Spike-ER

Outro membro da família Spike é o Spike-ER, antes chamado de NTD, Dandy, "Spike de longo alcance", ou Long Spike. É uma versão maior de 30kg do Spike básico, para uso primário em helicópteros. O alcance efetivo do Spike-ER é de 400 a 8.000 metros e a cabeça de busca térmica de alto desempenho permite usar modos LOBL de longo alcance.

O Spike-ER também pode fazer correção de trajetória com o link de fibra-ótica. O sistema de link por fibra ótica permite que a aeronave lançadora observar e rastrear o alvo através dos sistema de bordo e pode mergulhar e procurar cobertura após o lançamento no modo "dispare-e-atualize" enquanto continua guiando o míssil a partir de uma posição oculta.

O Spike-ER já foi testado no AH-1 Cobra Israelense e no Tiger. O Spike-LR também foi demonstrado em helicópteros num lançador padrão do Spike-ER com adaptador devido ao seu tamanho menor.

A opção dispare e atualize permite trancar no alvo, disparar, se esconder, e acompanhar o míssil pelo datalink. Durante o vôo é possível mudar o ponto de pontaria ou mudar de alvo. O modo dispare e controle permite disparar sem trancar no alvo no modo trancamento após lançamento (LOAL). A grande distância de engajamento e capacidade de disparar e esconder, ou disparar escondido dá grande capacidade de sobrevivência para o helicóptero.

O Spike-ER pode atacar a parte mais fina da blindagem que é o topo da torre ou motor.

O cabide SPIKE-ER (NTD) Heli-launcher tem capacidade de levar quatro mísseis e também aceita o modelo Spike-LR. Pode levar mísseis operacionais e de treinamento, tem interface via databus 1553, tem estoque de gás refrigerador dos sensores IIR dos mísseis, pode ser carregado e recarregado rapidamente, e fornece energia elétrica para os mísseis. O lançador pesa 55kg ou 187kg com 4 mísseis. O comprimento no container do míssil é de 1670mm com 170mm diâmetro e 33kg de peso.

A Rafael também desenvolveu o Spike-ER para veículos, com lançador do Spike-LR e tubo e míssil do Spike-ER. O alcance máximo também é 8km, mas também pode usar o Spike-LR de 4km. Irá substituir o TOW em Israel.

Detalhes do lançador do Spike-ER no Humvee.

O lançador terrestre para veículos pesa 15kg. O projeto do lançador é modular e pode ser instalado em vários veículos e navios.

Spike-ER usado pela Finlândia.

Spike-ER sendo testado no AH-1. O Spike-ER pode ser disparado do AH-1S Cobra, Augusta A-129, MD-500 Defenders, Gazelle e Mi-24 Hind.

O sistema HeliCOAT permite que um helicóptero leve, como o MD-530F da foto, tenha capacidade de ataque de precisão em qualquer tempo a uma fração do custo de uma aeronave especializada. O sistema é totalmente independente dos sistemas de bordo. Tem um FLIR e CCD e um laser (designador, telêmetro ou marcador de alvo). Os lançadores modulares podem acomodar todos os mísseis da série Spike além de casulos de foguetes e metralhadoras. Na fogo acima o lançador esta equipado com o Spike-LR e Spike-ER. A combinação Spike e HeliCOAT já esta operacional com os Puma Romenos.

Mock-up do Spike-LR e Spike-ER no mesmo lançador de helicóptero. O helicóptero Hind pode levar um total de 24 mísseis. O Dandy está competindo com Hellfire para equipar o helicóptero de ataque Tiger alemão.

O Spike-ER foi testado com sucesso no em 2009 no protótipo do UH-60 Yanshuf como parte do projeto AH-60 BattleHawk da Elbit junto com a Sikorski. O AH-60 irá apoiar a frota de AH-64A Peten e AH-64D Sharaf.

Spike-ER em um UAV Spewer.

Durante a feira aeroespacial AERO INDIA 2001, a empresa IAI mostrou um Mi-17 modernizado chamado "Peak 17" - "Performance for Peak of the World". A aeronave é otimizada para operações diurnas e noturnas com um casulo eletro-ótico (HMOSP) com FLIR e NVG com proteção de um sistema de guerra eletrônica da IAI Elta.

A modernização é baseada no mesmo sistema oferecido para o Ka-50-2. O casulo estabilizado com TV e FLIR pode ser apontado para um alvo e indicar alvos para os mísseis, no caso um Rafael Spike-ER, e disparar o míssil no modo "dispare-e-esqueça" ou "dispare-e-atualize".

O sistema tem a capacidade de praticar o lançamento antes do disparo real. A trajetória do míssil pode ser rastreada num mapa móvel na tela do display multifuncional. Este mesmo mapa móvel pode ser mudado para um modo tridimensional e, com realidade virtual, o piloto pode olhar as melhores posições de ataque. O mapa pode ser mudado novamente para o padrão bidimensional e pode-se praticar várias lançamentos simulados antes do disparo real (se não for só treinamento).

Ao se ativar o sistema de guerra eletrônico o mapa móvel mostra áreas em vermelho que são as áreas ocupadas pelo inimigo e o alcance de suas armas. O sistema também indica as áreas a serem evitadas.

As versões mais atuais têm opção de usar a ogiva PBF (penetration, blast and fragmentation) para penetração e depois detonação para diminuir o efeito colateral em áreas urbanas. O míssil é considerado mais barato que o Hellfire por radar e do mesmo preço do Hellfire a laser. Porém, segundo os israelenses, são necessários menos mísseis para bater a mesma quantidade de alvos, com maior capacidade de sobrevivência e menor risco de danos colaterais.

O uso em região urbana mostrou que o Spike-ER pode atingir uma janela. Em caso de alvos múltiplos o alvo pode ser trancado em um alvo, com o cabo de fibra ótica sendo cortado e outro fica pronto para disparo.

Vídeo de um Spike-ER lançado pela marinha israelense contra alvos na costa de Gaza em 29/12/2008 a partir de uma torreta Typhoon.