Bombe Guidée Laser - BGL |
Em 1978, Matra, agora MBDA Missile System, iniciou o desenvolvimento da família de bombas guiadas a laser Bombe Guidée Laser (BGL), ou Bombe a guidage laser, com princípio similar as Paveway americanas com kits de sensores adicionados a bombas convencionais. O subsistema de guiamento era derivado do sensor Ariel desenvolvido para o míssil guiado a laser AS.30 Laser. O sensor produzido pela Thomson-CSF (agora Thales), e conhecido como EBLIS, atuaria junto com o casulo de designação de alvos ATLIS II também da Thales. Outro item do kits consiste na seção traseira de estabilização.
A primeira fase do projeto foi a integração dos kits em bombas de uso geral de 400kg que terminou em 1980. Uma bomba de 1.000kg camada Arcole foi desenvolvida para destruir alvos duros com os kits EBLIS com testes em 1992. Uma variante de 250 kg iniciou o desenvolvimento em 1990 terminando em 1995. Uma variante penetradora de 400 kg (PE) também foi desenvolvida terminado o projeto em 1995.
A BGL consiste em dois subsistemas para instalar em bombas burras: o kit guiamento com quatro canards e kit traseiro com asas dobráveis. O kit frontal para bombas de 250 kg e 400 g pesa 45kg e o traseiro 80kg com a bomba completa sendo chamada de BGL-400. Os kits para a bomba de 1.0000kg pesa 60 g e 110 g respectivamente com a bomba sendo chamada de BGL-1000 (na verdade a bomba em si pesa 850kg). As bombas BANG-150 e BANG-250 da Aeronaval também podem receber os kits.
O kit dianteiro usa um sensor de laser semi-ativo montado em um canister. Após o disparo o detector mede o ângulo entre o vetor velocidade da bomba e a linha de visada entre a bomba e o alvo. Dados de correção são enviados para os atuadores elétricos, movendo os canards nariz e ajustando a trajetória. O sistema inclui um giroscópio e piloto automático digital. O kit traseiro é usado apenas para estabilização.
O tempo de vôo é de até 30 segundos após o disparo com energia elétrica fornecida por uma bateria. A BGL foi projetada desde o inicio para uso a baixa altitude, em vôo nivelado até Mach 0,9, com alcance de 4km a 10km. O projeto também considera possíveis erros de vários graus de pontaria em relação ao alvo. Os testes com Jaguar mostrara um alcance de 7 km a baixa altitude e 13km a média altitude com o modelo de 400kg. A Arcole tem CEP de 1 metro e alcance de 10km a média altitude.
Um Mirage 2000D armado com duas BGL-1000 e um designador ATLIS II.
Uma BGL-1000 sendo preparada para ser instalada em um Mirage 2000N durante a operação Allied Force.
A BGL foi qualificadas para uso no Jaguar, Mirage F1, Mirage 2000D e Mirage 2000-5F. Foram realizados estudos de adaptação no F-16, Tornado. A BGL de 1.000kg foi projetadas primariamente para os Mirage 2000D e Mirage 2000-5F.
A BGL de 400kg entrou em serviço na França em 1985 e a Arcole de 1.000kg em 1992. Em 1995 a MBDA foi contratada para fabricar 1.000 Arcole para a França. A BGL de 400kg foi usada na Guerra do Golfo em 1991 e a Arcole na Bósnia em 1994 e em Kosovo em 1999 pelos Mirage 2000D. Em Kosovo foram disparadas 500 bombas BGL-400 e 100 Arcole. O Iraque comprou os kits para a BGL-400 e não se sabe se usou contra o Irã. Em 2002 a MBDA relata ter entregue mais de 1.750 versão GP e PE para vários compradores.
Especificações:
250 kg BGL-400GP BGL-400PE BGL-1000 Comprimento 3,61 m 3,54 m 3,64 m 4,37 m Diâmetro 324 mm 403 mm 391 mm 457 mm Envergadura
(dobrada)
0,79 m 0,79 m 0,79 m 0,90 m Envergadura (aberta) 1,43 m 1,43 m 1,43 m 1,72 m
Dimensões das bombas BGL.
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