XM-25 e XM-8

Em 2002 o US Army decidiu realizar uma pesquisa de mercado antes de iniciar a fase de desenvolvimento e demonstração do SABR em 2005.

O US Army está prevendo problemas relacionados com o sistema de arma, munição, sistema de controle de tiro, treino e integração com  programa Land Warrior. A pesquisa está estudando se é possível que a indústria produza e teste, sem custos para o US Army, três sistemas completos, incluindo munição, em 15 meses.

Cada concorrente poderá mostrar três armas, junto com 303 munições high-explosive air-bursting (HEAB) e 5.120 de treino para comparação com o SABR da Alliant Techsystems.

O SABR tem vantagens e desvantagem em relação as armas atuais. O TA/FCS é capaz de seguir alvos móveis e identificar o alvo mais próximo; tem possibilidade de ser instalada num veículo terrestre não tripulado e enviar para a frente de batalha enquanto operador fica protegido com um HMD para controlar o robô; com menos munição se atirar menos e acertar mais facilitando a logística; pode ser separado e o fuzil pode ser disparado separadamente apesar do lança-granada não poder ser disparado independente do fuzil.

Entre as desvantagens, um dos problemas é a trocar de carregador que ficam sujos e perdem forma podendo criar problemas. O fabricante alega que é possível carregar tiro a tiro manualmente direto na camara. O peso atual é alto mas deve ser reduzido. O uso de muito eletrônicos pode dar problemas. Ainda não se sabe o que acontece quando cai ou molha e os custos de manutenção podem torná-la economicamente inviável.

O sistema é considerado complexo e treinando todo dia por um mês ainda não impede que existam problemas. A munição teve uma falha com a explosão de uma granada prematuramente dentro da arma ferindo dois soldados.


O SABR deveria substituir os M-16A2 armados com o M-203 e as carabinas M-4 também armadas com o M-203 (foto acima). Já o fuzil M-8 irá substituir as carabinas M-4.


Fim do Programa

Depois de vários anos de tentativas os projetistas foram derrotados pelo desafio tecnológico para desenvolver um granada explosiva-ar miniaturizada e reduzir peso da arma. O XM-29 foi considerado muito pesado e grande para o infante levar em combate e estava ficando caro.

Em agosto de 2003 foi decidido cancelar o XM-29 e desenvolver o fuzil como armas cinéticas e lança-granadas separados. Ao invés de desenvolver o XM-29 gradualmente foi decidido acelerar o programa ao dividir seus componentes. O fuzil se tornou XM-8 e o lança-granadas se tornou o XM-25 Air Burst Weapon.

O XM-8 deve estar pronto até 2006 e o XM-25 terá baixa prioridade entrando em serviço em 2008. A maior vantagem é diminuir o peso e usar a mesma granada de 25mm do XM-307 com 50% mais fragmentos que a granada de 20mm do XM-29. Um ou dois XM-25 devem ser usados por cada grupo de combate.

Em Agosto de 2003 foram encomendados 200 fuzis G-36 da Heckler & Koch para mais testes. 30 protótipos foram recebidos ainda em 2003 para testes em Aberdeen.


Um protótipo do XM-25 já estava pronto no final de 2003 e s
erá testada na tropa em 2005. A granada de 25mm terá versão tipo escopeta para combate a curta distância. O XM-25 da TK Ordnance and Ground Systems deve aumentar em 300-500% a capacidade de bater alvos de ponto, área e escondidos a até 500 metros. Deve ser cinco vezes mais letal que o M-203 no alcance máximo. Foi projetado para desempenho máximo a 300metros. O Target Acquisition/Fire Control System (TA/FC) é produzido pela Brashear LP. O soldado aponta arma para o alvo e liga o telêmetro laser. O TA/FC ajusta o ponto de pontaria. O soldado coloca o ponto de ajuste no alvo e dispara. Serão cinco tipos de munição: termobárica, flechete, treino, HEAB e não letal. A arma pode ser usada por ambidestro e tem mira comum de backup.


O XM-25 deve ser capaz de atingir alvos de ponto a 500 metros e alvos de área a 700 metros. Funciona no modo semi-automático e deve pesar menos de 5kg incluindo o FA/FC, fonte de energia, munição e bandoleira.

O TA/FC do XM-25 será o mesmo do XM-29. Está equipado com telêmetro, inclinômetro, sensor ambiental,  módulo de identificação com luz infravermelha, apontador laser e computador balístico. O visor ótico direto tem zoom de 3x, a TV CCD tem opção de 3x ou 6x. Futuramente será equipado com sensor de imagem térmica. O sensor tem capacidade de acompanhamento automático de alvos. Todos os modos têm ponto vermelho de pontaria com correção balística automática e ajuste de brilho.


A variantes do XM-8 Squad Automatic Weapon incluem um fuzil com lança-granadas XM-320 de 40mm desenvolvido para o Special Operations Command; XM-8 Compact com cano de 11 polegadas como arma de defesa de tripulantes de blindados e aeronaves;
carabina com cano de 16 polegadas para forças especiais; e XM-8 Sharpshooter com cano pesado de 20 polegadas para sustentar fogo e tiro a longa distância, bipé e carregador de 100 tiros.


O XM-8 tem um conceito modular.

Outro acessório do XM-8 será a escopeta de acionamento manual calibre 12 chamada XM-26 MASS com carregador em “C”. Será usada pela divisão 101a, 82a e 10a. Já foram encomendados 280 no fim de 2003. A XM26, inicialmente chamada LSS (Light Shotgun System), é produzida pela C-MORE SYSTEMS. Foi projetada para ser instalada debaixo do cano do fuzil M-16/M-4 e deve ser compatível com o XM-8.  O XM-320 e a  escopeta podem ser instalada em campo sem ferramentas.


O XM-8 já iniciou os testes em 2003.



A XM-26 Modular Accessory Shotgun System (MASS) pode ser usada em conjunto com o fuzil M-4 ou sozinha.

O XM-8 também poderá disparar munição 6,8mm e 7,62mm com cano intercambiável. O carregador de plástico é transparente para permitir visualizar a quantidade de munição restante.

Cartuchos de calibre menores tem bom desempenho a curta distância (até 500 metros) e permite levar boa quantidade de munição. Desde a década de 60 que o US Army considera que a maioria dos engajamento seria a menos de 300 metros e uma munição tipo 7,62x51mm da OTAN seria superdimensionada.

Se o 7,62mm foi considerado superdimensionado, o calibre 5,56x45mm é considerado subdimensionado para uso militar.

O fuzil M-16 original disparava projétil de 3,5 grama a 910m/s. O atual está mais para o M-14 disparando um projétil de 4g a uma velocidade um pouco menor que a original. O M-16A2 pode engajar alvos a 800 metros ao contrário do M-16 original.

O M-16A2 tem desempenho melhor até 200 metros quando o projétil está a uma velocidade acima de 731m/s. Acima desta velocidade o projétil giro ao atingir o alvo e se despedaça em vários fragmentos como se fosse uma explosão para causar um grande ferimento. A carabina M-4/M-4A1 só tem esta capacidade até 100 metros.

Para resolver este problema, o US SOCOM, principal usuário dos M-4, iniciou estudos para aumentar a capacidade da arma.

Foram estudados vários calibre que caberiam no M-4 e o 6.8x43mm Special Purpose Cartridge (SPC) mostrou ser o de melhor precisão, letalidade e confiabilidade. A Barret é responsável pela conversão. A nova arma passou a se chamar M-468 (introduzida em 2004 e calibre 6.8) e teria um trilho para montar óticos e acessórios. O carregador pode receber 29 tiros ao invés de 30 do modelo anterior.

A nova munição mostrou ser mais letal que o SS109 do M-4/M-16 mesmo disparada com cano curto e bem superior em combate aproximado.


Carabina M-468 após a conversão para usar munição calibre 6.8 SPC.


Comparação da munição 68 SPC com a SS109 de 5,56mm.

Atualizado em 30 de Agosto de 2004

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