raytheon/Lockheed Martin Javelin para o programa Light Forces Anti-Tank Guided Weapon (LFATG) na concorrência contra o Rafael Spike-ER. O Javelin deve entrar em serviço em 2005 nas forças de reação rápida como 16a Brigada de Assalto Aéreo e Fuzileiros. substituindo o míssil MILAN nas tropas de infantaria. O contrato é de US$460 milhões. Entre os requerimentos está o alcance de 2.500m e capacidade de ser disparado de espaços confinados. Outro requerimento inclui 100% de participação da indústria local. O programa deve criar 300 empregos especializados e transferir tecnologia de sensor IIR. O Javelin foi adquirido pelos EUA, Lituânia, Jordânia, Austrália, Nova Zelândia e Taiwan.

    A Nova Zelândia selecionou o míssil Javelin para ser sua nova arma anti-carro. O Javelin teve o menor custo e vantagem de ser padronizado com os americanos. O Javelin tem capacidade de vigilância adicional com seu sistema de controle e aquisição de alvo. A quantidade de mísseis e o valor não foi informado.

    A Boeing e a Northrop Grumman se uniram para participar do programa Common Modular Missile do US Army. A Northrop fornecerá o sensor e a Boeing será o contratante principal. O CMM irá substituir o Hellfire e o Maverick nas aeronaves do US Army, US Navy e USMC. O uso de um míssil comum deverá diminuir os riscos, custos e melhorar a interoperabilidade.

    A Lockheed Martin deve receber um contrato para aumentar o alcance do míssil Joint Air-to-Surface Standoff Missile (JASSM) em 250% em relação ao alcance atual de 320km. O motor também será mudado. O custo também não poderá exceder o atual (US$600 mil) em 25%.

    A Marinha da Coréia do Norte assinou contrato de US$51 milhões para aquisição de cinco canhões Goalkeeper CIWS para serem instalados nos seus navios de assalto LPX (dois canhões) e nos contratorpedeiros KDX-II. Com esta aquisição o número de Goalkeeper comprados pela Coréia subiu para 14.

    Um consórcio formado pela HDW, Krauss-Maffei e Rheinmetall revelaram o conceito MONARC (Modular Naval Artilhery Concept for Naval Gun Fire). O conceito se baseia na instalação da torre do obuseiro autopropulsado PzH-2000 com um canhão calibre 155mm/52cal em um navio de guerra. Para demonstração uma torreta foi montada numa fragata F-124 com algumas modificações. O PzH-2000 é capaz de disparar 10 tiros por minuto a uma distância de 40km. Uma nova geração de munição terá alcance de 80km.
    O problema encontrado foi está relacionado com a instalação de um grande canhão em um navio pequeno. O problema não é o peso que é o mesmo das torretas navais. O espaço sob o convés também é o mesmo do canhão OTO 76mm. O problema principal é o efeito do recuo na estrutura do navio. A torreta foi instalada ao redor de um sistema de amortecimento adicional ao invés de um sistema rígido.
     A torre é auto-suficiente e só precisa de uma conexão de energia de 24V e um link para operação. O sistema de munição também tem que ser modificado. Para acompanhar o movimento do navio a torre terá que ser estabilizada.
    O conceito do Monarc é diferente de outros países que buscam aumentar o alcance e precisão da munição que gastam muito recursos e com tempo de desenvolvimento muito longo.

 
    O ministério da defesa britânico sugeriu que as empresasThales e BAE Systems se juntem para construir o NAe CVF. A análise das propostas identificou pontos fortes em cada uma e pretende juntar para dar a melhor solução possível. A BAe será o contratante principal com a Thales senso um fornecedor importante. O projeto será baseado na proposta da Thales e construído no Reino Unido.
    A Marinha Portuguesa está estudando várias modernizações para evitar que as fragatas Vasco da Gama se tornem absoletas. A modernização deverá ocorrer entre 2007-2011. Os navios já receberam novos sistemas de comunicações para poderem atuar como navios comando da Standing Naval Force Atlantic (STANAVFORLANT). A modernização inclui novas armas e sensores como os mísseis ESSM, o Phalanx 1B ou RAM/SEARAM para defesa aproximada, Harpoon II com capacidade de ataque terrestre e o radar SEAPAR.

    A Holanda comprou 18 canhões RDM MOBAT (MOBile ArTillery) de 105mm, com opção para mais 20. O sistema MOBAT pode instalado em qualquer caminhão 4x4 ou 5 toneladas junto com um sistema de navegação e pontaria. O tamanho e custo foram considerados melhores que os equivalentes de 155mm.
    O tempo para entrar em posição é de 60-90 segundos e para sair de bateria de apenas 30 segundos. o MOBAT pode ser transportado pelo C-130 e helicópteros pesado como o CH-47, CH-53 e Mi-26. O MOBAT também foi comprado pela Jordânia que projetou o sistema.


    A torre de morteiro AMOS (Advanced MOrtar System) da empresa finlandesa Patria foi selecionado para o programa FCS (Future Combat Systems) que deve entrar em operação em 2008.

    Novas propostas e projetos de UAVs foram mostrados no simpósio Army Aviation Association of America Aviation. O A-160 Hummingbird VTOL UAV teve a hélice de três pás substituídas por uma de quatro pás. O A-160 deve participar do programa UCAR e poderá ser equipado com o radar Forreste de baixa frequência.
    O US Army iniciou estudos para o projeto de um UAV VTOL de carga capaz de levar 8-10 toneladas no campo de batalha.
    A classificação de UAV do US Army passou a ser Class I para nível de pelotão, Class II para nível de companhia, Class III para batalhão e brigada e Class IV para divisão.
    O US Army também testou seu UAV armado na forma do Hunter armado com a munição guiada BAT. Em 9 de outubro de 2002 o Hunter disparou quatro BAT com quatro acertos. O teste foi repetido no dia 11 com mais duas BAT contra um BMP e um T-72.
    O US Army também deverá testar o uso de um "UAV médico" para entregar 5kg de sangue para a frente de batalha.




Notícias de Maio de 2003
 

    O governo federal adiou o a assinatura do contrato de US$ 596 milhões com o grupo espanhol EADS-CASA, para a compra de 12 aviões de transporte militar médio C-295 e modernização de 8 aviões P-3 Orion de patrulha marítima.
    No caso do C-295, a CASA precisaria de 30 meses para entregar o primeiro avião. Como a assinatura do contrato não correrá num prazo inferior a 1 ano, não será nesse governo que a FAB terá avião anti-submarino.
    As prioridades da FAB são o programa ALX, o programa F-5BR e a modernização do A-1 AMX. As aeronaves de patrulha e transporte estão em quarto lugar seguidos pelo míssil MAA-1 Piranha. As Forças Armadas estimaram que precisam de US$ 13 bilhões para reequipamento.

    O governo decidiu retomar o processo de escolha do novo caça do programa F-X a partir do segundo semestre do ano com decisão a ser tomada no início de 2004. As propostas serão reavaliadas e as empresas poderão incorporar novas propostas.

    A FAB também analisou uma proposta para a compra de um Airbus A-310 para ser usado como o novo avião presidencial em viagens internacionais. A aeronave foi oferecida ao Brasil pela empresa alemã Lufthansa Technik e pela Airbus com um custo de US$ 90 milhões. A aeronave tem configuração para transporte VIP, mas pode ser configurado como cargueiro, avião-tanque, avião-hospital ou operar no transporte de tropas.

    A Espanha irá transferir 14 caças Mirage F-1 para a Colômbia a preço simbólico. A Espanha recebeu as aeronaves do Qatar em 1994-1997 e saram de serviço em 2002.


     A  USAF demonstrou interesse em adquirir 150 FB-22 além dos 381 F/A-22. A intenção é manter os 21 B-2 além de 60 B-1B armados com o míssil cruise JASSM-ER. O FB-22 terá alcance similar ao B-2, mas com capacidade de autodefesa.

    A USAF designou sua nova aeronave multisensores de comando e controle (Multimission Command and Control Aircraft (MC2A)) baseada no Boeing 767-400ER como E-10A. O objetivo é desenvolver uma aeronave de próxima geração para complementar o JSTARS. O E-10A será equipada com o Radar Multi-Platform Radar Technology Insertion Program (MP-RTIP) tipo AESA que opera na banda-X e que também poderá ter modos ar-ar. A primeira aeronave de produção deve estar pronta em 2013. O MC2A também poderá substituir os E-3 AWACS que permanecera em serviço até 2035.


     Baseado no desempenho e capacidades do Predador MQ-1 no Afeganistão, o Pentágono decidiu desenvolver estações de controle para equipar o C-130 e P-3. O conceito dará capacidade de controlar os UAV por linha de visada ao invés de satélites, reduzindo o uso de satélites já saturados em tempos de guerra. O projeto "Scathe Falcon" já colocou m C-130 em operação.

    O Ministério da Defesa Britânico revelou dados do seu programa de pesquisa sobre tecnologia furtiva. O programa chamado Replica, foi conduzido pela BAE Systems com gasto de US$35 milhões em quatro anos. O resultado foi um modelo em escala real testado em 1999 (foto com modelo invertido). O Replica não foi projetado para voar, mas incorpora características de uma aeronave furtiva como compartimento interno de armas e fuselagem de fibra de carbono.

    A RAF  planeja outras modernizações para seus Tornados F.3 além da capacidade SEAD já introduzida. Algumas já foram usadas n Iraque e chegaram a disparar mísseis ALARM. A aeronave irá receber o casulo de ataque TIALD e bombas guiadas a laser, passando a ser uma aeronave multifunção.

    O Nimrod MRA.4 irá realizar outras missões além de guerra anti-submarino, guerra de superfície e busca e resgate. A aeronave servirá como plataforma de vigilância, reconhecimento e inteligência e poderá disparar mísseis cruise Storm Shadow passando a ser um bombardeiro não penetrante. A aeronave também poderá levar bombas guiadas para realizar missões de apoio aéreo aproximado de longo alcance similar ao B-52.

    A aeronave de treinamento a jato indiana HJT-36 desenvolvida pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL)  voou pela primeira vez em Bangalore em 7 de março. O HJT-36 é propulsada por uma turbina francesa Larzac 04-30 francesa com potência de 1.700dN. Os aviônicos são franceses, britânicos e indianos. O projeto foi iniciado em julho de 1999, mas o trabalho iniciou apenas 18 meses atrás. Deve substituir os 200 jatos Kiran de treinamento básico a partir de 2006.

    A Índia irá modernizar seus MiG-27 equipando-os com a turbina AL-31 do Su-30MKI. A Índia já fabrica o motor sob licença da Rússia. A Índia pretende manter os caças até 2020. Um total de 135 MiG-27 devem ser modernizados no valor de US$800 milhões até 2009 e inclui aviônicos e sistemas de guerra eletrônica.
    Plano de modernização da Força Aérea Indiana também está avaliando novas aeronaves como o Mirage 2000-5, Rafale, MiG-29M2 e Gripen. Os planos de aquisição incluem mais 40 Jaguar, 40 MiG-27 e pelo menos 150 UAVs.

    A China esta estudando versões furtivas do caça J-10. A configuração de asa em delta com canard será mantida.

    A China comunista pretende comprar mais 18 Su-30MKK da KnAAPO. Com este lote receberá um total de 76 Su-30MKK. O primeiro lote de 38 foi entregue entre 2000-2001. O segundo lote de 20 Su-30MKK2 entregue em 2002. O terceiro lote de Su-30MKK3 será entregue 2003-2004 com os outros caças modernizados para este padrão. Os Su-30MKK formarão a força principal de ataque chinês suplementando o JH-7.
    O Su-30MKK2 já está armado com míssil anti-radar Kh-31P. O Su-30MKK3 poderá usar o Kh-31A anti-navio. O radar será o N-010M Zhuk-ME com antena Phased-array e novos modos ar-solo, como mapeamento do terreno, detecção e acompanhamento de alvos terrestres, modos de navegação, Doppler beam sharpening e evitamento do terreno. O modo SAR tem resolução de 3 metros.
    A antena tem tamanho maior (680 x 960mm) em relação a desenvolvida para o MiG-29. O pico de potência é de 6kW, com potência média de 1,5kW. O alcance máximo foi aumentado para 140km no modo ar-ar (50km em perseguição). O radar detecta 20 alvos ar-ar simultaneamente e engaja até 4 com o míssil R-77. Uma fragata pode ser detectada entre 180-200km. O Su-30MKK3 pode engajar dois alvos simultaneamente com o Kh-31A em uma única passada. A China pretende comprar um míssil de longo alcance como o Moskit ou Yakhont.

    A Indonésia comprou dois caças Su-27SH e dois Su-35, além de dois helicópteros de ataque Mi-35 e peças de reposição por US$192 milhões. A intenção é comprar 48 caças Flanker para equipar quatro esquadrões de 12 aeronaves.  As aeronaves serão pagas em dinheiro e produtos locais como borracha, chá, café e óleo de coco.

    A Etiópia recebeu mais 7 caças Su-27 Flanker usados da Rússia. O país já opera o Su-27 e MiG-29.

    O programa AN-70 está passando por uma fase crítica. Os problemas começaram com fim da URSS. A força aérea russa mostrou interesse em comprar uma aeronave nacional como o Ilyushin Il-214 e o Tupolev Tu-330 para substituir o An-12. Os russos temem que a Ucrânia possa se unir a OTAN e não fornecer peças para frota russa.
    O AN-70 está sendo desenvolvimento desde 1978 pela Antonov ucraniana. O requerimento era decolar em 600m com pista de 800m. A aeronave transporta 47t contra os 35t especificados. O projeto demonstrou várias falhas que ainda não foram superadas. Os russos dizem que não preenche requisitos de desempenho como altitude e velocidade, e capacidade de carga. A aeronave ultrapassou o requerimento de transporte médio e agora é transporte pesado.
    Enquanto a força aérea demonstra desinteresse o governo parece interessado na continuação do projeto. O uso pode ser limitado e terá que competir com o Il-76MF como transporte pesado. A escolha será no fim de 2003.

    A Rússia irá completar os testes com o Su-47 (S-37 Berkut) em 2004-2005. A aeronave poderá passar para a fase de desenvolvimento e produção podendo ser o caça de 5a geração russa. As entregas podem iniciar em 2010.

    A Argélia comprou 42 helicópteros Mi-171 por US$ 180 milhões. As aeronaves serão capazes de realizar operações noturnas. Seis já estão em uso pela Argélia.

    A União Européia irá gastar US$485 milhões para desenvolver a rede de satélites de navegação Galileo, similar ao NAVSTAR-GPS americano. A UE alega que será mais potente e confiável que o sistema americano. Um total de 3 satélites serão lançados, podendo chegar a 32, comparado com o GPS e GLONASS russo que usam 24 satélites.

    A empresa israelense Rafael anunciou que desenvolveu o despistador rebocado X-Guard para proteger aeronaves de combate de ameaças guiadas por radar ativo e semi-ativo como mísseis ar-ar e superfície-ar. O X-Guard ilude os mísseis protegendo a plataforma criando um alvo falso. O sistema é capaz de enganar radares monopulso e LORO. O sistema é ligado ao sistema de guerra eletrônico da aeronave por um cabo de fibra ótica. O sistema é reutilizável e pode ser usado vários vezes durante a missão. A empresa também anunciou um sistema similar para navios chamado C-Gem que plana por meios de pára-quedas após ser lançado.

    O Paquistão testou um míssil ar-ar de médio alcance chamado H-4 a partir de um Mirage III.  O míssil tem versão superfície-ar.

    A Denel sul-africana  mostrou o novo obuseiro autopropulsado G6-52 na IDEX 2003. Disparando a munição assistida V-LAP o G6-52 consegue atingir alvos a 70km. O novo obuseiro usa um sistema de manuseio de munição automático com acionador automático de espoleta, aumentando a cadencia de tiro para 8 tiros por minuto.  O novo computador balístico permite atingir o alvo simultaneamente com seis tiros ao mesmo tempo. Pode entrar em posição em 45 segundos e sair em 30 segundos para evitar fogo de contrabateria.

    A empresa Ural e a Uralvagonzavod desenvolveu um pacote de modernização para o T-72M1. O pacote modular abrange todos os aspectos de blindagem, mobilidade e poder de fogo, sendo possível selecionar partes de interesse para modernizar. Os novos itens inclui o sistema de defesa ativo Arena, novas blindagem reativas, novos lança-granadas de fumaça acoplado a um detetor laser, proteção contra minas de ativação magnética, proteção QBR, e sistema anti-incêndio. O motor pode ser substituído pelo B-92C2 V-12 com 1000Hp com transmissão automática. O canhão pode ser o 2A46M de 125mm capaz de disparar munição guiada a laser com alcance de 5km. O sistema de tiro pode receber mira estabilizada para comandante e atirador com imagem térmica e acompanhamento automático de alvo.



Noticias de Julho de 2003


O Exército comprou rádios VHF/HF Rohde & Shchwarz da família M3TR para veículos e portáteis. As entregas devem começar em 2004.

A DARPA premiou a Northrop e Boeing para trabalharem no programa de demonstração Joint Unmanned Combat Air Vehicle (J-UCAV). O valor do contrato gira em torno de US$300 milhões. O objetivo é adaptar seus projetos de UCAV e focar em objetivos comuns das forças armadas americanas. Os requerimentos são raio de combate de 2000km com carga de 1 tonelada. O X-45 da Boeing será adaptado para operações embarcadas assim como o X-47 poderá operar em terra (foto abaixo).



A Lockheed Martin revelou seu projeto de aeronave de ataque supersônica para penetrar espaço aéreo altamente protegido na fase inicial de um conflito e atacar com munição guiada. A companhia desenvolveu o conceito para apoiar estudos de uma plataforma de ataque para a USAF. A USAF pretende substituir toda sua frota de bombardeiros B-1B, B-2A e B-52H até 2040, mas está estudando capacidades complementares que possam estar operacionais em 2020. O sistema pode até nem ser uma aeronave e ir até o espaço. Estão sendo estudadas aeronaves subsônicas, supersônicas e hipersônicas. A aeronave da Lockheed Martin voa entre Mach 2 a Mach 4 com dois tripulantes. A carga varia entre 7 e 18 toneladas com raio de combate de 4827km sem reabastecimento em vôo.


A Rafael mostrou o míssil ar-ar Python 5 de quinta geração capaz de dar proteção total a aeronave, podendo engajar alvos atrás da aeronave no modo de trancamento após lançamento (LOAL). O alcance mínimo diminuiu assim como o alcance passou a ser quase além do alcance visual (NBVR) podendo atingir 20km. Novas tecnologias foram incorporadas como novo sensor de imagem de banda dupla com tecnologia Focal Plane Array (FPA), novos computadores, INS, melhores contramedidas infravermelhas e algoritmo de vôo. O míssil mantém a aerodinâmica do Python 4 e outros itens como motor, ogiva e espoleta.

A Embraer se aliou a Lockheed Martin para propor o EMB-145 como plataforma para o programa Aerial Common Sensor (ACS)do US Army. O contrato pode chegar a 45 aeronaves para substituir RC-7B e RC-12. O requerimento de altitude é de 13.725 metros mas pode ser aceito altitude menor de 39 mil pés do EMB-145.

A Lockheed Martin recebeu um contrato de US$320 milhões para fabricar 10 caças F-16 para o Chile com entrega iniciando em 2006. O contrato não inclui armas e sobressalentes.

A Força Aérea de Singapura escolheu o F-15E, o F-16 Bloco 60 e o Eurofighter Typhoon como finalistas para seu programa FX. O Rafale, F/A-18E/F e Su-35 foram desclassificados.

O Reino Unido testou a metralhadora belga Minimi durante a segunda Guerra do Golfo. A arma foi comparada com várias outras. Deve ser distribuída para cada equipe de tiro de quatro soldados. A arma também foi testada em Brunei e Canadá.

A Espanha pretende equipar suas fragatas F-100 e submarinos S-80 com o míssil cruise Tomahawk. Se os EUA não aprovarem a venda a Espanha poderá tentar adquirir o Scalp-Naval francês.

Os russos estão desenvolvendo um despistador rebocado chamado Lobushka que tem capacidade similar ao AN/ALE-50 americano.

O projeto americano Future Combat Systems (FCS) passou para fase de desenvolvimento e demonstração com um contrato de US$ 14,9 bilhões. O FCS, que substituirá o carro de combate M-1 Abrams, será um sistema ligado em rede composto de 18 veículos terrestres e aéreos, pilotados ou não, que terão a característica de serem fáceis de transportar. A fase de engenharia e construção deve começar em 2006 com entrada em operação em 2012. Entre os itens divididos entre os contratantes estão quatro classes de UAV, um veículo robô armado, um pequeno veículo não tripulado, vários tipos de sensores e sistemas de comunicações. Nenhum veículo deve pesar mais de 20 toneladas.

Entre os detalhes do contrato de compra de 18 Su-30MKM para a Malásia estão a instalação do radar phased array N011 Bars M, equivalente ao APG-79 do F/A-18E/F, e aviônicos da Thales como mostradores multifuncionais e sensores eletroóticos. Os especialistas da Malásia consideraram o Flanker superior ao F/A-18E/F no combate ar-ar, mas inferior no combate ar-solo, principalmente devido a falta de armas guiadas por satélites. Os sistemas de guerra eletrônico também foram considerados inferiores.

A Lockheed Martin e a Raytheon formaram a NetFires LLC para desenvolver e produzir o Non Line of Sight - Launch System (NLOS-LS), também conhecido como NetFires. Os produtos incluem um Loitering Attack Missile (LAM), um Precision Attack Missile (PAM) e um lançador comum. O LAM é um sistema de busca e destruição descartável com cerca de 50kg capaz de realizar busca numa área grande com um radar laser e reconhecimento automático de alvos. O PAM é um míssil de 2,5 metros e 50kg capaz de voar 40km a altitudes de até 10 mil metros.

A BAE System informou ao Ministério da Defesa Britânico que  o orçamento para construir dois NAes não é suficiente para o tamanho especificado que ficaria em quatro bilhões de libras ao invés de 2.8 bilhõs. Com o orçamento atual é possível construir apenas NAes capazes de levar 20 aeronaves e não 48 como desejado.



Notícias de Setembro de 2003


    O ministro da Defesa José Viegas afirmou que o projeto FX será retomado em outubro. O MinDef irá receber as propostas atualizadas. As empresas interessadas terão 60 dias para entregar o documento. O governo deve determinar o vencedor em janeiro de 2004. O Ministro Viegas brifou o presidente Lula, que já sabe que o Mirage 2000 não vai ser nacional, e deu muita ênfase ao Sukhoi.

    A Força Aérea Brasileira assinou contrato para a compra de assentos ejetáveis Martin Baker para o aparelhamento de 76 aeronaves leves de ataque A-29/AT-29 Super Tucano (ALX). Serão dois contratos, com total estimado em cerca de US$ 35 milhões, financiados pelo Deutsche Bank, com prazo de até quatro anos para pagamento. A Export Credits Guarantee Department (ECGD), agência de créditos para exportação ligada ao ministério das exportações inglês, é responsável pela garantia do financiamento. A empresa entregará 51 conjuntos de assentos ejetáveis para os AT-29 bipostos, mais 25 assentos para o A-29 monoposto até dezembro de 2007.

    O míssil Igla tem sido uma decepção para o EB. O índice de acertos tem sido inferior a 18%, sem especificar o modo de engajamento (como alvos cruzados). Os testes foram feitos contra drones a jato rebocando flares como alvo. Os resultados bons foram contra alvos simulando helicópteros, não acertando qualquer coisa que voe a mais de 400km/hora. Não deverão ser feitas novas compras.
    A versão usada nos testes foi um dos 150 primeiros mísseis adquiridos pelo EB. Estes mísseis só foram adquiridos devido a uma sobra da balança comercial a favor do Brasil, a qual a Rússia informou que não teria como pagar.
     O EB agora está estudando uma versão lançada do solo do Mectron MAA-1 Piranha. O míssil teria o dobro do alcance do Igla, e iria equipar todas as unidades do EB. O Piranha seria montado sobre viaturas leves no estilo do Chaparral americano. O sensor usado pelo Piranha é sul-africano, de ultima geração, com capacidade "all aspect". Esta sendo estudada uma encomenda inicial de 300 unidades e 30 lançadores, se os testes derem certo. O míssil terá uma versão com booster e outra naval. O MinDef pretende usar o míssil nas três forças. Foi estudado uma versão lançado do lançador Albatroz das fragatas Niterói que não interessou a Marinha.

    A nova Brigada de Operações Especiais (Bda Op Esp) terá batalhões no Rio de Janeiro, Brasília, Vale do Itajaí e Manaus. Cada Comando Militar, menos o do Nordeste, vai ter seu batalhão de forças especiais. O BFE vai ser o núcleo gerador destas novas unidades. Estes batalhões serão subordinados administrativamente aos Comandos Militares, mas operacionalmente subordinados ao Alto Comando. Os comando regionais vão dar apoio logístico, apenas.
    O Batalhão de Manaus visa as FARC diretamente. Vai atuar preferencialmente na fronteira com a Colômbia, enfrentando os FARC cara a cara. Vai ser o primeiro batalhão a ser criado, e vai ser reforçado com uma companhia a mais. Com isso, o BFE mais que quadruplica de tamanho, e ganha um centro de treinamento próprio e separado.
    A unidade do Vale do Itajaí ainda não teve sua sede definida e deve ser uma unidade antiga a ser convertida. Outra novidade é a criação de um Comando de Operações Especiais.


    A Venezuela está estudando a compra de 50 caças MiG-29SMT, 40 monopostos e 10 bipostos, mísseis ar-ar e bombas.

    O Kamov Ka-50-2 foi escolhido para ser o novo helicóptero de ataque da Turquia. A Turquia deve receber 145 aparelhos em seis anos. O preço unitário é estimado em US$12-15 milhões, sendo 40-45% relativos aos aviônicos da IAI israelense. O Bell AH-1W era o preferido mas perdeu  por não poder ser construído localmente, a não se o cockpit.

    O oitavo protótipo do Su-27IB, também chamado de Su-32 ou Su-34, com aviônicos melhorados teve a construção iniciada em julho de 2003 e deve voar no inicio de 2004. Sete protótipos já foram construídos. Cada um esta sendo usado para testar algum equipamentos do conjunto. O segundo estagio de testes será para testar modos de operação como uso de armas contra alvos em terra, mar e no ar. O Su-27IB irá usar novas armas de precisão ainda não em uso. 70% dos testes é para testar novas armas.

    Dois novos Su-27SK chegaram na Indonésia com camuflagem de três tons de cinza. A Indonésia pretende adquirir mais 12 Flanker em 2004. A força aérea quer pelo menos 28 e um total de 40 pode ser adquirido. Alguns membros do parlamento sugeriram a venda dos F-16 para comprar mais Sukhois.


    Os russos decidiram colocar o YAK-130 em condição operacional. A aeronave será a nova aeronave de treinamento de combate da Força Aérea Russa.

    O novo caça indo-paquistanes FC-1 (Super 7) realizou o primeiro vôo. O caça deve ser usado pela Força Aérea do Paquistão.



    A RAF e RN escolheram o Hawk Mk 128 como seu futuro treinador avançado (programa Advanced Jet Trainer - AJT). A RAF irá adquirir 20 aeronaves com opção para mais 24. O custo de aquisição deve chegar a US$1,2 bilhões de dólares, e somado aos custos de operação e apoio durante 25 anos deve chegar a US$ 5 bilhões. A aeronave deve entrar em serviço em 2008 substituindo o Hawk T.1/T.1A. A Índia também decidiu comprar 66 treinadores Hawk por US$ 1,3 bilhão. O programa AJT não teve concorrência internacional.

    O A-50, versão Lead-In Fighter Trainer (LIFT) do T-50 Golden Eagle, voou pela primeira vez em 29 de agosto na base de Sachon na Coréia do Sul. A principal diferença do Advanced Jet Trainer (AJT) T-50 é o radar APG-67(V)4 e o canhão Vulcan de 20mm.


A Espanha irá comprar 24 helicópteros Tiger da versão HAD (Helicóptero de Apoio e Supressão).


    A Lockheed Martin ganhou um contrato de US$9,4 milhões para passar para a segunda fase do programa Unmanned Combat Armed Rotorcraft (UCAR) da DARPA. O objetivo do programa é mostrar a viabilidade de uma helicóptero de combate não tripulada para reconhecimento armado e ataque para ao sistema Objective Force. O UCAR irá desempenhar as missões mais perigosas sem expor tripulantes a riscos desnecessários e deve estar operacional em 2015.

    A Northrop Grumman recebeu um contrato para desenvolver o CVN-21, o futuro NAe da US Navy. O navio deve ser entregue em 2014. O NAe de nova geração deve iniciar em 2007. Entre as novidades estão o aumento da razão de geração de saídas, melhor movimentação de armas, ilha redesenhada, nova propulsão nuclear e tripulação menor.


    O sistema AEGIS da Lockheed foi escolhido para equipar o terceiro contratorpedeiro KDX-II da Coréia do Sul. O sistema custará US$267,4 milhões para o ser instalado no KDX-III que deve estar completo em 2008.


    O novo blindado Striker americano que será enviado para o Iraque mostrou ser vulnerável aos RPG-7 iraquianos. O US Army pretende enviar uma brigada com 300 Stryker e 3.600 soldados. O blindado mostrou ser muito vulnerável para o cenário de guerrilha esperado. O blindado deve receber blindagem adicional para suportar a ameaça. A proteção atual é contra metralhadoras. A blindagem adicional foi planejada para ser adicionada futuramente para acelerar a introdução em serviço. O Striyer tem 10 versões como transporte de infantaria, canhão móvel, lançador de mísseis anti-carro (foto), porta morteiro e reconhecimento. O tempo para deslocar uma brigada também está estimado em 14 dias gastando um terço da frota de C-17 e C-5 da USAF.


    O Vietnã comprou dois batalhões do sistema antiaéreo S-300PMU1 por US$200 milhões. O míssil tem alcance de 200km.




Notícias de Novembro de 2003


    A Marinha iniciou planos de construção de um Navio-Transporte de Apoio Anfíbio com capacidade para transportar lanchas de desembarque. Poderá ser o primeiro de uma série de navios anfíbios.

    O Uruguai está estudando a compra de armas russas. Na lista está o caça MiG-29.

    O Japão está estudando a construção de dois contratorpedeiros com capacidade de levar helicópteros médios e pesados tipo EH-101 para entrar em serviço em 2007-2008. Serão chamados Cruzadores de helicópteros e irão substituir os contratorpedeiros Haruna.


    O canhão Bofors 57 Mk 3 foi escolhido para equipar os navios do programa Deepwater para a Guarda Costeira americana e o futuro LCS americano.

    Os estudos do Defense Science Board americanos aprovaram os estudos do conceito SEA-BASING para criar uma base flutuante no mar.  Poderá ser uma série de plataformas flutuantes conectadas para servir de base aérea, porto e armazenamento.

    A USAF pretende adquirir um novo helicóptero novo para substituir sua frota de helicópteros de busca e resgate de combate HH-60 e aumentar a quantidade de 104  para 132 aeronaves, iniciando em 2005. O novo helicóptero também irá substituir os 62 UH-1 que operam desde a guerra do Vietnã. Os concorrentes são o Sikorsky S-92 e o Lockheed-Martin- Agusta Westland US-101.

    O Governo Britânico abandonou os planos para comprar mais caças Eurofighter para diminuir os gastos com defesa. O caça foi considerado desatualizado para a época que entrar em serviço, já em 2006. O programa já gastou US$9 bilhões além do orçamento e a RAF deverá receber apenas 143 caças ao invés de 232. A RAF deverá investir mais em aeronaves de combate não tripuladas e armas inteligentes.


    O projeto de caça de quinta geração russo PAK-FA será chamado de Sukhoi T-50 e baseado no Su-47 Berkut (ou S-37) com nova configuração e sem as asas de enflexamento negativo. O desenho final do projeto será finalizado no final de 2003 ou 2004, com o primeiro protótipo voando em 2006/2007. A entrada em serviço será entre 2010-12. A Sukhoi será a contratante principal. O radar da NIIP será projetado em cooperação com a Leninetes e Fazotron. O motor inicial será o AL-31F e depois o AL-41F.
    Os investimentos esperados são de cerca de US$5 bilhões, mas pode chegar a US$10 bilhões.
O conceito do PAK-FA diferente do F/A-22 Raptor que prioriza a furtividade, enquanto o T-50 irá priorizar o desempenho. Os russos acreditam que o combate entre caças furtivos será a curta distância e não a longa distância. A capacidade de super cruzeiro é desejável devido a grande tamanho da Rússia.
    A tecnologia furtiva deve incluir gerador de plasma. O PAK-FA será otimizado para superioridade aérea com capacidade secundária de ataque e reconhecimento. As dimensões estão entre o MiG-29 e o Su-27.

    A Rússia deve receber os novos MiG-29SMT e MiG-31 modernizados. Também irá receber o sistema antiaéreo S-400 e o helicóptero de ataque noturno Mi-28N.

    A força aérea russa esta testando o primeiro Su-27SM modernizado. A aeronave usa sistemas do Su30MK resultando em nova capacidade ar-solo. O radar N-001 foi modernizado. A modernização inclui barramento MIL-STD-1553B com arquitetura aberta. O cockpit tem novas telas multifuncionais de15x20cm semelhantes ao Su-30Mk e tela central de 10x12cm. O novo assento K-36D-3.5E é mais leve que o anterior. O SU-27SM tem capacidade quase similar ao SU-30MK com armas do Su-30MK2. O projeto Su-30KN foi abandonado por falta de fundos. A força aérea russa deve encomendar entre 15-20 Su-27SM em 2003.

    A empresa HAL indiana recebeu um contrato de US$30 milhões para fabricar os canards, estabilizadores e cauda dos 18 Su-30MKM da Malásia. O contrato inclui alguns componentes eletrônicos e o computador de bordo poderá ser também indiano. A HAL poderá ser o centro de manutenção dos Flanker malaios.

    A Índia andou procurando códigos fontes dos MiG-29 e Su-30 para poder instalar mísseis ar-ar ocidentais como o Derby e o R-Darter. Os mísseis de curto alcance poderão ser  o R-73M, Python-4 e ASRAAM que também irão equipar os MiG-21, MiG-27 e Jaguar que serão modernizados.

    A Turquia ainda não se decidiu sobre a aquisição do helicóptero de ataque Bell AH-1Z KingCobra. O contrato foi paralisado pois os americanos não aceitam a fabricação local da aeronave. Os russo mantém a proposta do Kamov Ka-50-2 Hokum com aviônicos israelenses, e é o preferido dos pilotos turcos. Os turcos podem comprar apenas 50 AH-1Z e não 150 como planejado a um custo de US$45 milhões cada. O KA-50-2 custa US$38 milhões cada.

    A Espanha decidiu comprar 24 helicópteros Tiger da Eurocopter para preencher os requerimento de um helicóptero de apoio de combate para o Exército. A versão escolhida foi o HAD (Hélicoptere d´Appui-Destruction) ou helicóptero de apoio e supressão. O Tiger espanhol terá motor MTU/Rolls-Royce MTR390  mais potente e irá usar o novo míssil MBDA Trigat MR de 3a geração com sensor IR, torreta com canhão de 30mm e mísseis Mistral. As entregas serão iniciadas em 2007 para substituir os Bo-105.

    Durante o Maks 2003 foi apresentado os modelos dos UAV da Sukhoi Zond-2 da mesma classe do Global Hawk. O Zond-2 usa com turbina e cauda em V. A antena de comunicações é  triangular e o UAV tem aplicação civil mas com uso militar óbvio. Os outros dois UAV mostrados eram o Zond-1 similar a Zond-2, mas com antena em canoa na fuselagem e junto com os sensor. O Zond-3 é da classe do Preadator com hélice traseira e cauda em V invertida.




    O Canadá adquiriu 200 lançadores de mísseis Javelin, 840 mísseis, simuladores, treinamento  e peças reposição por US$132 milhões.




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