AGM-130

AGM-130

Em 1984, a Rockwell (agora Boeing) recebeu uma contrato para desenvolver uma versão propulsada da bomba planadora guiada GBU-15(V)/B. O objetivo era dar a GBU-15 um melhor desempenho e aumentar o alcance com baixo custo, como feito com a AGM-123A Skipper 2 (a partir de uma GBU-16 Paveway II).

O projeto fazia parte do programa Surface Attack Guided Munition (SAGM) para uma munição guiada de precisão reprogramável de longo alcance. O alcance previsto era de 25-70km dependendo da altitude de lançamento.

A USAF queria uma arma com alcance além da linha de visada para atacar alvos de alto valor a baixa altitude. A limitação da GBU-15 era o alcance estimado em 7 km a baixa altitude. Para aumentar o alcance a aeronave lançadora tinha que voar mais alto e se expondo mais as defesas em terra. Isto pode ser um problema ao tentar atingir alvos muito bem defendidos. A não ser que a penetração seja bem oculta a aeronave pode estar exposta varias milhas antes de disparar a média altitude. Uma versão propulsada permitiria atingir os alvos citados mantendo a GBU-15 atualizada.

A AGM-130 seria basicamente a bomba planadora GBU-15(V)/B com motor foguete sólido SR122-RD-1 da Rocketdyne (agora Alliant Techsystems). O alcance aumentou de 8km para 48km a baixa altitude. O peso passou de 1.187kg para 1.352kg. O conceito modular da GBU-15 foi mantido.

O primeiro teste foi no fim de 1985, mas os testes operacionais foram iniciados entre junho de 1989 a janeiro de 1990 com seis acertos diretos em oito disparos de nove lançamentos. No total foram 41 acertos em 44 testes. A compra foi iniciada em 1990, mas em 1991 foram iniciados novas modernizações com novos sensores e sistemas INS/GPS.

Originalmente foram estudadas três versões AGM-130A, AGM-130B e AGM-130C. As subvariantes são a AGM-130-9/-10/-11/-12. Os dois últimos tem antenas adicionais para aumentar o alcance e cobertura do datalink chamado Switchable Data Link. As versões mais conhecidas são a AGM-130A com uma bomba Mk84. As variantes são a AGM-130A-11 com sensor TV/CCD e a AGM-130A-12 com sensor IIR. O sensor de TV é designado WGU-40/B Television Guidance Section e o sensor infravermelho é designado WGU-42/B Improved Modular Infra Red Sensor.

A AGM-130C é similar a AGM-130A, mas com ogiva penetradora BLU-109. As variantes são a AGM-130C-9 ou AGM-130C-11SDL com TV/CCD e AGM-130C-10 ou AGM-130C-12SDL com sensor IIR.

A AGM-130B foi uma proposta com lançador de submunição SUU-54 para ataque contra bases aéreas. O dispesador SUU-54/B seria equipado com 15 submunições BLU-106/B BKEP (Boosted Kinetic Energy Penetrator) e 75 minas Hunting HB876. Este modelo não entrou em operação.

Em 1987, as versões AGM-130B e AGM-130C pararam o desenvolvimento, mas a AGM-130C reiniciou projeto em 1991 como uma arma de penetração de alvos protegidos com ogiva I-2000 ou BLU-109/B. Também em 1991, foi iniciado o uso de uma câmera de TV Charge Coupled Diode (CCD) e estudos de uma versão turbojato de longo alcance incorporando guiamento de meio curso por GPS.

Em 1993, USAF iniciou a instalação de kit Mid-Course Guidance (MCG) com GPS e INS nas versões AGM-130A/C para diminuir a carga de trabalho dos tripulantes durante a fase de navegação de meio curso e diminuir os custos.

O requerimento da USAF para um Silent Hard Kill (SHARK) para atacar radares não emitindo poderia ser preenchido por uma versão melhorada da AGM-130 e, em 1994, foram iniciados estudos para usar a AGM-130.

Em 1996, o programa para atacar alvos reforçados foi iniciado para a AGM-130, com míssil lançado a grande altitude e mergulhando a 70 graus até o alvo. Os testes foram iniciados em julho de 1997 com a AGM-130C com ogiva penetradora BLU-109/B e INS da Honeywell usadas na JDAM. Era esperado que a versão seria uma modernização das outras versões.

Em 1997, Boeing propôs uma versão com guiamento terminal a laser (LADAR) e sistema de reconhecimento automático de alvos para o sensor IIR. A versão seria chamada de Autonomus AGM-130.

Foram propostos a versão AGM-130E de longo alcance em 1993 com versão de 1.360kg com ogiva BLU-109/B e alcance de 160km e uma versão de 910kg com ogiva Mk-83 com alcance de 230km. O AGM-130E seria propulsado por turbojado e guiamento por INS/GPS, mas o projeto foi paralisados. Uma versão com sensor duplo por TV e IIR, com motor turbojato Williams F122 e alcance de 200km foi proposto para o projeto TSSAM americano e em 1995 para o programa CASOM britânico mas não foi selecionada.

Em 1998, Boeing testou a AGM-130TJ (turbojato) com um turbojato francês e ogiva I-1000 de 454kg. Esta versão teria INS e GPS, atingiria uma velocidade de Mach 0.85 e teria um alcance de 165km. Com um peso de 1.075kg poderia ser disparada pelo F-16.

Outras melhorias consideradas para a AGM-130 foi um sensor laser semi-ativo terminal, algoritmo de reconhecimento automático de alvo e ogiva penetradora melhorada. A AGM-130LW (lightweight) foi uma proposta para armar aeronaves monopostos.

AGM-130

Detalhes da seção traseira da AGM-130 com os controle de vôo.

AGM-130E
A versão de longo alcance AGM-130E teria dois canards no nariz, cauda convencional em V e turbojato embaixo da traseira.

Em 2002, a AGM-130C foi testada com ogiva BLU-109/B com 225kg de composto termobárico e designado BLU-118/B. Esta versão foi usada para atacar cavernas e túneis no Afeganistão em 2002 sendo designada como AGM-130D.

As versões de treino são a CATM-130A de treino cativo e a DATM-130A de treino de manuseio em terra.


Descrição


A AGM-130 tem seis componentes: seção de guiamento, adaptador da ogiva, seção de controle, grupo de aerofólios, unidade do datalink e motor foguete.

A AGM-130A/C é basicamente uma bomba Mk84 ou BLU-109/B, respectivamente, com sensor IIR ou TV, e seção de asas de "corda curta" da GBU-15 com o motor foguete sólido adicionado abaixo do corpo. A seção de controle com quatro asas e superfícies de controle em forma de cruz. O motor é o Alliant Techsystems SR 122-RD-1 que pesa 218kg com 2.89m comprimento e 228mm diâmetro. O motor queima por 60 segundos e é alijado após parar de queimar. A AGM-130 tem 3,94m de comprimento, 46 cm de diâmetro máximo do corpo e envergadura de 1.5m. O peso total é de 1.323kg.

A ogiva Mk84 pesa 900kg sendo 428kg de explosiva Tritonal ou H-6 acionada por espoleta FMU-124A/B na traseira. A BLU-109/B pesa 874kg com 240kg de explosivo Tritonal ou PBXN-109 acionada por espoleta FMU-143/B, MFBF, FEU 80, JPF ou FMU-159/B (HTSF) na traseira.

A AGM-130 foi projetada para precisar de pouco apoio no solo e pode ser usada em bases remotas.

AGM-130
O F-15E pode levar duas AGM-130 nos cabides das asas, mas os cabides não podem ser armados com o AMRAAM e apenas com o Sidewinder.

O modo de funcionamento da AGM-130 é semelhante a EGBU-15, mas pode programar a altitude de vôo. Os alvos previstos são de alto valor, fixos ou lentos, e bem defendidos. O tempo para preparar a missão é longo e por isso não é ideal para alvos com premência de tempo (TST - Time Sensitive Target).

No modo indireto a aeronave pode indicar alvos com o LANTIRN ou modo radar HRM (mapeamento de alta resolução) que consideram a localização do alvo em relação a aeronave. Um pequeno triangulo é sobreposto no vídeo do AGM-130 mostrado na cabina para auxiliar o operador de sistemas a guiar a arma até o alvo.

Durante o disparo as transmissões de vídeo são monitoradas por dois caças F-15E equipados com o datalink. Se a aeronave primária não recebe boas imagens do míssil, o jato secundário pode ser ordenado a atacar. O código "goalkeeper, goalkeeper" é dado para a aeronave reserva tomar o controle.

O alcance adicional aumentou em três vezes comparado com a GBU-15 nas mesmas condições de lançamento. O alcance máximo se disparado a 10 mil metros é de 45km e 24km se disparado a baixa altitude. As imagens gravadas durante os ataques com as AGM-130 em Kosovo mostram os alvos sendo atacados a partir de 25km. Com a aeronave virando 180 graus e aumentando a distância pode-se perceber que a capacidade do datalink é muito maior. O modo de operação sugere que duas aeronaves atacam ao invés de uma ficar em posição avançada e outro atrás monitorando.

O perfil típico de ataque é usar penetração a baixa altitude e disparar no modo "toss" para cima. O computador do F-15E automaticamente calcula os "Dynamic Launch Zone" baseado na altitude ou radar altímetro da bomba e mostra parâmetros de disparo no HUD do piloto. Os disparos podem ser feitos a baixa altitude para evitar detecção da aeronave lançadora. Disparos a maiores altitude irão aumentar o alcance do míssil. O míssil voa de forma autônoma até o alvo com apoio do GPS/INS. Com o datalink as coordenadas do alvo podem ser atualizadas durante o vôo.

O perfil de vôo consiste em fase de planeio, fase propulsada com foguete alijado depois de queimar e fase de planeio final. O motor foguete não é usado para acelerar o míssil e sim para manter a energia. O míssil voa baixo com sistema de acompanhamento de terreno com radar altímetro. O AGM-130 tem radar altímetro e sistema de guiamento digital que permite programar a trajetória de vôo além da tradicional "plana-acelera-plana". A altitude de cruzeiro é de 600m e desce a 300m na fase terminal antes de mergulhar no alvo. A altitude de vôo pode variar de 60m a 6.000m.

A bomba segue um curso pré planejado até entrar em linha de visada com o alvo. O operador de sistemas observa as imagens do vídeo e faz a pontaria fina podendo escolher que parte do alvo pode atingir. Sem imagem de vídeo o míssil ainda pode atingir o alvo com apoio do INS/GPS. A diferença é que vai atingir um prédio enquanto com o vídeo o operador pode escolher qual janela ou pilastra de sustentação.

O guiamento terminal é por TV ou IIR com imagens transmitidas por datalink. Os sensores são o WGU-40/B de TV/CCD (Charge Coupled Device) e o sensor WGU-42/B de imagem IR FPA (Focal Plane Array). Os sensores originais eram o DSU-27B/B TV e WGU-33A/B IR da GBU-15. Os sensores são intercambiáveis. O sensor IIR tem 256x256 pixel e tem modos de polaridade a escolha do operado. O campo de visão largo e estreito ajudam na aquisição de alvo e pontaria.

Os sensores podem adquirir o alvo a até 5 km de distância com apoio do GPS/INS que deixam o míssil já apontado para o alvo. Os sensores têm campo de visão 4,2 graus na vertical e 5,6 graus na horizontal. O sensor se move a 30 graus para cima e 54 graus para baixo, além de 30 graus para os lados. O operador tem opção de apontar apenas o sensor e não o míssil todo para economizar energia, apesar do míssil ser muito manobrável. Outra opção é mover o míssil apenas na horizontal para não perder energia.

A capacidade de controle do tipo "man-in-the-loop" com uso de sensor de imagem e datalink permite que o operador mude de alvo em vôo ou aborte a missão caso perceba que irá atingir o alvo errado. O operador pode designar o alvo com uma cruz usando um joystick (cruz maior) com acompanhamento automático do alvo (cruz menor central). Também existe a opção de controle manual com o joystick. Com o alvo trancado a aeronave fica livre para manobrar e sair do campo de visão do datalink, mas geralmente continuam recebendo a transmissão para fazer avaliação do impacto. Capacidade de disparo direto ainda disponível, mas sem sentido usar com a AGM-130.

AGM-130

Perfil de vôo da AGM-130 após um disparo a baixa altitude contra uma base aérea. No meio da trajetória é possível perceber o local onde o motor foguete foi alijado.

AGM-130
Imagens da sequência de alijamento do motor foguete.

Antena de Radio
Imagem de vídeo de uma AGM-130 durante um ataque a uma antena de comunicação na Sérvia em 1999 (difícil de perceber na imagem). O operador pode designar o alvo com uma cruz usando um joystick (cruz maior) com acompanhamento automático do alvo (cruz menor central). Também existe a opção de controle manual com o joystick.

AGM-130
Imagem com melhor resolução do vídeo da AGM-130 durante os testes.

A AGM-130 é difícil de disparar e só tripulações qualificadas podem usar. Os pilotos escolhem perfis de vôo para atingir o máximo de eficiência com o mínimo de exposição da aeronave e míssil.

O datalink usado é o AXQ-14 já em uso pela GBU-15. O AXQ-14 mostrou ser fácil de ser interferido a grande distância e em 1986 foi iniciado um projeto de um novo casulo de datalink. O contrato era de US$42 milhões e incluía o uso de cabos de fibra ótica. O casulo foi chamado de ZSW-1 Improved Data Link (IDL). O alcance do datalink é estimado em 80km. As operações dos EA-6B Prowler podem interferir com o datalink do AGM-130.

AGM-130
Um F-15E com foto do casulo de datalink no centerline e uma AGM-130 durante os testes. Cerca de três mil casulos de datalink AXQ-14 foram entregues a USAF até 1995.
 
Usuários

A AGM-130 entrou em serviço em 1994 tornando-se operacional nos F-15E em 1998. A AGM-130 foi liberada para disparo no F-4E, F-15E e F-111F e proposto para ser usada no B-1B e B-52H. O B-52 poderia levar seis a oito mísseis e o B-1 até 12 com variante com asas dobráveis.

O custo de desenvolvimento foi de US$192 milhões sem incluir US$ 11 milhões do AGM-130C. O custo unitário é estimado em US$ 440 mil por unidade chegando a US$ 1,2 milhões com os custos totais. A divisão dos custos por partes são: sensor custa 22%, controle 20%, datalink 22%, ogiva 4%, propulsão 19% e grupo adaptador 14%.

Era planejado a compra de mais de 4 mil mísseis sendo 960 por TV e 3 mil com sensor IIR. Esta quantidade foi logo diminuída para 2.300, 1.000 em 1993, 674 em 1994 e em 1995 para 502 mísseis. O primeiro lote de 29 AGM-130A foi comprada em 1990 seguido de 48 em 1991 e 120 em 1992 para testes de vôo, treino e qualificação de produção. Em 1994, havia 140 mísseis em estoque e o requerimento era para 1.000 mísseis, depois reduzido para 400 e depois aumentado para 674. Em 1999 acredita-se que 500 mísseis foram entregues. Com uso com sucesso no Iraque e em Kosovo planejaram manter a produção aberta até 2001 com novos kits GPG/INS.

Em 1996 a Coréia do Sul comprou 116 mísseis AGM-130 para equipar seus F-4E. O Egito tentou comprar para equipar seus F-16 para substituir as GBU-15 dos seus caça-bombardeiros F-4E que estavam sendo retirados de serviço. A Turquia e a Austrália também estudaram a compra da AGM-130, mas escolheram a Popeye israelense.

F-111

Um F-111 equipado com quatro AGM-130. A AGM-130 foi autorizada para uso nos F-4E, F-15E e F-111F. Foi estudado ou uso pelo F-16, B-1B e B-52H.


Uso Operacional

A AGM-130 foi usada em combate no Iraque, Iugoslávia e Afeganistão. A AGM-130 foi projetada para ser usada em ambiente de alta intensidade ou efeito especifico no alvo. Como eram caras tem que ser usadas contra alvos bem escolhidos.

O primeiro uso oficial foi em dezembro de 1997 contra uma instalação de radar no norte do Iraque. No dia 24 de janeiro de 1999, um F-15E disparou uma AGM-130 contra um site de mísseis SA-3 no sul do Iraque na zona de exclusão aérea. No dia 26 dois F-15E dispararam outras AGM-130 em sites de radares que estavam iluminando aeronaves aliadas. Neste mês foram 10 mísseis disparados sendo que um errou o alvo e atingiu uma área residencial. Entre os alvos estavam dois MiG-29 destruídos em terra. Foi considerado que teve pouco sucesso no norte do Iraque.

Nas operações na Iugoslávia em 1999, vários vídeos disponíveis na Internet mostram imagens da AGM-130 atacando antenas de TV e rádio, prédios, radares e baterias de mísseis. Entre os alvos estavam dois MiG-29 no solo. Os danos colaterais eram o ponto fraco dos aliados. Os operadores viam pelo vídeo que estavam próximos a alvos civis e tinha que abortar. Os iugoslavos colocavam suas armas próximas a alvos sensíveis, como escolas, igrejas e hospitais propositalmente para isso. Em abril de 1999 duas AGM-130 atingiram uma ponte em Grdelica matando vario civis que estavam em um trem passando na hora do impacto.

Novi Sad
Ataque a ponte de Novi Sad na Sérvia em 1999. Nos frames finais é possível perceber a presença de pessoas no canto superior esquerdo da ponte.

Grdelica Grdelica
Grdelica Grdelica
Imagens de um ataque com AGM-130 disparado de um F-15E durante o conflito de Kosovo em 1999. A bomba atingiu uma ponte ferroviária em Grdelica enquanto passava um trem lotado. A segunda bomba (sequência de baixo) aumentou o estrago.

Radar SA-2
Um grande número de imagens de vídeos da AGM-130 mostram que foram lançadas contra alvos irradiantes como o radar de busca a esquerda e o radar Fang Song do SA-2 a direita (com o tripulante fugindo a esquerda da imagem). Isto lembra as origens no programa DME e SHARK e sugere que era também uma arma anti-radar com guiamento por sensor passivo além do TV e IR. As primeiras aeronaves Wild Weasel como o F-100F e F-105G faziam isso com os tripulantes se guiando as emissões de radar e atacavam os sites visualmente com bombas e foguetes. A operação seria obviamente menos arriscada se fosse feita com um míssil guiado por imagem. Os sensores passivos não tem precisão para atacar radares de busca, mas o sensor de TV compensaria.

SA-6
SA-6
SA-6
Seqüência de um ataque a uma estação de mísseis SA-6. O ataque iniciou contra o posto de comando (com um guarda na porta que olhou para o míssil pouco antes do impacto), seguido do ataque ao radar de controle de tiro.


A AGM-130 foi usada no Afeganistão em 2001 e em 2002 foi testada a AGM-130D com ogiva termobárica para atacar entradas de cavernas no local.

A próxima vez que a AGM-130 foi usada foi na invasão do Iraque em 2003. Um alvo da primeira noite da Operação Iraq Freedom seria o local onde estaria Saddam Huseim. A USAF queria usar a AGM-130 para mostrar o vídeo a imprensa, mas o disparo da bomba precisa de muito planejamento. Tiveram que lançar dois F-117 para a realizar a missão, mas foi um aviso falso.

A AGM-130 foi usada para atacar as instalações de transporte de Saddam. Na primeira noite quatro F-15E atacaram com as AGM-130. Um míssil foi instalado em cada jato também equipados com o casulo de datalink. Dois atacariam o quartel da Guarda Republicada e dois atacariam o iate de Saddam. Todos tiveram problemas. O primeiro teve uma falha antes de decolar, outro míssil explodiu pouco depois do disparo, provavelmente atingido pela artilharia antiaérea no local do alvo que era intensa, o terceiro míssil não guiou e o quarto não atingiu o alvo. Nenhum alvo foi destruído. Os EA-6B estavam operando próximo e podem ter interferido nas transmissões do datalink. Apesar do grande potencial a AGM-130 acabou mostrando ser pouco confiável em combate.

Com novas munições guiadas como a JDAM e JSOW mais baratas de comprar e manter a AGM-130 está sendo retirada de serviço devido aos custos de manutenção.
 


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