Armas Guiadas na Segunda Guerra Mundial

A idéia de usar armas controladas remotamente e disparada fora do alcance das armas inimigas, principalmente contra navios, é uma idéia bem antiga. Originalmente as armas eram chamadas de torpedos aéreos, drones de assalto, bombas planadoras e bombas verticais.

A US Navy e o US Army testaram torpedos aéreos controlados por rádio em 1917. Os projetos eram secretos. Em abril de 1917 a US Navy deu um contrato para a Sperry Gyroscope Company para instalar um controle automático em um aeroplano Curtiss. A Sperry já fazia aeronaves rádio controladas e pensaram em fazer uma bomba controlada. Podia ser um bomba com pára-quedas e mudariam a posição do pára-quedas para direcionar a bomba. A bomba voadora da Curtiss-Sperry foi lançada pela primeira vez em 6 de março de 1918. O projeto era um biplano com uma carga de 454kg, alcance de 80km e velocidade de 130 a 150km/h. Foi o primeiro míssil guiado americano. As falhas eram frequentes e nunca foi produzido em massa.

O US Amry gostou do projeto e iniciou um projeto próprio que foi chamado de aerial torpedo. Os nomes foram vários como ammunition carrier, automatic carrier, flying bomb, e “Liberty Eagle.” O termo torpedo aéreo mudou de nome para bomba controlável, depois bomba guiada e mísseis. O termo torpedo aéreo, após 1941, era usado para torpedo anti-navio lançado do ar.

Para o fabricante era chamado "the bug". Era um pequeno biplano sem cabina e trem de pouso com 12 pés de cumprimento e 15 de largura. Pesava 550 libras e levava 200 libras de carga. O alcance era de 75 milhas voando a 100 mph. Usava giroscópio e barômetro para guiamento. Os testes foram em setembro de 1918. Foram cinco disparos e todo caíram minutos após decolar. Um circulou por 45 minutos antes de cair 20 milhas do ponto de disparo. Em 22 de outubro um decolou e manteve o curso e caiu no ponto pré determinado. Comparam 100 com planos para produção em larga escala. Com o fim da guerra cancelou o contrato. Não se esperava que mudasse o resultado da guerra. O potencial de alterar a batalha não foi perdido e continuou sendo testado. Foram realizados 13 disparos em 1919, todos com falhas, menos o último com controle de altitude melhorado e voou 16 milhas. Foi cancelado logo depois.

Em março de 1920 a Sperry Aircraft Company foi contratada para converter três aeronaves em torpedo aéreo. Os testes foram em abril de 1922 e mostrou que o vento impedia a aeronave de manter o curso. Logo passaram a investigar modos de ajustes de direção com rádio controle. Em junho de 1922 lançaram uma aeronave que atingiu o alvo a 30 milhas de distância. Foram 12 correções de rádio. Foram vários testes seguidos atingido até 90 milhas. O problema ainda eram as falhas mecânicas. De 1924 a 1930 focaram em aeronave com maior estabilidade. Em 1931 confluíram que seria melhor usar aeronaves já existentes. Em 1932 o projeto foi cancelado for falta de fundos relacionados com a grande depressão.


Foto do BUG.

Na Alemanha a Siemens (Siemens-Schukert Werke (SSW)) testou sua bomba controlada por rádio em 1910. Em 1914 pensaram em lançar um planador guiado remotamente da Dornier a partir de Zeppelins. O primeiro teste foi em janeiro de 1915 com um planador de 1,5m de envergadura chamado Parseval PIV. Testaram modelos cada vez maiores e pensaram até em disparar de U-Boats (seria o primeiro míssil de cruzeiro disparado de submarino). Os testes de planadores equipados com cabeça de guerra real foi em outubro de 1916. Em 1917 o Zeppelins L25 e L35 receberam um bombas guiada de 1000kg chamado Torpedogleiter Type 2. O primeiro disparo foi em 27 de abril de 1918 do L35 na base de Juterbor. Um disparou a 1500m de altura e atingiu uma distância de 7,5km. A guerra terminou antes de ser produzido em massa. Os alemães chegaram a estudar uma versão propulsada com alcance de 400km.

A Siemens testou torpedos planadores com guiamento por cabo permitindo que o operador controlasse o voo por fios atrás da arma. A fuselagem depois se abre para lançar o torpedo. Versões biplanos e monoplanos foram desenvolvidas com peso de até uma tonelada. Alguns testes foram de Zeppelins e outros com bombardeiros. Não foram usados em combate.


Imagens do torpedo planador L10.

Os italianos projetaram a Telebomba K22. Era uma bomba de 72kg com configuração biplano. Os testes iniciaram em 22 de julho de 1918 a partir do dirigível M em Vigna di Valle voando 15km. O segundo disparo foi no dia 27 de novembro de 1918 com sucesso parcial. A guerra terminou antes da produção iniciar. Continuaram o projeto adicionando uma cabeça de guerra de 90kg. A segunda foi disparada em 17 de dezembro de 1924.


Imagem da Telebomba italiana.

Os britânicos estudaram torpedos aéreo para interceptar os Zeppelin e atacar alvos em terra. A aeronave robô foi designada "AT" (Aerial Target) para esconder o objetivo real do projeto. A aeronave era um monoplano guiado por rádio com motor de 50HP. O primeiro voo foi em outubro de 1916, mas o funcionamento do motor interferia no controle de rádio e foi abandonado. Já a Royal Aircraft Factory construiu um monoplano chamado ABC. Foi demonstrado em março de 1917 e caiu logo depois de ser disparado.

Armas Guiadas Alemãs na Segunda Guerra Mundial

Na década de 1930 os soviéticos estudaram conceitos de aeronaves compostas, que eram um bombardeiro carregando um caça na fuselagem. O bombardeiro carregado de bombas seria lançado em direção ao alvo. Os alemães adotaram a idéia com o Mistel.

Em 1941 começaram investigar o assunto com um caça afixado em um Ju-88 com explosivos. A idéia não era popular, mas testes com uma aeronave rebocando um planador mostrou que era viável. O projeto foi denominado Beethoven e resultou no Mistel (uma planta parasita). O Mistel voou em julho de 1943 com um Bf-109 fixado em um Ju-88A. Os controles do caça eram ligados ao do Ju-88 e voava direto até o alvo e liberava o bombardeiro. O bombardeiro voava em piloto automático até o alvo. O primeiro falhou contra o grupo tarefa Pedestal e outras prioridades tomaram a frente do projeto. Nenhum foi usado na Normandia.

Uma versão melhorada com o Fw190A e um Ju-88G foi chamado Improved Mistel. A carga era de 3,5 toneladas e tinha uma sonda com o detonador. O objetivo era penetrar concreto reforçado e testaram contra um couraçado Francês.

O Mistel entrou em operação junho de 1944 e poucos foram usados contra navios no fim do mês. Nenhum atingiu o alvo. Planejaram usar vários Mistel na operação Eisenhammer. Um total de 250 foram construídos incluindo com Ju-88 novos, mas a operação não foi levada adiante.

Tentariam atacar a Royal Navy na base de Scapa Flow, mas o programa foi atrasado até ser cancelado. Tentaram atacar estações de força em Moscou e Gorki, mas também foi cancelado.

A versão a jato era o Fi-103 ou bomba voadora V1. O Me-262 foi considerado com um levado acima de outro Me-262 sem piloto. Usaria trilhos para decolar.


Imagem dos testes do Mistel.


Perfil de ataque do Mistel.

No fim da década de 30 a Blohm und Voss reiniciou seus projetos de torpedos planadores. Não se tem muitas informações a respeito. O BV-143 foi projetado para voar bem baixo sobre o mar com um braço mecânico para "sentir" o mar e manter a altitude. Ao contato com o mar era acionado um foguete para manter altitude. Quatro foram testadas e todos caíram.

A Blohm und Voss também desenvolveu uma bomba planadora verdadeira chamava "Hagelkorn (Hailstone)". Era uma bomba com cauda em cruz e grandes asas. A primeira foi a BV-226 seguida da BV-246 com razão de planeio de 25. As Hagelkorn usavam um sistema de giroestabilização para manter a direção até o alvo e era pouco precisa. O projeto iniciou no fim de 1943 e parou no iniciou 1944. Foram compradas 1.100 e testadas nos He-111 e FW-190, mas com pouco uso em combate. O projeto foi reiniciado um ano após com sensor radar passivo "Radieschen" para atacar radares aliados. Dez armas foram testadas e com dois acertos diretos e oito falhas. A guerra acabou logo depois. 


Bv 143 sendo disparada por um He 111.


Desenho da Bv 246.

A Alemanha testou o míssil Seehund F11 em 1940. Era um planador sem cauda com cabeça de guerra de 900kg com um transmissor que tranca nas transmissões do alvo. Eram sensores primitivos e não confiáveis.

Os alemães usaram um sistema semelhante a Elia italiana, mas com a Motobomba FFF. Era um torpedo com um motor fazendo espiral concêntrico de 500 a 4000m até atingir um alvo. Seria disparada a frente de comboios ou grupos tarefas e circulariam sem ser observadas. Com vários círculos acabariam conseguindo um acerto.

Foram os alemães que devolveram a primeira arma anti-navio guiada lançada de aeronaves com maior sucesso e vitórias. Na guerra civil espanhola os alemães perceberam que era fácil penetrar a proteção de metal de um navio com uma bomba, mas era muito difícil atingir um alvo móvel. Então começaram a pensar em usar armas controladas por rádio para atacar navios. Os testes iniciaram em 1938.

Após o inicio da Segunda Guerra Mundial o programa foi acelerado e priorizado, principalmente após a sua força de torpedeiros ser dizimada em 1942 e 1943. Os alemães imaginavam que as novas armas deixariam poucas aeronaves destacadas sendo pouco vulneráveis comparado com os torpedeiros. De vários projetos três foram favorecidos: a bomba planadora rádio controlada Hs 293, a bomba rádio controlada FX1400 e o Mistel (Visco). No fim de 1943 havia três esquadrões da Luftwaffe especializados em ataque naval equipados com as novas armas.

A maior motivação para desenvolver as armas guiadas era atacar navios. Atingir um alvo móvel como navios a partir de aeronave era bem mais difícil que um alvo fixo em terra. A pontaria ficava mais fácil ao se aproximar do alvo, mas se está no alcance de suas armas então também estará no alcance das armas do inimigo. O problema complica ainda mais se o alvo for muito blindados. É necessário usar armas perfurantes e disparadas bem do alto para dar força cinética o que piora a pontaria. Outra opção é atacar em mergulho, mas entrando no alcance da artilharia antiaérea inimiga. Na saída do mergulho tem que puxar muitos g´s então a aeronave tem que ser pequena atrapalhando a capacidade de carga e alcance.

As outras opções eram lançar torpedos de aeronave o que era difícil e arriscado. As táticas de skip bombas dos americanos também era arriscada. As táticas de ataque em mergulhar, com torpedo e skip bomb eram efetivos, mas os alemães estudaram outra opção na forma das armas guiadas. Seria disparada a distância do alvo com precisão.

Henschel Hs 293

A Henschel Hs 293 era uma bomba planadora com asas controlada por rádio. O projeto iniciou em julho de 1940. Testaram vários protótipos sem propulsão que gerou a Hs 293V-3. Inicialmente usaram um piloto automático para voar nivelado até o alvo. Devido a limitação do piloto automático testaram o rádio controle. Flares foram instalados na traseira para indicar a posição da bomba. Com o sucesso nos testes foram iniciados os trabalhos com uma versão melhorada. Os testes mostraram que a versão sem propulsão ficaria para trás da aeronave lançadora ficando difícil de guiar. A próxima versão tinha um casulo com motor foguete liquido Walter 109-507B. Os resultado melhoraram e com outras pequenas mudanças virou a Hs 293A-1.

O motor foguete de 590kg de empuxo era usado para acelerar a bomba a uma velocidade de cerca de 600km/h em 12 segundos e depois planaria até o alvo, variando a velocidade de 435 a 900km/h. O alcance máximo era de 18km e o mínimo de 3500m. Quando disparada a uma altitude de mil metros o alcance era de 11 km. O motor liga 90 metros abaixo aeronave após a bomba ser lançada.

A versão de produção tinha apenas spoiler para controle e sem leme. A bomba muda de direção ao se inclinar. Os sinais rádio acionava airelons em curva e os elevators empurram o nariz na direção desejada. Era uma arma difícil de controlar e as defesas pioravam ainda mais a situação. Uma curva fechada resultava em perda fácil de controle. Os testes mostraram que era difícil ver a bomba a distância com má visibilidade.

A cabeça de guerra era uma bomba SC500 (Sprengbombe Cylindrisch) e virou uma limitação. Não era perfurante, mas pretendiam atacar navios mercantes e outros alvos pouco blindados. A Hs 293 tinha 3,82 metros de comprimento e um peso total de 1045kg. A Hs 293 foi instalada no Do217, He111, He177 e FW-200. Geralmente levavam duas nas asas.

A Hs 293 era controlada pelo sistema Kehl-Strassburg. O FuG-203 Kehl III era um rádio transmissor instalado na aeronave e o FuG-230b Strassburg era o receptor instalado na bomba. Tinha 18 bandas de frequência na banda de 48:50MHz permitindo o disparo de 18 bombas simultaneamente. O operador usa um joystick para controlar a bomba. Depois do disparo a aeronave vira para a esquerda e o operador tenta manter a bomba alinhada com o alvo até atingir. A Hs 293 foi o primeiro sistema Command to Line Of Sight (CLOS) em operação.

Mais de mil Hs 293 foram fabricadas. As Hs 293 foram modernizada para versões mais avançadas. A Hs 293A-2 tinha controle por spoiler e foi usada em ação.


Perfil de ataque da Hs 293. O operador usa um joystick para controlar a bomba. Depois do disparo a aeronave vira para a esquerda e o operador tenta manter a bomba alinhada com o alvo até atingir. Um flare na cauda indica a posição da bomba.


Um navegador/bombardeador controlando uma Hs 293 com um joystick instalado em um Hs 111.


Os alemães criaram um simulador para treinar os operadores da bomba. Também era necessário disparar três Hs 293 reais para se qualificar. Os controles ficam no lado direito da aeronave o que significa que tinham que atacar o lado esquerdo dos navios, em direção paralela, seguindo a mesma direção.

A Hs 293B usaria o sistema de guiamento por fio Dortmund-Duisburg com alcance de 30km. O fio era desenrolado na bomba e na aeronave. Foram convertidos 200 a partir da versão A com uso limitado no Mediterrâneo no fim da guerra. Não foram usadas em terra com medo dos aliados copiarem a tecnologia. Com os aliados se aproximando foram usadas em abril de 1945 para atacar pontes no rio Oder para parar o avanço soviético contra Berlim.

Os alemães desenvolveram várias versões da Hs 293. A Hs 293C tinha uma cabeça de guerra para "voar" abaixo d'água com apoio de foguetes. A Hs 293D recebeu uma TV no nariz que envia as imagens para a aeronave lançadora, permitindo ser disparada acima das nuvens. O primeiro teste com sucesso foi em agosto de 1944 com o sistema de guiamento Seedorf 3 e Tonne 4a. Foram fabricadas 255 unidades e citam ter atingido um navio britânico.

A Hs 293E era a C melhorada, mas apenas 18 foram fabricadas. A Hs 293F tinha asas em delta, mas o conceito foi abandonado no fim de 1943. A Hs 293G foi projetada para ataques em mergulho com guiamento terminal, mas nunca terminou os testes. A Hs 293I tinha cabeça de guerra maior, mas nunca entrou em produção.

A Hs 293H seria o modelo A adaptada como míssil ar-ar para atacar formações de bombardeiros. Foi equipado com motores HWK-109-542 ou Schmidding 109-513, sensor acústico de proximidade e novo pacote de guiamento. Oito protótipos foram construídos. A Hs 293HV e Hs 293V avaliaram estruturas, espoleta e outros intens. Não tinham intenção de entrar em produção.


Desenho da Hs 293H projetada para atacar bombardeiros aliados. Seria lançada dos Ju-88 e Do-217. Atingiria uma velocidade de 685km/h e tinha uma cabeça de guerra de 45kg. Foi cancelada em favor da X-4 Kramer.


Os vários modelos da Hs 293.
A Hs294 era outro torpedo foguete. Seria guiada por fio e depois por TV e até ser cancelada devido aos atrasos. A Hs295 e Hs296 tinham cabeça de guerra perfurante e dois motores foguetes. A Hs295 tinha cabeça de guerra de 1 tonelada e a Hs296 de 1400kg.


Uma Hs 293 logo depois de disparar o motor foguete.

Os Hs 293 foram usadas pelos esquadrões KG 100 no Mar Mediterrâneo e pelo KG 40 operando na França. Foram as primeiras armas capazes de atacar fora do alcance da artilharia antiaérea e com precisão contra alvos móveis.

A Hs 293 entrou em operação no meio 1943 e a Patrulhas de Combate Aéreo aliadas fez o seu uso ficar arriscado. As Hs 293 foram usadas na baia de Biscaia em agosto de 1943 e causou preocupação nos aliados. Após 27 de agosto de 1944 os britânicos criaram interferidores para instalar em contratorpedeiros.

O primeiro uso da Hs 293 foi em 25 de agosto de 1943 quando o KG 40 atacou um Grupo Tarefa britânico caçando U-Boats na Baia de Biscaia. O HMS Landguard e o HMS Bideford foram danificados. Dois dias depois 18 aeronaves Do-217 do KG 40 afundaram o HMS Egret matando 194 marinheiros. A corveta Egret estava com cientistas para detecção das transmissões de rádio da bomba e foi atingido e afundou rápido. O contratorpedeiro Athabaskan também foi atingido e quase afundou. O contratorpedeiro Grenville quase foi atingido.

O grupo tarefa estava sendo rastreados desde as 8 horas da manhã. Então o ataque podia iniciar em duas horas. As 12:54h um grande grupo de Dornier Do 217 foi detectado. Circularam fora do alcance e depois voaram paralelos em direção a força a 8km de distância. Viraram em direção ao alvo e as Hs 293 eram disparadas como um flash alaranjado e iam para os alvos. Eram seguidas de outros disparos da mesma aeronave. A Ergret foi atingida ao mesmo tempo que outro grupo veio de trás e o Atabastak foi atingido. A Grenville foi atacado por 16 aeronaves e ziguezagueou a 32 nós para evitar ser atingido. A Grenville tentou virar e uma Hs 293 não conseguiu virar e estolou. O raio de curva era grande, mas outra já estava no ar. Várias estolaram ou deram cambalhotas tentando atingir o alvo. Parecia difícil controlar enquanto mergulhavam. Depois desse ataque os aliados passaram a manter os navios a 200 milhas da França até produzirem contramedidas.


Arte mostrando o ataque contra o Egret.


Imagem de uma Hs 293 se aproximando do Grenville e atingindo o Athabaskan.

Os Do217 foram deslocados para Creta no fim de 1943 chegando em novembro. Atacaram vários contratorpedeiros britânicos levando suprimentos. Na noite do dia 11 atingiram e danificaram o HMS Rockwood e dois dias depois atacaram e afundaram o HMS Dulverton.

No dia 21 de novembro de 1943 foram realizados ataques na Bia de Biscaia contra os comboios SL 139 e MKS30 por 25 bombas Hs 293 disparadas pelos He 177. O contratorpedeiro canadense Prince Robert estava na retaguarda do comboio. A maioria dos disparos foram contra o pesqueiro Marsla que ficou para trás. Virando rápido evitou oito mísseis dos três primeiros He177 e viu um bombardeiro cair. O quinto ataque as 16h atingiu o navio que afundou rápido. No total foram 16 disparos e apenas um atingiu outro navio, o Deliius. Era o mesmo piloto que afundou o Marsla. Três He177 foram atingidos e um danificado.

O transporte de tropas Rohna foi afundado em 26 de novembro de 1943 em um ataque por 21 aeronaves do KG40 contra o comboio MKF26. Seis He177 foram derrubados e dois fizeram pouso forçado na base.

No desembarque em Aznio em Janeiro de 1944, os Hs 293 novamente foram usados pelo KG 100 operando de Bergamo. Tiveram pouco sucesso devido as defesas. O líder da flotilha, o Jervis teve a proa atingida. Seis navios na invasão estavam equipados com rádios XCJ-1 para escutar e interferir, mas faltou treinamento adequado para os operadores. O resultado foi o contratorpedeiro Spartan sendo atingido no dia 29 de janeiro, assim como o transporte Samuel Huntington. No dia 15 de fevereiro o transporte Elihu Yale foi atacado e o contratorpedeiro Inglefield foi atingido no dia 25 de fevereiro.

Em junho de 1944, durante o desembarque na Normandia, os He177 atacaram a noite e foram atacados por caças noturnos com altas perdas afundando apenas cinco navios em 10 dias de operações.

Outras vitórias da Hs 293 foram a fragata HMS Jervil danificada em janeiro de 1944, o contratorpedeiro HMS Intrepid foi afundado no Mar Egeu em setembro de 1943, o contratorpedeiro Inglefield foi afundado em fevereiro de 1944, o contratorpedeiro Boadicea foi afundado em junho de 1944, o contratorpedeiro grego RHS Vasillisa Olga foi afundado em setembro de 1943. O Hs 293 afundou um total de 400 mil toneladas.

Os britânicos citam que foram disparadas 2.300 Hs 293 em combate. As falhas eram de 28% dos disparos. O KG 100 cita ter atingido 31% de acerto e o KG 40 cita 55% o que é incompatível com os números britânicos.

Os britânicos desenvolveram o rádio Type 650 que interferia na banda de 3MHz e cobre todas as freqüências da bomba. A US Navy desenvolveu o XCJ, mas com freqüência errada. O sucesso em jammear os controles de rádio da Hs 293 levou ao modelo Hs 293B com o sistema Dortmund-Duisburg. O alcance era de 30km e um fio era lançado da bomba e da aeronave para transmitir os dados. Cerca de 200 foram construídos a partir do modelo Hs 293A e foi pouco usada em operações no Mar Mediterrâneo.

Hitler proibiu seu uso contra alvos em terra com medo dos aliados copiarem. Com os aliados se aproximando e ordem foi cancelada. Em abril de 1945 foi usada para atacar pontes no Rio Oder para parar o avanço soviético até Berlim. As Hs 293 foram capturadas na base aérea de Foggia junto com modelos da Fritz-X e criaram os jamming.

Fritz-X

A FX 1400, também conhecida como Fritz-X, ou X-1 pelo fabricante, ou PC-1400X pela Luftwaffe, era uma bomba penetradora de 1.400kg guiada por rádio controle com auxilio de um joystick. O projeto iniciou em 1939 e entrou em serviço no verão de 1943. A Fritz-X usava a mesma tecnologia da Hs 293, mas com aparência diferente. Era baseada na bomba perfurante PC1400 de 1400kg. O peso total da Fritz-X era de 1.570kg e o alcance era bem menor que a Hs 293.

O guiamento é o mesmo sistema Kehl-Strassburg da Hs 293 com um giroscópio sendo usado para manter a estabilidade. A Fritz-X não tinha um motor foguete de aceleração, mas também usava um flare para ser acompanhada visualmente como a Hs 293.

Cerca de duas mil Fritz-X foram fabricada e 200 foram usadas em combate. Foi usada apenas pelo esquadrão KG 100. Uma versão guiada por fio, com o sistema de guiamento Duran/Detmold FuG 208/238, e estabilizada por giroscópio foi projetada, mas foi canceladas pois a prioridade passou para defesa e não a ofensiva.

Era levada pelos Dornier Do 217K-2 modificados. A aeronave subia acima de 20 mil pés com duas bombas. O disparo era entre 12 a 19 mil pés com a bomba acelerando até 244m/s. Para ter precisão era disparada em uma altitude de 4 mil metros a mais de 5km do alvo como uma bomba comum. Geralmente disparam a 5.500m altitude para acelerar durante a queda, mas facilita perder o contato visual. A aeronave lançadora desacelera e realiza uma manobra de subida após o disparo para manter a bomba no visual, mas a manobra facilitava o trabalho da artilharia antiaérea que perceberam a manobra. O bombardeador consegue corrigir erros de 500m em distância e 350 metros na lateral. O CEP era de cerca de 100 pés (30 metros).

Um problema no disparo da bomba era o efeito de paralaxe. O míssil caia com a mesma velocidade da plataforma lançadora. O controlador não pode olhar pela trajetória do míssil e determinar o ponto de impacto provável pois sua visão é ver o míssil se movendo junto e se distanciando. Então não sabe o quanto falta para o míssil atingir o alvo.


Imagem da Fritz-X em um museu. O caminhão do lado dá uma idéia da escala.

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Perfil de disparo da Fritz-X. A bomba é disparada a mais de 6 mil metros para acelerar a uma velocidade que permite penetrar um convés blindado. A bomba é apontada como uma bomba comum com a mira Lotfe 7. Após o disparo o piloto desacelera e sobe 300 metros diminuindo a velocidade rapidamente. O objetivo é manter a linha de visada com a bomba enquanto mergulha. Na fase final de voo a bomba está apontada para o alvo e é possível mirar alinhando o flare da bomba com o alvo.


Os testes inicias da Fritz-X foram baseados na bombas SC250 de 250kg. Com o sucesso nos testes passaram para uma bomba maior.


Imagem do disparo de uma Fritz-X. O ponto branco é o flare com o alvo visível no canto superior direito.
Nos treinos os alemães também usavam filmes em rolo para treinar.


Imagem do disparo de uma Fritz-X logo após o disparo. Os flares estão facilmente visíveis.

A Fritz-X foi testada entre fevereiro de 1942 até a metade de 1943. A primeira saída de combate foi contra Malta com os Do 217 baseados em Istres. O primeiro ataque contra navios foi na invasão da Sicilia sem resultado.

Os couraçados Roma, Itália e Vittorio Veneto estavam indo para Malta se render em 9 de setembro de 1943 e foram atacados. A antes das 16h a frota italiana mudou o curso e foi atacado por 11 aeronaves Do 227 partindo do sul da França com duas FX1400 cada. Inicialmente os italianos pensaram que eram aliando e não iniciaram manobras evasivas ou dispararam seus canhões antiaéreos. O Roma foi atingido duas vezes sendo que uma Fritz-X atingiu a meia nau e outro na proa. Uma perfurou três conveses blindados de 16cm cada. O navio partiu no meio pois a bomba explodiu abaixo da quilha. O Itália foi atingido, mas a bomba varou do outro lado sendo apenas danificado pela explosão.

Dois dias depois a Fritz-X voltou a ser usada durante o desembarque em Salermo em setembro de 1943 com sucesso. A média foi de um acerto de Fritz-X ou Hs 293 por saída, não sendo impressionante, mas foi um resultado mais significativo que o normal. A artilharia antiaérea não conseguia atingir as bombas mergulhado de 18 mil pés a 800 pés por segundo. O primeiro alvo foi o cruzador Philadelphia atacado por uma FX1400 e Hs 293. Depois de um acerto próximo a 15 metros o cruzador Savannah foi danificado com um acerto direito ao ser atacado com o sol pelas costas. Viram bombas voando com flare em direção do navio até ser atingido navio, mas conseguiu voltar para o porto. O cruzador Uganda da Royal Navy foi severamente danificado. O navio hospital Newfoundland afundou e o contratorpedeiros Loyal e Nubian quase foram atingidos. Inicialmente pensaram em um ataque convencional, mas a descrição dos flares e a fumaça indicou que eram guiadas por rádio. A reação foi criar rádios para jammear os controles.

No dia 16 de setembro o couraçado Warspite foi pego de surpresa quando bombardeava as praias por três FX1400 disparadas bem antes de serem vistos. Foram vistos a cerca 7 mil pés descendo sem poderem reagir. Uma acertou a meia nau, outra próxima e a terceira errou. O navio ficou fora de ação por vários meses.

Os comboios aliados no Mediterrâneo passaram a ser os alvos entre outubro e novembro. As Fritz-X atacavam as escoltas para os mercantes serem atacados pelos Ju88 armados com torpedos. As patrulhas aéreas acabaram afugentando os alemães.

Em 30 de abril de 1944 o esquadrão Fliegerkorps X foi equipado com armas guiadas e atacou Plymouth a noite, mas sem acerto de importância. A Fritz-X foi abandonada quando o esquadrão foi todo destruído em terra. Os alemães citam terem atacado a ponte no rio Selun em Pontaubault, na Normandia, para parar o avanço da Sexta Divisão Blindada em 7 de agosto de 1944.

A resposta aliada as armas guiadas alemãs iniciou em outubro de 1943. Um total de 200 rádios do exército com frequência adequada para jammear os controles das armas guiadas alemães foram instalados em navios. Para ser efetivo cada navio tinha que ter dois rádios para jammear duas bandas. O rádio foi chamado de Type 650. Foi testado primeiro na corveta Woodpecker em dezembro de 1943 e depois 99 pares foram instados em vários navios da Royal Navy. A versão melhorada Type 651 foi produzida em 1945 para uso no Pacifico e após a guerra. Foram os primeiros sistemas de guerra eletrônica instalados em navios de guerra.

Os rádios enviavam interferência e os controles das bombas iam para a posição extrema e perdiam o controle. Nos ataques contra alvos na Normandia nem conseguiram passar pelas defesas de caça. As poucas bombas disparadas foram enganadas por jamming e deixaram de ser úteis.

 
Imagens do ataque da Fritz-X contra o Couraçado Roma em 9 de setembro de 1943.

Armas Guiadas Britânicas na Segunda Guerra Mundial

 O rádio controle foi usado pelos britânicos a partir de 1923. Usavam nos drones Folland lançados de contratorpedeiros que eram usados como alvos aéreos.

A RAF testou técnicas de bombardeiro convencional contra navio móvel atacando a partir de 500 a 12 mil pés. Foram 100 ataques sem um único acerto. Os ataques reais na Segunda Guerra Mundial confirmaram estas estatísticas. Apenas contra alvos estacionários ou ataques em mergulho mostraram eficiência contra navios. Então passaram a pensar no uso de armas guiadas. Por outro lado, a artilharia antiaérea da Royal Navy raramente atingia os drones alvos nos treinos. Então concluíram que não precisavam de uma arma de longo alcance guiada.

Em 1927 os britânicos desenvolveram o torpedo aéreo Long-Range Gun With Lynx Engine (LARYNX). Foi desenvolvido a partir do drone alvo Queen Beed, biplanos Tiger Moth convertidos, com controle por giroscópio. Um foi lançado de um contratorpedeiro e vários testado no Iraque com cabeça de guerra de 113kg em 1936.

Na Segunda Guerra Mundial os britânicos reviveram os torpedo aéreos em 1940 com a Miles Aircraft propondo o Hoop-la. Era um monoplano de asa alta com uma bomba de 454kg. A velocidade era de 480km/h. A precisão não seria boa, mas poderia atingir uma cidade atacando baixo a noite. Na época os britânicos ainda não defendiam os ataques as cidades e a bomba foi esquecida.

Armas Guiadas Italianas na Segunda Guerra Mundial

A Itália testou uma arma controlada em 1932. A França desenvolveu a bomba planadora De Roumeford antes da guerra. Foi testada com cabeça de guerra de 45 a 100kg.

Os Italianos foram os primeiros a disparar uma arma com controle remoto contra navios entre 1940 a 1942. A Elia-Freri, ou Torpedine Beta, não era um míssil anti-navio guiado no senso puro, mas uma mina oscilatória lançada do ar por pára-quedas, podendo ficar ancorada em  profundidade variável. Foram compradas 500 unidades e recebidas em 1943, mas era tarde demais para serem usadas.

O primeiro ataque foi em 17 de julho de 1940 pelos italianos com três SM-82 viajando 14 horas até Gibraltar. No dia 25 atacaram novamente. No dia 20 de agosto uma missão durou 22 horas. O maior uso foi contra o comboio Pedestal em 12 de agosto de 1942.  Dez aeronaves SM lançaram 84 Motobombas. O comboio alterou o curso e permitiu que fosse realizado um ataque convencional com torpedos. Os alemães usaram em 19 de março de 1943 com os Ju-88 lançando 72 Motobombas contra Trípoli e mais 32 em Algiers na noite 26 de março e 70 contra Trípoli em 13 de abril. O maior sucesso foi no dia primeiro de dezembro com 105 bombardeiros Ju-88 destruindo 16 navios aliados. Os alemães chamaram a de bomba de F5W.

Os italianos desenvolveram vários torpedos guiados. O primeiro foi o A/130 que em setembro de 1941 estava em estágio avançado de desenvolvimento. Pesava 1800kg com alcance de 1km e lançado com apoio de pára-quedas. O alcance aumentou para 3500m. A probabilidade de acerto era de 10%. O modelo A/170 tinha alcance de 5km. No dia 13 de novembro de 1942, três torpedeiros testaram e dispararam contra o couraçado Barham e o porta-aviões Eagle sem sucesso.

Uma idéia mostrada em 1935 foi a "La Bomba di Collisione". Era uma resposta a um requerimento de arma de longo alcance, com alcance de 12km, e guiada por rádio. Tinha o formato de uma aeronave convencional. Foi testada em 1940.

Os Italianos realizaram experimentos com rádio controle com bombardeiros SM-79 convertidos com controle de rádio e explosivos. Virou uma bomba voadora. A aeronave decolava como um avião. Ao entrar no curso em direção ao alvo o piloto saltava de pára-quedas e a aeronave passava a ser controlada por um Cant Z1007bis. A idéia era semelhante aos conceitos americanos da década de 1920, mas a idéia não foi considerada implausível e foi realizada contra o comboio Pedestal indo para Malta em agosto de 1942. Foram lançadas duas aeronaves com escolta de cinco caças G50 e enviados no dia 11 de agosto. O controle de rádio falhou na rota e voou até o combustível acabar na Argélia.

Armas Guiadas Japonesas na Segunda Guerra Mundial

O Japão não tinha tecnologia para criar mísseis guiados, mas trocou por sensores e computadores humanos - os Kamikaszes. A Okha (flor de cereja) é o mais conhecido. O termo técnico era Yokosuka MXY-y Mk 2e Kamikase. Era um cilindro de madeira de 6m de comprimento com uma cabeça de guerra de 1200kg. A asa tinha 5m de envergadura com cauda dupla. O motor era um motor foguete de três estágios com 800kg e empuxo. Foi equipado com blindagem para sobreviver a artilharia antiaérea. Era lançada do Mitsubishi G4M Betty com alcance de 90km. Os pilotos treinavam em um planador que usava água como lastro para simular o peso e depois era alijado para ficar leve e pousar.

Primeiro a bomba plana a 375km/h até 30 segundo do impacto e dispara o motor por 10 segundos até acelerar a 1000km/h. Foi proposto como arma costeira suicida desenvolvida a partir de agosto de 1944 com testes em outubro de 1944. Entrou em ação em abril de 1945.

Na primeira ação as aeronaves lançadoras foram todas interceptadas e os disparos foram bem longe dos alvos. Foi em 21 de março de 1945 com 15 G4M escoltados por caças Zero. Alguns Zeros sobreviveram e os Hellcats viram os mísseis nos bombardeiros. O primeiro uso foi em primeiro de abril de 1945 atingindo o couraçado West Virgina. Cada Okha atacou de uma direção diferente. O primeiro navio afundado foi o contratorpedeiro Mannert L. Abele em Okinawa em 12 de abril. Também danificou um contratorpedeiro, um caça-minas e danificou mais meia dúzia de navios. É uma estatística ínfima comparado com outras ações kamikases. Um modelo melhorado para ser levado no P1Yi Ginga era mais rápido, mas não entrou em operação. A maior falha foi com a nave mãe que falhaa em voltar para base em 70% das vezes.

Os japoneses trabalharam em uma arma guiada chamada I-GO-1, mas nunca foi usada operacionalmente. O Mitsubishi I-GO-1A era guiado por rádio com motor foguete solido de aceleração. Pesava 1400kg com cabeça de guerra de 800kg. Foi testada em 1944. O I-GO-1B era um modelo similar da Kawasaki. Pesava 680kg sendo 300kg de explosivo. Foi testado no fim de 1944. Foram fabricados 180 para teses no Ki-48li, mas nenhum foi usado em combate. A I-GO-1C da Universidade Imperial de Tóquio era guiada pelo som dos canhões navais. Foi testada em 1945, mas os detalhes não são conhecidos.

Os ataques Kamikases de 1944 funcionaram como míssil anti-navio e podem ser considerados parte da história das armas de precisão. Foram a maior ameaça dos navios aliados com 2.800 ataques afundando 34 navios, danificaram 368, mataram 4.900 marinheiros e feriram 4.800. Apesar da detecção e apoio do radar, interceptação aérea e atrito, e barragem antiaérea maciça, 14% dos ataques sobreviveram para atingir um alvo. Cerca de 8,5% dos navios atingidos afundaram. Os ataques kamikase geraram mudanças no planejamento das operações, apesar de pouco numeroso. 


Arte mostrando um ataque de uma Okha.

Armas Guiadas Russas na Segunda Guerra Mundial

Os Soviéticos iniciaram estudos com bombas planadoras em 1944. Era um planador com cauda dupla com uma bomba de 1 tonelada em cada fuselagem. Um caça era instalado acima da estrutura para dar propulsão e pontaria. Ao ser disparada o planador continuava até o alvo com auxilio de um piloto automático e um giroscópio. O projeto nunca foi implementado.

Os soviéticos só colocaram uma bomba planadora em ação no meio da década de 50 com a UB-2F Chaika (seagull). Era uma bomba de 2 toneladas com asa em cruz e cauda dupla. Era disparada pelo Il-20 Beagle e o Tu16 Badger. A Tchaika-2 era uma versão com sensor de calor.

A UB-5 Kondor era uma bomba de 5 toneladas que levou a UBV-5 com penetrador. Foram pouco usadas e logo substituídas por armas melhores.

 


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