FIST - Future Integrated Soldier Technology


O FIST (Future Integrated Soldier Technology) é um programa de modernização de soldados britânico, para identificar e fornecer equipamentos para o infante desmontado para o século XXI.

Dando seguimento ao programa Future Fighting Soldier System Study (FFSS) iniciado em resposta a uma pedido da diretoria de infantaria de 1993, os britânicos iniciaram o desenvolvimento de sistemas de soldado para o chamado programa Future Infantry Soldier Technology (FIST).

O acrônimo do programa  foi redefinido como Future Integrated Soldier Technology depois de ser tornar um programa de todas as armas para o uso dos Royal Marines, Infantaria, regimentos da RAF, Royal Armoured Corps (RAC), Royal Artillery (RA) e Royal Enginners.

O objetivo é criar um sistema de combate integrado para as tropas que tenham que lutar a pé em contato aproximado com o inimigo, um papel agora chamado "Dismounted Close Combat" (DCC) - combate aproximado desmontado.

Para atingir este objetivo, a seção de infantaria no papel de DCC será considerada um sistema de armas, ou seja uma plataforma, recebendo o mesmo tratamento de um navio ou aeronave de combate. Os subsistemas do FIST, contudo, serão otimizadas para melhorar a capacidade a nível de seção. A seção é que irá ter a capacidade DCC completa e não o infante isolado.

O FIST planeja usar a seção de infantaria como o centro de uma suíte de equipamentos e armas que funcionam de forma coerente e complementar. A tecnologia se desenvolveu a um estágio onde se pode considerar que o soldado individual poderá ter capacidades que antes eram exclusivas de blindados e aviões. Eletrônicos miniaturizados, junto com avanços em materiais e roupas protetoras abriram novas possibilidades para o soldado.

Operações britânicas nas Malvinas/Falklands, Golfo e Bósnia confirmou as dificuldades da infantaria e tropas de apoio para serem capazes de combater a pé em combates aproximados ou combate aproximado desmontado (DCC).

O DCC compreende quatro capacidades principais como anti-blindagem, anti-pessoal, anti-estrutura e STANO (surveillance, target acquisition, night observation).

Como os infantes devem operar por longos períodos, apoiados apenas com o que levam, os equipamentos devem ser projetados para o DCC para serem fáceis de levar, simples de usar e leves.

As tropas desmontadas sempre foram equipadas de modo parcial. O resultado é que as roupas, armas e sensores não foram sistematicamente integrados. Os soldados desmontados deverão ter capacidade melhorada para sobreviver e operar nos ambientes operacionais do futuro.

O projeto FIST permitira que o soldado do futuro seja equipado para maximizar sua efetividade, enquanto diminui as cargas físicas e psicológicas, o efeito do estresse de combate, e a possibilidade de erro humano. Para atingir isto o projeto irá considerar o ser humano e seu equipamento com o um sistema de soldado, onde um soldado motivado e bem treinado será o elemento chave.

O programa dará melhorias na efetividade e sobrevivência do soldado desmontado que terá interface com plataformas de apoio como o blindado Warrior, helicópteros e blindados. O soldado desmontado também será o elemento mais baixo da cadeia de digitalização sendo um elemento essencial a considerar. O FIST considera não só o soldado, mas seu efeito coletivo nas equipes de tiro, seções e pelotão, dentro do contesto total da companhia.

O FIST é um projeto complexo, não apenas um substituto de equipamentos. O sistema deverá ter um conjunto de capacidades interdependentes, identificadas nos requerimentos (move, find, engage) para melhorar a efetividade do DCC.

Analise operacional e estudos realizados desde 1994 mostrou uma grande necessidade de investimentos em programas para apoiar o infante desmontado em combate aproximado.

O programa FIST esta continuando um programa de engenharia bem fundamentado para assegurar uma base sólida para reduzir o risco durante a fase de avaliação e compra. Esta conduta, que inclui o envolvimento dos usuários e suas opiniões, foi adotada desde o início.

Todo o programa seguiu três caminhos. O primeiro foi a analise operacional, para dar evidencias convincentes das áreas do problema para persuadir os usuários a investir no programa. A análise operacional determinará as capacidades necessárias para derrotar inimigo: capacidade de tiro para atingir uma alvo a 400 metros, capacidade de localizar e designar alvos de dia e a noite em qualquer condições de tempo; capacidade de receber e transmitir ordens e informações; sistema de navegação confiável e preciso; e suprimento de força adequado.

O segundo está relacionado a fatores humanos, ou estudos direcionados para mostrar o melhor meio de mostrar dados, ou utilidade relativa de entradas visuais e de áudio, carga aceitável, ou efetividade entre proteção de áudio e perda em audição natural.

Os estudos de fatores humanos do FIST é identificar o melhor método para melhorar o desempenho humano. A interface homem-máquina (MMI) é uma das propostas assim como métodos de avaliação do sistema.

O fator humano é considerado vital no FIST. Os operadores humanos e pessoal da manutenção são as partes que não tem capacidade de modificar, reprojetar ou modernizar. O FIST e seus componentes é que devem ser projetados para servir as necessidades e características dos usuários.

O demonstrador de tecnologia representa o terceiro caminho, e o protótipo para o primeiro FIST não estuda os problemas que apareceram na análise operacional. O demonstrador de tecnologia será usado é para demonstrar a viabilidade das novas tecnologias para preencher os requisitos do DCC, sendo uma bancada de testes do projeto.  


Eventos recentes em Kosovo, Bósnia e Afeganistão continuam a enfatizar a importância do soldado desmontado. O FIST dará a tecnologia necessária para preencher as demandas impostas ao infante em vários papéis, desde manutenção da paz a operações em ambientes urbanos. Outra função é reduzir o fratricídio com o aumento da consciência da situação.

Demonstrador de Tecnologia

O FIST foi iniciado em estudos preliminares do DERA em 1995. O primeiro experimento FIST foi feito pela DERA (QinetiQ) em dezembro 1995. Foi usado um transmissor do tamanho de maço de cigarro já em uso em carros de de corrida da Fórmula 1. O alcance era de 2km para transmissão de imagem de vídeo e operava na frequência de 1,1 GHz.

Também usava um databus comercial equivalente ao 1553, com custo US$30 comparado com US$450 do similar militar. Nestes teste foi avaliado a capacidade de enviar, receber a assimilar imagens vistas no HMD. O teste foi usado para determinar os requerimentos dos sistemas futuros.

Também em 1995 foram realizados testes com o sistema de vigilância Nigth Stalker que seria usado na primeira geração do FIST.

A fase dois iniciou em abril de 1997 como parte do programa de pesquisa da DERA (QinetiQ) para testes de novas tecnologias com o programa de demonstração de tecnologia.

Os participantes industriais foram a Pilkington Optronics, como contratante principal, e Racal Acoustics, agora membros da Thales, a BAe Systems e a Royal Ordnance. O contrato foi de US$9,6 milhões e durou três anos. As indústria investiram uma quantia semelhante. O programa foi gerenciado pela QinetiQ para produzir protótipo para avaliação em abril de 1998.

Os protótipos FIST 98 foi avaliado entre abril e junho de 1998 para  avaliação inicial e testes de metodologia. Outros testes foram realizados entre agosto e outubro do 1999 com metodologia da OTAN para determinar benefícios associados com emprego do demonstrador. Os testes foram realizados no SPTA (Salisbury Plain Training Area).

Os testes a nível de seção foi realizado com os protótipos FIST2000 em março de 2000. O FIST 2000 é uma evolução do FIST 98 e melhorado com conselhos dos usuários. Oito sistemas foram entregues para formar duas equipes de fogo para os testes conduzidos por uma seção do Argylland Sutherland Highlanders. Os testes foram realizados no Infantry Trials and Development Unit (ITDU). Os testes do FIST digital foi em Chipre em maio de 2000 com testes adicionais em novembro.

Os testes eram exercícios de batalha com cenário realista com os dados gravados e observados para compilação posterior. Os britânicos usaram o  jogo de guerra CAEN para avaliar desempenho a nível de companhia até soldado individual. A fase testes já foi terminada.

O objetivo era examinar e avaliar as opções de tecnologia para melhorar o desempenho, sobrevivência e efetividade do soldado desmontado. Isto foi realizado com a integração do soldado e seus equipamentos. O FIST também garantirá que o soldado tenha um sistema de comando e controle que permita que se aproveite dos programas de campo de batalha digital.

Os trabalhos foram dividido em Sistema e Coordenação, digitalização/C4I, fator humano, demonstrador de tecnologia, testes, roupas de combate, fontes de energia e sensores. As melhorias estão direcionadas para cinco áreas chaves: letalidade, sobrevivência, C4I, mobilidade e sustentação.

O trabalho pretendia estabelecer as necessidades de todos os tipos de infantaria desmontada e seu nível de desempenho atual. O resultado foi organizado para quantificar o desempenho do infante em todos os níveis.

Os trabalhos futuros serão na área de tecnologia sem fio, peso/energia, furtividade na área de operações silenciosas e redução de assinatura, ambiente sintético, monitoração da saúde do soldado além da energia e munição e suprimentos.

O FIST é dirigido para requerimentos e não só para tecnologias. As lições do programa de demonstração de tecnologia foi aplicado para definir as futuras necessidades do DCC e diminuir os riscos.
 

FIST 98 e FIST 2000

O FIST 98 incluía arma, sistema no abdômen e subsistemas da cabeça. O sistema no abdome incluía suprimento de força, rádio pessoal, sistema de navegação e processador. O subsistema da cabeça era considerado único por usar um sistema de imagem translúcido, baseado em duas lentes transparentes em frente dos olhos. Eles podiam mostrar imagem da câmera no capacete (intensificador de imagem, imagem térmica ou ambas) para dar consciência da situação para o soldado que não pode ser obtida pela arma ou óculos de visão noturna (OVN) quando se move.

Os OVN tem campo de visão estreito, sem consciência espacial o soldado tende a desprezar quando se movimenta.

As fontes funcionam combinadas similar ao HUD (Head-Up Display) dos caças, mostrando mapa e dados ou imagem da mira se olha diretamente a frente, e um campo de visão largo de visão noturna se olha um pouco para cima.

O nível de luz pode ser combinada no modo de consciência de situação assim como o brilho para engajamento de alvos. A proximidade da lente com o olho reduz as chances deste ser danificado. Para testes os capacetes foram equipados com viseira plástica, mas não serão usados pois a reflexão da luz pode denunciar a posição do soldado.

O equipamento de áudio no capacete era configurada para evitar que atrapalhasse os sons naturais. Incluía dois alto-falantes, para diferenciar múltiplas redes de raio, e microfone. O sistema de origem holandesa e usava microfones nos elementos de alto-falante, sem necessidade de sistemas separados.


O FIST 98 também estudou proteção QBR durante os testes de integração.

O demonstrador FIST 2000 seguiu o FIST 98. Foram oito conjuntos, para formar duas seções de tiro com dois conjuntos modificados para comandantes de seção com meios de planejamento e visão térmica.

O comandante usava computadores portáteis (laptops), GPS e software de mapa digital. Podia mostrar planejamento de rota para os outros membros e indicar localização das próprias armas e campos de tiro. O binóculo estabilizado Leica Vector 1500 foi usado para aquisição de alvos. Com a ajuda do telêmetro laser integral e bússola magnética, podia mostrar as imagens no software de planejamento de missão.

O demonstrador de tecnologia FIST 2000 também mostrou aos usuários os protótipos dos equipamentos que irão usar, e testou conceitos para evitar falhas tecnologia e de fatores humanos óbvios, que podem ser manifestar futuramente no programa. Vários documentos com estes conhecimentos foram disseminados para as industrias, para evitar trabalhos inúteis pelos futuros contratantes.

Em contraste com as prioridades do Land Warrior, o benefício resultante foi, em ordem decrescente, melhoria dos sensores, poder de fogo, comando e controle, sobrevivência e sustentação:

Na parte de letalidade, o fuzil SA-80 incorporou algumas mudanças. Incluía um lança-granadas e uma mira diurna/noturna com telêmetro laser. Um sistema avisava quando a munição esta acabando. Uma mira com imagem térmica melhorou a capacidade de vigilância e aquisição de alvos. Controles do sistemas foram incorporados no fuzil.

Os sensores do FIST serão primeiramente eletro-óticos. Foram testados sensores desde o espectro visual até banda IR de 8-14µm, de dia  e de noite, com ou sem lua, e em qualquer tempo. O sistema deve ter requerimentos de baixo peso e baixo custo.

O demonstrador de tecnologia FIST confirmou que um equipamento de comunicação do grupo de combate e visão noturna podem dar uma aumento significativo de desempenho. A imagem térmica podem melhorar a consciência da situação, embora a combinação ótima de sensores ainda não esteja determinada. O meios de navegação, como o GPS, devem ser instalados futuramente.

Outras lições aprendidas eram que a letalidade do subsistema de arma podem ser bastante melhoradas. A a rusticidade é essencial e o soldado pode e deve fazer bom uso do equipamento, sempre de novas maneiras.

ARMA

A visão atual britânica é que sensores melhores terão um ganho maior que a melhoria da letalidade da munição, pois existe um limite finito do peso e volume de munição que um soldado pode levar.

A consciência situacional também melhora a efetividade, mas depois da manobra sempre vem o contato com o inimigo. Então a melhor arma se torna a chave do sucesso. O volume de fogo parece ser considerado prioridade ao invés a capacidade de poucas munição explosiva (os cemitérios estão cheios de soldados que ficaram sem munição).

O programa da Royal Ordance ISAWES (Improved Small Arms Weapons Effects Simulator) foi usado para integração de funções de pontaria laser, marcação de alvos, telemetria e identificação de combate. O ISAEWS pode ser intercambiável para treino e operações, com código fonte mudando automaticamente com munição real substituída por munição de treino.

A interface homem-máquina (MMI) é considerada a grande limitação do sistema como um todo. Em combate aproximado o usuário deve manter as duas mãos na arma, e controles duplicados na arma e abdome foram instalados no FIST 98. A interface (pelo menos os módulos de interface) devem ser padronizados com os programas de modernização de soldados da OTAN.

A interface na arma obteve sucesso. Os cinco botões na empunhadura permitem mudar as imagens no HMD, usar o rádio de seção, e acessar todo os modos de combate do sistema FIST. Os botões de acionamento duplo evitam o acionamento acidentais de algumas funções como apontar o laser.

A Royal Ordnance, responsável pelas armas do FIST (projeto e simulação), testou uma variante do fuzil versão do L85A1 SA80 de calibre 5,56mm, com ignição elétrica dos cartuchos que foi chamada Electronic Individual Weapon (EIW).

Percebendo as vantagens na eliminação da ligação mecânica seria possível reduzir as limitações do projeto (especialmente interface arma/soldado); o controle da cadência de tiro pode melhor a consistência da rajada; a confiabilidade e segurança (código da arma e imobilização) podem ser melhorado; e a interface interativa com FIST (situação da arma indicada no display do soldado) e outros sistemas de campo de batalha podem se tornar realidade.

A EIW tem um módulo de controle eletrônico, com cadência de tiro reprogramáveis e controle de rajada para cada opção de seleção, que substitui o mecanismo de gatilho. Além do sensor interno para o carregador e temperatura da câmera e uma bateria interna. Uma tela mostra o número de tiros disponíveis a noite, e alerta problemas de trava e carga de bateria baixa. Uma memória não volátil foi incorporada para gravar o total de disparos. Os testes iniciaram em 1996, usando projeteis modificados com ignição elétrica. Eram idênticos ao padrão OTAN 5,56mmx45 SS109, com mesma cápsula, propelente e projétil.

Os testes de manejo e disparo foram em 1998, e a análise da QinetiQ/BAe Systems mostraram que a EIW pode disparar 300 tiros por minuto com 30% de diminuição da dispersão em média, e 11% na melhoria na probabilidade de atingir um alto típico comparado com L85A1 padrão.

Uma versão do fuzil L-86A1/SA-80 Light Support Weapon (ELSW) também foi testada. Foi feito investigações para aplicar miras inteligentes com capacidade de reconhecimento e disparo automático.

A ignição elétrica, se aplicada a armas como a SABR, pode diminuir peso e espaço comparado com sistemas mecânicos.

A SA80 testada no demonstrador FIST 98 usava disparo mecânico, interface eletrônica, e sistema de controle de botões mondado na empunhadura. O intensificador de imagem Kite montado na arma podia ter as imagens mostradas no HMD, com opção de visão direta. A visor térmica não resfriado da Raytheon também foi testado.

O FIST 2000, com duas equipes de tiro de quatro soldados, foram equipadas com sistemas convencionais em quatro versões do SA-80 equipados com kits de modernização da HK (agora instalados em todos os SA80).

O modelo F2000 IW (Individual Weapon) usados eram equipados com sensor térmico Pilkington Termal Weapon Sight (TWS), ou o Dual Waveband Sight (DWS). O TWS usa detetor tipo "staring array" de 256x128 pixel, com mira térmica Lion já usada no exército holandês. A Pilkington também testou o TWS com detetor microbolometer da Lockheed que compete com US Army's Thermal Omnibus II light TWS.


Meia seção tiro participou da avaliação do FIST 2000. Da esquerda para a direita: F2000 IW com TWS; F2000 LSW com DWS, granadeiro com F2000 GLIW equipado com o DWS e telêmetro laser, comandante com F2000 IW com DWS.


SA-80 com o visor térmico TWS.

O DWS pesa 1,5kg na configuração básica e pode ser visto diretamente ou remotamente com visão diurna ou intensificador de imagem de 2a geração com zoom de 3,5 vezes e campo de visão de 9 graus. O TWS tem detecção superior, com imagem melhor para identificação. O intensificador de imagem é mais leve e pode ser usado um misto dos dois sistemas na versão final.



Sistemas FIST com o DWS (acima) e TWS (abaixo).


Outra foto do DWS e TWS.

No modelo F2000 LSW, o sensor DWS foi melhorado com um adaptador de foco, com objetiva maior (zoom de cinco vezes e campo de visão de 5 graus) para engajamento a longa distância.

O modelo F2000 GLIW difere das outras por levar um lança-granada HK79 de 40mm, junto com compasso digital, laser e computador balístico para gerar ponto de pontaria no HMD do operador.


F2000 GLIW


F2000 GLIW

Os usuários criticam a arma pelo fato de se transformar numa "árvore de natal" com os sistemas adicionais. O resultado também foi o aumento de peso. A GLIW pesa 6,5kg sem mira e o centro de gravidade foi alterado.

O SA80 deve ser a arma básica com modelo melhorado para apoio de fogo com lança-granada nas primeiras versões do FIST, além do demonstrador de tecnologia. O FIST deve entrar em operação em 2008 (capacidade operacional completa em 2015), e o fuzil estará em operação até 2015.

Os britânicos também tem requerimento de um arma equivalente aos fuzil/lança-granadas SABR americano e PAPOP francês (ver adiante) e está monitorando estes programas. A QinetiQ também está estudando a melhor configuração da capacidade de tiro de uma seção ou grupo de combate baseado em munição cinética e explosiva, como detonação por impacto. Outros projetos estão estudando cartuchos sem projéteis, cartuchos explosivos e canhões.

A substituição da GPMG (metralhadora MAG) deve iniciar em 2004 e poderá ser uma GPMG com munição melhorada, canhão ou lança-granada com munição explosiva. O lança-granadas americano OCSW está sendo estudado.


Fuzileiro com um fuzil F2000IW realizando engajamento com visão indireta, vendo as imagens do alvo do TWS no HMD. Um apontador laser é instalado no TWS. Para melhorar a sobrevivência, cada soldado foi equipado com uma mira no fuzil e câmera no capacete, cada uma ligada por vídeo ao HMD. Isto permitia que o campo de batalha fosse observado com a arma numa posição que dava proteção, como em cantos, acima da cabeça e atrás de paredes.


A visão indireta permite observar e disparar em cantos sem se expor.

Na parte de C4I, as comunicações e o controle da seção foi melhorada com um rádio pessoal para cada soldado. O rádio era ligado a um microfone e fone no capacete. Ordens verbais eram dadas rapidamente e sem necessidade de sinais ou gritos. Um outro rádio era usado por cada comandante de seção para comunicação com níveis mais altos da cadeia de comando. Este rádio também permitia a transmissão de imagens.


A BAE Systems está produzindo o detector STAIRS introduzido em 1996. A definição é de 256x128 pixel. É parte do sistema de imagem térmica Lion a Thales com alcance de detecta veiculo a 2km. Foi usado no F2000 como parte do FIST.

A digitalização do FIST será direcionada para determinar quais as informações são necessárias para a companhia de infantaria e para melhorar a capacidade do infante com melhora da consciência da situação, diminuição da carga de trabalho do comandante, aumentar a coordenação e aumento do ritmo operacional. O software de consciência de situação é chamado Recognized Ground Picture (RGP).

Testes com o HUD e Palmtop mostrou que a melhor forma de acessar informações é com o HUD, tanto de dia como a noite, por ser fácil e rápido de usar.


As imagens da câmera de vídeo, câmera térmica e mapas podem ser mostrados no HMD montado no capacete.

O trabalho futuro inclui um sistema de notificação de posição inimiga semi-automático, um sistema de ordens de batalhas rápidas, chamadas de fogo indireto e melhoria na interface.

A mobilidade foi aprimorada com a capacidade de visão noturna e o rádio melhorou a navegação com mapa digital. Estes meios aumentavam o ritmo operacional e segurança. Patrulhas noturnas eram mais silenciosas e a separação entre os soldados (diminuindo a vulnerabilidade) mostrou a capacidade de convergir sobre o objetivo na hora ideal. O equipamento não era robusto e leve, mas mostrou ser fácil de usar e compacto.

Na parte de sustentação, ou a capacidade de manter o soldado em movimento com equipamento completo, era necessário para torna-lo efetivo como plataforma de combate. Incluía comida, água, munição e suprimento de força.


O FIST irá usar células de combustíveis de hidrogênio para recarregar baterias. O original tinha saúde de 6 Watts, mas um sistema de 50W com densidade de 150W/kg é desejável.

Em paralelo ao FIST, o Defence Clothing and Textiles (DCT) está realizando pesquisa com roupas relacionadas com o FIST como parte do projeto britânico de roupa de combate Crusader 21 para complementar as armas e eletrônicos do programa FIST. O CDT estuda aspectos da roupa e proteção não testadas no Crusader 21.

Poucos detalhes do Crusader 21 são conhecidos, mas vários materiais estão sendo considerados para o potencial de minimizar as camadas de roupa, das quais existem oito em serviço no sistema CS95.

Quando transportados em blindados, as tropas são regularmente comprometidas em operações conjuntas embarcadas em navios de guerra, para apoio policial e operações aeromóveis. Em todas estas a proteção contra fogo esta se tornando um requerimento padrão.

A Dupont trabalhou com a Arville Textiles e Blucher GmbH para produzir o Nomex Delta NBC, combinando o baixo peso do Delta C com a roupa de carbono ativado esférico Saratoga. A roupa de duas camadas dá proteção QBR, fogo e calor, mais gerenciamento de calor e suor do corpo, com mais conforto. O tecido foi avaliada na Alemanha, Holanda, Noruega, Suécia, Suíça e Reino Unido.


Uniforme de combate testado no programa Crusader 21.


Avanços na tecnologia de computadores, como o ambiente sintéticos, agora podem ser usados para testar opções em alta fidelidade, em ambiente interativo para obter conhecimentos antes de testes práticos. A capacidade do soldado de aceitar e se familiarizar com um sistema complexo e novas capacidades é fundamental para a introdução do equipamento FIST. O treinamento foi uma consideração importante desde o início. Um sistema de treinamento foi desenvolvido para permitir que o novo equipamento fosse entendido o mais fácil possível pelo usuário. Ambiente sintético e treino em computador foi fornecido com capacidade intuitiva. Após o treino as tropas usaram o equipamento FIST intuitivamente.

Os trabalhos mostraram que as prioridades devem ser nas seguintes áreas:

- Vigilância e aquisição de alvos em qualquer tempo (imagem térmica e sensores remotos)
- Suprimento de energia (bateria)
- Arma de efeito de área (arma, munição e sistema de controle de tiro com capacidade de suprimir e matar o inimigo com grande precisão e a longa distância)
- Logística/sustentação (peso, robustez, confiabilidade, etc)
- Proteção, particularmente em operações defensivas
- sistema de comunicação por voz e dados distribuídos (programa de rádios Bowman)
 

Objetivos Atuais

A fase de avaliação (Initial gate) foi iniciada em 2001 para propor como os requerimentos podem ser preenchidos mais efetivamente, a curto e longo prazo. O objetivo é diminuir os riscos e identificar opções que possam ser adiantas.

Em 8 de agosto de 2002, foi anunciado que as empresa francesa Thales e a britânica BAe Systems seriam os dois competidores para a fase de avaliação de três anos. Cada empresa recebeu US$23 milhões. A Marconi Mobile e a Raytheon foram eliminadas.

As duas empresas irão propor planos para o programa especificando como elas deverão gerenciar e comprar novos itens do equipamentos, integra-los, onde for necessário, com equipamentos atuais para um plano de longo prazo.

Depois será selecionado o contratante principal para a fase de avaliação que iniciará em 2003. O contratante principal deverá maximizar o escopo da competição até o nível de subcontratantes e reduzir todo o custo durante a vida útil.

Muitos países da OTAN e PfP estão realizando programas similares e a fase de avaliação do FIST deve considerar oportunidades de colaboração.

O contratante selecionado para fase de avaliação irá entregar documentos dos requerimentos de sistemas, junto com várias opções de projeto. Também irá suprir pelo menos dois conjuntos de hardware separados, cada em número suficiente para equipar uma compania, para testes em campo em 2005.

O FIST irá incorpora muitos itens atuais, como o fuzil SA80, rádio Bowman e Personal Role Radio, cintos de combate Combat 95, capacete Crusader 21 e roupa QBR. Pesquisas conduzidas pela QinetiQ e industria irá alimentar tecnologias no FIST 1 e  melhorias subsequentes.

As companhias concorrentes deverão apresentar protótipos do FIST para testes nesta fase.

A Thales britânica foi selecionada em março de 2003 para a fase de avaliação do FIST vencendo a BAe Systems para desenvolver um sistema integrado. O contrato foi de 15 mil libras.

A Thales recebeu um contrato de 2,1 bilhões de libras, sendo 580 milhões para compra de 29 mil sistemas e 1,6 bilhões para desenvolvimento, avaliação e apoio. O programa foi iniciado em abril de 2003.

A fase de avaliação de 3 anos para definição do FIST 1 será realizada entre 2003-2005. A Versão 1 deve ser testada em 2004 e a Versão 2 em 2005. O "main gate" será em 2006, com inicio da produção em 2007, entrada em operação em 2009.

O FIST 2 é o programa de aplicação de pesquisas iniciando com melhorias no C4I.A entrada em operação deve ser em 2012. O FIST 3 usará novas armas e novos C4I com entrada em operação em 2015.     


Última configuração do FIST.
 

Atualizado em  15 de abril de 2004 

Próxima parte: Programa FELIN francês


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