IDAS

Após o cancelamento do programa Triton, devido ao cancelamento do programa Polyphem, a ARGE IDAS foi formado pela HDW, Diehl BGT Defence e Kongsberg para iniciar o programa IDAS (Interactive Defence and Attack system for Submarines) para criar um projeto similar ao Triton.

O IDAS é um míssil guiado por sensor infravermelho lançado de submarino para ser usado contra aeronaves lentas, embarcações e alvos na superfície. Com o sistema de mísseis IDAS um submarino submerso pode engajar com sucesso helicópteros anti-submarinos, pequenos navios de superfície e alvos próximos a costa.

O sistema IDAS consiste no míssil, com quatro mísseis levados em um canister de lançamento no tubo de torpedo, e o sistema de controle no centro de comando do submarino.

Os componentes do míssil são o sensor IIR do míssil IRIS-T, um datalink de fibra ótica ligando o míssil até o console de controle, e um motor foguete sólido de estagio único. O alcance é de aproximadamente 15 km. O míssil tem cerca de 2,5 metros de comprimento, 180 mm de diâmetro, 240mm de envergadura, peso de 120kg e cabeça de guerra de 13 kg. O alcance é de 15 a 20 km.

Mesmo usando um datalink de fibra ótica o IDAS tem capacidade de atuar de forma completamente autônoma com os computadores instalados no míssil. O operador pode intervir no curso da missão a qualquer hora, mantendo a capacidade de reconhecimento na rota e gravação dos dados de imagem.

O primeiro teste de disparo submerso foi iniciado ainda em 2006 pela WTD 71 Technical Centre for Ships and Naval Weapons. O primeiro disparo real do protótipo do IDAS foi em 15 de novembro de 2006 na Alemanha.

Em 29 de maio de 2008 o IDAS realizou um teste de voo com sucesso a partir do submarino alemão U33 da classe U 212A no mar Báltico. Durante o disparo o INS do míssil foi ajustado pelo inercial do submarino e foi ejetado pelo tubo de torpedo. Após abrir as asas e as barbatanas traseiras e o motor ter sido acionado ainda debaixo d'água, poucos segundos antes de emergir, o míssil voou sem problemas e transmitiu as imagens do sensor para o submarino pelo o fio de fibra ótica. A próxima fase será de desenvolvimento.

Os modelos iniciais do IDAS tinham superfície de controle principais dobráveis lateralmente.

O IDAS saindo na superfície com o periscópio do U33 visível ao fundo. O disparo do míssil não cria nenhuma limitação nas manobras do submarino.

O container é a interface entre o míssil e o submarino. O tamanho é similar ao de um torpedo pesado. Os mísseis são expulsos com um mecanismo de pistão mecânico-hidráulico.

O container é manejado como um torpedo. Vários mísseis podem ser disparados quase ao mesmo tempo, mas de tubos diferentes.

Conceito de operação do IDAS. Após a detecção de um helicóptero anti-submarino pelos sensores do submarino o comandante deve decidir se o disparo do IDAS é necessário. Se o risco de ser detectado e atacado for muito grande o disparo do IDAS deverá ser realizado. O IDAS demora cerca de 1 minuto para atingir a superfície, ligar o motor e detectar seus alvo. Contra navios o IDAS pode atacar partes vitais como a ponte de comando ou helicópteros no convoo. A possibilidade de desenvolver mísseis disparados de submarinos para conter a ameaças de helicópteros anti-submarinos vem sendo discutida desde a década de 80. O IDAS parece ser o primeiro projeto a ser posto em prática.

O sistema de Comando e Controle do submarino indica a direção e distância do alvo para o míssil que depois pode continuar de forma autônoma ou com intervenção humana. A imagem também mostra um corte interno do IDAS.

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