TÁTICAS DE MOBILIDADE
A
mobilidade das FOpEsp é uma qualificação
que as torna diferentes das
forças convencionais. São habilidades especiais que
precisam de
treinamento adequado pois tem que ter capacidade de operar a longa
distância ou
em meios agressivos como pára-quedismo, mergulho e deserto. Os
Navy SEALs tem até a
mobilidade no nome, ou SEa Air Land (mar, ar e terra), os meios de
infiltração, formando o nome a partir da
contração das primeiras letras.
Inserção
A
inserção é o movimento para a área de
operação
ocupada ou não pelo inimigo. A inserção consiste
da infiltração até a área de
operação e o movimento até o alvo ou objetivo.
É feito individualmente ou em
grupo, com intervalo contínuo ou irregular.
A infiltração da tropa pode ser por terra, mar ou ar
dependendo dos meios disponíveis,
treinamento das tropas e condições locais. O uso de
métodos especiais de
infiltração precisam de treinamento e ensaio antes da
missão como pára-quedismo
especial. O ensaio deve ser escondido para segurança da
operação. O ensaio da missão deve incluir um
terreno parecido com a área de operação incluindo
estudo do caixão de areia.
A escolha de um método de infiltração tem
várias variáveis e depende da missão,
situação do inimigo, recursos disponíveis,
meteorologia e terreno, profundidade
da penetração, treinamento da equipe, sobrevivência da
equipe e simplicidade. A
melhor técnica é a que o inimigo tem mais dificuldade de detectar e deve
ser realizada
em horas de pouca visibilidade. Pode ser necessário
supressão das defesas aéreas
e apoio aéreo no caso de infiltração pelo ar. A
infiltração só termina com a
plataforma de infiltração indo embora. A segunda fase é atingir o ponto de
operação e pode
durar vários dias dependendo da atividade inimiga e o método de
movimentação.
A infiltração em local onde não é possível ter
superioridade aérea tem que ser por
terra. Infiltração a pé e veículos
são efetivas a curta distância. A equipe
escolhe rotas primárias e alternativas evitando as posições
inimigas, rotas muito
usadas, áreas povoadas, obstáculos e mostrar a silhueta. Se
movem em períodos de
baixa visibilidade ou dando pouco alerta. A patrulha mantêm
segurança de 360 graus
com cada membro cobrindo um setor de segurança. A disciplina de
silêncio e
camuflagem deve ser impecável. As paradas para ouvir são frequentes e os membros
usam sinais de mão para evitar serem ouvidos. A
infiltração pode ser feita
junto com outras operações no local para despistar.
Inserção Terrestre
A
inserção a pé entre a base avançada e a
aérea
de operação é usada quando a distância
não irá criar exaustão nas tropas ou o tempo
de caminhada não atrapalha a operação. Tem a
vantagem de ser o método mais
furtivo de todos, mas as tropas precisam levar cargas a mais, limitando
a distância.
O ressuprimento aéreo pode complicar e denunciar a missão.
Os veículos
terrestres são muito efetivos para
infiltração no deserto onde não
há muitos obstáculos. O SAS britânico usam veículos
Land Rover Desert Patrol
Vehicle (DPV) e o SAR australiano o Longline Ligth Strike Vehicle
(LSV)
nas suas patrulhas do deserto. Também são usados para
exfiltração e para realizar
as patrulhas. As Forças Especiais americanas no Iraque estão
recebendo veículos HUMVEE blindados e blindados M-2 Bradley para dar
proteção contra explosivos na estrada em
suas operações.
Os veículos tipo gaiola DPV dos Seals, além de serem
usados para infiltração e
exfiltração, podem ser usados para realizar
ação direta, entrega,
plataforma de armas, operações de retaguarda,
reconhecimento, observação
avançada e policiamento. Quando estão muito carregados perdem boa parte
da mobilidade.
Os Spetznaz que operavam no Afeganistão estavam equipados com
blindados BMP
para auxiliar suas operações. Eram usados para
transporte, apoio de fogo e
força de reação rápida. Os russos usam
armas pesadas nas suas equipes com um
grupo de 16 Spetznas podendo receber um lança-granadas
automático AGS-17 além
das duas metralhadoras PK e um fuzil SVD. Quando deixados em pontos
altos para
reconhecimento e cerco, usavam os blindados como força de
reação além de chamar
a artilharia e apoio aéreo aproximado contra os guerrilheiros
afegãos.
Na Rodésia, os motoqueiros mostraram ser vulneráveis em
patrulhas
de rotina.
Foram usados como força de reação rápida,
reforço ou reconhecimento para
os blindados ou levavam armas mais pesadas como morteiro e metralhadoras
em
equipes de 7-8 membros.
As FOpEsp
usaram cavalos e burros como meio de transporte nos conflitos recentes
no
Iraque e Afeganistão. Este Force Recon está usando um
cavalo enquanto opera no
norte do Iraque.
O Improved Fast
Attack Vehicle (IFAV) é usado pelo Force Recon para patrulhas
motorizadas. O
IFAV da foto está atuando no Iraque. O IFAV com três tripulantes substituiu o veiculo
gaiola FAV. No deserto é
necessário
usar veículos pois não se anda muito longe e nem sobrevive
por muito tempo a pé.
Não é possível levar tudo na mochila, água
principalmente, e outros
equipamentos. Antes era necessário navegar pelas estrelas como
nos navios
quando operavam no deserto. Agora as tropas tem o GPS. As tropas do
deserto
também tem que ser boas em mecânica. Como o inimigo
também usará veículos é
necessário ter armas pesadas como metralhadoras calibre 12,7mm e
mísseis anti-carro.
Uma coluna no deserto tem que cobrir 360 graus de vigilância
principalmente
contra helicópteros.
Inserção Aquática
A infiltração na água pode
ser por bote, nadando, submarino, embarcações,
helocasting ou uma combinação
destas. Na infiltração na água são
considerados o estado do mar, marés e
defesas em terra. Os propulsores submarinos são furtivos e
aumentam o raio de ação
dos mergulhadores de combate.
Os botes infláveis são
muito rápidos, mas
barulhentos. Com remos ficam silenciosos quando se aproximam da
área de desembarque.
Podem ser lançados de submarinos, navios, helicópteros e
navios até bem próximos
do alvo. O caíque é invisível ao radar e silencioso,
podendo navegar 100km em uma
noite com dois homens.
A
inserção aquática geralmente tem duas fases. Na
primeira o operador é levado até perto do alvo por ar ou
mar. Depois vai até o alvo
nadando ou mergulhando. A infiltração por ar é
igual aos métodos usados em terra,
só que lançado na água. A fase inicial também
pode ser feita por submarino ou mini-submarino
com o SDV dos Seals. A fase posterior pode ser feita por nado em
locais de pouco risco e
pouco vigiadas. Se não for possível é feito com o uso do método scuba.
Os submarinos
permitem transportar equipes por longas distâncias e permanecer
no
local por
muito tempo. Pode lançar FOpEsp que atingem
o alvo nadando, por mergulho ou com botes. Os mergulhadores podem ser
lançados
pelos tubos de torpedos.
Submarinos em
posição
avançada podem receber FOpEsp lançadas
de aviões por pára-quedas
aqui vistos do periscópio. Na água as tropas usam sinais
sonoros para serem
localizados pelo submarino.
Uma
equipe dos Force Recon faz uma infiltração na praia. A
foto é certamente para
publicidade por ter sido feita de dia. As tropas estão equipadas
com sistema de
respiração por circuito fechado Draeger e roupa de
mergulho Sucumar. Notem que
estão atados uns aos outros por cordas.
Inserção Aérea
A infiltração pelo ar é desejada quando se
pretende cobrir grandes distâncias ou
quando a velocidade é fundamental. O pára-quedas é
o meio mais usado. Existem
varias técnicas de salto como saltos a elevada altitude e
abertura a baixa
atitude (HALO - High Altitude Low Opening), saltos a elevada altitude e
abertura a grande atitude (HAHO - High Altitude High Opening), o salto
a
baixa
altitude e abertura a baixa atitude (LALO - Low Altitude Low Opening) e
o salto enganchado
convencional (Low Level Static Line - LLSL ou MAMO - Medium Altitude Medium-Open).
1 - HAHO é
realizado
a até 9 mil metros com tanques de oxigênio para respirar.
As tropas podem
planar por grande distância (cerca de 30km) ) podendo cruzar
fronteiras.
2 - HALO o pára-quedas é aberto mais próximo do
solo.
3 - Estas técnicas podem ser realizadas na água com o
operador percorrendo o
resto do caminho até a praia a nado ou com equipamento de
mergulho.
A técnica de
HALO foi desenvolvida pelas Forças
Especiais americanas em 1957-1958. A técnica foi adaptada do
skydive para uso
militar e permite a inserção por pára-quedas na
área de operação, sendo difícil
de detectar ou atacar a aeronave devido a grande altitude. Como o
pára-quedista não tem perfil
radar nenhum o inimigo não fica sabendo da
operação. A aeronave também
pode estar bem acima das
defesas locais. O skydive
é feito em uma altura bem menor e sem peso extra. Também
não é esperado cair na
água e nem tem inimigo esperando. O HALO pode ser
feito de dia devido ao pequeno tempo de vôo do
pára-quedista. O
pára-quedas é
aberto manualmente a 600-700 metros, sempre abaixo de 1.700m, mas com
backup barométrico.
O HALO e HAHO
precisam de roupa especial para evitar que o operador congele a grande
altitude
e fornece oxigênio. A equipe tenta ficar junta para
não se dispersar em
um agrupamento tático.
A técnica HAHO é uma variação do HALO com o
pára-quedas aberto logo ao sair da aeronave. Foi desenvolvido em
1977. O HAHO permite que a aeronave
lançadora siga um
trajeto usado por aeronaves comerciais o que ajuda a ocultar o objetivo da
missão. O salto é
feito a pelo menos 6 mil metros e o operador precisa saber navegar
até a área
do alvo pois pode cobrir uma distância de 20-25km. Operando
atrás das linhas, o
operador tem que levar uma mochila de até 75kg que fica entre as
pernas e é
solta antes do pouso ficando pendurada em uma corda. Em um salto em
grupo a
equipe precisa ficar próxima para não perderem contato.
Junto com o Scuba, o HALO e HAHO são os métodos
de infiltração mais usados pelas FOpEsp. O pára-quedas tem o problema da
vulnerabilidade da
aeronave e as
tropas não podem levar muita carga.
No
salto enganchado, ou MAMO, o salto é feito a 250-400
metros. O pára-quedas abre logo após o salto
automaticamente. A aeronave voa em
uma altitude vulnerável ao radar e a maioria das armas, mas tentam
escolher um local seguro para o salto. No salto no aeroporto de Granada, os
Hércules se aproximavam bem baixo e subiam para a altitude de lançamento.
O método
Low Altitude Low
Opening (LALO) é muito perigoso com o salto sendo realizado a
cerca de 160-200
metros. É uma variação do MAMO, mas com a aeronave
voando mais baixo. Não é possível usar o
pára-quedas
reserva se o principal falhar. O LALO é usado em locais
onde as defesas locais são intensas com risco da aeronave e dos
pára-quedistas serem
atingidos.
Um
método pouco usado é o Low Altitude No Opening ou LANO
com a aeronave, geralmente um helicóptero, voando
muito baixo e devagar com o salto feito em areia fofa do deserto ou
neve pouco
compacta. O operador precisa de apenas uma cambalhota para amortecer a
queda. Não
pode ser feita em outros terrenos.
O risco de morte nos saltos de pára-quedas é de cerca de
1% e de ferimento de
4%. O risco é pior a noite, pouso em florestas, montanha e salto
tipo HALO e
HAHO. Na selva é levado uma corda extra para descer das árvores e roupa
especial para evitar ferimentos ao bater nos galhos.
O pára-quedas é o principal método de
inserção dos Ranger. Seus membros tem que
saltar pelo menos uma vez a cada três meses. As unidades ficam espalhadas
em várias
aeronaves. Depois se reagrupam em local determinado. Se uma aeronave
for
derrubado a missão não é comprometida. Ao chegarem
ao chão leva cerca de 30
minutos até as tropas se reagruparem e iniciar o movimento
até o alvo. As
mochilas dos Rangers são mais pesadas que a das tropas
pára-quedistas e saltam
das duas portas dos C-130 (técnica shotgun). Se pousa em cima de
arvore o
Ranger só tem granadas para se defender pois as armas ficam em
containers
separados. O mestre de salto é responsável por brifar
sobre a zona de
desembarque (DZ), vento etc.
Em 1983, durante a invasão da ilha de Granada, os Rangers foram
destacados para
tomar o aeroporto de Point Salinas no sul da ilha. Os Seals não
conseguiram
fazer reconhecimento da pista de pouso e das defesas para saber se era
possível
um pouso de assalto. Um AC-130 fez reconhecimento e percebeu que a
pista estava
bloqueada. Apenas uma companhia iria saltar de pára-quedas, mas
acabou que todos
saltaram. Os 250 Rangers, que levavam apenas água e
munições, estavam espalhados
em 10 MC-130 apoiados por três AC-130 Spectre. Os AC-130 limparam
as defesas
que eram maiores que os esperado. Os canhões antiaéreos
no local estavam em posição
elevada e como não podiam atirar para baixo, ou a 200 metros no
local, o lançamento
seria então a 150 metros de altura. Em um lançamento a
baixíssima altitude nem
adiantaria levar o pára-quedas reserva.
No preparo da
missão era esperado tempo
bom e pouca oposição. Tiveram que tirar o
pára-quedas, depois recolocar o que
atrasou o salto, que deveria ser noturno mas acabou sendo diurno. A
zona de
salto era ruim por ser estreita e com água dos dois lados,
além do vento estar
forte. Mesmo assim apenas um Ranger quebrou a perna e outro caiu na
água e
salvou o equipamento. Depois do salto usaram buldozers para limpar a
pista.
Snipers mantinham os morteiros inimigos abaixados a 600-1000m. A pista
foi
usada depois pelos MC-130 para deixar Jeeps e pegar feridos.
Os Rangers tiveram mais oportunidades de realizar saltos de combate na
invasão
do Panamá em 1989. Dois batalhões foram lançados
próximos a base panamenha de
Rio Rato. Foram levados em 15 C-130 e lançados a menos de 200m a
noite sofrendo
35 baixas por ferimentos no salto devido ao vento forte. Os primeiros
C-130
tinham 65 Rangers em cada aeronave e por isso nem tinham espaço
para ir no
banheiro na viagem de sete horas até o salto. Junto foram
levados quatro Jeeps
e quatro motos. Apenas duas aeronaves não foram atingidas por
fogo antiaéreo
leve. Nos treinamentos o salto é realizado a cerca de 400metros, mas
pode chegar a
200metros. Os Rangers foram apoiados por helicópteros AH-6, AH-64 e
aeronaves
AC-130. Blindados
CG-150 que
estavam próximos foram logo destruídos com os lança-foguetes
portáteis LAW. Um Ranger
foi arrastado por um caminhão
que fugia e agarrou seu pára-quedas. Foi parado com um LAW a
150 metros. O comandante
do regimento foi responsável por cortar a energia da base ao
cair em cima das
linhas de energia sem se ferir, mas no meio da base inimiga. Para abrir
a porta
de uma das casas de praia de Noriega também usaram um LAW.
Outro batalhão Ranger
(Terceiro Batalhão), durante a
invasão do Panamá, tomou a base aérea de Tocumen
para desembarque posterior da
82a Divisão. Tiveram apoio de helicópteros AH-64 e
aeronaves AC-130. O salto
dos 700 Rangers foi a menos de 200 metros com 19 feridos após pousarem na pista
dura.
Junto foram lançados 12 Jeeps e 12 motos. Um batalhão
costuma ter 2-3 feridos a
noite com equipamento completo durante os treinamentos. Já a 82a
Divisão tomou
a base aérea de Torrijos com 2.200 pára-quedistas levados
por 20 aeronaves C-141
junto com o lançamento de oito carros de combate leve Sheridan.
Foram 50
feridos no salto. Depois receberam helicópteros UH-60 para
realizar assalto aéreo
pelo país.
Na invasão de Granada em
1983,
duas equipes dos
Seals (doze operadores) do Seal Team 4 foram lançadas de
pára-quedas a noite
junto com botes infláveis
(boat drop) por dois MC-130 a cerca de 40km da costa junto com quatro
controladores de combate (CCT - Combat Control Teams) da USAF e depois se ligariam
com o contratorpedeiro USS Clifton Sprangue. Os Seals
iriam
fazer reconhecimento da pista do aeroporto de Point Salinas e das
defesas
locais e os CCT guiariam as aeronaves para lançar
pára-quedistas e/ou pousar.
Ligariam com as tropas depois. Após chegar na água as
equipes continuariam
em botes Zodiac e lançariam mergulhadores para
reconhecimento da praia.
A missão teve vários erros. Os pilotos não estavam
treinados na missão e
lançaram as equipes 3,5km uma da outra. As equipes também
não treinaram antes
para a missão. A missão deveria ser ao nascer do sol, mas
foi a noite. As ondas
estavam muito maiores do que o esperado. Quatro membros dos Seals se
afogaram no
salto provavelmente devido a carga pesada nas mochilas. No caminho
até a praia
o tempo estava ruim, com ondas fortes, e tiveram que se evadir de um barco
patrulha. Um bote perdeu o motor e a infiltração teve que
esperar até o outro
dia. Na segunda noite conseguiram chegar na praia, mas o bote virou nas
ondas com
os CCT perdendo a maior parte do equipamento. A missão foi
abortada novamente e
os Rangers foram lançadas sem dados de inteligência. Uma
lição (re)aprendida nesta missão é
não
atuar
com um equipe com a qual não treinou junto antes.
Uma equipe
dos Seals
é infiltrada de helicóptero
no deserto. O helicóptero é muito necessário para
mobilidade no deserto.
Uma
equipe do
SBS
britânico se prepara para infiltrar de helicóptero na
água próximo ao alvo e
continuar até a praia de caíque.
O uso de pára-quedas pode ser custoso em perdas, e duvidoso com
a opção de usar
helicópteros. As vezes é usado apenas como rito de
passagem ou símbolo de
prestigio. A Divisão pára-quedista alemã sabe que
nunca vai ser usada nesta função
sendo apenas uma unidade anti-blindada transportada por
helicópteros. Salta
mais para operações independente de pequenas unidades.
Os pára-quedistas israelenses são preparado para
infiltrar de helicóptero,
blindados ou aviões. O objetivo é manobrar rápido
pois a força dos pára-quedistas
é a velocidade e não o poder de fixar. A capacidade de
saltar de pára-quedas é
mais para distinguir de outras tropas e raramente salta em combate.
São
treinados para operar em montanha, florestas e terreno urbano.
O pouso de
assalto tem o termo técnico de
Tactical Air land Operation ou TALO. No TALO são usados
até quatro aeronaves
para tomar o alvo. É feito geralmente a noite e precisa pista de
pelo menos
1.500 metros. O pouso pode ser simultâneo se a pista de pouso tem uma
pista de taxi paralela. A surpresa é conseguida com vôo muito baixo, parada
rápida e desembarque rápido. A surpresa permite derrotar o inimigo
rapidamente. A força é
usada para segurar a zona de pouso para a força de apoio chegar se
necessário.
Uma grande vantagem do TALO é que a força chega agrupada
e pronta para ação ao contrário do salto de paraquedas. O
TALO foi usado na invasão de Praga em 1968, no resgate de Entebe
em 1978 e na
invasão de Kabul em 1979. O
TALO é uma opção quando
o alvo é bem distante para ser
alcançado por helicópteros. Os planadores das
forças pára-quedistas da Segunda
Guerra Mundial realizavam pouso de assalto, mas não foram mais
usados depois
desta guerra.
Os
britânicos sabiam que os Argentinos tinham caças
Super Etandart armados com pelo menos cinco mísseis Exocet na
base de Rio
Grande no sul do país. Inicialmente foi pensado em atacar a base
com os Sea
Harrier e Vulcan. Os Sea Harrier eram poucos e preciosos e o
único Vulcan disponível
tinham pouca precisão. Então começaram os estudos que levaram a operação Mikado para
desembarcar tropas do SAS
na base para destruir as aeronaves e se possível eliminar os pilotos e tanto pessoal de terra quanto
possível. A
missão seria realizada por 55 homens do Esquadrão B que
desceriam em dois C-130
que faria um pouso de assalto direto na base. Se as aeronaves sobrevivessem
voariam para o Chile. Se não, a exfiltração
seria a pé até o Chile cuja fronteira ficava a 80km.
Uma
missão de
reconhecimento partiu do porta-aviões Hermes na noite de 17 de
maio, mas foi detectada
por radares. Não podiam voltar e continuoaram até o Chile.
As oito tropas do SAS
que fariam reconhecimento antes do assalto queimaram o
helicóptero e se
renderam aos chilenos. Os britânicos acharam que perderam o
elemento surpresa.
Fizeram sugestão para operar a partir do Chile, mas foi proibido.
Um operador
reclamou que conseguir surpresa com o C-130 seria impossível
pois seria
detectado por radar antes de pousar. A missão foi adiante assim
mesmo e quando
a aeronave estava na ilha de Ascensão descobriram que a
cobertura radar era
melhor que o pensado e a missão foi cancelada.
Após
o fim da operação Mikado foi estudado um ataque a partir do Submarino Onyx com 24 tropas
do SAS
fazendo infiltração por botes Gemini e atacariam com
lança-foguetes LAW
e cargas explosivas e
tentariam matar os pilotos. A infiltração seria a noite e a
vários quilômetros da
costa, mas a guerra acabou antes de realizada o que foi bom pois os
argentinos
aumentaram a segurança da base com três batalhões.
Após o
fracasso do
resgate dos reféns da embaixada americana no Irã, os EUA
iniciou o
desenvolvimento de um C-130 equipado com foguetes para pouso e
decolagem curtos para uma segunda tentativa de resgate. A missão
foi cancelada com os reféns sendo libertados antes da
missão ser executada.
Na infiltração por aeronaves de
asa
fixa existe a desvantagem de não se ter a opção de
pegar as tropas após
lançadas ao contrário do helicóptero. Se a a zona
de pouso está comprometida e
as tropas dispersas, a aeronave não pode fazer nada. Com o
helicóptero existe a
possibilidade de poder abortar a missão em uma zona de pouso
“quente”, resgatar
as tropas se o contato com o inimigo ocorrer pouco depois do
desembarque e as
tropas nunca ficam dispersas após o desembarque. Com as
aeronaves, apenas o TALO
tem esta opção.
A
desvantagem do helicóptero é ser detectado relativamente
fácil e alertar o alvo
a não ser quando o desembarque é longe do alvo com as
tropas cobrindo o resto
da distância a pé. Também é muito
vulnerável até as armas leves.
A
infiltração por
helicópteros é feita com
pouso de assalto, rappel ou
fast-rope. Foram
os SAS que testaram o rappel pela primeira vez na selva da
Malásia. Em certas
situações não se pode usar o helicóptero
por
fazer barulho e por ser detectável pelo radar. No entanto, o
helicóptero por ser
rápido e ágil, pode ser usado para infiltrar tropas a
distância do alvo, a cerca
de 15-30km, e continuam a pé, obviamente a noite. Na água,
este tipo de
infiltração pode ser feito com saltos diretamente nas
superfícies aquáticas a
uma velocidade máxima de 40 km/h e altura de até 12
metros em situação extrema. O helicóptero
passou a deixar a infiltração na água menos usada
e é realmente mais difícil e
cansativa, seja por navio ou mergulho.
Uma patrulha dos
Force Recon é infiltrada próximo a praia por um
helicóptero CH-53 com método helocasting. O Helocasting é
uma
variação do LANO (low altitude, no open) feito na água onde não
é possível usar o pára-quedas. O
helicóptero deve ficar idealmente a 3 metros da água e a
20km/h. Os
equipamentos são lançados primeiro. O piloto tem que
manter a altitude após o
peso ficar menor durante o lançamento. As tropas correm o risco
de atingir algo
na água após a queda.
Uma equipe dos
COMANF
realiza fastropping a partir de um Super
Lynx durante um exercício de
retomada de
navio. O fastropping
é feito
a partir de helicópteros com a fricção manual
usada para controlar a velocidade
de descida. É usada para abordagem de navio e combate urbano
quando o helicóptero
é o meio preferido para transporte e o tempo é essencial.
O operador usa apenas
luvas a mais, além de capacete e óculos de
proteção.
Com muitos inimigos próximos é possível
fazer uma inserção falsa/diversionária para
despistar ou assustar, afugentar e
criar confusão.
Os
russos usavam artilharia
para "limpar" o local de pouso no Afeganistão. Podia dar alerta
do
local de ataque e desembarque, mas podia ser usado para indicar um local falso
ou não
ser usada para não dar alerta. Se usada continuamente por longo
período não tem
efeito nenhum. Depois
de uma emboscada após uma infiltração de
helicóptero em uma incursão no Líbano contra o
Hezbolla, onde 11 membros da
unidade S-13 foram mortos, incluindo o comandante da unidade, os
israelenses
desenvolveram uma blindagem tipo escudo portátil para usar em
terreno desértico
onde não há muita proteção.
A infiltração das LRRP no Vietnã era na maioria
das vezes por helicóptero. Era
um método óbvio pois leva cerca de uma hora para andar
500
metros na selva.
Eram usados cinco helicópteros sendo um como centro de comando,
um para inserção,
outro como acompanhante e dois artilhados. O acompanhante era usado
para atrapalhar
os observadores no solo, rodeando o que pousa e faz parecer que
estão sobrevoando
e não pousando, mascarando o barulho. Também ajuda em
caso de exfiltração de emergência.
Outra técnica é se aproximar da zona de pouso em fila e relativamente lento. O
primeiro helicóptero pousa e desembarca as tropas com os outro passando por
cima. Depois decola e entra na fila sendo muito difícil dos inimigos ao redor
perceberem, a não ser que estejam observando diretamente a zona de pouso.
Funciona melhor a noite, mas só operavam de dia.
A esquadrilha espera por cerca de 30 minutos em um local próximo
para ver se esta
tudo segura na zona de pouso. A infiltração de
helicóptero era uma fase perigosa pois o helicóptero
é muito fácil de detectar. Depois as LRRP iniciam a
patrulha e os
helicópteros
vão embora. Se a patrulha tem mais de quatro membros o outro helicóptero
também pousa, mas
se a zona de pouso estiver "quente", o segundo não pousa. A
infiltração também podia ser a pé ou
motorizada a partir das bases de fogo. A exfiltração pode ser feita com pouso no local, escada e
com método STABO, com
as tropas penduradas em uma corda e voando até poder pousar em um
local seguro.
Na guerra do Yom Kippur em 1973, comandos egípcios Al Saaqa
foram transportados
por helicópteros Mi-8 atrás das linhas inimigas no Sinai
para atacar reforços,
durante o ataque inicial, e para tomar pontos estratégicos como
o Passo de
Mitla e Gidi. Nesta operação, 14 helicópteros foram
derrubados pela Força Aérea
Israelense e os outros comandos foram cercados antes de atingir o
objetivo ou
chegar reforços. Esta operação mostrou a
limitação dos helicópteros em um
conflito de alta intensidade onde não há superioridade
aérea.
Os primeiros
comandos egípcios foram treinados por assessores alemães.
Faziam raids contra
as defesas israelenses no Sinais. Em 1969 estes raids ocorriam todas as
noites.
Eram muito temidos por Israel e foram responsáveis pelo
deslocamento de tropas
adicionais para defender o local. Eram 26 batalhões em 1973. A
maioria dos
Comandos egípcios que invadiram a península do Sinai em
1973 estavam preparados
para caçar blindados e não para tomar a linha Bar-Lev.
Avançaram 10km adentro e
estavam equipados com mísseis Sagger e
lança-rojões RPG-7. Tinham tantas armas
anti-carro que a quantidade compensou a péssima pontaria.
Cavaram trincheiras e
tinham mísseis SA-7 para se defender. Deveriam durar 24h
até chegar os reforços.
Os comandos navais egípcios conseguiram afundar um
navio israelense no porto
em 1970.
A Força Aérea Israelense também usou
helicópteros para infiltrar
comandos atrás das linhas para dar a localização
de mísseis SAM e alerta de
lançamento de mísseis para os pilotos de caça.
Pelo menos dois helicópteros
foram derrubados nestas missões. Pára-quedistas
sírios usaram helicópteros para
capturar o monte Hermon e comandos foram usados para atacar blindados
com
mísseis Sagger por trás.
Em outubro de
1967, comandos israelenses foram
infiltrados por helicópteros Super Frelon para danificar uma
ponte, uma represa
e transformadores de energia no norte do Egito. Enquanto o Egito usava a
artilharia para
atacar Israel, Israel usava sua aviação para atacar o
Egito. Os egípcios logo
perceberam que tinha mais fraquezas do que pensavam. Outro raid em
dezembro foi
realizado contra o aeroporto de Beirute com comandos sendo infiltrados
por helicópteros
Super Frelon e UH-1 para destruir 13 jatos comerciais de empresas
árabes em retaliação
a seqüestro de jatos israelenses. Israel continuou os raids contra
o Egito mais
por prestigio do que pelo efeito. No dia 26 de dezembro de
1969, três Super Frelon
levaram comandos israelenses para roubar um radar P-12 egípcio no
Sinai. Outros dois
helicópteros S-65 levaram dois containers.
Os helicópteros são tão importantes para as FOpEsp que o US Army criou esquadrão especializado, o 160o SOAR-A
(Special
Operations Aviation Regiment - Airborne) ou Night
Stalker. A missão do SOAR é auxiliar na
infiltração, exfiltração, ressuprimento,
segurança de área, reconhecimento, apoio aéreo
aproximado, ataque, dispersão de minas, comando e controle,
guerra eletrônica e
retransmissão de
comunicações. São usados para testar
táticas de helicópteros. O SOAR foi criado após o
resgate fracassado no Irã. Um dos motivos foi usar
helicópteros inadequados com pilotos mal preparados.
Operar helicópteros na linha de frente tem
seu preço. De 167 helicópteros usados na invasão
do Panamá em 1989, 45 foram
atingidos com quatro derrubados. Todos eram helicópteros leves
AH-6 ou OH-58
sendo que um bateu em fios de alta tensão. Um UH-60 não
teve condições de ser
reparado.
A história do uso de helicópteros para
apoiar operações especiais iniciou quando a RAF testou o
uso de helicópteros na
Malásia em 1952. Mostrou ser rápido, mas com poucos locais
de pouso disponíveis na
selva. Com apoio de ressuprimento pelo ar, o SAS realizava
operações de patrulha
que duravam até 13 semanas.
As equipes do
Delta Force tem uma frota própria de seis MH-6 de transporte e seis
AH-6 de ataque
sendo alguns com cores civis e o SAS tem quatro A-109 também com
cores civis. Para
operações maiores, os Deltas contam com
apoio do SOAR. As
Forças Especiais americanas que atuam no Afeganistão tem
uma frota de cinco helicópteros Mi-8. O barulho era
conhecido pela população
local e não chamava a atenção. O LRDG da Segunda Guerra
Mundial também tinha duas aeronaves Waco usados para
ligação, evacuação médica
ressuprimento e lançar peças reposição.
O uso de pathfinder (precursores) para marcar o caminho e local de pouso/desembarque de
tropas
aerotransportadas ou pára-quedistas foi iniciado pelos
britânicos na Segunda
Guerra Mundial e logo seguido pelos EUA. Os precursores são
lançados na frente
para marcar posições para o lançamento de
pára-quedistas ou pouso de
planadores. Os precursores também fazem reconhecimento de zona
de pouso ou
lançamento. Usam radar, luzes, painéis e fumaça
como meio de sinalização. Esta
função foi passada para tropas da USAF e agora chamados de
Combat Control Team
(CCT). Os EUA pararam de usar precursores depois da Segunda Guerra
Mundial, mas
a função ressurgiu depois na Guerra do Vietnã com
o uso de helicópteros e foi
mantida até hoje. Na foto acima é possível ver uma
lanterna VAPI que produz um
feixe de luz bem estreito só visível pelas aeronaves e
também mostra que não
tem obstáculos no caminho quando está visível para o
piloto. Os russos não
usaram precursores na guerra do Afeganistão o que
resultou em grandes
perdas de helicópteros e pouso em locais errados. Durante o conflito no
Afeganistão em 2001, os Seals vigiaram e monitoraram as praias
do Paquistão
para usar como área de descanso e um pequeno aeroporto no
Afeganistão para
atuar como base avançada que se chamaria Campo Rhino. No
último caso, foram
inseridos a noite de aeronaves e vigiaram o aeroporto por quatro dias.
Quando
os fuzileiros chegaram os Seals aturam como precursores marcando a
área de
pouso.
Extração
Extração
é a retirada do pessoal ou unidade
da área de controle inimiga pela furtividade, despistamento,
surpresa ou meios
clandestinos. Deve ser feita logo após o fim da missão. O
local
de exfil deve
ser planejado e coordenado com as forças de apoio. Consiste no
movimento do objetivo até o local de exfil e da
exfiltração. Um dos problemas da exfil é que
inimigo pode ter sido alertado da missão e sabem que as forças estão
tentando escapar.
Os meios de
exfiltração tem algumas opções
diferentes da infiltração. No caso
de helicópteros, as tropas tem a opçao de usar técnicas
de STABO, SPIES (Special
Patrol Insertion/ Extraction Rig), FRIES e até escadas para
subir nos helicópteros
caso não seja possível realizar um pouso. O
penetrador de selva é usado para levar tropas até o
helicóptero
na selva fechada.
O STABO é
usado para pendurar até quatro tropas
em uma corda lançada por um helicóptero, em uma
extração de emergência, e levá-los
até um lugar onde o helicóptero possa pousar com
segurança. O método é
semelhante ao transporte de cargas externas nos helicópteros.
Foi desenvolvido
pelo sargento McGuire do projeto Delta para extração
rápida na selva e testado em
1968. Só foi usado em 1970 pelo MAC-SOG. É usado quando
não é possível pousar o
helicóptero. É um método muito perigoso, mas é
preferível do que ficar exposto ao
fogo inimigo. É um exemplo de inovação proposto
pelas FopEsp.
Tropas do COMANF fazem uma
demonstração do
sistema de extração de emergência por
helicóptero STABO.
Na extração na água e ar, assim como a
infiltração, são usados devido a distância,
tempo curto, inimigo sem superioridade aérea ou naval,
presença de áreas
populosas e extração de feridos. A
exfiltração por terra é feita se não tiver
outra opção, ou se as tropas amigas estiverem perto, o terreno
favorecer, presença de
áreas inabitadas, o inimigo estiver disperso e a presença
do
inimigo inviabilizou a exfiltração aérea. Por exemplo, na Guerra
de 1965, comandos paquistaneses atacaram três bases aéreas indianas próximas
a fronteira logo após serem atacadas por aeronaves. Não tiveram muito
sucesso e tiveram que voltar a pé por falta de opção. A exfil por terra é a menos
satisfatória.
Só e feita quando não há alternativa. Se a
força inimiga for grande, equipada
com veículos e o terreno não tiver muita cobertura as
chances de escapar são
poucas.
Na prática são esperados o uso de meios de
infiltração e exfiltração múltiplos,
ou mistos,
e
ao mesmo tempo por várias tropas. Por exemplo, como
vingança ao massacre de
atletas na olimpíada de Monique em 1972, Israel lançou um
ataque contra três
lideres do Setembro Negro no Líbano. Cerca de 30 operadores do
Sayret Mat'Kal foram
lançados em seis Zodiac de navios e desembarcaram em uma praia
já segura pelos
mergulhadores de combate do Sayret 13 (S-13). Foram levados por agentes do
Mossad até a casa
onde estavam os
alvos. Mataram o sentinela e eliminaram os alvos. Ao mesmo tempo outro
grupo
atacou o quartel da OLP no Líbano. Os inimigos no quartel
reagiram e subiram de
elevador para serem massacrados quando a porta abriu. Um terceiro grupo
destruiu uma fábrica de bombas do Setembro Negro. A
exfiltração foi por helicóptero.
Os comandos navais S-13 voltaram para os três navios patrulha da
mesma
forma que
chegaram, nadando.
Na operação Reindeer em 1978, os sul africanos realizaram
o seu primeiro
assalto aéreo contra uma grande base terrorista da SWAPO em
Angola. A base
estava a 250km da fronteira e os pára-quedistas seriam o
único meio de chegar
lá. Helicópteros Puma seriam usados para
exfiltração. O ataque foi iniciado com
jatos Mirage da Força Aérea da África do Sul
atacando a base. A missão deveria
durar apenas duas horas, mas os pára-quedistas foram
lançados fora da zona de
salto. Com o atraso, deu tempo de blindados de uma base próxima
chegarem. Uma
equipe anti-carro já estava preparada e fez bloqueio incluindo minagem da
estrada. As minas conseguiram parar a coluna que avançava e que
foi atacada
depois pelo ar. Os sul africanos criaram uma base temporária
para 15 helicópteros
Puma próxima a área de ação com 42 tropas
de segurança. Os pára-quedistas foram
retirados para esta base e depois de volta para a Namíbia. Os
terroristas sofreram
cerca de 800 baixas e com grande perda de material. Os
pára-quedistas sofreram
menos de 20 baixas.
Em 9 de
setembro de 1970, durante a Guerra de Atrito
entre Israel e o Egito, Israel usou blindados soviéticos
capturados para realizar
um assalto anfíbio em El Hafair. Depois de desembarcados, a
coluna blindada
percorreu cerca de 50km destruindo tudo no caminho. Foram 150
egípcios mortos
incluindo um general soviético.
Uma equipe de
Forças
Especiais em um bote Zodiac entram diretamente na traseira de um Chinook
que tem capacidade anfíbia.
Uma equipe
das
Forças Especiais
americana treina exfiltração de emergência na porta
da estação de munição do
canhão do AH-1 Cobra no Afeganistão.
Quando
os
helicópteros
não podem pousar podem lançar escadas para as tropas em
terra.
No STAR (Surface To
Air Recovery), ou Sky Hook, o operador é levado rapidamente da
superfície para
aeronave em vôo. A aeronave precisa estar equipada com o sistema
Fulton. A
aeronave primeiro lança o kit com o balão, garrafas de
gás hélio, cabos, cintos e
equipamentos de proteção, geralmente lançado no
dia anterior. O operador veste a roupa
de proteção e um balão é inflado
e sobe levando o cabo em uma operação que dura cerca de
20 minutos. Uma aeronave com gancho especial no nariz pega o
cabo. A
aceleração é a mesma de um
pára-quedas abrindo. O
operador é puxado para dentro da aeronave posteriormente. O sistema
não precisa de treino
e é perigoso. Se o cabo quebrar na hora de enganchar o operador
sobe alguns
metros e cai. Se quebrar depois pode ser mortal. Outro risco é
colisão com
algum objeto ou com a aeronave. O STAR foi desenvolvido durante o
conflito no Vietnã
pelo US Army. O STAR é uma forma
de extração a longa distância
para ser usado locais onde não é possível operar
helicópteros. Até duas pessoas ou carga
equivalente podem ser exfiltrada ao mesmo tempo. Pode ser usada para
levar prisioneiros e
feridos. Para
transportar uma maior quantidade de tropas é perigoso pois a
aeronave vai ter
que realizar várias passadas. O STAR pode ser feito na
água a partir de um pequeno bote inflável.
Próxima
Parte: Patrulhas de Incursão e Emboscada
Voltar ao Sistemas de Armas
2006
©Sistemas de Armas